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História A Turma dos Esquisitões - Lembranças.


Escrita por: NicArs

Notas do Autor


Oiiiii
Eu sei, já faz um tempo, mas em minha defesa eu tinha esquecido meu login e senha hahaha
Sem mais demoras, BOA LEITURA!!!

P.S Por favor, perdoem minha dislexia e déficit de atenção.

Capítulo 5 - Lembranças.


 

_ Ele ainda está com raiva? – Natasha espiou o corredor dos quartos, tentando captar algum sinal de Steve. 

_ Provavelmente. – Peter soprou – Ele não falou nem uma palavra desde que saímos da cachoeira e quando chegamos aqui, apenas se trancou no quarto de Tony. 

A ruiva suspirou em frustração. Se seus amigos fosse menos cabeças duras e dramáticos, o seu plano teria funcionado com sucesso. 

Peter também deixou escapar um suspiro, porém de preocupação. Amava todos os seus amigos, mas tinha um carinho muito especial por Tony e Steve. O primeiro, porque o conhecia desde que tinha dois anos e estranhamente o via como um irmão mais velho, mesmo que a diferença de idade fosse apenas alguns meses. Já o Capitão, era uma figura que exalava autoridade e confiança, além de demostrar um amor fraternal para com Parker de uma forma singular e verdadeira. Sentia-se mal por ver duas pessoas queridas naquela situação. 

_ E Tony? Alguma notícia? - Perguntou o caçula olhando de relance para a porta fechada do quarto pertencente a Stark. 

_ Não. - Romanoff torceu o nariz – Os meninos saíram para procurar por ele, mas não sei se terão sorte. Essa propriedade é da família de Tony e ele vem para cá desde a infância. Se ele resolver se esconder, duvido que qualquer um de nós possa achá-lo. - Terminou a frase massageando as têmporas levemente.  

_ Será que ele... 

Peter não concluiu sua frase, pois o ranger de uma porta sendo aberta chamou sua atenção.  

Steve saiu pisando fundo e passaria direto pela dupla em direção a escadaria sem dizer uma palavra, se a ruiva não tivesse segurado seu braço. 

_ Vou procurar o Tony – foi só o que ele disse antes de se soltar e continuar seu caminho. 

 

 

(...) 

 

Depois da confusão do jogo, Tony se embrenhou na mata que cercava a propriedade da cabana Stark. Caminhou por quase quarenta minutos, até chegar alguns metros acima de onde seus amigos estavam. Do alto, de onde a cachoeira caia, avistou o que parecia ser Clint, Mary, Rhodes e Pepper juntando os pertences largados. Steve não estava no local e também não avistou, Wade ou Peter.  

O moreno suspirou pesado voltando a caminhar e seguindo o curso do riacho no sentido oposto da queda d’água. Queria ficar um tempo sozinho para reorganizar seus pensamentos, o que talvez fosse uma tarefa árdua visto que sua mente hiperativa o bombardeava com constantes memórias. 

 

[Flash back on]

 

_ E por que não podemos contar aos nossos amigos? - A voz de Steve se elevou. Quem conhecia o mínimo do jovem Rogers, saberia que raramente o Capitão mais popular da escola perdia a paciência, e ainda mais raro, esbravejava como estava fazendo naquele momento, em meio ao vestiário masculino... Exceto se o motivo fosse Tony Stark. 

_ Fala baixo! 

_ Não me diga o que fazer! - Bufou o mais velho. 

Raiva, frustração, mágoa... Aquele bombardeio de sentimentos o deixava tonto e enjoado. Parecia coisas demais para lidar e ele não tinha qualquer treinamento ou conhecimento prévio para enfrentar racionalmente tal situação. 

Foi assim desde o primeiro dia quando seu olhar recaíram sobre a figura baixa de charme singular e sorriso maroto do jovem Stark. Rogers se lembrava daquele dia e toda riqueza de detalhes que o tornara tão especial. Era uma manhã amena, o ar cheirava a pinho, folhas secas e café fresco. Vozes eram ouvidas por todo lado no amontoado de pessoas na entrada do colégio, mas uma risada chamou sua atenção. Recostado ao muro baixo, um jovem de olhos castanhos brilhantes e cabelo charmosamente assanhado, ria frouxo enquanto assistia algo no celular. “Tony”, Steve ouviu ao longe alguém chamá-lo, fazendo o garoto rapidamente desviar sua atenção do aparelho para sorrir largo na direção da figura que se aproximava, o jovem Peter Parker. Na época, antes de entender a dinâmica dos dois garotos, Rogers vivia constantemente enciumado. Por diversas vezes isso ocasionou discussões, brigas e até ofensas - das quais se arrependia amargamente. Isso e o fato da personalidade de Anthony não ser das melhores. Porém, aos poucos, o Capitão notou que Tony amava Peter de forma fraternal e protetora, como um irmão mais velho pronto para defendê-lo de tudo e todos. Steve também percebeu que o sarcasmo e todas as coisas que detestava na personalidade de Stark era uma máscara que o rapaz usava para manter as pessoas longe, camuflando um interior fragilizado e, surpreendentemente, carinhoso. Depois que o loiro passou a enxergar tudo isso, tudo ficou claro... Como o fato de Anthony implicar, muitas vezes, sem motivos ou seus estranhos e convenientes aparecimentos depois dos treinos do time de futebol. 

_ Olha... - Stark respirou fundo se agarrando aos resquícios de paciência que lhe restava. O que não era muito. - Meu pai... 

_ Eles são nossos amigos, Tony! Nós não... 

_ Eu sei, caralho! 

Foi então que pela primeira vez Steve notou as lágrimas que se formavam embaçando os olhos castanhos de seu amado.  

 _ Eu sei, Steve... - A voz de Stark não passava de um murmuro quebrado. Seus olhos e punhos fecharam-se com força, tentando controlar o maremoto de sentimentos em seu peito, tentando não parecer um idiota chorão durante aquela discussão. - Não é como se eu gostasse disso também. Mas contar para eles é arriscado. - Suspirou ditando um pouco mais firme. - Meu pai é um escroto do caralho, um crápula, um... Não há xingamento na face dessa terra que o defina... - O choro voltou a apertar sua garganta, fazendo pausar suas palavras. Lágrimas teimosas passaram a correrem quente por suas bochechas. - E eu realmente não me importo com o que ele faz comigo ou o que ele pensa de mim... - Foi só então que Anthony encarou o olhar sôfrego de Rogers – Mas nunca me perdoaria se ele fizesse algo contra você. Eu prefiro não tentar a sorte.

_ Eu sei me proteger. - Ditou o loiro firme. 

_ Eu sei que sabe. - O sorriso de canto que surgiu nos lábios do jovem bilionário estava muito longe de ter qualquer traço de humor. Tony amava aquele senso de proteção, honestidade e confiança que moldavam o caráter de Rogers. Porém seria ingenuidade - para não dizer tolice - pensar que aquilo deteria alguém como Howard Stark de fazer o que quisesse. Anthony conhecia o próprio pai e sua homofobia, as cicatrizes que tinha em seu corpo e em seu emocional eram provas exatas do que aquele monstro sádico era capaz. O rapaz respirou fundo e se aproximou do Capitão, soprando num tom mais baixo – Howard é um homem cruel, Stee. Ele pode te machucar sem encostar em você e de maneiras que nem imagina... Pode acabar com suas chances de conseguir uma bolsa em uma universidade descente ou, quem sabe, prejudicar sua mãe, de qualquer forma eu... Eu não posso deixar isso acontecer. Se realmente me ama, apenas aceite... por favor. 

Agora eras as írises azuis que eram embaçadas pelas lágrimas. 

_ Não quero esconder que te amo. - Soprou choroso, acariciando a bochecha do menor com a polegar. 

Tony se deixou afundar naquela caricia por um instante, antes de dizer: 

_ Eu também não. Vai ser temporário... Logo iremos para a faculdade e eu serei emancipado e estarei bem longe das garras dele. Podemos fazer o que quisermos. 

_ Promete? 

_ Prometo, Stee.  

 

[Flash back on] 

 

(...)

 

_ Loki? - Steve se deteve na varanda da casa, ao que seu cérebro tentava entender a figura esguia recostada a um jipe próximo a entrada. 

Loki Laufey, era um garoto que também estava no último ano do ensino médio e pertencia ao time oficial de decatono. Alto, esguio de longos cabelos negros e olhos verdes afiados, ele não era exatamente a figura mais popular entre a turma dos Esquisitões desde o incidente da festa no bosque. A turma havia feito uma reunião clandestina nos limites da propriedade da escola, um bosque pouco visitado. Loki os denunciou, ocasionando a suspensão de todos. Mal sabiam, que o motivo para o jovem ter feito aquilo, era porque não havia sido convidado para a tal festinha. 

_ E aí? Cara de... - Mas antes que o rapaz pudesse concluir sua ofensa, a voz de Thor soou mais alta.

_ Oi Steve! - Sorriu o loiro nervoso – Loki tava aqui perto e como os pais dele também tem casa por aqui, achei que ele poderia ajudar a achar o Stark. Ele conhece o terreno. - Concluiu.

_ Bem doido que eu vou ajudar a procurar aquela mocreia. - Cuspiu ácido.

_ Olha a boca! - Odison o repreendeu, ao que o moreno só rolou os olhos. - Vamos voltar para a trilha da cachoeira e de lá, vemos por onde Tony poderia seguir. Rhodes e Wilson estão criando um perímetro em volta da cabana. Clint tá dando uma de macaco-aranha e subindo em algumas árvores, pra tentar mapear o lugar. Os outros vão ficar aqui para crucificá-lo, caso ele apareça. 

Steve suspirou resignado. Mesmo que não fosse muito com a cara do Laufey, sabia que tudo o que Thor estava fazendo era para ajudar e nada mais lhe restava, além de aceitar. 

_ Obrigada por vir, Loki. - Disse sincero.

 

(...)

 

O trio seguiu por um tempo unidos até a cachoeira e de lá, se separaram por algumas trilhas adjacentes, para cobrir uma área maior. Combinaram de voltar para o local  - já que o som da cachoeira se destacava na mata - um pouco antes do por do sol, para que ninguém se perdesse.

Thor e Loki esperavam Steve, que ainda não havia retornado da busca. 

_ Eu devo ser muito irresistível pra você me encarar como um psicopata. – Laufey ditou mal-humorado, ao perceber o olhar do outro sobre si. 

_ Não seja tão convencido. – O quarterback retrucou. – Feiura também chama atenção. 

Loki ergueu a mão levantando o dedo do meio para o rapaz, fazendo o loiro apenas rir soprado. 

_ Devemos voltar? – o moreno perguntou. - Eles podem ter se encontrado e voltado para a cabana. 

_ Vamos esperar mais um pouco, só para garantir.

_ Mas já vai anoitecer... E tenho certeza, pela demora, que o cap-gostosão  já achou o Stark, tiveram uma rapidinha e voltaram para enfrentar o tribunal dos bons modos. - Bufou impaciente. 

_ Sabe que esse lance de "não suporto o Stark" não cola comigo, né? - Thor sorriu largo – Eu sei que você gosta do Tones e eu sei também que ele gosta de você ou não guardariam o segredo um do outro. 

_ Não fique tão emocionado. Nos aturamos por conveniência. - Loki rolou os olhos. - Não é bonito ver dois integrantes do time principal de decatono brigando como dois neandertais.

_ Diga o que quiser para si mesmo. Mas eu, sei a verdade! - O loiro exclamou convencido, recebendo um pedrada do moreno. - Porra! Quer me mata? Por que está tão mal humorado? – Questionou já se arrastando para o lado de Laufey. – Era para você está dando saltinho de alegria por está comigo aqui... sozinho. 

Loki gargalhou. Parte por causa da prepotência do outro, parte pelo nervosismo e tensão que arrebata seus músculos.

_ Mas tu é muito convencido! – Disse ainda entre risos. 

_ Convencido? Não... Sou modesto. Até humilde, eu sou – brincou. – Confesse... – Thor focava num ponto qualquer entre as árvores. – Do jeito que eu sou incrível, meu beijo deve ser a coisa mais maravilhosa que você já provou. 

A risada do outro foi ainda mais alta. 

_ Sinto muito querido, mas você não beija tão bem assim. Já peguei melhores. – Alfinetou Loki com as palavras pincelas por desdém. 

Odinson arqueou a sobrancelha, sentindo a ferida em seu ego. 

_ Será que devo te beijar de novo, pra provar que você está errado? 

E aquelas palavras petrificaram o príncipe das palavras ácidas e do sarcasmo. A brisa soprou gélida em sua pele, mas não fora ela a causadora dos arrepios. Pode sentir o loiro ainda mais próximo e, quando pensou em se mexer, já era tarde. Ele foi puxado com força e quando deu por si, os lábios de Thor reivindicar os seus com destreza e determinação.

Luxuria e desejo transbordava do beijo, estendendo seu poder as mãos nervosas. Era incrível como o ambiente ficou quente em tão pouco tempo, mesmo que o sol já houvesse partido e o vento soprasse frio contra os corpos pouco protegidos. 

Sobre a pele gélida, os lábios de Odison queimavam, ao escorregarem pelo pescoço de Loki, seguindo até o colo. Arfavam, sentindo o prazer incendiar suas veias e leva-los a insanidade. E mesmo quando a vergonha os assombrou, eles se camuflaram na água, para cometer seu ato profano. 

Nunca imaginaram como aquilo os fariam se sentir quentes e vivos! Laufey, ao ter a boca preenchida com aquele falo enorme; Odison, ao invadir o menor vagarosamente, vendo a superfície liquida agitar-se a cada meneio. 

O som da água caindo tornavam os baixos suspiros praticamente mudos. As estrelas brilhavam, testemunhando o olhar de Thor carregado de ternura e desejo, enquanto Loki lutava para manter o mínimo de lucidez em sua mente, afogando-se nas intensas sensações recém-descobertas. 

 


Notas Finais


Coloquei uma pontinha de Thorki a pedidos :3
Ia ser Spiderpool... Mas a diferença de idade do Wade e do Pete na fic tá muito grande e seria considerado pedofilia e eu num curto sas coisas xD. ENFIM, este é o penúltimo cap dessa fic, espero que tenha gostado e me contem ai o que acharam <3


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