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História A Treinadora Argentina. - Um confronto antecipado.


Escrita por: Ju_M10

Capítulo 23 - Um confronto antecipado.


Fanfic / Fanfiction A Treinadora Argentina. - Um confronto antecipado.

POV ANNA

     O nosso próximo adversário era a Suíça lá em São Paulo. Estava me sentindo muito animada e muito feliz com a minha camisa do Barcelona que o Messi autografou, sim, ele autografa todas as minhas camisas.

        Acenei histericamente quando notei minha irmã e meu avô na torcida.

        Antes do jogo começar, pedi para que os jogadores dessem muito de si na medida do possível, não o suficiente para eles se acabarem e não muito pouco pra esse jogo ir aos pênaltis. Odiava prorrogação e pênaltis, eu fico agoniada e é muito cansativo.

    O jogo começou quente, literalmente quente, devia estar uns 32 ° graus o que é muito estranho de acontecer em São Paulo, mas ok, vou relevar por que esse pais é realmente climatizado pelo capeta.

     Se eu e Tina ficamos babando pelo Bravo no jogo do Brasil é por que a gente não tava valorizando o Romero que fazia defesas espetaculares tanto nesse jogo como na copa toda. Só no começo do primeiro, ele defendeu duas baitas jogadas, uma em cima da outra. E na metade do primeiro tempo, um jogador suíço ficou cara a cara com Romero que podia ter se adiantado e tentado pegar a bola, mas permaneceu no lugar onde estava e defendeu assim mesmo.

-Eu vou dar um doce pro Romero quando o jogo acabar- bati palmas.

     No segundo tempo, um cachorro invadiu o campo e o jogo foi paralisado. Eles não conseguiram tirar o cachorro de jeito nenhum e como eu e Tina somos impacientes, invadimos o campo também e começamos a chamar a atenção dele que pareceu gostar da gente que veio até nós sem hesitar. Ele não era muito grande então o peguei no colo enquanto Tina fazia carinhos nele.

    Entreguei o cachorro que Tina apelidou de “Prank” pra um organizador e disse a ele que iria querer sabe o que aconteceu com o Prank depois.

    Quando voltamos ao jogo, vimos os torcedores agitados gritando o nome de Higuain e supus que ele estava perto de fazer um gol, mas nem me agitei também por que eu sabia que ele não ia fazer mesmo. Dito e feito, Higuain perdeu o gol.

    Em uma falta pra Suíça, o Romero defendeu, mas a bola não parou na sua mão e caiu no chão e ele acabou chutando sem querer, havia um jogador da Suíça que nem quis saber e correu atrás da bola, mas pelo menos Romero conseguiu pegar depois de um trabalhão.

    O goleiro suíço também defendia muitas bolas, de um jeito estranho na maioria, mas pegava a bola e isso que importava.

    O resto do jogo terminou assim, com a Argentina perdendo várias chances e então tivemos que ir para a maldita prorrogação. Se aquele goleiro da Suíça pelo menos quebrasse a mão, daria certo.

    Eu dei um baita grito de aleluia quando Messi fez uma de suas messizites e chutou pro Di Maria, que finalmente fez o gol!

    Não me segurei e comemorei o gol dançando com a Tina, mico em rede mundial, e me joguei em cima dela para abraçá-la, caímos feio no chão alias.

    Detalhe interessante, a bola passou pelo Higuain e graças a Deus ele não pegou na bola, por que se fosse ele, não seria gol, certeza.

    A Suíça caiu em cima, uma baita pressão. Sua melhor chance foi quando um jogador bateu na bola e ela foi pra trave, voltou na canela dele e saiu pra fora! A Trave não era Argentina mano. Ela parecia tão desesperada, que o goleiro deles nem estava mais no gol e sim no meio de campo ou no ataque pra ajudar. Numa dessas, em que ele não estava no gol, Di Maria ganhou a bola e correu pra um gol sem goleiro e sem ninguém no meio de campo perto dele. Quando ele estava quase sendo alcançado, mandou a bola pro gol e todo mundo ficou em expectativa pra ver se ela entrava, mas aquela bola BR não entrou!

    O jogo terminou com uma falta da Suíça que a bola parou na barreira.

    Festa Argentina por que estamos nas quartas!

 

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        A loira maldita, filha do diabo, infelizmente voltou. A cara de pau ainda tinha a coragem de aparecer por aqui depois dos vários barracos envolvidos com a maquiagem impecável e o cabelo loiro sem um fio fora do lugar. Como pode hem?

     David ainda me mandou ficar longe dela por que ela estava apenas trabalhando, aquele idiota. Disse que se eu e ela brigássemos de novo, ele iria amarrar nós duas juntas pelo dia todo e no final do dia ainda daria uma surra na gente por que ele era o homem da relação.

    Resolvi nem ligar e ignorar a presença daquela vadia no meu resinto. Toda vez que ela estava por perto, eu empinava o queixo e desviava o olhar e ela fazia o mesmo.

     Foi então que eu a vi abraçando o David no treino, tipo ela só colocou o braço no pescoço dele, ele nem correspondeu, mas foi o suficiente pra me deixar revoltada:

-Ora, aquela... - já ia correr atrás e esfregar sua cara no gramado, quando Joaquin agarrou meu ombro.

- Controla esse ciúmes Anna, temos coisas mais importantes pra fazer né?

   Ok, a gente tinha.

   Nosso treino foi cheio de exercícios de mira, pênaltis, e muito mais. Treinamos muitos, até dizer chega.

    Nada conseguia ajudar o Higuain, ele era um centroavante péssimo, não chegava a ser um cone igual ao Fred do Brasil por que pelo menos tentava e chegava ao gol, só que a bola não entrava.

-Ok, chega!- entrei no campo puxando Tina comigo, nos posicionando no centro do gol- Olha só Higuain, tenta passar essa bola entre eu e a Tina.

-Vish!- Lavezzi gargalhou- prevejo mais uma na enfermaria hoje à noite.

-Você tem certeza?- Higuain perguntou olhando fixamente pelo espaço de um metro entre eu e Tina.

-Não, não tenho- sorri- mas chuta assim mesmo.

     Um segundo depois, Tina foi acertada na barriga por Higuain e eu não sabia se ria ou se chorava enquanto Higuain a levava pra enfermaria.

 -Acho que ele deve fazer um exame de vista- Joaquin apontou enquanto anotava algo na prancheta.

-Isso ai- concordei e fomos almoçar.

 

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    Enquanto eu terminava de comer, eu era fuzilada pelo o olhar furioso da Tina e isso me irritava profundamente. Era culpa minha o Higuain estar com problemas de mira? Lógico que não, mas Tina sempre gostava de me culpar mesmo.

-Que é?- perguntei rudemente a ela depois de um tempo- Para de me culpar pelo o que aconteceu.

-Eu não falei nada- ela retrucou engolindo sua alface.

-Então quer parar de me olhar assim?

-Vocês duas vão brigar mesmo?-Messi resmungou.

-Não estamos brigando!- dissemos juntas.

    David apertou minha mão por sobre a mesma e parei de olhar pra Tina, mas foi só eu desviar o olhar pro Lavezzi por apenas dois segundos, apenas que ele mandou lá do outro lado da mesa:

-Que é Anna? Quer brincar na neve?

-Por que todo mundo ta tentando me irritar hoje?- perguntei- Já não basta àquela loira escrota estar aqui.

-Sem xingamentos ok?- David perguntou firme.

-Por que hem? Aposto que ela me xinga também.

-Ela não te xinga pra mim. Se ela não te xinga pra mim, não deixo você xingar também.

    Sai da mesa irritada, David gosta de defender todo mundo de David e isso irritava também. Resolvi ir ao meu quarto pegar o tablet que Joaquin havia me emprestado e assistir alguns jogos em meu tempo livre.

    Mas foi só eu avistar a cabeleira loira com quem eu teria que dividir o elevador que meu estomago ficou pesado e eu pensei em desistir. Acho que ter um relacionamento sério com o David me deixou emotiva e meio medrosa, desde quando Anna Gatti leva a sério uma loira escrota que deixou bem claro que quer pegar o David de mim?

    Levantei os ombros e caminhei ereta pra dentro do elevador junto com ela, que me olhava por cima daquele enorme narigão metido.

    Minhas costas queimavam sobre o olhar maligno dela atrás de mim mas mesmo assim não encurvei sobre ela. Eu nunca na minha vida havia brigado por causa de homem, jamais. Não que eles caíssem aos meus pés como súditos, mas eu sempre fiquei com os caras certos e eu não precisei me esforçar tanto, e se algo atrapalhasse como uma namorada ou qualquer outra coisa, era adeus pra mim.

    Enquanto eu lembrava das minhas aventuras amorosas e que não foram muitas, aquele maldito elevador resolver me deixar mão, apagando outra vez. Eu apertei o interfone do elevador e passei tempos xingando a atendente e colocando uma baita pressão pra ela resolver essa bagaça logo.

    Por que o destino me pôs presa no elevador logo com ela?

-Anna, podemos conversar?- a loira maldita finalmente parou de me encarar e perguntou em um tom mais ou menos amigável.

      Não, não podíamos. E eu não quero também. Mas estávamos em um elevador e não havia muito que fazer né?

-Fala Theodora- concordei em um resmungo e lancei um olhar pra ela como se dissesse que ela não é bem-vinda no meu mundo.

-O David gostaria muito que nos entendêssemos- credo ela falava a palavra “David” como se fosse eu falando “ganhar essa copa do mundo seria um sonho pra mim”, muito romântica- Mas sabemos que nunca seremos amigas por que você esta namorando o homem que eu amo. Então, já que somos rivais, acho que devemos deixar bem claro nossa situação com o David, uma para a outra.

     Que ideia mais idiota.

     Havia algo em Theodora, na postura nela, no seu tom de voz que me dizia que ela era bem mais do que uma inimiga simples, era uma inimiga avançada. Tenho certeza que se ela esclarecer coisas, eu vou gostar, ou não.

-Tudo bem- concordei- Minha situação com o David é óbvia, ele é meu namorado.

-Sim , ele é- ela murmurou- Mas você o ama Anna?

     Há! Mesmo se eu o amasse, não seria sincera o suficiente pra dizer a ela. O que eu ganharia com isso? Isso mesmo, nadinha.

-Gosto bastante dele- respondi o que eu sabia no tom mais gelado que eu tinha na voz.

-É, não ama- ela disse em uma risada provocativa- Bem, eu o amo, e muito, há mais de dois anos.

     Como alguém consegue amar por dois anos sem ser correspondida? Isso me faria desistir sem duvida. Poxa, tenho que admitir que ou ela é corajosa demais ou é otária além da conta.

-E por que?- indaguei.

-Não sei- deu de ombros me deixando chocada- Talvez seja os olhos dele, pode ser o sorriso.

    Ela não sabia por que amava o David?

-Como foi que tudo isso começou?

     Se aproximou lentamente de mim, se sentando ao meu lado enquanto amarrava o cabelo em um rabo de cavalo e mordendo os lábios.

-Eu tinha acabado de perder o emprego e o meu namorado pra uma empregada dele- começou- Me mudei pra Londres para começar uma nova vida, mas interessante. Foi então que o David me contratou, e ele era tão lindo, educado, gentil, fofo e eu não consegui resistir.

     Blá Blá Blá.

    Aposto que Theodora nem gosta dele de verdade, só estava carente, sozinha, desempregada e ai o David aparecer todo estilo princepizinho e ela se sentiu atraída. Idiota.

 -Como pode ter certeza que o ama, Theodora?- perguntei- Pode ser apenas algo da sua imaginação.

-Eu sei o que eu sinto!- ela se ofendeu.

-Por eu acho que não Theodora- e para a nossa alegria, as luzes do elevador se acenderam- Acho que você só esta carente.

-Já falei que sei o que eu sinto!- ela gritou se levantando enquanto o elevador se movia- Já não posso fazer nada se é você que não o ama!

-Pelo menos não estou iludida- falei me levantando também.

-Um dia Anna, o David cansará de perder seu tempo com você! Ele quer uma família! Uma esposa e filhos, e duvido que você irá parar de ser egoísta e se juntar com ele- ai ela pegou no meu ponto fraco- e eu estarei aqui por ele.

    Achei que ela era mais inteligente.

-Sonhe Theodora- provoquei bem quando as portas se abriram.

    David me tirou do elevador fortemente em um puxão e já começou:

-Ai meu Deus! Você está bem?! Vocês brigaram?!

-Não, não!- o empurrei,

-Mas estávamos quase- Theodora saiu do elevador sorrindo.

    Theodora era uma inimiga avançada com certeza. Uma inocente coitadinha que até dava dó de machucar. Fora que como namorada, ela saberia muito bem lidar com o David, seria uma namorada fofa, bonita, alegre, seria uma boa companheira e com certeza o faria feliz.

    Opa, pera ai. Eu to ficando maluca, só pode. Eu sou uma namorada bem melhor que essa Theodora seria pra ele. Eu acho.

-Vem David- peguei a mão dele o puxando pra fora.

-O que aconteceu no elevador?- perguntou quando chegamos ao refeitório.

-Nada. David, você namoraria a Theodora?- fiz essa pergunta idiota.

-O que?!- ele colocou as mãos na cintura- Que pergunta idiota é essa Anna?

-É uma curiosidade.

-É claro que não, eu não costumo misturar trabalho e vida pessoal.

-Lógico que sim- é muito fácil misturar futebol e vida pessoal.

-Vida amorosa- ele corrigiu.

-Ainda da pra misturar- falei, marias chuteiras estão ai pra isso. E eu e o David estávamos juntos graças ao futebol.

-Odeio você- ele fechou a cara e me fez gargalhar. O abracei pela cintura enquanto ele apertava minhas costas- Eu não namoraria com ela por que amo você sua tonta, e é com você que quero ficar.

     Sorri com aquilo, mas ao mesmo tempo, doía.

 

POV DAVID.

 

      Ah moleque! Sei que falta muito pouco para a Anna me amar. Sei disso. Ta pertinho. Isso era um alívio imenso.

     Só que alívio não durou muito, a sensação boa não durou nem o dia todo, tudo por que, ele voltou.

    Estava no treino, com o Parreira gritando demais no meu ouvido e no do Thiago, desde que eu comecei a ficar com a Anna ele pegava no meu pé duplamente, quando avistei o Pastore se encaminhando pro campo argentino.

    O Pastore.

    Anna saiu do treino dela imediatamente, quase com pressa e praticamente pulou em seu colo o abraçando de um jeito que eu nunca vi igual. E então, eles olharam em volta como se estivessem feito algo errado e queriam saber se alguém tinha visto.

     Meu sangue já borbulhava de raiva pelo abraço e eu queria explodir de raiva quando ela o pegou pela mão e o levou pra dentro do hotel!

 -Diabos!- xinguei já me preparando pra ir lá acabar com a festinha dos dois.

-Presta atenção David!- alguém gritou mas achei que foi tarde demais por que recebi uma bolada forte e dolorida no estomago. Ui, doeu.

-O que houve?- Thiago perguntou alguém tempo depois.

-O Pastore voltou!

-Mas ele não tinha se machucado?

-Sim, mas ele voltou! E ta lá dentro com a Anna!

-Calmo David- mandou- Não vai acontecer nada, tenho certeza. O Pastore é um cara legal mano, ele não é um traidor.

-Ah poupe-me de ficar dando qualidades a ele, Thiago- resmunguei irritado.

-Não da pra te ajudar David, tu não quer saber mesmo.

     Ah veio, por que ele tinha que voltar meu Deus? Por que? Eu sei que teria que encara-lo em Paris depois da copa, ma o que custa SER em Paris?

     Por mais que eu ouvisse que Pastore é um cara bom, um cara daora, firmeza e blá blá blá, não gosto dele. Não gosto de saber das intimidades que ele teve com Anna, não gosto e não gosto. E se o Parreira me liberasse, eu simplesmente iria até eles e mostraria meu David mau.

     Só que ai eles voltaram pro treino da Argentina, super entrosados, gargalhando, parecendo recém-casados. Pelo menos não estavam abraçados.

 

POV ANNA.

 

      Achei que era uma miragem, uma ilusão quando vi Pastore se encaminhar em direção ao campo. Quando percebi que era real, não me contive e corri para abraça-lo. Ele fazia muita falta.

 -Que saudade- ele disse me abraçando fortemente.

     Ai eu me lembrei do treino e olhei em volta para ver se alguém havia sentido minha falta antes de puxar Pastore ao hotel para conversar melhor com ele e saber o que ele tava fazendo aqui.

-O que ta fazendo aqui?- perguntei a ele sorrindo.

-Eu disse que ia voltar- ele sorriu também- Ah, eu tenho uma coisa pra você.

     Ele remexeu o bolso da frente da calça e meus olhos se estreitaram quando meu celular saiu de lá.

-Estava na minha bolsa, acho que caiu lá em algum momento. Eu carreguei a bateria dele.

-Ai nossa, obrigada- abracei ele, super aliviada por finalmente saber o paradeiro do meu celular.

      Havia umas duas mil mensagens. Umas quinhentas marcações no Instagran. Sei lá quantas trocentas ligações, coisas no face. E ainda não parava de vibrar.

-Vou levar um ano pra ver tudo isso- travei o celular e coloquei no bolso- Como estão as coisas na Argentina?

-Estavam bem, todos estão animados. Vamos ganhar essa copa, tenho certeza.

-Eu espero.

      Pastore chegou mais perto e tomou minha mão na sua. Não era um gesto amoroso, era o jeito dele de começar um assunto meio delicado:

-E como esta você e o David?- perguntou.

-Estamos muito bem- na verdade estamos muito melhor que “muito bem”, estou me sentindo bem agora. Não da pra explicar o como eu gostava de ficar com ele.

-Você esta com um sorriso bobo na cara- Pastore gargalhou e ele tinha razão, eu tava com um sorriso tosco na cara.

-Ai Pastore- senti meu rosto esquentar.

-Você ta gostando dele, Anna.

-Eu sei.

-Se continuar desse jeito, vai até se apaixonar.

-Talvez.

-Ouvi dizer que as fãs dele não gostam nem um pouco de você.

-Normal- revirei os olhos.

-Deve ser por que você é argentina. Talvez se você interagisse mais com elas.

-Me lembrarei disso. Onde você esta hospedado?

-No mesmo hotel do seu avô. A Rebecca esta grande.

-Pois é- ri- vamos ao treino?

-Sim, mas antes, quero falar algo com você.

-Diga.

-Eu não to aqui pra separar você e o David, Anna. Mas se eu pudesse e fosse um homem ruim, faria isso. Amo você, você sabe disso, e quero você pra mim.

    Ai Jesus! Ai Jesus! Pera, vamos respirar mais devagar Anna. Calma!

    Antes que eu pudesse formular uma frase, Pastore riu e me puxou porta a fora. Resolvi esquecer e me concentrei em uma história engraçada que ele resolveu contar.

    Todo mundo gostou de ver o Pastore, ele era muito querido. Era um David Luiz na Argentina.

-Ui, parece que o encontro entre David Luiz e Javier Pastore será mais cedo do que pensávamos- Tina falou ao meu lado.

-Não vejo nada demais- falei

-Que os jogos comecem.

     David parecia bravo. Foi o que pareceu na hora do jantar quando eu me sentei no meio dos dois. David não me dizia mais que duas palavras de cada vez, Pastore parecia sentir o clima tenso que exalava de David, e Tina na minha frente só faltava pegar a pipoca por que estava adorando o show.  Eu olhava pro Messi em busca de ajuda, mas ele apenas dava de ombros, grande ajuda que ele me dava, meu Deus.

     Foi então que o Pas arriscou, bem arriscado, e meu coração quase que saiu pela a boca:

-David- Pas chamou.

-Eu?- David parecia meio chocado por isso.

-Soube que você vai se transferir para o PSG depois da copa. Esta animado?

-Hum sim. É um bom clube- David fez um esforço pra conversar com Pas.

-Estamos loucos para ganhar uma Champions. O PSG ainda não tem.

-Thiago me contou.

-Talvez a gente consiga dessa vez- Pas falou esperançoso e eu quase soltei “Não se o Barcelona não deixar”, eu amo o Barça, mas não posso atrapalhar a conversa dos dois.

-Talvez- David disse sem graça.

-Você só tem que tomar cuidado com o Zlatan. Ele é mal e detesta novatos.

-Também soube disso. Mas estou ansioso para conhecê-lo por que ele joga bem.

-Sim, ele joga. O Lucas Moura, é brasileiro, não sei se você já conheceu, ele é bom também.

-Já o vi jogar. Lá tem bastante brasileiro não é?

     E então o papo deles ficou bem mais animado e agradável. Falaram de jogadores brasileiros, sul americanos, sobre o Chelsea, e até sobre mim, no sentindo de sou chata igual ao Mourinho e sobre o Blanc, treinador do PSG que gosta de mim. Messi até entrou no papo pra falar de como Zlatan tem um ego encapetado.

     Eu me via orgulhosa deles.

 

POV DAVID.

 

     Pastore é um cara legal.

     Não vou perder meu tempo tendo ciúmes dele.

     Não vou me abater por ele.

LEIA NOTAS FINAIS

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


MEU DESABAFO: Não to nem um pouco mais afim de escrever essa fic, desculpem. Mas estou enormemente chateada com a Seleção Argentina, e espero sinceramente que o Messi enfie as 4 bolas de ouro que ele tem em seu orifício anal por que ele simplesmente parece não querer se esforçar, sei que a culpa não é dele mas eu realmente acho que ele tava se esforçando, também estou chateada pela falta de mira do idiota do Higuain que não acerta a porcaria do gol nem que a vida dele dependesse disso, e estou querendo comer o figado daquele treinador com a mão e ainda lamber o prato. E por ultimo, eu descobri que não gosto nem um pouco do David Luiz.
Não vou parar de escrever a fic por respeito a vocês e também não vou parar de apoiar a minha Argentina, mesmo perdendo de uma maneira ridícula por que uma coisa é você perder jogando bem e outra é jogar aos trancos e barrancos.
um beijo, um queijo e tchau.


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