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História A Única - 33 - Grávida


Escrita por: Rswan

Notas do Autor


Boa noite, amores.

Sei que tem muita gente tá pistola com a Regina ou achando que a Emma poderia montar a sede da Única em Storybrook, mas lembrando que estamos tratando de uma história o mais próxima possível da nossa realidade então as coisas são bem mais complicadas. Peço que confiem em mim e se lembrem que sempre tem uma luz no fim do túnel.

Boa leitura.

Capítulo 33 - 33 - Grávida


Desabar é algo que nunca queremos, nunca chegamos a cogitar uma possibilidade desta, porque desabar é algo extremamente ruim.

Estou desabada? Com toda sinceridade? Não sei, e tenho medo de descobrir.

Esse é o problema de se entrar em algo de ponta cabeça. Você sempre imagina o melhor, que tudo vai da certo, em momento algum imagina que tudo possa da errado e tudo comece a cair, desabar sobre ti.

Mas como não entrar em um relacionamento totalmente entregue? Onde algo planejado poderia parar?

Bem longe do coração.

Ter um coração partido é mil vezes melhor que sentir vazio. Não estou nenhum pouco arrependida de ter entrado nisso tudo de cabeça. A princípio com medo da droga do coração partido e receios, mas os venci, ironicamente para estar com ele partido novamente.

Mas que merdas de pensamentos e desvaneios são esses? - repreendo-me.

Só espero que Kill e Rubs cheguem logo antes que meus pensamentos me levem ao desabamento.

Com meu travesseiro de testemunha das minhas lágrimas me sinto patética.

A adolescência passou, adultos não choram com términos. Pelo menos era o que mamãe dizia quando tinha quinze anos e olha como ela estava enganada, hoje com o dobro, meu quarto novamente se faz meu refúgio de lágrimas.

A porta é aberta.

- Eu odeio aquela sangue de latina safada, você também odeia ela né Ruby? - o moreno diz entrando no quarto.

- Odeio, queria fazer omelete de Mills mexida.

Já ouviram aquela conversa que quem odeia mais seu ou sua ex que você são seus amigos?

Os meus levavam isso a sério.

- Meu amorzinho não fica triste, aquele traste não valia nada nem estava a sua altura - Killian me abraça por trás e Ruby pela frente fazendo um sanduíche comigo de salsicha.

- Ranço por morenas, vou até fazer luzes no cabelo - Ruby diz com bastante raiva em sua voz.

Horas depois de ter colocado tudo que sentia para fora sozinha em casa, liguei para meus amigos. Não aguentaria passar por isso sozinha.

"Meu Deus pareço uma menina de treze anos com isso" - penso.

Lhes contei da conversa, do pedido de desculpas e em seguida o término do meu "namoro de férias". Eu sou patética.

- Como você está? - o moreno pergunta mas quem lhe responde é a mulher ao meu lado.

- Péssima né Killian? Pergunta idiota. Ai gente eu vou atrás dessa besta e vou socar a cara dela - se levanta determinada. Em um pulo me levanto e fico na frente da porta á impedindo de sair.

- Nem morta Ruby, já pareço uma idiota com a metade dos meus trinta anos se você for resolver as coisas para mim só me sentirei mais humilhada.

A morena de olhos claros conta até dez e inspira como um mantra para relaxar e volta a se sentar sobre a cama.

- Términos são ruins Emma, mas se seguisse, talvez lá na frente fosse pior - Killian toma as rédeas se tornando o sensato da conversa.

- Eu sei, ela está certa mas no momento não quero saber de certo ou errado. Tô chateada, triste e magoada, então, me consola bastante, seus bobalhões.

Me jogo sobre eles voltando a ficar deitada.

- Você é incrível e ela vai se arrepender de terminar com uma pessoa maravilhosa não é, loba?

- Claro, somos um grupo anti-Regina agora. Repitam comigo "eu odeio Regina Mills.

- Eu odeio Regina Mills - ambos falam em sincronia.

- Eu amo Regina Mills - falo embargada.

- Um espírito tomou o corpo da Emma agora vamos tentar sem o espírito. Eu odeio Regina Mills.

- Eu odeio Regina Mills.

- Eu odeio Regina Mills.

- Eu odeio Regina Mills.

Seguem repetindo em sincronia enquanto meus pensamentos só diziam "eu amo Regina Mills", e como vou seguir daqui para frente.

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Descendo as escadas ouço as vozes se atropelando uma tentando sobrepor-se a outra como todo típico jantar em família.

- Filha, achei que fosse jantar no quarto - mamãe diz quando me sento a mesa junto com os demais.

- Cansei de passar o dia dormindo - Acho que essa era uma boa desculpa para meu rosto inchado.

Parece que ninguém caiu na minha história mas pelo menos não questionaram nada.

Começam a conversar amenidades fazendo o jantar seguir de maneira comum.

...

- Pode entrar - autorizo após ter batidas na porta.

- Vim saber como você está, as notícias andam rápido e sua carinha deixa tudo transparente - Ingrid diz já se acomodando em cima da cama ao meu lado.

Me pergunto quantas pessoas já sabem do meu inferno pessoal. Eu literalmente odeio cidades de três mil habitantes.

- Estou bem, chateada, mas vida que segue - dou um sorriso amarelo.

- Está mesmo? Porque se não for verdade quero que conte com a sua mãe, não vou te julgar meu eterno bebê - Me abraça apertado.

- Tá sim mãe - sou sincera - a princípio não quis enxergar mas ela estava certa, relacionamentos a distância são complicados demais. Para nós que não temos tempo para nada é quase impossível uma hipótese, antes ficar mal agora do que um término regado a ódio daqui três meses.

- Isso quer dizer que tão está com raiva dela? - arqueia a sobrancelha loira.

- Frustrada é a palavra correta, porém são coisas que se acontece quando se pensa com isso - aponto para o coração - ao invés disso - agora aponto para a cabeça.

- Uma hora, alguém maravilhoso entra na sua vida e tudo isso conserta.

- Talvez isso aconteça, mas no momento realmente tá tudo bem. Não vou agir como uma idiota que termina um namoro e pula para outro para mostrar que tá melhor assim, como te disse vida que segue, afinal não se seguiu durante dez anos?

- Não vai ficar mais dez anos sem vir não é mesmo? - pergunta preocupada.

- Claro que não, meu afastamento foi para erguer a "Única", agora não há nada que me impeça de voltar com mais frequência. Só que não pense que todo fim de semana estarei aqui, ainda mais que possivelmente terei que ir a Toronto com frequência.

Neste momento começo uma conversa sobre meus negócios com mamãe lhe explicando sobre minhas expansões e exportações para que a mesma entenda que no final das contas como Regina mesmo explicou, sou uma mulher de negócios que não tem tanto tempo sobrando.

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Já notaram que quando viajamos geralmente saímos com duas malas mas na volta temos cinco ou seis?

Consumistas sim ou claro?

Eu fico com claro. Além das bagagens que havia trago, possivelmente estarei levando mais três.

Digo possivelmente ao ver a quantidade de roupas dobradas em cima da pequena cama.

- Que saco, ainda não creio que amanhã é sua viagem. Odeio Vancouver - Ruby diz ao amassar uma blusa porque aquilo nem de longe era dobrar.

- Tudo que é bom dura nada, quer essa saia para você? - ofereço uma saia de plumas rosa que provavelmente nunca usaria, Killian havia me feito comprar a força.

- Vou ficar parecendo um ganso mas aceito.

Assim como já tinha acontecido algumas vezes, Ruby pisca os olhos fortemente como se estivesse passando mal.

- Não aguento mais isso, vou ao médico urgentemente, ignorei esse tempo todo mas agora está com bastante frequência - diz.

- Agora tô preocupada, por quê não procurou um médico ainda? - a encaro.

- Medo, foi assim que minha mãe descobriu o tumor cerebral que tinha e aos poucos foi se definhando, não quero cogitar a hipótese...

- Não - a interrompo - fica tranquila, no máximo é uma anemia, você tem se alimentado mal - a tranquilizo, mas por dentro estava terrivelmente preocupada.

Nota mental " lembrar David de a acompanhar ao hospital".

- Ontem vi sua amada no balanço da pracinha, parecia triste, bem feito - muda o assunto.

- Não deve estar sendo fácil para ela, amiga. Pega leve.

- Eu quero mais que ela exploda.

- Tá um saco isso aqui, coloca alguma música para agitar essa dobra de roupa e vê se para de embolar tudo e dobra direitinho, loba safada.

Parece que meu pedido faz minha amiga esquecer o assunto Regina, o que me alivia, porém me abala ao perceber que mesmo a iniciativa partindo dela é inevitável seu sofrimento também.

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Uma segunda-feira fria marca o término da minha estadia naquela pequena cidade.

Nem nos meus melhores ou piores sonhos imaginaria uma férias como está.

Novamente em Oz, agora para pegar meu avião.

Mamãe, papai, Rose, David, Kill e Rubs estavam para me deixar louca de tanto falarem na minha cabeça.

Como se não bastasse na mini van ficarem me infernizando, agora continuavam a me fazer prometer que voltaria o mais breve possível.

- Já disse que sim, agora chega desse assunto.

Seguimos para a sala de embarque onde a coisa mais inusitada me acontece.

- Isso só pode ser brincadeira - ouço a voz de Ruby falar debochada.

A mulher sentada em uma das confortáveis cadeiras da sala se levanta ao nos ver entrando.

- O que faz aqui Regina? - pergunto com o cenho franzido.

- Oi - diz baixinho - queria me despedir de você, me lembrei do horário da passagem e resolvi aparecer. Espero não ter feito algo inapropriado - coloca as mãos no bolso traseiro de sua calça mostrando nesse ato, seu nervosismo.

- Inapropriado é pouco, te falta noção mesmo - mais uma vez escuto a voz de Ruby seguida da de meu irmão a rempreendendo.

- Tá tudo bem, não há nada de mais - tranquilizo-a.

Volto a atenção para minha família.

- Como já perceberam tenho que entrar no avião, quem vai querer me abraçar primeiro? - brinco pois já sabia que receberia um abraço coletivo.

Após o mesmo me viro para a morena ao lado sem saber como me portar.

- Trouxe isso para você - me entrega um papel de agenda - é a minha receita de torta de maçã. Sei que adora, então, é meu presente.

- Obrigada, mas acho que não poderei aceitar, eu e cozinha não nos damos bem você é testemunha - sorrio.

- Aceita logo loirão, você não cozinha, mas Mulan sabe fazer uma comida maravilhosa como ninguém e ela vive na sua casa - mais uma vez Ruby estava falando.

- Quem é Mulan? - Regina fala com um tom de voz que reconheço, ciúme.

- Apenas uma amiga - esclareço.

- Amiga, asiática, gata, solteira e vizinha da Emma - gente alguém cala a boca dessa minha amiga.

O último alerta sobre o embarque é dado no auto falante do salão. É hora de despedir.

- Então família até breve - dou um tchauzinho para todos e fazendo algo que meu coração aclama, dou um abraço apertado em Regina - fica bem tá? - sussuro em seu ouvido.

- Uhum, fica bem também - murmura de volta - te amo.

- Eu também amo você - lhe dou um beijo na bochecha e sem olhar para trás embarco.

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Vancouver, minha linda e maravilhosa cidade que adotei com todo meu fervor.

Parece que em um mês ela havia ficado mais linda que o normal. Nessa época do ano, sem neve, sua beleza imperava.

Depois de não sei quantas horas estava de volta. E minha nossa como era bom estar de volta.

- Vai babar no meu carro não em patroa. Assim como você é apaixonada por esse lugar, sou apaixonada pelo meu novo carro - Mulan fala apenas para pegar no meu pé.

Minha amiga e subordinada havia se oferecido para me buscar no aeroporto. Tudo bem já imaginava que viria um pedido de favor depois, mas com tantas malas prontamente aceitei.

- Besta, me fala logo qual é a surpresa que terei, por favor me diga que não é festa porque tudo que quero é tomar um banho e descansar.

A asiática havia deixado claro que ao chegar em casa teria uma certa surpresa a minha espera e já estava á ponto de roer as unhas dos pés de ansiedade para saber o que era.

- Já estamos chegando em casa tá bem, te controla.

Sabendo como ela era boa com segredos só me restava esperar.

...

Ao entrarmos no elegante elevador finalmente a ficha cai, estava novamente em casa.

O elevador para no décimo sétimo andar.

Antes de me dirigir a porta de meu apartamento sigo para o de Mulan, afinal de contas a minha maior joia rara estava aos cuidados da asiática.

- Meu amor, como a mamãe estava com saudade - falo ao ver Addison deitada no meio do sofá marrom escuro.

Me sento ao seu lado e começo a acarinhar seu pelo ruivo.

- Sentiu minha falta amorzinho da mamãe? - como uma típica gata a mesma não tá nem aí - A mami quase morreu de saudade.

Um gato cinza surge do corredor me deixando intrigada.

Pego Addison no colo para que a mesma não se assuste com o outro felino. Percebo que seu peso aumentou gradativamente.

- Mulan que gato é esse, que eu saíba você não tem um felino.

- Ah... esse gato? - passa a mão nos cabelos parecendo nervosa - Esse é o Mushu meu novo mascote e também o pai dos seus netos. A Addi tá grávida, surpresa!

- GRÁVIDA?


Notas Finais


Ruby a amiga protetora, mas quem nunca fez isso por uma amiga que atire a primeira pedra né?

Gostaram? Até...

Desculpe os erros.


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