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História Abraços Grátis - Isulio (Adaptada) - Pequena


Escrita por: DisneyBiaLove

Notas do Autor


Eu to postando hoje porque vocês (quase) bateram a meta de votos lá no twitter. E eu também queria postar o capítulo logo kkkkk

Boa leitura pra vocês

Capítulo 4 - Pequena


 

Ficamos ali por mais umas três horas. Eu estava me sentindo muito bem nesse grupo, acredito que irei com Julio nos quatro dias da semana. Conheci muitas pessoas e me surpreendeu muito ter encontrado umas 5 pessoas que estudam no mesmo colégio que eu. Vou me juntar com elas. Acredito que tenho que me afastar um pouco da Clara, sei que ela gosta de mim e se importa comigo, mas sinto que ela já está se entediando por não termos nada em comum. Pois, não somos nada parecidas, é muito estranho sermos amigas. Ela vai em festas todos os dias, tem namorado, é líder de torcida, é bonita, está no grupo dos populares e eu só estou fazendo com que ela fique para trás. Devo deixa-la tranquila, para que ela não precisa mais se preocupar comigo. Estou satisfeita com meus novos amigos e Julio.

Estou no ônibus que vai em direção a minha casa. Julio está comigo, do meu lado, minha cabeça está apoiada em seu ombro. Descobri que a rua onde ele mora é a duas quadras da minha. Fico feliz em saber que moramos perto.

- Por que você se mudou para o meu colégio Julio? - Pergunto a ele me sentando devidamente no assento. Ele me olha e ri.

- Minha mão quis me colocar lá. Foi muito confuso. No meu outro colégio tive problemas com um colega, que fez ambos saírem prejudicados. Fomos suspensos. Prefiro não falar sobre isso. – Ri sem graça – Minha mãe ficou louca procurando um bom colégio perto da minha casa. E encontrou. Foi uma surpresa saber que você também estuda lá.

Concordei com a cabeça e sinto como sua mão se entrelaça com a minha. Observo por onde o ônibus está passando. Ainda faltam algumas ruas.

- Quero te agradecer – Sussurro alto o suficiente para que ele me escute.

Ele olha para mim e levanta meu rosto, pois minhas bochechas estão coradas e seu olhar me deixa muito nervosa. Brinco com minhas mãos que estão começando a suar, e mudo o cabelo de lugar várias vezes.

- Por que? – Responde.

- Por não me deixar sozinha. Por me salvar das líderes de torcida. Por me levar ao banheiro e depois na enfermaria. Simplesmente por... – Aperto sua mão. – Se preocupar por mim.

Seu sorriso aumenta. Seu braço direito passa pelas minhas costas e o esquerdo rodeia minha cintura. Fico quase em cima dele. Me da um beijo na bochecha e eu sorrio. Adoro quando faz isso.

- E eu também quero te agradecer.

Me endireito rapidamente em meu assento e olho fixamente em seus olhos. Ele quer me agradecer pelo que? O que eu fiz por ele? Engulo em seco e começo a brincar com meus cabelos novamente.

- Por que? – Digo a ele, franzindo o cenho.

- Por entrar naquela fila para me dar um abraço e confiar em mim. Não sabe como isso é importante para mim. Você é uma pessoa maravilhosa, Isa.

Tenho vontade de lhe responder “Julio, a melhor coisa que aconteceu comigo foi ter te conhecido, é sério, você mudou minha vida, obrigada, obrigada” , mas me dá vergonha e não o faço. Apenas o abraço.

Me separo dele e lhe sorrio. Ele me devolve o sorriso. Me pergunto se as bochechas de Julio não doem de tanto sorrir. Ele sorri toda hora! Admiro isso nele. Eu não consigo. Seu sorriso tão contagiante faz com que eu sorria também.

Percebo que já chegamos em nosso destino, Julio pede para o motorista abrir as portas. O motorista escuta e abre as portas traseiras para nós descermos, Julio se despede nomeando-o pelo seu nome, lhe agradecendo. Também me impressiona como é fácil para ele falar com todas as pessoas. Conhece todo mundo Sinceramente, Julio é como um ídolo para mim.

Enquanto caminhamos até minha casa insisto que prefiro ir sozinha, para que ele possa chagar logo em sua casa, mas ele nega com a cabeça e me diz que quer passar mais tempo comigo, o que me faz corar. Me incomoda e ao mesmo tempo eu adoro quando ele faz isso. Não gosto do fato dele me fazer corar toda hora. Mas do mesmo jeito, me fascina.

Estamos conversando sobre nossas famílias. Eu lhe conto poucas coisas, pois eu disse praticamente tudo naquele dia. E para mim dói falar sobre minha família. O que meu pai deve estar fazendo agora, por exemplo? Não sei nada sobre ele a mais de um mês. Minha mãe não gosta de falar sobre meu pai em casa. Talvez ele já esteja namorando, talvez tenha filhos, talvez tenha conseguido um novo trabalho ou tenha mudado de casa. Dói pensar que duas pessoas que em algum momento se amaram tanto ao ponto de ter uma filha, em poucos anos perderam esse sentimento. Não entendo, como? Se entediaram de estar o tempo todo com essa pessoa? Se cansaram de dizer “te amo” um para o outro? Ficaram fartos da rotina diária? Não sei. Só sei que uma dessas coisas fez meus pais se odiarem cada dia mais. Julio me disse que seus pais se divorciaram quando ele tinha três meses. Seu pai foi embora, largou sua mãe para ir com outra mulher, mas depois resolveram seus problemas e agora são bem próximos. Fico feliz em saber que ele não tenha que aguentar o que eu aguento.

Ele tem dois meios–irmãos, Paula e Miguel. Julio sorri enquanto fala sobre eles, isso me faz ter vontade de conhece-los. Tomara que um dia eu chegue a ter uma relação tão fraternal como Julio tem com seus meios-irmãos, com Letícia.

Mudamos de tema. Agora estamos falando sobre as reuniões.

- Você vai nessas reuniões á quanto tempo? – Pergunto. Ele demora um pouco para responder. Imagino que não se lembra. Olho para baixo.

-Faz uns... três anos. Quando eu tinha quinze.

- Então agora você tem dezoito.

- Sim, sou mais velho que você? Me olha com um sorriso de canto.

- Sim – Sorrio. Gostei de saber que ele é mais velho que eu. Me sinto protegida. Pequena.

- Você vai comigo nos quatro dias da semana para as reuniões?

Concordo com a cabeça. Me pergunto porque criaram esse grupo. São muitas pessoas e não é algo que vemos nas redes sociais, ou por algum interesse em comum. A pergunta fica presa nos neurônios da minha cabeça e tento procurar uma resposta. Tenho vergonha de perguntar a Julio. Mas essa pergunta não para de dar voltas e estou muito ansiosa, então não aguento.

- Julio...

Ele se vira e sorri para mim. Tem o sorriso mais bonito que eu já vi.

- Sim? – Me responde docemente. Por que é tão fofo comigo?

-Por que esse grupo foi criado? – Solto rapidamente. Ele olha para o céu e formula sua resposta. Demora, e muito. Com uma de suas mãos toca sua nuca. Não sei se é porque minha pergunta o incomoda. Começo me sentir culpada pela pergunta. Talvez eu não deveria ter feito.

- Do que eu lembro, a gente quis fazer, porque a ideia foi minha e do Guido. Criamos para as pessoas que tem algum problema pessoal. Que os torturem e fazem com que não tenham muitos amigos, sofram alguma agressão ou de uma simples doença mental. Por exemplo, Guido entrou para o grupo pois seus pais batiam nele, isso fazia ele ser muito tímido na frente de outas pessoas. Agora que ele está no grupo há três anos, é uma pessoa muito mais aberta e se diverte muito. Os outros começaram a se participar porque nos viam na rua com alguns cartazes que fazíamos e foi ficando cada vez maior – Sorri – E cada um deles tem um motivo. Por exemplo, lembra da Manu? – Digo que sim com a cabeça lembrando da imagem da ruiva que conheci hoje. – Ela sofria de bulimia. Ela já não faz mais. Está com nós a dois anos.

Uou. Então é por isso. Qual será o problema de Julio então?


Notas Finais


Qual vocês acham que é o problema do Julio? Escrevam suas teorias aí, e comentem o que acharam

Não esqueçam de votar em Bia no MPN, tanto no site, quanto no twitter.


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