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História A ultima aventura de Simon Snow - Nossos medos


Escrita por: frido

Capítulo 14 - Nossos medos


Fanfic / Fanfiction A ultima aventura de Simon Snow - Nossos medos

 

SIMON SNOW

 

A noite esta fria já que estamos no inverno faltando uma semana para as férias de natal, vou ficar na escola como sempre, comer a ceia com os professores e com alguns outros alunos que não podem voltar para casa. Até que é legal, a comida da escola é maravilhosa e os professores ficam um pouco descontraídos depois de algumas taças de vinho, é realmente proveitoso quando se quer ganhar uns pontos a mais. O clima na escola fica... natalino, e a neve é uma boa distração quando não se tem aula.

Quero convidar Baz para passar o natal na escola, não sei se a família dele permitiria, mas pelo que ele me contou eles não se dão muito bem, todos os irmão dele na verdade são da nova esposa que seu pai arranjou. Seria ótimo fazer guerra de bolas de neve e tomar chocolate quente enquanto esperamos nossos presentes.

 

Caminhamos pelo pátio na direção da muralha oeste parando em frente a um prédio de quatro andares, feito de blocos de pedras cinzas com janelas ovais e pequenas, nunca tinha entrado nele antes, mas sabia que era o dormitório dos funcionários da escola.

- Fica ai? – perguntei.

- Sim – Baz pega a varinha e aponta para a fechadura – alohomora.

A porta se abre e Baz me guia por corredores iluminados por lâmpadas fracas, ao longo de toda a extensão das paredes, portas se encontram muito próximas umas das outras, me pego imaginando o tamanho do cômodo em que vivem os funcionarios e sinto uma pontada no coração, eles são legais, principalmente a cozinheira que sempre me deixava pegar mais scones de cereja do que deveria.

Esbarro em Baz quando ele para diante uma porta um pouco mais distante das outras e mais ornamentada com uma marca de arrombamento perto da fechadura, não se deram ao trabalho de troca-la.

- Quer mesmo entrar? – olho para ele que encara a marca na porta.

Ele concorda com a cabeça, parece hesitante então pego minha varinha no bolso do casaco e digo:

- Alohomora.

Giro a maçaneta e encaro a sala escura.

- Lumus

A ponta da minha varinha se acende e eu entro, Baz segue atrás também acendendo sua varinha e procurando o interruptor. Percorro uma sala ampla que esta repleta de moveis cobertos de lençóis brancos que fazem o cômodo parecer preenchido por fantasmas desfigurados, não consigo ver o teto apontando a varinha, o chão esta coberto de cola endurecida e pedaços de carpete rasgados e chamuscados, que me fazem pensar no feitiço que a mãe de Baz usou para incendiar os vampiros e como não colocou o prédio em chamas. Procuro pelo interruptor nas paredes forradas por um papel de ursos em vagões de trens.

Baz acha o interruptor antes de mim e acende as luzes, sigo em sua direção contornando os movei cobertos e seguro sua mão, sou eu que tenho que dar apoio agora, ele foi corajoso de enfrentar o passado, encarar seus medos, e isso só me faz amar mais ele.

- Você foi corajoso - ele encara a lareira na parede que esta quebrada em um canto – muito corajoso.

Vejo lagrimas escorrerem pelo seu rosto pálido, abraço-o e ele chora em meu ombro, ficamos assim por muito tempo, chorando em uma sala abandonada por causa de uma mãe que morreu por sua escola.

Baz se desvencilha dos meus braços e segue em direção à lareira, o sigo e vejo-o passar a mão tremula por uma gravura que um dia foi dourada na parte superior do mármore.

É um brasão em formato de escudo que no centro se encontra uma chama espiralada.

- É o brasão da minha família – ele passa o dedo pela chama – os Pitches são conhecidos por suas habilidades de produzir fogo.

E em seguida ele faz sem auxilio da varinha uma chama surgir entre seus dedos, pairando a centímetros da palma de sua mão. Ele movimenta a luz, moldando-a como um pequeno sol particular.

- É lindo – digo atento ao fogo que muda de um tom azulado para um forte alaranjado – mas, vampiros não são inflamáveis?

Ele sorri.

- Só se o fogo encostar em minha pele – ele demonstra fazendo uma pequena chama correr entre seus dedos como um truque de moeda.

- Não faça isso, gosto muito de você para te ver em cinzas.

Ele sorri de novo e ilumina o brasão com a chama alaranjada, mostrando todos os detalhes da gravura onde se lê, “Anima nostra preciosioribus flamma”, aproximando-se o bastante para fazer o metal brilhar em dourado luminoso, para em seguida se tornar incandescente enquanto sua superfície se ondula.

Observo o bronze começar a brilhar e derreter em uma temperatura improvável, dando espaço a uma pequena passagem no mármore.

Olho para Baz que parece paralisado com a mão ainda suspensa no ar, com uma pequena chama ainda brilhando em sua palma.

- Caralho – é a única coisa que consigo pronunciar.

- O que fazemos?

Estico relutante meu braço e enfio a mão no circulo de mármore. Vou até o cotovelo para tocar finalmente em uma superfície ondulada ao qual agarro.

Ela é linda, e o fato de estarmos procurando por ela há dois meses a torna mais maravilhosa. Tem o tamanho de um punho fechado, em um formato não lapidado, rosa clara, semitransparente e com fissuras em sua superfície.

Baz me olha e sorri amplamente, estica o braço para tocar, mas recua como se estivesse com medo da relíquia resolver mata-lo.

- Sem medo – digo e coloco a pedra em sua mão – é só uma pedra.

- Engraçadinho – ele alisa a superfície da pedra com o polegar – é linda.

- Sim – confirmo – mas acho melhor irmos.

- Missão cumprida? – ele coloca os braços em minha cintura, sorrindo com ternura, sinto a palma quente de sua mão.

Sorrio bobamente.

- Missão cumprida.



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