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História A vida não é uma comédia romântica - Second time


Escrita por: gabiduwrte

Notas do Autor


quem é vivo sempre aparece não é mesmo? e ainda aparece sem um motivo plausível pra essa demora toda além da falta de vergonha na cara
obrigada pelos comentários no capítulo anterior, respondi todos no meu coração e é isso que importa certo?
e leiam as notas finais, tem uma perguntinha pra vocês lá
espero que gostem do capítulo e é isto

Capítulo 2 - Second time


Mas você acaba voltando pra mim e eu voltando pra você. É como se tivéssemos um imã. Um polo positivo atraído por um negativo. É a física. Até a natureza conspira ao nosso favor.

— Querido John.

(x)

A pior coisa que pode acontecer com alguém é ter passado por uma situação na qual, depois tudo o que resta são os "e se?". E se tivessem insistido? E se tivessem considerado a proposta de fugirem juntos? E se tivessem mais tempo juntos? E se? E se. Aquela sensação de que as coisas poderiam ser diferentes, aquela angústia em não saber se fez a escolha certa.

Três anos se passaram. Acreditavam que nunca mais encontrariam um ao outro, até porque não trocaram nenhuma informação que permitiria isso, e com esse pensamento ambos seguiram com as suas vidas.

* * *

1994

Aurélio estava sentado na sala de espera de um consultório de pediatria, lendo uma revista, igual aquela vez. Tentava a todo custo evitar mas era quase impossível não se lembrar constantemente daquele momento, era o maior clichê do mundo essa coisa de amor à primeira vista, mas não tinha outra explicação para o que aconteceu naquele consultório três anos atrás, nunca contará a ninguém pois pareceria loucura, mas desde daquele dia sentia-se diferente, como se sua vida finalmente fizesse algum sentido, e não poderia negar que vivia todos os dias na esperança de encontra-lá novamente, procurando em todos os rostos por os lugares.

Mas o destino tem um jeito estranho de juntar as pessoas, até irônico às vezes.

E mais uma vez, entre todos os lugares possíveis do mundo, eles se reencontraram. Em um consultório.

Ela entrou apressada com o seu filho no colo, estava atrasada para a consulta. Quando Julieta estava falando com a recepcionista que Aurélio notou a sua presença.

— Julieta? — Ele a chamou, fazendo a morena se virar para ele.

— Aurélio. — O tom de surpresa era claro em sua voz, — Meu Deus.

Sabe quando alguma coisa muito bom acontece, e você fica completamente sem reação? Era assim que ambos se sentiam naquele momento.

Quanto tempo.

Nenhum dos dois conseguia tirar o sorriso bobo do rosto, tudo o que sentiram naquele primeiro encontro voltará com mais intensidade.

É, três anos.

— Tem tudo isso tudo já? — Agora quem estava surpreso era ele.

— Tem, é a idade do meu filho. — Respondeu, fazendo o homem à sua frente notar pela primeira vez a presença da criança em seu colo. Estavam tão imersos naquele momento que nada mais parecia importar.

— Como é o nome dele? — Perguntou pegando na mãozinha da criança.

— É Camilo. —  Julieta respondeu enquanto colocava o menino no chão, que no mesmo instante começou a correr pela pequena recepção.

— Ele é a sua cara. — Afirmou, depois de observar por mais algum tempo o menor, arrancando um sorriso da morena. — E ele está com algum…

— Não, não. — Negou rapidamente com a cabeça. — Ele não está com nada, é uma consulta normal. Ele é saudável até demais. Mas e a sua filha? Com aquela história toda do parto…

— Não, está bem, está tudo ótimo. Ela tá super bem. Ela tá aí, — Aurélio apontou para a porta do  consultório. — chama Ema. Veio fazer apenas um exame de rotina, nada demais. Eu fiquei aqui porque, — Fez uma pausa.

— Não vai me dizer que você ainda fica nervoso. — Julieta falou em um tom divertido.

— Tem coisas que não mudam, não é? — E depois dessa frase o clima consideravelmente leve que estava entre eles sumiu. Ambos sabiam que ele não estava falando mais sobre seus filhos.

— É. — O sorriso que estampava em seu rosto foi sumindo aos poucos enquanto ela concordava com a cabeça.

Agora estavam ali, os dois se encarando.

Julieta não sabia o que Aurélio estava pensando mas sabia que a única coisa que passava em sua cabeça naquele momento, além dos momentos que passou com o homem à sua frente, era “é agora ou nunca”, já tinha perdido a oportunidade da primeira vez, não deixaria isso acontecer agora.

— Eu sempre pensei em você. — E para a surpresa da morena essa frase não saiu da sua boca mas sim de Aurélio.

— Eu também.

— No que poderia ter acontecido com a gente, se a gente tivesse saído juntos aquele dia, —  Aurelio falava apressado, como se sentisse que se parasse perderia a sua chance, enquanto Julieta só conseguia balançar a cabeça em concordância enquanto pronunciava “eu também” repetidas vezes. — E sei lá, se tivesse cometido alguma loucura.

— Eu sei, eu também.

— Eu não sei nem o teu telefone, o teu endereço, eu não sei o seu sobrenome.

Tinham tantas coisas para falar, tanto para saber, estavam aliviados por terem se encontrado novamente.

Ele estava pronto para repetir aquela pergunta da primeira vez, agora que tinha certeza que ela sentia o mesmo em relação a ele, chamaria a outra vez para fugirem juntos, largar tudo para trás, cometer uma loucura. Mas quando ele ia pronunciar as palavras foram interrompidos.

— Vamos meu amor? — Era a sua esposa saindo do consultório com a filha do lado. — Eu já estou super atrasada, e ainda temos que deixar a Ema na creche. O médico falou que ela tá ótima, que não tem nada. — Aurelio devido ao choque só conseguia encarar a esposa e concordar com a cabeça. —  Vamos? — Falou em um tom mais alto fazendo ele sair do seu transe.

Julieta estava de lado, parada, apenas observando a cena.

E novamente ele foi embora sem saberem nada um sobre o outro.

E assim como antes, nessa segunda vez eles conseguiram apenas um olhar de despedida, um triste olhar e uma sensação estranha no peito e a esperança de que aquela não seria a última vez.

 

 

 



Notas Finais


amores, eu juro que não vou demorar um século pra postra o outro, mas vocês tem que me ajudar numa coisinha: vocês querem que eu siga a história original e mude só o final (que no caso seria mais uns 2 capítulos antes de começar a contar a história do meu ponto de vista) ou a partir do próximo eu já mudar?


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