História Accidentally Second Season - Party, Drinks And a New Friend

Desci do carro tentando me equilibrar naqueles saltos enormes e, assim que Manu pagou o taxista e saiu do carro também, enlacei meu braço no dela, numa tentativa de me equilibrar. Ao que parecia, o pub estava lotado. Mesmo do lado de fora, eu podia ouvir as batidas de alguma música do David Guetta do lado de dentro.

Quando entramos no lugar, fomos direto para uma mesa próxima à pista de dança e nos sentamos por ali. Manu murmurou alguma coisa como ir pegar alguma bebida e eu só assenti, enquanto observava o local. As paredes eram pintadas em um tom escuro, o que, com as luzes coloridas que havia ali, deixavam o lugar encantador e super descolado. Após um bom tempo sentada observando o local, me dei conta de que Manu ainda não tinha voltado do bar. Resolvi ir procurá-la, mas, ao chegar lá, não avistei ninguém. As banquetas em volta do bar estavam vazias, por sinal.

Eu iria matá-la no dia seguinte por ter me deixado ali, plantada, mas não me preocuparia com aquilo no momento, afinal, havia música, bebida e muitos gatos britânicos ao meu redor. No momento, não havia nada melhor.

Foi então que eu me debrucei no balcão e pedi uma bebida qualquer ao barman, que, prontamente a preparou e me entregou. Me sentei ali mesmo enquanto bebericava-a. Summer, do Calvin Harris encheu meu ouvido, o que me fazia balançar no ritmo da música, ainda sentada. Estava quase me levantando e indo até a pista de dança, quando percebi alguém se aproximar e uma voz rouca sussurrar em meu ouvido.

- O que uma moça tão bonita faz por aqui, sozinha? – após ouvir isso, me virei, encontrando um par de olhos verdes me encarando.

- Minha amiga me abandonou aqui. – fiz um biquinho, o que fez o garoto dar uma risada.

- Posso te fazer companhia, então?

- Claro. – sorri me ajeitando na cadeira, enquanto o observava se sentar na banqueta ao meu lado.

- Me vê a de sempre. – ele disse para o barman. Fiquei me perguntando se ele vinha sempre aqui, até que ouvi sua voz novamente, dessa vez, se voltando para mim.

- E então, posso saber por que sua amiga a abandonou aqui?

- Ela disse que iria pegar duas bebidas, mas não voltou mais.

- E te deixou sozinha.

- Sim. – afirmei hipnotizada por aqueles olhos verdes.

- Então... Eu posso saber seu nome? – perguntei finalmente me tocando que eu não sabia seu nome e nem havia me apresentado.

- Harry. E o seu?

- Rebeca.

- Rebeca... Você não é daqui, não é, Rebeca?

- E por que acha que não sou daqui?

- Ah, seu sotaque. Além do mais, você não parece nadinha com as garotas daqui. Sua pele é bronzeada e tem um corpo diferente.

- Devo levar isso como um elogio? – perguntei.

- Oh, sim. É um elogio. – sorriu mostrando covinhas.

- Bom, eu não sou daqui. Sou brasileira.

- Deveria ter desconfiado. – falou enquanto bebericava a bebida colorida que o barman já tinha lhe entregado. – Então... Você quer dançar, Rebeca? – perguntou.

- Eu adoraria. – sorri de lado, pegando sua mão, que ele havia me estendido e deixei meu copo ali no balcão.

Caminhávamos até a pequena pista de dança, onde várias pessoas se espremiam enquanto dançavam. Me virei de frente para Harry e começamos a nos mover, do ritmos da música alta que nos contagiava a cada instante.

(...)

Não sabia deduzir se aquele era o sétimo ou oitavo copo que eu levava até a boca, mas eu já estava tonta e fora de mim e Harry não estava muito diferente de mim. Estávamos tão fora de nós, que já pulávamos no meio da pista de dança e cantávamos muito alto, fazendo as pessoas nos olharem estranho, mas eu não me importava. Eu estava me divertindo com meu mais novo amigo, qual é o problema nisso?

- Rebeca! – uma voz gritou, fazendo-me cair em mim e olhar para trás, onde uma Manuela preocupada vinha em minha direção.

- Rebeca, onde você se meteu? Estava preocupada com você. Te procurei pelo pub inteiro.

- Eu que o diga, Manuela, foi você que me abandonou primeiro! – gritei com a voz embolada devido a música alta e por conta da bebida.

- Você está bêbada? – sua expressão era de surpresa. – ao ver que eu não respondi, ela falou:

- Vem, você não está bem, vamos para casa. – me puxou pelo braço.

- Mas eu não quero ir para casa. Quero ficar aqui! – exclamei feito uma garotinha birrenta, enquanto puxava Harry, como se ele fosse me impedir de sair dali.

- Rebeca, você está bêbada! Vamos para casa. – disse autoritária. Ei, aquele papel era meu!

- Não! – resmunguei.

- Ela não quer ir! – Harry disse com a voz embolada e, finalmente, Manu pareceu tê-lo notado.

- Olha aqui garoto, - ela começou, mas então olhou para ele. Seus olhos se arregalaram e ela ficou pálida de repente. – Espera, você é H-Harry Styles? – gaguejou.

- Sim, sou eu. – sorriu.

- O-O que está fazendo aqui?

- Não está vendo? Estou dançando. – riu alto após ter dito isso. Ele definitivamente não estava bem. Como se eu estivesse melhor que ele.

- Vem, vou levar os dois embora. – nos puxou pelo braço e saiu do pub conosco. Lá fora, um táxi nos esperava. Entramos no mesmo e fomos a caminho de nossa casa.

Chegando lá, eu e Harry cambaleamos para dentro do elevador, onde Manu apertou o botão para o terceiro andar. As portas se abriram no terceiro andar e adentramos nosso humilde apartamento, com Harry em nosso encalce.

- Fiquem aqui, que eu vou fazer alguma coisa para vocês dois tomarem. Vamos ver se a situação de vocês melhora um pouquinho. – falou e se dirigiu até a cozinha.

Me sentei no sofá e tirei aqueles sapatos que já estavam machucando meus pés. Harry, ao contrário de mim, ficou em pé e parecia estar completamente desligado.

Enquanto o observava, meus olhos começaram a pesar e eu soltei um longo bocejo.

Tudo o que eu me lembro depois disso, foi de cair deitada no sofá e, após isso, senti um peso em cima de mim, mas estava tão cansada, que não consegui abrir meus olhos. E então, eu apaguei.