Depois de seis horas de viagem, eu finalmente cheguei no meu novo apartamento. Ele é pequeno mais, é aconchegante. E pra mim, qualquer lugar que eu possa botar minhas telas e pintar está bom.
E melhor eu ir dormir já que amanhã tenho que organizar essa bagunça, e ir até a nova escola resolver a situação... Eu tomo banho e vou dormir. Quando eu acordo já são nove horas, acho que a discussão com meus pais me desgastou muito, e às seis horas de viagem também não ajudaram. Eu me levanto, tomo banho e vou até a cozinha fazer alguma coisa pra comer. Eu estou fazendo ovos mexidos quando recebo uma ligação.
-Alô?
-Oi meu amor, como você está meu bem? - é a minha vó, ela é a única pessoa que me compreende.
-Eu estou bem vó, só um pouco cansada da viagem e, com fome- eu falo rindo e ela corresponde.
-A Vio, não ficou abalada com a discussão com seus pais?...- eu preferia não falar daquele assunto.
-Eu tenho que ir, um beijo vó. Te amo.- eu desligo antes que ela possa responder. Eu só quero ficar um pouco sozinha. Eu termino os ovos e vou até a pequena varanda para comer lá. Aqui tem uma vista bem bacana, e sol se põe bem em frente a varanda.
Quando eu termino, descido andar um pouco, para pensar e botar a cabeça no lugar. Eu tiro o pijama e ponho uma roupa qualquer, e saio para a rua. Eu vou andando até que passo em frente a um pequeno mercado. Em frente a ele, tem uma pequena caixa, aonde está escrito "me adote" . Eu me aproximei devagar da caixa e, lá dentro tinha seis pequenos cachorros, todos de raças diferentes.
Eu olho para os lados e ninguém está tomando conta deles, isso me deixa meio triste. Eu faço alguns carinhos neles, mais me apaixonei por um que estava no canto da caixa, fraco e magrinho. Ver ele ali fraco e doente me deixa triste ao ponto de uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Eu pego ele no colo, e ele lambe minha mão, como um ato de gratidão. Naquele momento eu percebi que eu estava ali pra salvar ele, mais, e os outros? Então eu decido fazer uma coisa.
-Gente, por favor!- eu falo tentando chamar a atenção das pessoas que estavam ali perto -Aqui dentro dessa caixa, tem seis pequenos animais que precisam de cuidados, de carinho e de amor. Então se alguém aqui tiver um pouco de compaixão, adote um desses baixinhos, eles precisam muito de vocês...
Quando eu acabo meu pequeno discurso, algumas pessoas se aproximaram e pegaram todos o cachorrinhos de forma carinhosa, e alguns já botaram seus nomes ali mesmo. Eu me sinto maravilhosamente bem por ter ajudado aqueles bichinhos. Eu olho pro meu novo amigo no meu colo e dou um sorriso.
Eu descido levar ele para o veterinário, já que ele está fraco e machucado. Quando eu chego no consultório o veterinário me disse que ele aparenta ter dois meses, e que ele precisaria de cuidados especiais já que estava muito mal. Ele me passou várias instruções, deu alguns remédios pro cachorrinho e eu fui pra casa.
-Bom, agora somos eu e você amiguinho...- eu falo abrindo a porta de casa e colocando ele no chão. Eu passo a tarde toda arrumando a bagunça que está essa casa, até as cinco da tarde, quando eu vou até a escola resolver a inscrição. Eu falo com a diretora que é bem simpática, e ela me explicou como é o funcionamento da escola.
Eu volto para a casa quando o sol está se pondo. Então eu pego meu cavalete, uma tela e meus pincéis, e descido fazer uma pintura. Eu me acalmo enquanto estou pintando... Quando eu termino tenho uma bela pintura do por do sol. Eu tomo banho e vou dormir, vou ter um dia bem cheio amanhã.
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