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História A verdadeira Roxanne Sirius Black - Capítulo VIII


Escrita por: BiancaBlack1959 e CarlaNCunha

Capítulo 8 - Capítulo VIII


— Posso fazer dupla com você? – Kayin perguntou, esperando em pé ao lado dela.

Roxanne sorriu.

— Mil vezes você ao Luke, Kayin – ele sorriu um pouco e sentou.

— Sua amiga está bem? – Ele perguntou, um pouco enferrujado.

— Provavelmente não – Roxanne respondeu, amarrando o cabelo e tirando a blusa.

— Ele disse que foi ruim.

— Ela é um pouco sensível – ela procurou o garoto enquanto colocava as luvas. – Pode fazer Eric ficar mais um pouco quando a aula acabar?

Kayin franziu as sobrancelhas.

— Você ainda é assustadora pra ele, Roxanne.

Ela gargalhou.

— Por Merlin, Kayin, acha que eu vou confrontá-lo por não gostar dela?

Ele ponderou.

— Não. – Kayin era um oclumente nato, mas naquele momento, sua dúvida gritou na cabeça de Roxanne. – Você…?

Ela revirou os olhos com um sorrisinho.

— Eu não faria isso com a Daphne.

A aula começou, e a Prof.ª Sprout como sempre deu muitas oportunidades para distribuir pontos. Dylan foi inútil como dupla de Lara, mas ela foi piedosa e passou as respostas para ele, que conseguiu dez pontos para a casa.

Quando a aula terminou Roxanne estava exausta e suja de terra, mas ainda teve que esperar a estufa esvaziar para falar com Sprout. Pomfrey tinha pedido que ela pegasse algumas plantas que estavam em falta na enfermaria.

— Claro, querida, espere aqui. – A professora saiu.

— Roxanne? – Ela se virou para Eric. – Quer falar comigo?

Ele visivelmente ainda tinha medo dela.

— Uhum. – Ela respondeu, limpando a bancada em que estivera. Olhou para ele. – Não consegui saber muita coisa com Daphne.

Eric enrijeceu, nervoso.

— Eu… falei com ela.

Roxanne riu.

— Imaginei.

— Ela ficou muito mal? – Perguntou preocupado.

— Ficou. – Ele engoliu em seco. – Mas não dava para esperar outra coisa. Falou a verdade para ela?

Ele balançou a cabeça negativamente, com os olhos marejando.

— Não consegui… Mas e-eu disse que era culpa minha, eu tentei não magoá-la.

Roxanne suspirou.

— Fiquei com medo que continuasse com isso na cabeça – Ele baixou o rosto. – Não é culpa sua, Eric.

— É claro que é… Foi horrível! Ela não acreditava quando eu dizia, e ficava perguntando se ela não era boa, e se eu gostava de outra… – duas lágrimas caíram. – E eu não consegui… Se eu tivesse dito a verdade ela… E-ela não pensaria aquilo. Mas eu não consegui, e eu sinto muito. E-eu…

Dessa vez foi um pouco mais fácil para Roxanne vê-lo chorar.

— Você devia ter um pouco mais de consideração com sua própria sensibilidade, Eric. – Ela respondeu, amena. – Honestamente, estive mais preocupada com você do que com ela. – Ele a olhou, mas a voz não saiu quando ele abriu a boca. – As coisas ficam mais fáceis quando você deixa de ser seu próprio inimigo. Pare de se culpar, Eric. Se não pode mudar seus sentimentos por ela, deixe ir.

— Eu magoei ela, Roxanne. – Ele respondeu, depois de mais uma torrente de lágrimas e alguns segundos. – Eu fiz ela sentir as mesmas coisas que eu sinto, eu não posso não me culpar.

— Eric, você não podia fazer outra coisa! Não tem como mudar, e martirizar não ajuda nenhum dos dois. Ela sente a rejeição com mais intensidade do que devia porque nunca se achou boa, e você sabe que ela está errada. Se ela tivesse uma base boa, entenderia que os relacionamentos que não deram certo eram combinações erradas, não é? – Ele continuou quieto por alguns segundos, depois assentiu, entendendo o argumento dela. – Eu dou suporte enquanto ela não se sustenta sozinha. Como amigo você ainda pode fazer o mesmo, e se quiser – ela se sentiu um pouco idiota. – faço por você também.

Ele abriu um sorriso de doer as bochechas e a abraçou demoradamente. Ele não conseguia dizer nada, mas tentou deixar claro o quanto a agradecia daquela forma.

A professora apareceu um pouco depois, e a impressão que Roxanne teve foi de que ela esperara até a conversa acabar para aparecer.

Os dois saíram conversando, procurando se conhecer um pouco melhor. Não demorou para ela conseguir fazê-lo rir e ficar confortável.

— Malfoy! – Roxanne suspirou quando viu Sirius sentado no chão do jardim.

— Já vou! – Respondeu.

— Quer que eu espere? – Eric perguntou.

— Não, talvez demore. – Ela sorriu, chateada. – Se eu falar que tem terra no meu sutiã talvez ele se apresse – Eric riu. – Ah, é verdade, quero tomar banho logo… Enfim, tchau.

— Tchau. – Ele deu um beijo na bochecha dela e foi para o castelo.

— Seja direto, Black. – Ela sentou de frente para ele e viu que ele tinha um embrulho preto no colo. – O que é isso?

O embrulho se mexeu e lambeu o braço de Sirius, que riu.

— Legal, você vê. – Ele respondeu, e o pequeno testrálio desceu de seu colo e o contornou para o acesso ao braço de Sirius ficar mais fácil. – Ai!

— Pelo amor de Merlin, como vocês conseguem se machucar tanto?! – Roxanne afastou o potro de Sirius para ver o corte melhor. – E o que ele está fazendo aqui?

— Pode deixar, eu cortei para atrai-lo – Roxanne soltou o testrálio surpresa. Sirius acariciou a cabeça dele e a olhou. – Herbologia?

Ela revirou os olhos.

— Sim. Deixe eu fechar o corte pelo menos – ela pegou a varinha embolada na gravata dentro da bolsa. – Sirius pegou o testrálio de novo e estendeu o braço para ela. – Eu perguntei por que ele está aqui.

— Fizemos uma aposta – ela cerrou os dentes e apertou a varinha com mais força, machucando-o enquanto fechava o ferimento. – Torna as coisas divertidas. Eles ainda estão na floresta procurando.

— É só um filhote. – Ela sibilou, guardando a varinha.

Sirius sorriu.

— Eu sei, é bonitinho não é? – ela franziu as sobrancelhas, um pouco confusa.

— Uhum. – O primeiro vento gelado a atingiu e ela lembrou seu objetivo. – Fale o que você quer logo.

 — É bem simples, mas vai ter que esperar – ela respirou fundo. – Aquele era o Eric?

— Era.

— Sua amiga não gostava dele?

— Sim. – O testrálio terminou de lamber o sangue no braço de Sirius e deitou. – Me deixa pegar ele.

— Quê? – Ele perguntou surpreso. Roxanne revirou os olhos e se inclinou para ele.

— Vem aqui, meu amor – ela sussurrou para a criatura, e o testrálio foi de bom grado. – Por que o bom humor?

Ele ainda arqueava as sobrancelhas.

— Ahn? Eu sempre estou de bom humor, Malfoy – ela revirou os olhos. – Você que é antipática.

— Oh, me perdoe se eu não caio de amores por pessoas que se acham melhores que eu e fazem apostas me envolvendo.  

— Bom, qualquer um pode ser melhor que os elitistas, e pensávamos que você era, então… – ele deu de ombros. – A aposta não é o que você pensa, então vamos voltar. Prevot não se declarou para ele?

Roxanne cerrou os dentes, mas manteve a calma por fora.

— Não insinue que estou dando em cima dele, Black. – Ela acariciou a pele coriácea do pequeno testrálio e o olhou.

— Se você nega.

— Nego. – Respondeu ácida, e em seguida respirou fundo. Não podia perder a paciência tão fácil. – O que eu tenho que fazer por essa aposta?

— Só conversar comigo, por cinco minutos.

Ela esperava algo pior.

— Quanto tempo falta?

— Ainda não conta. Eles têm que ver.

Ela bufou, decepcionada.

Ela ergueu o testrálio a altura de seu rosto.

 — Eu cometi um pecado muito feio, não foi, meu amor? – Sirius revirou os olhos, mas sorriu um pouco. – Podíamos estar em silêncio até agora, então.

— Podíamos – ele respondeu, displicente. – Mas fizemos a aposta em cima do pedido da Lara.

Roxanne o olhou, depois suspirou.

— Eu devia ter imaginado que ela pediria para vocês também.

— É, devia. Mas acho que você não impediria.

— Não, mas eu preferiria saber. – Respondeu, alguns segundos depois.

— Não faria diferença.

— Faria. – Ele a questionou com o olhar. – Eu não estaria presa na sua aposta, e a essa hora já teria entregado aquelas plantas para a Pomfrey e tomado banho. Tem terra embaixo das minhas unhas, na minha roupa e até no meu cabelo, Black. – O testrálio saiu do colo dela e foi para Sirius.

Ele revirou os olhos e respirou profundamente.

— Se o seu humor melhorar, podemos conversar amanhã. Eles estão demorando, de qualquer forma.

Ela franziu um pouco as sobrancelhas.

— Vai entrar na floresta também?

— Vou – ele levantou. – Mas já que não estamos no seu horário não se importa, não é?

Ela riu e aceitou a mão que ele estendia.

— Reduz 90 por cento do meu interesse. – Ela pegou as coisas dela. – Boa noite, Black.

— Boa noite.



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