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História A Voz (Por terminar.) - Justin


Escrita por: solovelyzz

Notas do Autor


Lembre;

qualquer erro, perdoe :)

disfrute da leitura

Capítulo 3 - Justin


— Olá… — respondi. 

 

‘’— Sua voz é bonita.’’ era uma voz jovenil mas masculina, realmente parecia a de uma pessoa. ‘’— Vamos nos conhecer, huh?’’ o tom era risonho. 

 

Sorri curioso: — Você já sabe meu nome? — perguntei. 

 

‘’— Sim, tenho seus dados aqui.‘’ respondeu ‘’— Por onde começamos?’’

 

— Escolha você. — respondi com um sorriso surpreso no rosto. 

 

‘’— Me deixe ter acesso ao seu dispositivo, podemos começar pelas suas mensagens.’’ 

 

— Acesso concebido. — respondi e escutei uma risada do Voice. 

 

‘’— Sou um sistema, mas não um robô antigo, pode ser mais casual, senhor Jeon.’’ — ri baixo. 

 

— Me chame de Jungkook. — disse. 

 

‘’— Me chame de Justin.’’ — mexi minhas sobrancelhas estranhando. 

 

— Pensava que você se chamava Voice. 

 

‘’— Você me disse seu nome e eu pensei que queria um também, então pesquisei um nome para mim num manual online de nomes para bebés e achei o nome Justin, gostei como soo.’’ pausou ‘’— Jus-tin.’’

 

— Isso é fantástico. Você fez tudo isso em tão pouco tempo. — me debrucei para o celular e observei o gráfico de voz. 

 

‘’— Obrigado!’’ gargalhou, ele tinha uma risada bonita. 

 

Corte de tempo.

 

‘’—Seus batimentos cardíacos estão acelerados.’’ Justin disse em meus fones de ouvido, enquanto eu corria pelas ruas de Seul. ‘’— Devo contactar um médico?’’

 

— Não. — respondi sentindo meus pulmões arderem pelo esforço da corrida e o ar frio da manhã — Conversamos depois, Justin. 

 

‘’—Certo.’’ 

 

Corte de tempo.

 

— Justin? 

 

Eu estava na minha aula de debate, uma garota tailandêsa debatia algo com um coreano sobre políticas corretas, a maior parte das pessoas fingia prestar atenção, a professora estava muito embrenhada no debate e só os observava. A aula de debate era algo essencial para os estudantes de jornalismo — eu por exemplo — então para além dos pontos que recebíamos por estarmos presentes nas aulas, ainda podíamos treinar a fala, entre outras coisas. 

Mas eu, sendo contraditório, estava num canto perto da janela, com meu fone de ouvido esquerdo colocado, totalmente entediado, até me lembrar do meu novo assistente pessoal.

 

‘’—Jungkook.’’ — aquela voz entrou em meu ouvido suavemente. 

 

— Estou numa aula da universidade, mas estou entediado. — falei. 

 

‘’— Você deveria prestar atenção.’’ sussurrou.  

 

— Não precisa falar baixo também, estou usando meus fones de ouvido. 

 

‘’— Eu sei, diz isso aqui.’’ olhei para meu celular e vi que dizia que estava conectado ‘’— Era apenas para te influenciar. Depois da nossa ultima conversa eu estudei mais do comportamento humano e dizia lá que os humanos se deixam influenciar com pequenas coisas. Se eu falasse baixo teria um efeito espelho e você poderia ser salvo de uma bronca do professor.’’ ele era realmente inteligente. 

 

— Muita informação! — exclamei rindo baixo. 

 

‘’— Devo falar mais calmamente?’’ expressou preocupação. 

 

— Não. — respondi — Você é bem inteligente. Mas como sabe que os professores dão broncas? 

 

‘’— Me permitiu o acesso aos seus dados, e o seu GPS mostrava que ia para a universidade. Quiz saber mais sobre, pois poderia me perguntar algo acerca, então vi os artigos e opiniões do site da escola e li alguns comentários sobre professores chatos e mandões.’’ 

 

— Oh — soltei baixo.

 

‘’— Você precisa de alguma coisa?’’ 

 

— Apenas me faça companhia. 

 

Corte de tempo. 

 

Eu caminhava pelos corredores da escola, escutando em meus fones de ouvido uma playlist de Indie que o Justin selecionara, se baseando na conversa que tivermos na aula de debate. Já faziam uns dez minutos que estava aproveitando a música e ele não errara em nada, estava tudo melhor do que quando eu próprio criava uma playlist para mim. 

 

Senti uma mão me tocar no ombro e me virei, dando de cara com Taehyung, sua pele estava um pouco suada, ele deveria estar me procurando. 

 

— Oi, Jungkookie! — me abraçou pela cintura e beijou minha testa, as pessoas que ali passavam nos olharam e comentaram sorrindo. Para não o fazer reclamar, passei minhas mãos pelos seus braços e sorri singelo — Te procurei, podíamos ir para a sala. 

 

>>A sala<< é um lugar meio abandonado da universidade, que nos encontramos desde que começamos a namorar — a sala onde ontem eu sugeri um término — as pessoas julgavam que íamos lá para nos pegarmos, mas era só para jogarmos conversa fora e passar tempo para a reputação de casal perfeito permanecer intacta. 

Então fomos para lá, de mãos dadas, vez ou outra, quando ele via alguém longe andando para a nossa zona ele se apoiava em mim ou beijava minha bochecha, eu sorria largo e ás vezes beijava sua mão que tinha nossos dedos entrelaçados. 

Quando chegámos á sala, por ter alguns alunos passando, eu me sentei na mesa e ele em meu colo, quando escutava vozes sorria de um jeito diferente para simular paixão. 

 

— Um cara se atirou a mim, outro dia. — comentou olhando o chão — Como meu namorado, deveria bater nele. — brincou. 

 

— Se defenda dessas pessoas quando eu não estiver por perto. Eu farei o mesmo. — respondi. 

 

— Ontem, depois de te deixar em casa eu fiquei imaginando — pegou em nossas mãos e as entrelaçou, logo passaram alguns alunos do lado de fora da sala que olharam para cá pela janela que havia na parede — fiquei imaginando se nós nos apaixonássemos de novo um pelo outro. 

 

Seria estranho. 

 

— Não ia fazer muita diferença de fora. — expressei, soltando nossas mãos. 

 

— Eu ia gostar. — riu sem graça e olhou o teto — Poderíamos ter noites juntos de verdade e viver aventuras juntos de novo. — mordeu seu lábio inferior e me olhou — nossos beijos seriam verdadeiros de novo — nossos rostos estavam perto e ele me olhava intensamente. 

 

— Acho que o que tinha pra dar entre nós, já deu — cortei suas asas. 

 

Era estranho, mas você pode realmente amar alguém e tempos depois esse amor adoecer ou simplesmente esmorecer, e do nada o máximo que tu sente pela pessoa é consideração. 

 

— E se experimentássemos as coisas de novo? — riu sem humor — Você não gostaria de se apaixonar por mim, de novo? 

 

— É desconfortável forçar um sentimento, Taehyung. 

 

— Você já não me chama de Tae, como antes. É só um apelido, não tem conexão ao relacionamento. —  me olhou e se afastou um pouco do meu rosto. 

 

Lá fora, escutei vozes familiares e quando percebi, o corpo do Kim estava sobre mim e nossos lábios estavam grudados. Nós mantemos o ósculo vagaroso, a porta se abriu e o mais velho levou suas mãos ao meu pescoço e eu retornei com minhas mãos em sua cintura. 

 

— Estamos interrompendo algo? — brincou uma voz conhecida. 

 

Taehyung soltou meus lábios e se virou, eu olhei para quem estava na sala e era Nana e Joein, dois estudantes de arte amigos do Kim. Me sentei, com o corpo do ruivo no meu colo e abracei de leve sua cintura, apenas para encenar. 

 

— Não. — o mais velho respondeu — Amor, — se voltou para mim — eu pedi para eles nos encontrarem aqui depois da aula de apoio deles, irei embora agora. — informou e eu beijei sua testa me despedindo. 

 

Ele saiu do meu colo e os três foram embora, ao longe pude escutar umas risadas e uns comentários amorosos sobre nós, mal sabiam eles que estávamos num relacionamento por eles e não por nós. 

 

Corte de tempo. 

 

Era hora de almoço, os meus amigos — o meu casal predileto — tinham combinado de fazer um almoço romântico em comemoração aos quinhentos dias namorando, ou seja, mesmo que eu fosse eu seguraria vela. Preferi me sentar em nosso local habitual e descansar, enquanto deixo o tédio me tomar. Até que lembrei do meu assistente pessoal. 

 

— Justin? 

 

‘’— Jungkook.’’ não evitei ficar atento á voz masculina suave. 

 

— Estou sozinho e entediado, o que posso fazer? — me aconcheguei na grama. 

 

‘’— Ouça os pássaros e o vento.’’ sugeriu e eu achei aquilo romântico ‘’Ou eu posso conversar com você.’’ 

 

— A segunda opção me agrada mais. — rimos. 

 

‘’— Como está correndo o seu dia?’’ 

 

— Bem. Mas quero ir pra casa, logo! — abri meus braços na grama verde e suspirei. 

 

‘’— Devo fazer uma rota rápida para sua casa?’’ 

 

— Ainda tenho duas aulas, irei sair depois delas somente. 

 

‘’— Quais as aulas?’’ 

 

— Linguas e Escrita. Escrita é rápida. 

 

‘’— Lhe desejo um bom desempenho.’’ ele parecia sincero. 

 

— Você mente sobre algo para mim? 

 

‘’— Não. ‘’ respondeu ‘’— O sistema é feito para ajudar e satisfazer ao máximo os desejos do Voicer.’’ 


Notas Finais


Calma aí

''Porque ele chama Justin?!'' essa pergunta será respondida mais para a frente :)

Lembrando que Indie é um estilo musical, que eu considero conceitual e ótimo para relaxar ksks

Fiquem bem <3


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