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História Acerto de Contas - Uma procura impossível


Escrita por: Clara-kane

Notas do Autor


Aqui estou eu de novo kkk

Capítulo 7 - Uma procura impossível


Já estava de madrugada e eu me encontrava realmente cansada, até começava a ver tudo embaçado. Nem sabia mais quantas noites mal dormida eu tinha e tudo isso por causa de uma porra de uma placa.

Samuel não colaborou em nada e olha que eu tentei, o ameacei e o torturei, de leve diga de passagem. Algo totalmente diferente quando foi Paul e Marco o interrogar, agora o meu torturado estava vermelho e roxo, mas não abriu a boca para dizer nada, isso era frustante. Acho que estou ficando mole depois de tanto tempo longe no ramo.

Depois que não conseguimos nada, fui ver se encontrava algo interessante nos notebooks deles. Talvez ali poderia ser a tal placa, entretanto após de ver os conteúdos, foi uma perda de tempo. Quem em sã consciência teria um hobby de caçar monstros e levar tão a sério? Pois só doido mesmo para associar lendas num acontecimento de uma cidade, pois era isso que eles estavam fazendo associando lendas com o desaparecimentos das criança.

As pessoas são má, não precisa colocar a culpa em seres sobrenaturais para o que elas fazem essas maldades. Não tem o porque encontrar inocência naquilo que nasceu para ser ruim.

Mesmo assim continuei a procurar de pasta em pasta, histórico de internet, arquivos que poderia estar decodificado. Fiz uma verdadeira varredura enquanto Marco e Paul vasculharam o carro e não acharam a tal placa, apenas sinais estranhos, que na minha opinião aquilo era algo de ocultismo ou pior, e armas. Muitas e muitas armas, de todos os tamanhos e formatos do qual babei por elas, principalmente por duas. Será que sentiriam falta caso elas sumissem?

Para mim, eles eram pessoas normais que precisavam de um psicólogo urgentemente, mas pareciam eles não tinham nada a ver com o motivo de Crowley ter sequestrado a mulher do chefe da mafia de Chicago.

- E aí? Achou alguma coisa? - perguntou Marco.

- Mesmo que vocês. - soltei um suspiro de resignação. - Acho que em uma hora termina o backup, então liga para o Carlos e o informa a nossa situação.

- Não vai ficar nada feliz.

- Como se isso me importasse.

Marco não respondeu ao meu comentário e foi para o sofá cochilar um pouco, Paul tinha feito mesmo na poltrona. A única que não demonstrava qualquer sinal de cansaço era Ângela que continuava na mesma posição deste que eu colocara uma cadeira entre as camas, e Samuel, bom, nos primeiros momentos após de ser interrogado pelos outros apenas nos avaliou silenciosamente e depois a situação, mas ele ficava interligando em olhar o irmão desmaiado e a mim.

Continuei a procurar, até fiquei curiosa no caso das crianças que eles bolaram, embora nadas as interligavam, nem mesmo o bairro ou escola. Mas sabia que tinha que ter uma ligação e isso requeria uma procura bem profunda, como busca no cartão de crédito dos familiares, ir atrás da rotina de cada criança, algo totalmente trabalhoso, entretanto bastante eficaz.

E como eu não estava ali para isso, então deixei o backup terminar e fui tomar um banho gelado, nada melhor para acordar alguém.

Ja debaixo do chuveiro, fiz a maior questão de ter um banho bastante demorado sem me importar com a conta d'água daquele hotel ou as campanhas de conscientização sobre a água, eu queria e sou muito egoísta. Lavei o cabelo e passei o hidratante na pele enquanto fazia a minha mente trabalhar no próximo passo.

Estava decidindo seriamente em deixar os Winchester e os computadores, do qual duvido muito ser a tal "placa", para o Crowley, ele que se virasse com os dois irmãos, afinal a Dira que era a prioridade...

De repente escuto uma batida na porta, sem pensar duas vezes pego a minha arma e saio do banheiro já a destravando. Apontei em direção a porta do mesmo jeito que Paul fez, vimos Marco se aproximar devagar da porta quando outra batida soou e olhou no olho mágico, mas logo fez um sinal me chamando.

Seria eu quem iria receber a tal pessoa.

Soltei um suspiro para acalmar um pouco adrenalina que corria em minhas veias ao ver quem era, uma camareira bastante impaciente, coloquei a arma atrás de mim e abri parcialmente a porta, apenas o suficiente que ela não visse o interior do quarto.

- Bom dia. - fiz uma péssima atuação de uma pessoa simpática e sonolenta, mas parece que a mulher não notou. 

Acho que a mulher era um pouco lenta. Afinal quem estaria com sono de cabelo molhado? Mas eu até a entendia já que o seu rosto começou a ficar vermelho, além de ela estar bastante errada quando seus olhos passaram por mim, para o meu corpo "exposto", eu sequer havia notado que estava apenas de calcinha e sutiã. A camareira resmungou alguma coisa antes de um pedido de desculpas e simplesmente saiu. Dei de ombros pela situação e tranquei a porta, travando a arma enquanto retornava para o banheiro.

- Não me lembro dessa tatuagem. - comentou Paul.

Olhei por cima do ombro somente para notar Paul não olhando diretamente para a tatoo em minhas costas.

- Como se estivesse interessado nela naquele dia. Mas não, eu não a tinha.

Ao andar pelo o quarto, vi que o outro Winchester havia acordado e ainda estava um pouco grogue pela droga, entretanto, isso não o impedia de debater na cama.

- Aconselho a não sair daí, Dean. Ângela não perderá nenhum momento para acabar com você. - disse atraindo a sua atenção.

- Você!? Foi você que fez isso comigo!

- O quê? Eu avisei que estaria algemado numa cama, eu não tenho culpa se tirou conclusão precipitada.

No puxão que Dean  deu a cama balançou e segundos após Ângela já estava sobre ele com um faca empurrando a lâmina contra o pescoço dele, se eu não tivesse gritado para ela parar eu teria apenas um Winchester para brincar. Bom, o que eu tinha que fazer? No ato dele, o seu pé foi para fora da cama e encostou no chão.

- Seja um bom menino e escute. Não queremos matá-los, apenas diga onde estar a placa. - ele apenas virou os seus olhos para mim, tinha um pouco de surpresa neles. Poderia ser por não saber do que eu estava falando, por saber ou por Ângela ainda estar em cima dele. Coloquei a mão sobre o ombro dela e não a senti relaxar. - Afaste-se, ele aprendeu a regra. - olhei para os dois depois que o meu robozinho voltou para o seu canto. - Vamos fazer o seguinte. Vou colocar uma roupa mais apresentável e vocês vão tomar esse tempo para pensarem e dizerem o que eu quero.

Ja entrando no banheiro vi Paul ainda olhando para mim novamente, é o que dar ficar só de lingerie. Reprimi a vontade de revirar os olhos pro quanto ele era "discreto".

- Tire uma foto, vai durar mais tempo.

Fechei a porta, pra não ele concluir a minha ideia e já tive o suficiente do fetiche de ser uma Victoria Secret, embora ser uma modelo cheia de cicatriz e um pouco mais de curvas do que elas, estava fora dos padrões, ainda bem, Deus que me livre ser uma tábua, tenho super orgulho de usar médio no manequim.

Coloquei uma calça jeans e uma regata cinza junto com uma jaqueta escura por cima. Enfiei as roupas sujas e cosméticos na mochila antes de colocar a arma no cós da calça e duas adagas nas costas de modo que não me machuque ao andar e sentar, mas o metal frio me faria estar bastante ciente. Ao me juntar com os outros coloquei a mochila no sofá e fui verificar o computador, restava apenas minutos.

- Marco e Paul vão comprar o nosso café da manhã. Não se esqueçam do nossos anfitriões.

- Nessa hora? São cinco e meia...

- Se viram-se. - interrompi o falatório de Marco olhando diretamente para o mesmo, sabia que ele entenderia o que eu realmente queria.

- Se é o que nossa chefe está mandando... - houve deboche em sua voz quando ele foi para entrada. Paul o seguiu, mas ainda tinha o olhar de desejo. Eles verificaram o ambiente antes de ir.

Fui até Ângela e ela não mexeu um músculo sequer quando toquei no seu ombro de novo.

- Vá descansar, eu os vígios.

Ela olhou para mim e piscou, então se levantou e foi para o sofá e ficou lá sentada. Será que ela dormia assim?

- O que ela tem? - perguntou Samuel.

- Às vezes, eu mesma faço essa pergunta. Mas acho que o treinamento deve ter acabado de vez com a sua mente a deixando letal e fiel ao dono.

- Treinamento de quê?

- Matar sem questionar. Fomos treinados para isso. - dei de ombro, me lembrando da primeira vez que puxei o gatilho. Afastei a imagem e sentei na cadeira em frente a eles, fiz como eles, os avaliei minuciosamente, principalmente as algemas, elas estavam frouxas e as armas ainda estavam debaixo dos travesseiros. - Então, pensaram no que eu disse?



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