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História A Vampire Respect - Capítulo 2 - Vida de um vampiro


Escrita por: toji

Notas do Autor


Bom dia!!
Decidi postar toda quinta, fica mais fácil pra mim.
Aqui vai outro capítulo e perdoem qualquer erro. Eu sempre reviso antes de postar mas sempre algum passa.
Boa leitura~

Capítulo 3 - Capítulo 2 - Vida de um vampiro


  Quando acordei, me vi agarrado a HyukJae como se ele fosse meu bicho de pelúcia favorito. Ele estava desperto, os longos dedos acariciando minhas costas. Sentei-me rapidamente e o encarei, envergonhado, sabia que as minhas bochechas estavam um pouco avermelhadas. Levei minha mão ao pescoço, sentindo minha pele se arrepiar de ansiedade.

 

   - Sonho ruim? - Ele perguntou, delicadamente.

   - Vampiros não sonham. - Respondi com um tom meio seco.

   - Você sonha. - Ele me olhava com expressão impenetrável. - Obrigado por me ajudar.

   - Sem problema. - Sim, problema. - Pensei. Pelo jeito, a proximidade de Hyuk me afetava de maneiras inesperadas. - O que houve com você?

   - Não precisa se preocupar. - Disse ele, com arrogância. - Já está resolvido.

 

  O que estava resolvido? Eu não perguntei porque sabia que não teria resposta. Os trigêmeos eram bons em guardar segredo. Observei-o sair da cama, meu olhar pairava em seu torso definido. O peito já estava totalmente curado. Controle a vontade involuntária de meus dedos que queriam passear por aquela pele pálida exposta que parecia ser macia, queriam contornar cada gominho de seu abdômen. Desviei o olhar e engoli seco.  Quando tornei a olhar para ele, HyukJae já estava vestido com uma regata preta e um jeans da mesma cor.

 

   - Você não gosta de cores? - Indaguei curioso.

   - Preto é uma cor. - Declarou ele e sorriu... um sorriso triste e breve, que ele havia aperfeiçoado como um monge penitente. Eu sentia falta dos outros sorrisos, tanto o gengival que era o sorriso mais perfeito ao meu ver quanto o outro cheio de malícia. Qualquer um daqueles sorrisos era como ter um vislumbre do paraíso antes dos portões se fecharem de novo. Provavelmente, eu nunca mais o veria sorrir de nenhuma daquelas formas. - Adeus, Hae-ah. - E rapidamente selou os meus lábios junto os seus e depois se afastou.

 

  Surpreso, com a despedida e o beijo repentinos, consegui apenas acenar distraído. Estranhamente, eu não queria que ele fosse. HyukJae me deixava desconfortável e confuso, mas ao mesmo tempo eu queria ficar perto dele. Um sinal de alerta, claro: como se o meu corpo não se importasse com o que ele pode fazer com meu coração. A luxúria tem suas próprias recompensas. Ainda assim, o prazer puro e simples tende a brilhar e depois desaparecer, deixando para trás apenas a dor e o vazio.

  Enquanto HyukJae desvanecia, ele fez um gesto com as mãos e algo prateado e brilhante caiu sobre a cama. Apanhando-o, acompanhei com o dedo os contornos de um pequeno macaco. Prata puro. A pulseira tinha um pingente em forma de macaco e outro em forma de um "H" cheio de curvas. De HyukJae? Ora... isso seria um presente de agradecimento? Ou uma marca de posse? Era difícil dizer.

  Eu ri. Ele provavelmente fabricava aquilo para qualquer um que o tratasse com gentileza. Nada especial. Além disso, vampiros que quisessem colocar outros sob sua proteção, ou dar um passo na direção do enlace, tinham de colocar sua marca de propriedade no pescoço. Era mágica; qualquer criatura paranormal podia ver um ser marcado. Eu havia me apossado de LeeTeuk assim que Minnie me ensinou como fazer isso. Ele era meu filho, eternamente sob a minha proteção, e qualquer um que me esse com ela teria de se ver comigo.

  Nosso símbolo era um peixe. Pois meu filho e alguns amigos viviam falando que eu tinha cara de peixe, então achei uma boa ideia em colocar isso como meu símbolo.

  O macaco me prendeu a atenção outra vez. Não passou despercebido por mim que, em meu sonho, um desenho parecido com esse havia aberto a torre. Nem o fato de que um lobo me esperava. Eu não tinha certeza se queria pensar a respeito do meu sonho e tentar entender seu significado. Talvez não significasse nada.

  Era inegável minha atração por HyukJae, embora eu desejasse muito negá-la. Eu tinha um histórico de me apaixonar por homens ruins para mim. Geralmente, se eu me sentia atraído por alguém, a probabilidade de ele não valer nada era grande. Por outro lado, o loiro já havia feito o pior que podia acontecer comigo, não? - Você está sexualmente atraído por seu assassino, senhor Lee DongHae? Tsc, tsc. - Pensei comigo mesmo depois suspirei.

  Era difícil acreditar que já fazia três meses que ele petiscara meu pescoço. Você já deve ter lido um daqueles romances em que o vampiro-herói, de alma torturada, leva a sua amada para o "Outro Lado" com relutância... Bem, minha experiência foi exatamente a oposta disso.

  Eu estava voltando para casa depois de buscar sorvete, e tinha saído do meu Opala. Quando me virei para fechar a porta, ouvi um ruído de pés atrás de mim, seguido de um rosnado de arrepiar. Não havia nada sexy naquelas mãos geladas com dedos longos me agarrando pelos quadris e os dentes afiados e nojentos se enfiando em meu pescoço. A coisa mais assustadora foi que eu não conseguia ver quem me atacou. Eu podia sentí-lo.... ele era alto, frio, e rosnava. Quando acabou comigo, me largou na calçada e fugiu. Eu morri. E a pior parte foi que eu nem pude tomar o sorvete que eu havia ido buscar.

  Se o Consórcio - algo como o "Corpo de Paz" dos vampiros - não tivesse chegado à cidade com vários mestres vampiros para nos transformar, nenhum de nós teríamos sobrevivido. Não que estejamos realmente vivos, mas você entendeu. Hyuk estava contagiado com uma doença terrível, que só afeta vampiros. Todos estavam em busca de uma cura, inclusive o Consórcio. Eles conseguiram livrar HyukJae daquela doença, mas o que eles usaram só funcionou nele.

  Quando despertei depois do ataque, estava grudado no pescoço de um vampiro chamado Lee TaeMin. Depois que Teuk se recuperou do trauma de minha morte e vampirificação, ele com frequencia cantava Monster Mash* só para me irritar. TaeMin voltou para sua esposa em Seoul e deixou que os outros mestres, os que preferiam ficar em Gangjin, me ensinassem o que eu precisava aprender sobre a minha nova vida.

  Depois que tudo se ajeitou, o Consórcio revelou que estava comprando casas e negócios na cidade para construir em Gangjin a primeira comunidade paranormal na Coréia do Sul. Quase todos os moradores humanos já tinham se mudado ao longo do verão. A cidade estava praticamente vazia, com seus edifícios sob constante demolição e reconstrução.

  Ser transformado em vampiro me livrou de vários problemas que ocorreriam por causa da idade. Mas outras coisas sumiram junto com isso, por exemplo, o nascer do sol, viagens, sorvete. - Ah, as alegrias de um pote de sorvete de morango... -

  Minha mente voltou ao sonho. Porque eu estava associando o lobo a HuykJae? Por ter medo dele? Por que eu o queria, mas tinha medo dele? Encontrar uma cama em uma torre, um óbvio símbolo fálico, me parecia carregado de simbologia sexual. Manter relações sexuais não é um negócio muito sério para nós, vampiros. Talvez meu subconsciente estivesse só despejando minha frustração sexual no único homem que dividira a minha cama em mais de um ano. Verdade, ele havia apenas me abraçado, sem tentar nada mais ousado. - Aquilo que eu sentia se misturando ao alívio seria... hum... pesar? - Bem, mas mesmo assim. HyukJae era lindo, tipo um galã de cinema. O tipo de beleza que homens - e mulheres também - como eu via à distância e desejava, mas, sem nunca, nem em um milhão de anos, chegar perto.

  E o que isso importava? Eu não tinha intenção de me envolver com ninguém, nunca. Paixão, para mim, era tipo um ovo de páscoa com uma surpresa dentro. Nunca vinha o que eu queria.

  Mesmo assim, era difícil esquecer aqueles olhos, aquele cabelo loiro platinado, aquele abdômen definido. Pobrezinho de mim, todo reprimido! Lembrei-me de rodo aquele sangue e sujeira que eu havia limpado. Por que HyukJae fora atacado? O medo subiu por minha espinha em forma de um arrepio. Nós havíamos tido problemas com um grupo de vampiros chamados de Espectros. Eles eram um grupo detestável, mas tinham sido expulsos de Gangjin alguns meses antes. Estremeci ao imaginá-los, ou suas abominações híbridas de vampiros e lobisomens, à solta na vizinhança novamente.

 

   - Ei, Appa! - Chamou Teuk. - Seu café está aqui.

   - Divida suas panquecas com SiWon. - Pedi.

 

  Se eu não podia aproveitar os carboidratos via direta, podia pelo menos sentir o vago sabor de panquecas mergulhadas em calda na forma líquida e processada. SiWon era um de meus dois doadores favoritos. Os doadores humanos eram pagos para servir de refeição de vampiros, uma cortesia do Consórcio. A maioria de nós precisava apenas de um copo por noite para sobreviver.

  Choi SiWon era um sujeito simpático, tinha um sorriso lindo. Ele era inteligente e amava livros; nós dois nos dávamos bem porque, tirando o meu filho, o que eu mais amava no mundo era ler.

  Tomei uma ducha rápida no banheiro privativo - outra cortesia do Consórcio - e vesti uma box azul escura, uma calça jeans, uma camiseta branca, um blusa de moletom azul e uma jaqueta jeans por cima, todas as peças de roupa faziam parte de minhas novas aquisições feitas por internet. Meu amigo Minnie e LeeTeuk sentaram-se na frente do computador comigo e me ajudaram - ou melhor, escolheram por mim - na compra de roupas que eu provavelmente não levaria por opção própria.

  Duas semanas antes, depois de examinar minha calça de social preferida e a camisa que eu usava, o mais velho insistiu que meu visual "garoto certinho" tinha de desaparecer. O negócio é que SungMin tem um coração, e uma boca, do tamanho de Seoul. Ninguém pede a opinião dele, a não ser que realmente queira ouvir a verdade.

  Minhas compras tinham chegado na véspera, e aquele era o meu primeiro dia com o novo look, batizado por Teuk de "cool & sexy appa". Eu não tinha muita certeza que isso fosse melhor do que "garoto certinho", mas não tive escolha já que minhas roupas antigas tinham sumido.

  Na noite anterior, Minnie tinha me arrastado para um salão de beleza, que deu um corte novo. Deixando-o um pouco mais curto e com uma franja acima dos olhos.

  Arrumei a franja em frente ao espelho e calcei um par de coturnos pretos. - Ah... nada mal. - Disse eu para o meu reflexo e dei de ombros. Eu sou tão pateta às vezes...

  Quando olhei para a penteadeira, vai a pulseira prateada de HyukJae. Eu havia a deixado ali em cima, sem nenhuma intenção de usar. Mas... acabei pegando-a e colocando no meu pulso direito, senti no mesmo instante que havia feito a coisa certa.

  Rapidamente, desci as escadas e entrei na cozinha. Do lado esquerdo, havia uma alcova com assentos contornando uma mesinha redonda. Era ali que LeeTeuk, usando uma camiseta branca e um jeans da mesma cor, - branco, aquele menino é fissurado por essa cor, só pode!! - estava comendo panquecas com SiWon. Ele era um pouco mais velho que eu, cabelos negros penteados para o lado e olhos de mesma cor. O mais velho gostava de usar calças escuras e camisetas coladas no corpo para mostrar o seu corpo definido.

  Ele estava levando uma garfada de panqueca à boca quando se virou para olhar para mim. Seus olhos se arregalaram o máximo possível para um oriental, e ele acabou espetando o garfo na bochecha.

 

   - Aish! Droga! - O talher bateu no prato, e ele agarrou um guardanapo, ruborizando muito enquanto limpava a calda do rosto. E Teuk rolava de rir.

   - LeeTeuk! - Censurei, carrancudo, embora tivesse de usar todo o meu autocontrole para conter o riso que ameaçava escapar da minha garganta.

  Corri para a mesa e tentei ajudar a limpar, mas ele recusou a minha ajuda.

   - Estou bem. - SiWon disse, obviamente nervoso. Quando terminou de se limpar, olhou para mim envergonhado. - Você está muito bonito.

   - Obrigado.

 

  Seria loucura minha, ou eu estava vendo SiWon me encarando como se estivesse me despindo com os olhos? De jeito nenhum. Ele era como um cobertor quentinho num dia frio. Ele me deixava confortável. E eu não gostava nem um pouco do modo que ele estava me olhando. Sorrindo vagamente, olhei para o meu filho. Teuk deu de ombros e voltou às panquecas,  mas não antes que eu pudesse detectar seu sorriso disfarçado.

 

   - Você está pronto, DongHae-ssi? - SiWon se levantou e andou até a porta da cozinha. Ele sabia que eu não gostava de me alimentar na frente de meu filho. Uma coisa era eu ser um vampiro; outra, completamente diferente, era fazer coisas vampirescas na frente de minha familia.

 

  Fomos para o meu escritório. A mesa grande e decrépita estava atulhada de papéis, arquivo e livros. Livros também cobriam as prateleiras ao redor do aposento e empilhavam-se no chão. Duas grandes poltronas de couro ficavam em frente à mesa, mas uma estava coberta de - isso mesmo, mais livros -. O maior sentou-se na poltrona vazia e eu fiquei olhando sem entender.

 

   - Ahn, como é que eu vou me aproximar assim? - Perguntei.

 

  O outro sorriu e indicou seu colo. Certo, agora eu estou alarmado. Já fazia três meses que era meu doador, desde o dia em que eu me tornara vampiro, e aquela era a primeira vez que ele me passava esse tipo de sensação. Como se ele quisesse me morder. Talvez eu estivesse sendo muito exagerado. Embora tivesse aceitado que beber sangue era o único modo para continuar "viva", isso ainda não tornava o ato uma parte divertida do meu ritual diário. Provavelmente, eu estava vendo as coisas piores do que eram.

 

   - Bem, então... acho que deveríamos... Ahn... prosseguir.

 

  Apertei minhas mãos uma na outra brincando com os meus dedos e sentei-me sobre os joelhos dele. O mais velho balançou as pernas como um idoso brincando de cavalinho, e eu caí em seu colo.

 

   - Assim está melhor. - Disse ele. - Beba.

 

  Ele inclinou o pescoço, e mesmo sem eu querer me mover, estava em um angulo muito desconfortável para enfiar minhas presas na artéria. Chegando mais perto, pus meus braços em volta dele.

 

   - Isso... - Murmurou SiWon, baixinho. - Assim...

   - Que?

   - N-nada.

 

  Eu estava morrendo de fome, por isso não dei importância à estranheza de tudo. Minhas presas surgiram novamente, e eu as afundei no pescoço dele. O sangue que fluiu para a minha boca tinha um sabor maravilhoso, parecia o nirvana. Eu podia não gostar do começo ou do final do processo, mas tomar sangue, em si, era quase orgástico.

  Foi quando senti algo se movendo junto à minha bunda. Algo duro. Algo 'crescendo'. Ah meu Deus! Larguei SiWon na mesma hora e olhei para ele, confuso e horrorizado.

 

   - O que você está fazendo?

   - Você é tão lindo. - Disse ele, enquanto massageava meu membro por cima da calça e pressionava sua ereção contra as minhas nádegas.

   - Pare já com isso!

   - Não! - Ele gritou. Depois me agarrou pelo ombro e enfiou a língua na minha boca. Eu quase engasguei e ele continuava o movimentos no meu membro.

   - Appa, você tem visita! - Avisou LeeTeuk da porta. Eu o ouvi tomando fôlego. - Pelas águas de Netuno! O que você está fazendo com ele?

 

  Eu me afastei do beijo melado de SiWon e tentei sair de seu colo, mas ele se agarrava em mim, desesperado. Com a minha força sobrenatural, eu poderia machucá-lo, então tentava me soltar sem quebrar seus braços. Nesse momento ele me soltou tão de repente que eu caí no chão.

 

   - Mas que merda está acontecendo aqui?

 

  O choque me deixou congelado onde eu caí, enquanto olhava para cima, e mais para cima, para encarar os olhos furiosos de Lee HyukJae.


Notas Finais


*A música que o Teuk cantava: http://www.youtube.com/watch?v=l2PoSljk8cE
Look "garoto certinho": http://jereca213.files.wordpress.com/2009/10/sj_476_gagpouw.jpg
Look "cool & sexy appa": http://images5.fanpop.com/image/photos/29200000/2012-2-17-Donghae-s-Elle-Girl-Korea-Scans-super-junior-29239378-629-800.jpg

Espero que tenham gostado! :)
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