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História Abismo - Camren - E é hora de partir


Escrita por: StrongerMore

Notas do Autor


Alguém aí não está gostando do jeito que escrevo ou do jeito que a história está sendo articulada no início?
Esclarecendo novamente que esta história já foi postada em outro site e possui quase cem mil visualizações lá e ninguém reclamou antes por achar os capítulos iniciais desorganizados. Se não estiverem gostando peço que me avisem que vejo se reestruturo ou deleto a fic.

Capítulo 8 - E é hora de partir


Após a reunião que teve com sua mãe e Tay, Lauren passou a organizar tudo que era necessário para sua mudança para Londres. Partiria em um voo dali a duas semanas sem previsão de retorno.

Tinha o coração apertado, não queria partir, não queria deixar para trás as pessoas que amava. Ainda tinha esperanças de reencontrar sua latina. Fora mais algumas vezes na boate de Veronica para ver se encontrava Karla, mas não teve sorte em nenhuma das oportunidades. Tentava se convencer que decerto não era para ser...

Passou a se concentrar em arrumar suas malas e separar objetos pessoais que levaria consigo. Seu apartamento permaneceria fechado enquanto estivesse fora.

Ouviu a campainha tocando e foi atender, encontrando Veronica e Lucia do lado de fora.

- Lolooo!! – exclamou Lucia pulando em Lauren e a abraçando com força.

- Você está me sufocando, Lucy. – falou quase sem ar.

- Eu vou sentir sua falta... – ela soluçou se afastando com lágrima nos olhos.

Veronica nos observava arredia, mais distante. Não se conseguia decifrar seu semblante, mas Lauren sabia que ela estava travando uma guerra interior para não chorar. Conhecia aquela quase-latina marrenta desde criança e reconhecia suas reações. Ela estava tentando se manter forte para não demonstrar o que achava ser fraqueza.

- Também vou sentir muita falta de vocês, Lucy. – disse emocionada – Nem sei como vou conseguir aguentar tanto tempo longe.

- Quanto tempo você vai ficar lá, Lauren? – Veronica se manifestou.

Suspirou antes de responder.

- Pelo menos um ano, Vero... – falou Lauren cabisbaixa.

- O QUÊ??? MADRE DE DÍOS, QUIIINN. – ela falou gritando, assustando as duas outras mulheres – Como assim UM ANO? Você não pode ficar tanto tempo longe. A Lucy não vai aguentar.

As duas olharam para Veronica entendendo que Lucy foi colocada apenas como desculpa, pois ela estava morrendo por dentro por ter que ficar tanto tempo longe da amiga.

- É, Lauren. Não vou aguentar ficar tanto tempo longe de você. – Lucy confirmou, pois também seria muito difícil para ela.

- Eu sei, meninas. Para mim não será menos difícil, estarei longe de todos, sozinha, e ainda com um problemão em mãos para resolver. – disse tentando conter as lágrimas que se formavam.

- Lauren, não há alguém que possa fazer isso por você? – Veronica perguntou quase suplicando, com lágrima nos olhos.

 

POV Lauren

Ver minhas amigas daquele jeito me deixava por terra. Elas eram mais que amigas, eram minha família também. Nos conhecíamos desde criança e nunca passamos mais do que uma temporada de férias sem nos vermos. Mesmo com a correria do dia a dia sempre dávamos um jeito de nos encontrar.

Agora teria que passar ao menos um ano sem vê-las e isso partia meu coração, mas ainda tinha duas semanas para aproveitar suas companhias antes de partir.

Maldita hora que Pierce resolveu colocar sua ganância acima da amizade e lealdade. A vontade que tinha era de agarrá-lo pelo pescoço até que ficasse sem ar, mas sabia que jamais seria capaz disso.

- Então, você já está tomando as providências relativas a Pierce? – me questionou Veronica.

- Sim, já entrei em contato com nossos advogados em Londres e enviei o dossiê que a firma de especialistas que contratamos fez. Eles já entregaram para a polícia e eles estão tomando as medidas. Vão esperar eu chegar para tomarem as providências finais.

- Mas Lauren, isso não será perigoso, não é mesmo? – Lucy me perguntou preocupada.

- Acredito que não, Lucy. Mas a essa altura já não sei de mais nada. – falei sincera, pois nunca esperei uma traição vinda de Pierce. Estava totalmente no escuro e não sabia o que iria acontecer.

- Por favor, só tome cuidado. Você indo para lá já está sendo difícil para nós, imagina se te acontece alguma coisa. – disse Veronica com feições preocupadas – E se você precisar pode me chamar que eu apresento Lima Heights Ajacents para ele. – concluiu de forma enfática me arrancando risos.

- Eu sei Vero, eu sei. – falei abraçando-a e sendo abraçada de volta.

- Sério, Lolo. Tome cuidado. – falou e senti suas lágrimas molhando meu ombro.

- Eu tomarei cuidado, Vero. Eu juro. – disse sentido que Lucy entrava no abraço nos aconchegando junto a ela.

Continuamos conversando e Lucy permaneceu sempre me abraçando, parecia que não queria deixar escapar nenhum momento antes de eu ter que partir. Veronica também estava sentada perto, mas ainda tentava se conter.

Insistiram que iriam fazer um churrasco em sua casa para mim, antes de minha partida. Afinal eu passaria um bom tempo sem ver a todos, mas somente seria dito aos que não eram muito chegados que eu estava saindo de férias por algum tempo para a Grécia.

No dia combinado para o churrasco cheguei à casa de Veronica e Lucia perto das onze horas, algumas pessoas já haviam chegado, inclusive minha mãe que veio a meu encontro assim que me avistou.

- Filha, por que demorou tanto? – disse me abraçando forte e beijando meu rosto.

- Desculpe, mãe, acabei dormindo demais e acordei em cima do horário. – falei, esboçando um sorriso.

- Tudo bem, está desculpada. – falou rindo – Vá ver seus amigos que estão todos te esperando.

Fui então em busca de meus amigos, alguns fazia certo tempo que não via e fiquei feliz em reencontrá-los. Uns estavam na piscina, outros conversavam sentados nas espreguiçadeiras ao sol, enquanto alguns buscavam a sombra.

O dia estava agradável e eu estava feliz por estarem todos ali. Afastei ao máximo que o churrasco era porque eu partiria dali a dois dias e ficaria um bom tempo sem revê-los.

Recém havia saído da piscina e conversava animadamente com Troy, tomando uma cerveja, quando uma mulher ruiva se aproxima de mim chegando já me abraçando por trás, sem que eu pudesse esboçar qualquer reação.

- Oi, Lolo. – falou beijando meu pescoço.

- Stela! – falei com desgosto já me desvencilhando de seus braços – Não me chame assim, só os meus amigos podem me chamar de Lolo.

- Mas eu pensei que fosse sua amiga, Lolo. – disse, investindo em minha direção, tentando me roubar um beijo.

- Se tem uma coisa que não somos é amigas, Stela. – já estava perdendo a paciência e falei grosseiramente.

Troy olhava tudo sem esboçar nenhuma reação, estava com os olhos vidrados nos seios de Stela que vestia um micro biquíni.

- Mas você nem sempre pensou assim. – prosseguiu, mais uma vez investindo contra mim – Que tal procurarmos um lugar mais calmo para “conversarmos”. – fez sinal de aspas e eu entendi na hora o que ela queria.

- Olha Stela, se você ainda não entendeu vou te dizer de forma clara: a última coisa que quero é “conversar” com você. Eu te quero bem longe de mim e agradeceria se você não me procurasse mais. – falei a dispensando.

Ela era uma mulher muito bonita, a legítima gostosa e não seria nada difícil transar com ela. Mas eu sabia que se infelizmente fizesse essa burrada ela grudaria em mim e eu só viria a ter problemas futuramente. Stela era uma mulher ambiciosa e oportunista, só queria saber dos prazeres e vantagens que o dinheiro poderia dar.

- O que você faz aqui, sua vadia? – Veronica chegou perguntando sem medir as palavras – Não lembro de ter convidado gente da tua laia.

- Eu não preciso de convite, Lopes. Eu estou com a Lauren.

- Opa, você não está comigo coisíssima nenhuma e acabei de deixar isso bem claro para você. – falei exasperada – E como não te convidaram acho melhor você ir embora.

- Mas, Lauren...

- Você ouviu ela, lombriga ruiva. Cai fora da minha casa antes que eu chame os seguranças, e nunca mais ouse por os pés aqui sem ser convidada novamente.

A ruiva se afastou bufando de raiva, mas não sem antes dizer que aquilo não ficaria assim.

- Lauren, eu tenho que te dizer uma coisa. – Veronica disse me olhando – Você tem o dedo podre para escolher mulher.

Troy não aguentou e soltou uma gargalhada.

- Tenho que concordar com você, Vero, a Laur escolhe a dedo as encrencas. – ele disse levando um tapa no braço logo em seguida. – Aiii, Lolo.

- Acho que a única que não era furada acabou por fugir antes da Lauren acordar. -  falou Vero rindo e também acabou por levar um tapa – Aiii, mas você está violenta hoje, heim.

- Não falem da minha latina.

- Sua latina? Já está assim é? – Troy falou sem conter o riso.

- Seria sua se ao menos você soubesse quem ela é. – disse Veronica.

- Nem me fale. E agora na situação em que estou é que não vou encontrá-la nunca mais. – falei de forma triste.

- Não fica assim, Laur. O que tem que ser, será. – Troy me consolou.

- Já vem você com suas filosofias de para-choque de caminhão. – falei rindo, arrancando risadas de meus amigos também.

- Tá, mas me conta essa história direito, – exigiu Troy – que eu entrei na brincadeira, mas não estou sabendo de nada.

- Ela conheceu uma latina na minha boate há uns três meses atrás e teve a melhor noite da vida dela e só sabe que a tal se chama Karla e fugiu antes dela acordar. – explicou Veronica antes que eu pudesse falar algo.

- Como assim, Lauren?

- Isso mesmo que a Veronica falou. – falei desolada – Tive a melhor noite de sexo da minha vida, com uma garota sensacional e no final ela fugiu, quando acordei ela tinha sumido.

- Mas que droga, Lolo. Isso não deixa de ser um dedo podre. – falou rindo da minha cara.

Ri também e dei por encerrado o assunto. Não queria mais falar daquilo, não naquele momento.

- Vou procurar a Tay para conversar um pouco com ela. – falei abraçando os dois, antes deixá-los Troy me deu um beijo na cabeça, como sempre fazia.

Troy era nosso amigo desde a época do colégio e tínhamos uma afinidade sem igual, sempre fomos parceiros de encrencas. Ele era um rebelde inconsequente, mas com o passar dos anos tomou jeito na vida e abriu a própria empresa de venda e limpeza de piscinas. Seu negócio expandia e ele já tinha filiais em outras cidades.

Me afastei a procura de Tay e a encontrei juntamente com minha mãe nas espreguiçadeiras perto da piscina. Sentei perto delas e ali ficamos um bom tempo conversando e curtindo a companhia uma da outra.

...

Enfim o dia de partir chegou, já estava com minhas malas prontas à espera do transporte que eu havia contratado para me levar ao aeroporto. O porteiro interfonou avisando que já haviam chegado e pedi que os deixasse subir para que pegassem minha bagagem.

Chegando ao aeroporto um nó já se formava em minha garganta, apesar de saber que tinha de cumprir com meus compromissos, meu lado irracional gritava dizendo que não queria ir, afinal também sou humana.

Ao longe avistei minha mãe, Tay, Lucia, Veronica e Troy esperando para se despedir de mim. Aquilo só me deixava pior, pois eu via o que estava deixando para trás.

Me aproximei deles e um por um vieram me abraçar de forma carinhosa, segurei o choro ao máximo. Não queria desabar na frente deles e deixá-los preocupados quando da minha partida.

Fiz o check in e despachei minha bagagem sempre com eles do meu lado e assim ficaram até a última chamada do meu voo.

Abracei, mais uma vez, um por um com força e me despedi. Saí sem olhar para trás, não queria que me vissem chorando...


Notas Finais


Boa semana.


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