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História Ace of Gold - 3T - Um Sentimento Mútuo


Escrita por: Day_McKagan

Notas do Autor


Demorei, mas cheguei '-'

No aguardo de comentários, genteeemm! Tô ficando tisti viu? Isso desanima T_T


Boa Leitura! ;)

Capítulo 78 - 3T - Um Sentimento Mútuo


Os olhos de Haym se arregalaram ao ver as cenas em que passavam sua irmã, mas ficou ainda mais chocado ao ver as expressões de seus amigos. As reações eram variadas. Alguns expressavam surpresa, alguns choque, outros, raiva. E todos pareciam não acreditar no que viam. Uma gota de suor escorrer pela testa do loiro.

– Pessoal... V-Vocês não podem acreditar no que viram... – começou ele. – A Myah-chan... Ela não faria...

Haym desviou o olhar para o gramado. Queria defender a irmã, dizer que tudo aquilo era mentira, mas no fundo sabia que tudo era verdade, ainda mais no estado em que ela se encontra.

– Essa garota usou vocês esse tempo todo. Mexeu e brincou com seus sentimentos. – Suzaku começou. – Mesmo assim, querem salvá-la?

Haym olhou no rosto de cada um de seus companheiros e depois para irmã. Ambos seguiam ajoelhados no chão, e ele a amparava pelos ombros. A loira encarava a grama abaixo de si e ainda recusava-se a encarar seus amigos.

– Huhuhuhu... há, há, há, há, há!

Uma risada atraiu o olhar de todos, surpresos. Myah reconheceu a voz de imediato e ergueu milimetricamente seu rosto, mas ainda olhava o chão.

– Fudou... – o jovem Kidou chamou, um pouco espantado.

A risada de Fudou tornou-se uma gargalhada. Ele segurava a barriga, de tanto rir, e em seguida jogou a cabeça para trás, passando a mão direita pelos cabelos até que conseguiu controlar o riso.

– Há, há, há... Poxa, isso parece mesmo uma piada... Uma piada de muito mau gosto... – começou ele, apesar do choque que sofrera, ainda sorria.  – Eu sempre soube que a Isao tinha algo com o Goenji, mas com você, Kidou-kun? Okay, isso me surpreendeu. – tanto Kidou, quanto Goenji, miraram seus olhares para direções opostas aos demais.

– Fudou-kun, isso tem uma explicação- – Haym chamou.

– Cala a boca, Ace of Crap! – bradou Fudou. – Não quero saber de explicações! E quer saber?

Fudou fez uma pausa. Uma longa pausa. Cerrou os punhos com força e mordeu os lábios até sentir o gosto do sangue.

– Que se dane! – falou enfim Akio. – Não é porque ela beijou o Artilheiro ou o Estrategista que eu vou mudar minha opinião! – sua fala fez os olhos de todos se arregalarem. – Eu já havia decidido que iria conquistar a Isao, e não voltarei atrás! – por fim gritou.

A surpresa de todos foi ainda maior, afinal, ninguém imaginava que Fudou, que sempre disse odiar Myah com todas as forças, dissesse tais palavras. As bochechas de Haruna ficaram coradas, enquanto levava as mãos à boca.

– Fudou-san gosta da Myah-san?! – perguntou ela, mais para si mesma.

Myah ainda estava cabisbaixa. Seus olhos pareciam meio arregalados, devido às palavras de Fudou, mas ainda permanecera em silêncio, imóvel. Por fim, Someoka deu um passo à frente.

– Vamos salvá-la! – falou ele.

– Não voltaremos atrás! – Kazemaru.

– A Myah é nossa companheira! – Tsunami.

– Isso mesmo! Ela nos ajudou muito! – Kabeyama.

­– Não desistiremos dela! – Hiroto.

– Vamos até o fim! – Toramaru.

– Não sairemos daqui sem ela! – Fubuki.

– Não entendi muita coisa, mas estamos com ela! – Kurumada.

Kariya, Kirino e Amagi acenaram positivamente com a cabeça.

– Isso mesmo! Não vamos abandoná-la! – falou Tenma.

– Não importa o que tenha acontecido... – começou Kidou.

– ...ela faz parte de nossas vidas agora. – completou Goenji.

– Myah!! – gritaram ambos.

Myah enfim ergueu o rosto. Seus olhos estavam arregalados, enquanto via o sorriso no rosto de cada um de seus companheiros. Seu coração começou a bater acelerado, mesmo que não entendesse o porquê. Tentou controlar, mas naquele momento foi impossível.

– Myah! – o jovem Endou enfim gritou, sorridente. – Vamos jogar futebol!

– Viu só, Myah-chan? – começou Haym, sorridente. – Esses são os companheiros que equipe que você tanto evitou criar laços. São os rapazes que tanto ajudou, mesmo como fingia ser eu. São nossos amigos, nee-chan...

Quis segurar, mas foi impossível. Quando Myah percebeu, lágrimas quentes escorriam por seus olhos azuis. O brilho que emanava deles encantou até mesmo as Quatro Feras Sagradas, que até aquele momento passaram imunes diante da beleza da loira. Ela secou as lágrimas, e com a ajuda de Haym, se colocou de pé.

– Pessoal... Obrigada... – enfim falou Myah – Eu preciso confessar que... Nesses últimos dias eu andava com medo. Apavorada, na verdade. Poderia não aparentar, mas estava. Tinha medo que me pegassem e de nunca mais ver vocês, companheiros tão queridos... Mas agora, diante de suas palavras, meu medo se foi. Sinto agora, depois de muito tempo, que podemos vencer qualquer desafio que apareça. – ela enfim sorriu. – Portanto, obrigada...

– Suzaku, passamos no seu teste. – começou o Endou adulto. – Portanto, estamos livres, não é?

– Sim, estão. – Suzaku fechou os olhos e sorriu. – Meus parabéns por terem passado. Agora sim estão livres e prontos para o desafio de vocês.

– Muito obrigado a vocês, de coração. – falou o Goenji adulto, para então se curvar diante dos quatro.

Os demais imitaram seu gesto, fazendo Genbu e Byakko ficarem constrangidos. Seiryuu apenas sorriu.

– Não precisam agradecer tanto! – falou Byakko. – Foi divertido!

– Sim. Esperamos vê-los mais vezes! – falou Genbu.

– Mas sem precisar treinar tanto... – falou Shinsuke, com um sorriso sem graça.

– Vocês podem sair por ali. – falou Suzaku, ao apontar outra saída da caverna. – Seguindo esse caminho, sairão diretamente no início do monte.

– Obrigado. – agradeceu o Kidou adulto.

Os adultos passaram a guiar seus jogadores pelo caminho indicado. Quando Myah ia passando diante de Suzaku, este a segurou pelo ombro, fazendo-a olhá-lo, meio surpresa. Ele sorriu.

– Você tem ótimos companheiros. – começou ele. – Com eles, não precisa ter medo.

– Eu sei. – ela respondeu, sorrindo. – E obrigada.

Disse isso, e então seguiu os demais para a saída.

***

A Inazuma Caravan já havia adentrado a divisa da cidade de Inazuma. Todos seguiam viagem dormindo, exaustos depois dos dias de treinamento intensivo com as Quatro Feras Sagradas. Porém, quando o ônibus passava na rodovia diante do campo perto do lago, um brilho intenso caiu diante deles, obrigado Furukabu pisar no freio bruscamente. Com o baque, todos acabaram acordando assustados.

– O que houve, Furukabu-san? – perguntou o Endou adulto, ao chegar ao seu lado no banco.

– Aquilo, Endou-kun. – apontou o senhor.

Endou olhou para a estrada, vendo enfim o motivo da frenagem brusca. Diante do ônibus estavam os onze jogadores dos Nomadic Patrollers.

– Até que enfim apareceram! – gritou Ten. – Saiam! Vamos ao desafio! Dessa vez será morte súbita! Um desafio de dez minutos! O vencedor ficará com Isao Myah!

Ninguém se recusou, e em instantes, estavam no campo usando o uniforme da Raimon Clássica, prontos para o desafio. Para aquela partida, Endou havia escalado Haym, Goenji e Tsurugi no ataque, Kidou, Fudou e Myah no meio campo, Kazemaru, Kabeyama, Amagi e Kirino na zaga, e o jovem Endou no gol. Do nada, uma moita surgiu na beira do campo e Ayumu surgiu pela, portando seus instrumentos de narração.

– Seu narrador favorito chegou! – gritou ele. – Kakuma Ayumu está aqui para narrar o duelo entre Raimon e os Nomadic Patrollers! Dessa vez será um desafio de dez minutos! Quem irá ficar com Isao Myah?!

Myah permanecia ajoelhada no campo, apertando o nó de suas chuteiras, quando Fudou aproximou-se pela sua direita. Kidou não deixou de olhar.

– Ainda não acredito que beijou o Kidou-kun. – sussurrou ele, enquanto colocava as mãos nos bolsos.

– Não vamos discutir isso agora, não é? – perguntou ela, ao fechar os olhos suavemente.

– Isso pouco me interessa. – Fudou fez bico.

Myah sorriu e então levantou-se.

– Ficou com ciúmes?

– Não seja boba, Isao. – Fudou bradou, com o rosto meio rubro, enquanto voltava para sua posição.

Haruna soou o apito.

– E começa o jogo! – gritou Ayumu. – Goenji da o toque inicial para Tsurugi, que recua a bola para Kidou, que passa a avançar pelas laterais! Mas ele é logo barrado por Nine!

– Você não vai passar por aqui! – Nine gritou, sorridente.

Kidou não esboça reação, apenas recua a bola para Fudou e distraindo Nine, podendo então passar por ela e receber o passe em seguida. Eight tenta barrá-lo e Kidou sorri milimetricamente antes de passar a bola novamente para Fudou, que seguiu para o ataque.

– Incrível tabela entre Kidou e Fudou!! – gritou Ayumu. – O entrosamento entre eles é de outro mundo!

Após a fala de Ayumu, Kidou e Fudou trocam olhares, um tanto intimidadores, até que entre eles surgiu Myah, esboçando um fraco sorriso no rosto.

– Ora, o que é isso, meninos? – começou ela. – Não vamos deixar isso afetar o nosso jogo, não é?

Incomodado, Fudou passou a bola para Tsurugi, que consegue passar facilmente por Two e Three. O jovem iria chutar, mas foi interrompido quando a loira chegou correndo ao seu lado.

– Quer marcar um gol agora, Kyousuke? – perguntou Myah, sorridente.

– Com certeza! – ele também sorriu.

Como se um lesse os pensamentos do outro, ambos se posicionaram de lado e subiram em uma espiral de chamas para o céu, cruzando no ar e chutando a bola em direção ao céu. O poder que Tsurugi sentiu em seu corpo ao chutar a bola junto de Myah deixou o rapaz surpreso e admirado ao mesmo tempo, intensificando ainda mais o poder do chute.

Fire Tornado DxD! – anunciaram ambos.

Keeper Hissatsu!

A bola se chocou contra a defesa de One, mas como se fosse papel, a técnica de fogo de Tsurugi e Myah rasga por entre o goleiro e invade as redes com força sobrenatural.

– Gooooooool!! – gritou Ayumu. – É um gol!! A técnica de Tsurugi em conjunto com Isao Myah foi simplesmente esplendorosa!! 1 x 0!

– É isso aí, Myah!! – gritou Endou, do gol. – Vamos ao ataque! Marcar mais!

Myah sorriu com os gritos entusiastas de seus companheiros. Ela colocou sua mão direita em seu peito, sentindo um calor agradável tomar seu corpo e uma felicidade que há tempos não sentia. Jogar futebol com esse time era realmente algo de outro mundo. Ao seu lado, Tsurugi a olhava, admirado, encantado. A força que ela possuía era ainda maior do que ele imaginava. Somente agora, ao efetuar um chute com ela, teve noção exata do quanto ela era habilidosa.

– Fomos ótimos, não é Kyousuke? – Myah perguntou, sorridente, ao olhar para o menor.

– Hm?! – os olhos de Tsurugi se arregalaram e seu coração bateu forte por dois segundos. Ele sorriu, tímido. – Sim, fomos.

Myah voltou para sua posição, tendo as costas observadas por Tsurugi. Tal cena não passou despercebida pelos adultos, especialmente Kidou e Goenji. Já, Endou, sorria como sempre, não reparando no significado por trás daquele olhar.

– Kidou. – chamou o Goenji adulto.

– Sim, eu vi. – Kidou falou. – Isso não é bom...

A bola é reposta no centro do campo. Ten e Nine encaravam com fúria seus adversários.

– Como conseguiram marcar tão rápido? – perguntou Ten. – Até poucos dias vocês estavam equilibrados conosco.

– O nome disso é treino. – falou Goenji. – Coisas que vocês não poderiam saber.

– Garoto exibido! – bradou Nine, irritada.

– Concordo. – Fudou comentou, ao tirar cera do ouvido.

– Tira esse dedo daí! – bradou Myah, ao estapear o braço de Akio. – Que nojo!

Fudou a encarou, constrangido e levemente ruborizado, enquanto Haruna apitava o reinício da partida. Nine conduz a bola pelo ataque livremente, pois os atacantes e meio-campistas da Raimon avançaram para o ataque. Ela ignorou a colher de chá e passou a bola para Eleven mais à frente, chegando até a grande área, pois Amagi e Kabeyama o deixaram passar também.

– Estão tirando com a nossa cara, é?! – gritou Ten, ao chegar junto de Eleven. – Vamos mostrar a vocês o erro que cometeram!!

Eleven chuta a bola na direção de Ten, já cercada por um plasma branco, extremamente poderoso, enquanto o capitão a chutava novamente, desta vez para o gol, intensificando sua força. Uma forte ventania cercou a bola, surpreendendo levemente as garotas no banco de reservas, que se levantaram, assustadas.

Shoot Chain! – anunciaram ambos.

Endou sorriu, animado, enquanto elevava seu braço e envolvia seu corpo de energia dourada, que o circulava por seu corpo como se fosse um átomo. Por um segundo, parecia que ele estava invocando sua Majin The Hand, mas de suas costas ergueu-se um ser totalmente diferente. Era robusto, possuía asas e uma auréola brilhante em sua cabeça. E então, espalmou a mão em direção à bola.

Teshi The Hand!

A bola se chocou contra a defesa e perdeu força logo em seguida. As meninas gritaram em comemoração pela defesa de Endou.

– Defendeeeeeuu! – gritou Ayumu. – Endou nos mostra uma nova técnica de goleiro e defende o chute dos Nomadic Patrollers!!

Haruna olhou para seu cronômetro e sorriu largamente, soando o apito com o máximo de força que conseguiu.

– E se passou os dez minutos!! – Ayumu foi à loucura. – A Raimon finalmente derrota os Nomadic Patriollers!

As meninas comemoravam aos pulos, enquanto o resto do time trocavam apertos de mão e sorrisos. Endou correu até onde estavam Myah e Haym, abraçando os dois juntos.

– Conseguimos! Agora você está livre, Myah! – falou ele, animado.

– Finalmente terminou... – Haym falou, aliviado.

Myah sorriu tranquila, mas logo olhou para os Nômades, que permaneciam parados em seus lugares.

– Falhamos... – Ten falou, ao vento... – Falhamos, mestre...

O comunicador de Ten, soou em seu ouvido, e ele o tocou, nervoso.

– Mestre! Desculpe! Nós- – ele fez uma pausa brusca. – O que?! Não!

De repente, um por um dos patrulheiros foi desaparecendo em portais, até não restar nenhum. Os olhares dos jogadores da Raimon ficaram arregalados com a cena, e ninguém entendeu o que houve.

– O que aconteceu aqui? – perguntou Tenma, chocado.

– Sei lá, mas foi esquisito. – falou Someoka.

– O que importa, é que acabou. – falou Isane, ao aproximar-se de Myah, animada. – Agora ninguém vai importunar a Myah-chan!

Apesar da alegria, Myah desviou o olhar, seriamente, e olhou na direção dos três adultos que se aproximavam.

– Não... ainda não acabou... – começou ela. – Precisamos encontrar a Myah do futuro deles.

– Sim, mas um passo de cada vez. – o Endou adulto falou, ao bater uma palma. – Que tal um almoço pra comemorar?

– Sim! – gritaram a maioria, animados.

Mas então, algo acontece. No centro do campo surge uma luz e dela onze jovens encapuzados da mesma maneira que os patrulheiros, sendo que um deles possuía uma bola na mão. Os olhos de todos não poderiam ter ficado mais arregalados.

– Hey! O desafio acabou! – bradou Tsunami.

– Isso aí! Vocês perderam! – acompanhou Nishiki.

– Nós vimos. Vocês derrotaram aqueles lixos. – falou a pessoa que estava com a bola. A voz revelou ser uma garota. – Mas não temos nenhum vínculo com eles. Nós somos desta época, e queremos levar também esta Myah conosco.

– Também? – perguntou Fubuki, surpreso. – Isso que dizer que...

– São eles que estão com a Myah-san da nossa época! – concluiu Shindou.

Os punhos dos adultos Kidou e Goenji se apertaram com força. Myah notou tal gesto e iria se prontificar diante do desafio, mas foi barrada por Haym, que a encarou com negação.

– Vamos. – e então a garota com a bola retirou seu capuz. – Isso é um desafio. Vamos jogar.

Seus cabelos platinados e seu olhar azulado, penetrante e sério, adentrou fundo no âmago de todos, que sentiram um frio no estômago.

Essa garota... – pensou Tsurugi, chocado. – Parece que eu já a vi em algum lugar...



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