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História Acasos - Um amor surge de onde menos se espera. (EM REVISÃO) - Choro


Escrita por: Milla_B1

Notas do Autor


Adicionei mais um capitulo porque me empolguei na história.

Capítulo 5 - Choro


Fanfic / Fanfiction Acasos - Um amor surge de onde menos se espera. (EM REVISÃO) - Choro

 

Narrado por Luiza

Alguns dias se passaram desde que Lara foi para minha casa, com isso fora chegado à data mais temida e triste por mim, o tipo de aniversário que uma mãe não gostaria de lembrar. Estava sentada em minha mesa e algumas lágrimas teimosas insistem em rolar e o passado volta a mexer com meus pensamentos.

Lembranças

Mili: Mamãe, eu sempre vou estar com você, não fica triste. – Falou em um suspiro.

Lu: Meu amor a ambulância já vem, fica calma. – Ela dá um sorriso fraco, o que aumenta meu desespero.

Mili: Mamãe, papai do céu disse que minha passagem aqui já acabou. – Falou e vi uma lagrima descer de seus olhos verdes.

Lu: Filha eu não consigo viver sem você, fica comigo por favor. – Já estava desesperada com ela em meus braços.

Mili: Eu estarei sempre com você mamãe, promete que vai ficar bem e diz pra vovó e o vovô que eu os amo tá? – Acariciou meu rosto enquanto as lagrimas desciam por ele.

Lu: Filha fica comigo por favor.

Mili: Eu estou aqui mamãe.

Lu: Não faz isso meu bebê. – Já não conseguia conter meu desespero com ela em meus braços.

Mili: Mamãe?

Lu: Estou aqui amor.

Mili: Te amo.

Lu: Mamãe te ama muito, por toda a eternidade.

Mili: Até a eternidade. – Suspirou.

Lu: Pela eternidade, minha princesa. – Chorei abraçada ao seu pequenino corpo, a pequena mão que antes limpavam minhas lágrimas e acariciavam meu rosto estavam caídas, vi ali um sonho tornar-se pesadelo e tudo que me restou foi dor, desespero e uma saudade de um amor eterno.

 

Sai destes pensamentos quando alguém abriu minha porta de uma única vez e mal pude limpar as lágrimas que ali insistiam em permanecer.

Ma: Desculpa Luiza, falei pra Lara bater antes de entrar.

Lu: Sem problemas Marcos. – Sorri tentando disfarçar tudo que sentia naquele momento.

La: Você tá chorando tia? – Falou indo até mim e limpando algumas lágrimas.

Lu: É apenas saudades que algumas vezes insiste em aparecer.

La: Você ta com saudade da Mili?

Lu: É sim princesa, hoje faz três anos que ela virou um anjinho. – Falei enquanto beijava sua mão.

La: Já sei tia, porque não levamos flores até ela, assim você nos apresenta.

Ma: Filha... – o interrompi.

Lu: Eu acho uma ótima ideia, eu já ia até lá, vamos? – Encarei Marcos que nos observava num canto.

La: Posso papai? – Ele apenas assentiu.

Lu: Então vamos.

Nos dirigimos ao cemitério onde deixei meu pequeno anjo descansando, mas a minha maior surpresa foi encontrar meus pais lá.

Lu: Mamãe? Papai?

Helena: Oi filha! – Veio ao meu encontro e me abraçou.

Jorge: Filha, viemos para não te deixar sozinha e matar as saudades. – Juntou-se ao abraço de minha mãe.

Helena: E quem é essa menina tão linda? – Referiu-se a Lara.

Lu: Essa é uma amiga muito especial que eu ganhei a pouco tempo.

La: Prazer, me chamo Lara Viana. – Fez sinal para cumprimentar minha mãe, neste momento Marcos se aproximou, ele demorou um pouco pois foi estacionar o carro.

Helena: Nossa como você é linda e muito simpática, muito prazer, meu nome é Helena e este aqui é o Jorge, somos os pais da Luiza.

Jorge: Filha você não vai nos apresentar seu namorado? – Lara gargalhou da pergunta do meu pai.

Lu: Papai por favor. – Falei extremamente envergonhada – Nos somos apenas colegas de trabalho.

La: Ele é meu pai. – Lara falou altiva com todo orgulho do homem ali presente.

Ma: Prazer senhores, me chamo Marcos Viana. – Cumprimentou meus pais.

Helena: Muito prazer, somos os pais da Lulu. – Deu uma piscadinha pra mim enquanto apertava a mão de Marcos.

Lu: Mamãe por favor. – Marcos riu discretamente da situação, mas nos dispersamos ao ouvir Lara conversar com a foto da minha filha, todos viraram-se para observá-la.

La: Oi Mili, eu sou a Lara, tenho 10 anos, você teria a minha idade se estivesse aqui. Sabe eu e a tia Lu somos melhores amigas. Eu nunca tive amor de mãe, não sei como funciona, mas o dia que eu passei com a sua vi o quanto ela te ama e pude sentir um pouquinho desse amor. Brincamos um dia inteiro e toda vez que ela me abraçava eu sentia um calorzinho no meu coração, não sei se todas as filhas sentem isso quando a mãe as abraça, mas se for, acho que somos quase irmãs. – Ela falava sorrindo sem ao menos notar nossos olhares em sua direção, eu e Marcos nos encaramos enquanto meus sorriam emocionados com a cena, me aproximei e sentei ao seu lado lhe dando um abraço.

Lu: Você já se apresentou não é pequena? – Cochichei em seu ouvido.

La: Sim, contei pra ela do nosso dia.

Lu: Sim filha foi muito legal. – Acariciei a foto enquanto as lagrimas insistiam em cair, ao notar Lara me abraçou como se sentisse toda aquela dor que estava em mim.

 

Narrado por Marcos

 

Depois de um tempo ali, os pais de Luiza saíram para deixa-la um pouco a sós, pediram que eu ficasse de olho nela e levaram Lara com eles. Um silêncio se prostou naquele lugar, o único som que ecoavam eram os dos soluços de Luiza. Ela estava sentada em frente a pequena lapide e devagar me aproximei pousando minha mão em seu ombro, ao olhar em minha direção pude ler as inscrições da lápide.

 

Minha vida na terra não foi longa, mas fui feliz e iluminei a vida de muitos aqui, serei lembrada pela eternidade e amarei a todos através dela.

 

Milena Félix

*2000 / +2007

 

Lu: Era só uma criança – falou aos prantos – e um bêbado destruiu a vida dela e a minha, porque ela e não eu? – Num impulso a abracei e ela apenas chorou.

Ma: Luiza, Deus sabe sempre o que faz. – Falei tirando uma mecha do cabelo do seu rosto.

Lu: Ela disse antes de fechar os olhinhos que papai do céu sempre escreve certo por linhas tortas. – Falou saudosa.

Ma: Ela com certeza era muito inteligente.

Lu: Era sim.

Ma: Luiza, e o pai dela? – Perguntei baixo com medo da sua reação.

Lu: Ele nos abandonou quando ela nasceu. – Falou envergonhada.

Ma: Que covarde. – A apertei mais em meus braços.

Lu: E a mãe da pequena? – Olhou-me curiosa.

Ma: Também nos deixou. – Suspirei.

Lu: Que perua desgraça... Desculpe Marcos. – Falou envergonhada.

Ma: Tudo bem, ela consegue ser isso e um pouco mais, pior que de tudo é que eu a amava com todas as minhas forças e ela destruiu as nossas vidas. – Falei nos levantando.

Lu: Nossas histórias são bem parecidas, mas você graças a Deus tem Lara.

Ma: Graças a Deus. Posso te dizer uma coisa? – Olhei bem no fundo daquelas esmeraldas.

Lu: Claro que pode.

Ma: Você é insuportável, mas é muito forte! – ela deu um pequeno sorriso – Jamais suportaria perder minha filha.

Lu: Tenha certeza que essa posição de “Chata” foi a maneira que encontrei de esconder minha dor, não sou tão forte como você pensa. – Vi uma lágrima escorrer por seu rosto.

Ma: Te conhecendo agora, posso dizer que você é uma das mulheres mais fortes que já conheci. – Num impulso peguei suas mãos e nos perdemos no olhar um do outro, sentimos uma brisa passar por nos e olhamos para a lapide de Milena, automaticamente soltamos nossas mãos.

 

Narrado por Luiza

 

Não sei o que aconteceu naquele momento em que eu Marcos estávamos de mãos dadas, um vento frio e calmo passou por nós, nos fazendo sorrir em meio ao nada. Estava deitada no sofá da sala, meus pais já haviam ido dormir, segurei uma foto de Mili e perguntei como se ela ali pudesse me dar alguma resposta.

Lu: O que foi aquilo meu anjo?

Sei que algo improvável aconteceu, como esperado não obtive nenhuma resposta, beijei a foto em minhas mãos e decidi ir dormir. 



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