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História A Última Filha do Dragão - D o i s


Escrita por: ciralisho

Notas do Autor


Ok, ok, preparem as pedras e os forcados. Eu realmente mereço uns tapas.
Prometi postar até o feriado (DO MÊS PASSADO)

Capítulo 3 - D o i s


— Se for você, Nevra... — resmunguei baixo, minha voz tremia — Eu juro que...

Preparei o chute. Não havia me dado ao luxo de abrir os olhos, pois, seja lá quem fosse, não iria querer vê-lo antes de causar-lhe um grave ferimento.

— Vai me matar? — a voz riu levemente. Uma coisa eu sabia: não se tratava de Nevra.

Apertei os lábios. Os dedos frios que se enrolavam no meu pulso começavam a se aquecer. Lentamente, abri os olhos, respirando fundo ao ver quem era.

— Leiftan. — disse baixo. Meu tom era uma mistura de acusação e alívio.

Ele sorriu serenamente, olhando-me de forma calma e paciente, como se ele fosse um professor do primário e tivesse de lidar com o mais encrenqueiro aluno da turma.

— Me desculpe se eu te assustei. — senti os dedos dele apertando cada vez mais meu braço — Não foi essa a intenção.

— Eu sei que não foi. — tentei abrir o melhor dos sorrisos, o qual foi corrompido por uma careta de dor.

Como quem não quer nada, encarei meu pulso que já latejava, encarando, fixamente, os dedos uios de Leiftan. Percebendo meu incômodo, ele me soltou rapidamente, abrindo um sorriso constrangido.

— Me desculpe de novo. — enrubesceu.

— Não tem problema. — murmurei, massageando o local com a outra mão.

E então, fomos envolvidos por um desconfortável silêncio. Considerei, levemente, fingir que era um avestruz e enfiar minha cabeça em um buraco.

— Hã... — pigarreou — Eu só vim... Eu só queria falar com você antes da Missão do Cristal. Sei que você só vai amanhã, mas temo que não estarei aqui.

— Não? — franzi o cenho, encarando-o.

— Hm, a missão para reabastecimento. — explicou, fazendo com que eu murmurasse um pequeno "entendi" — E como não vou estar aqui... Queria vê-la antes.

Eu o olhei, abrindo a boca para perguntar algo como "queria?", mas logo a fechei de novo, reconsiderando. Se eu bem me conhecia, era bem capaz que eu simplesmente perdesse a habilidade de falar depois disso.

— Queria te pedi algo, na verdade. — continuou, agora seus olhos estavam nos meus.

— Se estiver ao meu alcance. — falei, prestativa — Mas acho que Ezarel conseguiria fazer um trabalho melhor que o m...

— Volte. Viva. — interrompeu-me. Isso, de fato, foi o suficiente para me fazer calar — Você não entenderia se eu explicasse agora, mas eu preciso que você volte. Que fique bem. Você é muito importante, Myekho, muito poderosa. Então, por favor, se cuide... E fique bem.

Surpreendida, mal notei quando o nome de Leiftan foi chamado. Ele me olhou, como se estivesse arrependido de algo.

— Quando você voltar... Vai entender tudo, eu prometo. — dito isso, ele sumiu pelo corredor, deixando-me petrificada ali.

***

Horas mais tarde, peguei-me pensando, novamente, no que Leiftan me dissera, tentando entender o que suas palavras significavam. "Você é muito importante, Myekho", eu repetia mentalmente, "muito poderosa".

Exausta, sacudi a cabeça, tentando me focar no presente. Seja lá o que ele queria dizer com aquilo, não tinha importância, não agora. E, além disso, já tinha me atrapalhado o suficiente durante o decorrer do dia — incluindo durante o treino com Jamon. Ah, os socos ainda latejavam pelo meu corpo.

— Lembrete mental — resmunguei —, nunca, jamais, desvie o olhar de Jamon, exceto caso queira novos hematomas.

Com um suspiro, sentei-me na grama. Tinha conseguido sair do QG e, agora, estava ali; abraçando os meus joelhos enquanto admirava o sol se pôr em Eel. Por que as coisas não podiam ser fáceis assim? Fáceis como a brisa, como o deslizar invisível do sol? Como o crescer da grama, como o cair da noite? Por quê?

— Porque — comecei, baixo o suficiente para que apenas eu ouvisse —, mesmo que fosse, eles não te deixariam voltar para casa.

— Bela vista. — ecoou uma voz.

Eu saltei, assustada, procurando a espada que não estava comigo. Com o coração acelerado, eu apertei os olhos para enxergar a figura que se aproximava, sem que a claridade machucasse minha visão.

— Olá, Myekho. — a voz, dessa vez mais audível, preencheu meus ouvidos. Era impossível não reconhecer quem era — Acho que precisamos conversar.

Dito isso, Nevra se moveu até estar do meu lado.



Notas Finais


Hoho, Leiftan estranho, todos sob o peso da importância da Missão do Cristal, tudo muito tenso. E, para melhorar, Nevra aparece.
E aí? O que vocês acham que vai acontecer? Quero ver as teorias, hein.

Xoxo ❤


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