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História Achromatic (JunHao) - One; Black


Escrita por: junhuistars

Notas do Autor


Heya heya, cá estou eu com o 1° capítulo oficial oficial, vamos ter uma pequena apresentação aos sentimentos do Hao hehe

Espero que gostem,
Boa leitura meus anjos!

Capítulo 2 - One; Black


Fanfic / Fanfiction Achromatic (JunHao) - One; Black

 [Xu Minghao]

1° consulta 


– Vamos lá querido, coloque este óculos para não ficar com dor de cabeça depois! – minha mãe falou e me entregou um óculos escuro, dei um sorriso e coloquei o mesmo antes de entrar para dentro do carro.

Assim que minha mãe entrou e se ajeitou, meu pai ligou o carro e então começamos a ir em direção a clínica onde iria ter as tais consultas a partir de agora. Me sentia meio nervoso e estava com um pouco de receio quanto ao que poderia acontecer a partir de hoje... Fiquei o trajeto inteiro observando a paisagem que havia do outro lado da janela, não enxergava as cores das árvores ou do céu, mas sempre gostei de prestar atenção nos detalhes que conseguia visualizar.

Fiquei tão concentrado naquilo que nem notei quando chegamos, sai de meus pensamentos assim que o carro foi estacionado,  minha mãe foi a primeira a sair e logo depois eu – Irei esperar vocês dois aqui, boa sorte Minghao. – Assenti com a cabeça lentamente e segui minha mãe para dentro da clínica. Na recepção, a mais velha foi quem tomou a posse e se deu ao trabalho de falar com a moça da recepção.

Por que eu estava me sentindo tão... Ansioso? Assim que a moça terminou de falar com minha mãe, fomos para um corredor onde havia algumas portas, provavelmente eram as salas de consulta – Minghao, espere aqui um pouco, irei tomar água. – Concordei com a cabeça e assim que ela saiu de minha visão desviei o olhar e comecei a observar o que havia por aquele corredor, acabei notando outro garoto que estava sentado em uma das cadeiras que havia por ali.

Me sentei próximo a ele por não ter mais opções, havia apenas 2 cadeiras que formavam uma distância entre nós dois. Continuei quieto mas o silêncio não durou muito tempo já que o garoto ao meu lado decidiu tentar puxar assunto comigo – Oi? – ouvi ele dizer, não tinha certeza se deveria conversar com alguém naquele momento.

– Desculpa... Devo estar te incomodando. – Olhei para ele e demorei um pouco para o responder, tirei o óculos para que ele não me achasse estranho, desviei o olhar para uma janela que havia por ali, dava para ver as árvores do outro lado e também o céu, pensei em algo e então lhe fiz a seguinte pergunta;

– Qual é a cor do céu agora? – perguntei e pude ver uma expressão confusa se formar no rosto dele, o mesmo encarou a janela e resmungou algumas palavras que não pude entender, logo sua atenção já estava sobre mim novamente e então a resposta para minha pergunta finalmente veio.

– Está azul, como sempre! – respondeu e deu um sorriso, queria poder dizer que não havia me sentido meio estranho quando ele sorriu para mim, engoli em seco e desviei o olhar, aquela pessoa em minha frente tinha uma beleza extraordinária até mesmo para mim que enxerga tudo em tons de cinza – Obrigado. – agradeci meio sem graça e voltei a ficar quieto, estava tentando controlar os meus pensamentos bagunçados.

Alguns minutos se passaram em completo silêncio e então ouvi meu nome ser chamado, havia chegado a hora de entrar naquela sala e conversar com o doutor. Respirei fundo e então me levantei, por um momento esqueci do garoto que estava ao meu lado, ele me cutucou antes de eu dar um passo em direção a sala, como o bom curioso que sou, olhei para trás e novamente aquele sorriso estava presente em seu rosto, ele parecia ser uma pessoa esperançosa...

– Pode me dizer o seu nome? – questionou e demorei alguns segundos para o responder já que estava concentrado em meus próprios pensamentos confusos. – Xu Minghao, e você? Como se chama? – me embolei um pouco nas palavras mas consegui devolver a pergunta.

– Wen Junhui. – respondeu e ficamos pelo menos 1 minuto se encarando até eu notar que tinha que ir. – Então... Até mais, Junhui. – Dei um sorriso e me virei indo em direção a sala onde teria minha consulta.

Assim que entrei no consultório, olhei em volta observando os detalhes que haviam pelas paredes, senti um calafrio percorrer o meu corpo, o nervosismo me deixava completamente agitado por dentro.

– Pode se sentar. – ouvi o doutor dizer e me sentei na cadeira que havia de frente para ele, o encarei com um certo receio, esperava pelas perguntas que ele iria fazer, me embolaria na hora de responder? Sim, iria culpar meu nervosismo se acabasse falando coisas desconexas.

– Bem, irei me apresentar para você primeiro, assim não serei um completo estranho. – Deu um sorriso e logo depois continuou falando. – Me chamo Yoon Jeonghan, pode me chamar do que preferir... – ele parecia meio cauteloso com as palavras, eu ainda estava meio alheio e confuso com tudo aquilo.

– Acho que você já sabe meu nome... Xu Minghao. – Tentei dar um sorriso apenas para não ficar meio estranho.

– Então, segundo seus pais... Você parece estar meio abatido por algo, pelo menos para eles. Mas quero saber de você mesmo, como está se sentindo? – perguntou e fiquei pensativo por um momento, como eu estava me sentindo?

– Me sinto bem, acho que meus pais contaram sobre eu não conseguir identificar cores... – Olhei para ele esperando que confirmasse, logo o doutor assentiu levemente com a cabeça e então continuei falando.

– Eles acham que eu me sinto triste por causa disso. Mas eu... aprendi a conviver com isso ao decorrer dos anos e já não é algo que me afeta mais. – falei baixinho e voltei a ficar quieto, não sabia se deveria dizer mais alguma coisa além daquilo.

– Entendo... Como é a sua relação com seus pais? – Fiquei alguns segundos parado olhando para ele enquanto a pergunta que foi feita passava várias vezes pela minha mente, nunca havia pensado se minha relação com meus pais era boa, ruim, ou algo do tipo.

– Não sei. Nunca pensei na minha relação com eles... – E então lá estava eu novamente em silêncio, meus pensamentos pareciam estar brigando entre si, e aquilo me deixava confuso.

– Nós sempre fomos uma família... Comum? – Franzi o cenho por um momento, estava realmente pensativo sobre aquele assunto. – Pense um pouco mais sobre isso depois. – assim que o ouvi assenti com a cabeça.

Várias outras perguntas foram feitas e muitas eu confesso que iriam permanecer nos meus pensamentos e provavelmente me fariam refletir um pouco mais tarde. Quando sai daquela sala, me senti um pouco mais leve e calmo, já que havia desabafado sobre algumas coisas que realmente me rondavam já faz um tempo. 

Encontrei minha mãe sentada em uma cadeira ali no corredor, assim que a mais velha me viu, ela se levantou e deu um sorriso vindo em minha direção – Como foi? – perguntou com sua voz calma. – Foi bem. – respondi brevemente e sorri mínimo, depois dessa pequena interação começamos a andar de volta para o carro, no caminho encontrei o garoto de mais cedo conversando com uma moça, não sabia quem era mas provavelmente trabalhava ali já que vestia uma roupa típica de clínicas.

Ele não me viu passando, agradeci por um momento, já que minha mãe faria muitas perguntas se o Wen viesse conversar ou interagisse comigo de longe. Meus pais conheciam Seungcheol, que é um dos meus únicos amigos que realmente é próximo de mim. Ou melhor, acho que ele é o único.

Tinha que ligar para ele mais tarde para contar como havia sido a consulta, havia prometido ao Choi que ia fazer isso. Por enquanto acho que deveria contar um pouco mais sobre mim? Poderia ter feito isso antes mas não tive nenhuma brecha. Me chamo Xu Minghao, tenho 19 anos e convivo com a acromatopsia desde que nasci, é uma condição de visão que me permite enxergar o mundo apenas em preto, branco e cinza. Além disso, também tenho um pouco de dificuldade em enxergar as coisas, mas para isso existe o óculos de grau, não é mesmo?

Acromatopsia não tem uma cura, nem algum jeito de amenizar ela. Eu não me sinto solitário vendo apenas luz, no início foi difícil entender, mas ao decorrer do tempo me acostumei. Eu pareço ser chato e realmente sou, mas prometo tentar ser legal.

Minha mãe me chamou e tomei um pequeno susto, notei que já estávamos na frente do carro, dei um sorriso nervoso e entrei para dentro do carro rapidamente, tinha me afundado nos meus próprios pensamentos novamente, tinha que parar urgentemente com isso.

– Como foi lá? – meu pai perguntou com um sorriso no rosto, obviamente deveria estar feliz, ele tinha finalmente conseguido o que queria. – Foi bem. – falei a mesma coisa que tinha dito para minha mãe mais cedo e então voltei a ficar quieto e me isolei no meu pequeno mundinho novamente. Gostaria de não fazer isso toda hora, mas realmente nada de fora da minha bolha me interessava.



Notas Finais


Tenham paciência com o Hao, ele vai continuar nessa de "estou bem" durante um tempo KKK, no fundo ele sabe que não tá bem mas finge que tá. Tentei dar uma explicada sobre o que é a acromatopsia ali no finalzinho pra vocês não ficarem em dúvida.

Jun já apareceu logo de primeira? Pois é, logo de primeira porque gosto das coisas rápidas, mas ainda vai demorar pra eles desenvolverem algo.

Qualquer dúvida só comentar!
Até mais!


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