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História A última virgem de Tesoro - Quer casar comigo?


Escrita por: forbiddenfruit

Notas do Autor


Eu nao sei nem como me desculpar com cada um de vocês. Eu realmente achei que ja tinha postado o ultimo capítulo dai hoje eu decidi vir aqui pra reler a fanfic e descubro que nao postei.
Espero que consigam me perdoar e que amem esse último capítulo tanto quanto eu amei.
Nos vemos la embaixo 😘

Capítulo 16 - Quer casar comigo?


Fanfic / Fanfiction A última virgem de Tesoro - Quer casar comigo?

Isabella deu uma olhada ao redor e observou os clientes. Em seguida, desviou a atenção para a rua, através do vidro da janela da frente.
O sol de primavera esparramava-se pelo chão como uma promessa do verão que se aproximava. Observou os transeuntes andando nas calçadas. A cidade estava movimentada, e tudo o que desejava fazer era fechar a padaria e correr para a fazenda.
Apoiando os cotovelos sobre o balcão, imaginou-se assistindo a Rafael trabalhar com os cavalos. O dorso másculo molhado de suor. Os cabelos em desalinho, caindo-lhe sobre a testa.
Sua postura transmitia força e poder. Se tentasse, poderia até sentir o calor do sol na pele e ouvir o sibilar do vento entre as árvores. O Rafael imaginário virando-se e fitando-a com o mais devastador dos sorrisos. Sem poder se conter, sentiu um arrepio na espinha.
- Olá, boneca.
Isabella foi arrancada daquele agradável devaneio para deparar com Diego Herrera. Os lascivos olhos castanhos a percorreram da cabeça aos pés, fazendo-a sentir ímpetos de cobrir os seios com as mãos.
- Como está, Diego. Em que posso ajudá-lo? - Quase estremeceu ao fazer aquela simples indagação que empregava todos os dias.
- Bem, eu... - Diego se inclinou sobre o display de vidro e lhe lançou um olhar que considerava uma de suas melhores armas de sedução. - Ouça, meu anjo, creio que haja uma infinidade de coisas interessantes que possa fazer por mim.
Isabella esboçou um sorriso cortês, mas se manteve a distância. Seu coração não estava mais interessado em flertar.

                                      [♡]

 Rafael parou do lado de fora da panificação e ensaiou pela décima vez naqueles últimos quinze minutos o que pretendia dizer a Isabella. Isso, é claro, se ela estivesse com disposição para ouvi-lo.
Por fim, decidiu entrar. Aprumou a coluna e alcançou a maçaneta. Foi quando avistou Diego inclinando-se em direção a sua Bella. Uma gigantesca advertência soou em seu íntimo. Sabia que a decisão estava em suas mãos. Se não lutasse pelo que queria naquele momento, passaria o resto de seus dias se lamentando por isso.
   Assim, observou os movimentos galanteadores de Diego e, em resposta, frustração e raiva se misturaram dentro dele.
“Eis ali seu futuro, Vitti.” Se não pudesse convencer Isabella de que a amava, estaria fadado a vê-la nos braços de outro homem. Um que teria o direito de tocá-la, amá-la. Que ouviria os seus segredos e compartilharia seus sonhos. Um homem que não era ele.
   Abrindo a porta com força, entrou. Ignorando o burburinho dos clientes sentados às pequenas mesas, olhou direto para o balcão.
   Seus olhares se encontraram, mas Isabella conseguiu esconder tudo que estava sentindo. E isso o preocupou. Entretanto, o simples fato de fitar aqueles olhos azuis era suficiente para convencê-lo a permanecer firme e lutar para consegui-la de volta. Sentia que toda sua vida dependia daquele momento.
   Mas primeiro era necessário cuidar de alguns detalhes.
   Aproximando-se, pousou uma mão sobre o ombro de Diego. Quando o homem se voltou, surpreso, Rafael foi sucinto:
- Dê o fora daqui, Diego.
- O quê? - Deu um passo atrás. - Ora, não me amole! Não pode me mandar embora. Este lugar pertence a Isabella, e sou um cliente.
   Ao redor deles, as pessoas começaram a prestar atenção. Rafael percebeu os olhares interessados, mas parecia não dar a mínima. De súbito, era como se no mundo só existissem duas pessoas: ele e a mulher maravilhosa que o fitava, muito surpresa.
- A única pessoa aqui que pode me mandar embora é Isabella! - bradou Diego.
Ambos a fitaram.
Isabella encarou Rafal.
- Vá embora, Diego. - disse ela, convicta.
   Muitíssimo desgostoso, Diego bateu ambas as mãos sobre o display e, com um giro de calcanhares, se afastou.
   No silêncio aterrador que se seguiu à saída de Diego, Rafael fixou o olhar em Isabella, enquanto contornava o balcão, aproximando-se o suficiente para segurar-lhe o rosto entre as mãos e beijá-la com todo ímpeto.
   Quando os clientes começaram a aplaudir, interrompeu o beijo, e, ignorando a multidão, afirmou, ofegante:
- Preciso falar com você.
   Os joelhos dela babearam, mas, afinal, os beijos de Rafael sempre a deixaram tonta. Acrescentando isso ao choque total de vê-lo adentrar a padaria e beija-la na frente de quase metade da população de Tesoro, não era o suficiente para deixá-la um pouco trêmula?
   E agora ele queria lhe falar. Falar sobre o quê? Que a queria? Que sentira sua falta? Era maravilhoso, mas queria mais do que isso, agora que descobrira o quando Rafael a desejava. Ansiava ouvir as palavras mágicas que a transportariam ao paraíso.
Esfregando os dedos nos lábios, fingiu-se de muito segura e incitou-o:
- Então, fale.
Rafael indicou os clientes.
- Em particular.
Ora! Quando a cidade inteira já sabia o que estava acontecendo entre os dois!
  Isabella a fitou os clientes, que os observavam com ávido interesse, e de novo Rafael. Tudo o que tivesse para lhe dizer poderia ser dito ali. Perante testemunhas.
- Não.
- Não?
   Alguém atrás deles soltou uma gargalhada.
Isabella meneou a cabeça e prosseguiu:
- Se tem algo para me dizer, diga logo.
   Rafael deslizou a mão pela face e esfregou a nuca. Agora não havia como retroceder. Se queria reconquistar a mulher que amava, precisava aceitar o desafio.
- Não vai mesmo mudar de idéia, não é?
- Não.
- Certo. - Assentiu com a cabeça, acenou aos clientes e disse: - Se é necessário falar na frente de toda esta gente simpática, é isso mesmo o que farei.
- Estou ouvindo. - Isabella o encarou, sem piscar.
- Eu estava errado – revelou, imaginando que o melhor modo para começar era admitir o pior.
- Sobre o quê?
- Acho que você deveria explicar... - murmurou.
- Não, Rafael – retrucou, inclinando a cabeça. - Creio que você deve fazer isso.
- Tem toda a razão. - Sorriu, meneou a cabeça, ergueu as mãos e, em seguida, deixou-as cair ao longo do corpo. - Bem, outra vez... Você estava certa acerca de tudo o que me falou, também.
   As pupilas de Isabella brilharam, e o sorriso se alargou. Aquela pequena centelha de esperança que se instalara em seu coração no momento em que ele entrara na panificação agora parecia transbordar por seus poros.
- Muito bem, estou gostando dessa conversa.
- E tem mais – continuou ele. No mesmo instante, segurou-a pelos ombros. Os dedos fortes pressionaram a pele macia, e uma quentura intensa apoderou-se dela, espalhando-se pelo corpo todo.
- Até que enfim compreendi que preciso de você. Minha vida não tem o menos sentido se não estiver a meu lado, Bella. Desde que partiu de meu rancho, não tive um minuto sequer de sossego. Não consigo me concentrar no trabalho. Meus dias são vazios e sem cor.
    Isabella engoliu em seco e mordeu o lábio inferior, abstendo-se de falar. Agora era hora de escutar e rezar para que Rafael dissesse o que tanto precisava ouvir.
- Nada do que aconteceu antes tem a ver com você. Tudo fica melhor quando está por perto, querida. Sou melhor quando estou a seu lado. Eu te amo, Isabella.
   Suspirando de felicidade, ela saboreou aquelas frases.
- Eu não esperava... Não queria... - Rafael torceu a boca e a segurou com mais força, como se ela pudesse tentar escapar. - Contudo, não pude evitar. Isto é amor verdadeiro, e é mais intenso do que julguei ser capaz de sentir.
   Mordendo o lábio com mais força, Isabella se conteve. Ainda precisava ouvir mais uma coisa, aquilo que era imprescindível para ela.
- Por favor, case-se comigo. Seja a mãe de Emily e me ajude a lhe dar um monte de irmãozinhos. Vamos constituir uma família sólida e feliz.
    Isabella sentiu uma alegria tamanha que achou que ia desmaiar. De uma hora para outra, seu mundo se tornara colorido. Podia antever o porvir fantástico que tanto almejara, agora finalmente a seu alcance. Poderia sonhar em ter sua própria família e ser feliz.
Por um instante, estudou aqueles irresistíveis olhos castanhos e, pela primeira vez, notou um brilho apaixonado. Mas, mesmo assim, não conseguiu evitar a pergunta:
- Antes de lhe responder, tenho de saber, Rafael. O que o fez mudar de opinião?
   Rafael dirigiu um olhar rápido à platéia, e mudou de posição, de forma que só pudesse ver o rosto dela.
- Acabei de compreender algo que estava muito evidente.
- O quê?
- Eu tinha... medo de amá-la. - Foi como se acabasse de tirar um peso de cima dos ombros. - Estava assustado com a idéia de acreditar outra vez... de me arriscar. E então, hoje percebi que, se não corresse esse risco, perderia você para sempre.
   Puxando-a, enlaçou-a pela cintura. Quando Isabella inclinou a cabeça, ele disse com suavidade:
- Não posso mais viver sem você.
- Oh, Rafael, eu...
Ele riu.
- Ei, sei o quanto lhe custou ficar calada durante os últimos minutos! Mas aguente só mais um pouquinho, para que eu possa fazer tudo como manda o figurino, certo?
   Isabella fez que sim, entre risos e lágrimas.
- Eu te amo, Isabella Santoni. - A sinceridade estampava-se em seu semblante. - Quer se casar comigo?
     O pulso dela disparou, e Isabella achou que não conseguiria se manter de pé. Tinha vontade de beliscar-se para se certificar de que não estava em sua cama, sonhando. Ouvir Rafael dizer tudo aquilo significava que, enfim, realizaria o grande sonho que sempre alimentara, e que concretizaria esse sonho em grande estilo.
- Posso falar agora?
- Depende do que irá dizer.
- Quero dizer “sim”, caubói.
   Rafael abriu os lábios num sorriso radiante, fazendo-a sentir aquele frio no estômago tão familiar.
- Então fale, Isabella.
- Sim!
  Com um gesto súbito, Rafael a tomou nos braços como se fosse uma criança.
- Acho que foi a resposta mais curta que já ouvi de você.
   Isabella enlaçou-o pelo pescoço e o beijou de leve. Então, muito sorridente, afirmou:
- Não se acostume com isso, porque preciso falar. Ficar calada este tempo todo foi um verdadeiro martírio... já que... que tenho tanta coisa para lhe dizer e saber... Para lhe contar... Senti tanto sua falta e a de Emily... Não pode imaginar o esforço supremo que tive de fazer para não sair correndo daqui e ir para a fazenda e...
Ele gargalhou.
- Está gaguejando, Bella.
- Nesse caso, beije-me, caubói. E não ouse parar!
   Suspirando de felicidade, Isabella sentiu os lábios quentes de Rafael sobre os seus. A princípio, com carinho, e depois com volúpia. Sentiu um prazer inigualável tomar conta de seus sentidos.
A platéia, enternecida, foi ao delírio.

 

FIM


Notas Finais


É isso! Eu amei esse tempo que passamos juntos vivendo as aventuras dessa virgem (que agora nao é mais virgem) com esse caubói teimoso. Espero que tenham amado essa história tanto quanto eu.
Obrigada pot cada fav, cada comentário... por tudo!
Fiquem ligados no meu perfil pra saber caso eu decida postar mais histórias (e pra conhecer as outras que ja existem).
Nos vemos por ai.
Beijinhos na ponta do nariz 😚


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