1. Spirit Fanfics >
  2. Acordos >
  3. Um pedido.

História Acordos - Um pedido.


Escrita por: PipocaSinger

Notas do Autor


Heeeeeeey!
Amores, estou com alguns avisos importantes para dar então, please, não vão direto para a história.
Esse capítulo é muito importante para a história e vocês verão o porque assim que terminarem de lê-lo, mas não me matem quando terminarem.
Eu estou ficando sem tempo para escrever e, fazendo uma análise dos últimos capítulos postados percebi, também pelos comentários de muitos de vocês, que eu acabei enrolando demais a história, por isso, a partir deste capítulo (ou do próximo, não me lembro) e durante os próximos vocês perceberão que o intervalo de tempo entre um fato e outro passará a ser de dias, essa fic acabou ficando maior do que eu esperava que ficasse, mas ainda sim não pretendo prolongá-la por muito mais.
Quem aqui acompanhou minha última fic (Entre Dois Mundos), sabe que ela ficou um pouco grande, não vou deixar que aconteça o mesmo com Acordos, até porque em EDM o foco da história não ficou apenas no NaruHina, como está sedo nessa.
Também quero avisar que não sei se conseguirei manter a frequência de postagem dos capítulos, mas estou tentando ao meu máximo.
Por fim, boa leitura!

Capítulo 14 - Um pedido.


Durante todo o caminho até a sala de reuniões Naruto pensou no discurso de Sasuke, em cada palavra dita durante aquela conversa, em cada movimento de Hinata que pudesse denunciar alguma coisa, qualquer coisa. O caminho, porém, não era longo o suficiente para que pudesse tirar qualquer conclusão bem pensada sobre o assunto, então, decidiu analisar melhor todos os fatos assim que terminasse com o novo problema do reino.

Quem conhecia o loiro profundamente sabia que seu cérebro funcionava com gatilhos, o mundo podia estar desmoronando ao seu redor, os problemas de todo o reino caindo sobre seus ombros, mas as palavras certas, os problemas certos, tomavam sua atenção e ele concentrava-se sempre naquilo que era mais relevante, que parecia mais urgente.

O seu gatilho naquele momento era a palavra guerra. A segurança do reino precisava de sua atenção mais do que as possíveis mentiras de Hinata.

- Qual é a situação?  -O tom de voz do loiro assim que entrou na sala instigava toda a agilidade possível, ele obviamente não pretendia perder tempo.

- Vossa Majestade. - Um de seus soldados começou a falar, Shino, líder da divisão de exploração. - Nossos batedores se encontraram com o exército inimigo há uma distância de aproximadamente dois dias ao norte de Konoha. Eles se preparam para fazer um cerco e dizem estar prontos para a guerra.

- Vamos até eles então. - Danzou se pronunciou. - Certamente eles não têm nossa força, acabemos logo com isso.

Naruto o encarou com expressão de tédio.

- Quão grande é sua experiência em batalha, conselheiro?

- O que quer dizer com isso?

- Quantas batalhas já liderou?

- Nenhuma, Majestade.

- Está explicado então. Vou lhe ensinar uma coisa, não se ataca ninguém sem ter total conhecimento sobre toda a situação. Ninguém em sã consciência ameaçaria colocar Mun em cerco, temos provisões para mais de dois anos, a comida deles acabaria antes da nossa. Um idiota maior ainda não nos ameaçaria sabendo que está confrontando um exército como o nosso se não tiver, no mínimo, um bom plano de ataque.

“Só porque ele nos chama para o campo de batalha não significa que devamos ir.”

“Quero mais informações sobre o inimigo.”

- Sábia escolha, majestade. - Sasuke interviu. - Como capitão do seu exército tomei a liberdade para mandar novos batedores ao redor do reino, descobrimos dois novos pequenos exércitos nos vigiando. Um ao leste e outro ao sul.

- Entendo. - O loiro suspirou. - Quantos homens tem o exército do norte? - Virou-se para Shino.

- Bem menos que o nosso. Calculo que cerca de cinco mil a mais que a metade dos homens que temos.

- Tragam-me um mapa de Mun e uma taça de vinho.

- Não acho que seja aconselhável beber durante essa reunião. - Um dos conselheiros de Hinata disse e Naruto ficou surpreso por não ter sido Danzou, aparentemente ele estava aprendendo a lição.

- Não acho que pedi seus conselhos.

E assim as ordens do loiro foram prontamente atendidas.

 

 

 

- Então o que conclui, senhor? - Sasuke inclinou-se um pouco mais ao lado do amigo, para ver o mapa.

- Aqui é onde mais ou menos temos o exército encrenqueiro. - Apontou no mapa. - Supondo que resolvamos acabar logo com isso, deixaríamos na cidade menos da metade de nosso exército. Quando estivéssemos lutando o exército do leste viria e nos cercaria, entraríamos então em desvantagem. É claro que se nossos homens forem rápidos poderiam sair de Mun para nos ajudar, mas então o exército que está ao sul atacaria nossos portões de lá e praticamente não teríamos homens para defendê-lo.

“Se mandássemos homens suficientes para acabarem com os exércitos norte e leste ao mesmo tempo, ainda teríamos problemas com o do sul.”

- O que faremos então? - Sasuke perguntou.

- Nada. - O loiro deu de ombros.

- Como nada? -Danzou se exaltou. - Eles estão nos ameaçando!

- Exatamente. Nos ameaçando para que façamos alguma coisa. Deixemos que façam o cerco que estão dizendo, eles não esperam por isso. O exército ao leste está praticamente no deserto, não vão suportar ficar lá por muito tempo, essa formação vai ter que se desfazer. Sem eles podemos atacar primeiro o do sul, será mais rápido e quando reunirmos nossa força de novo atacamos o do norte, isso se ele não fugir antes.

“O cerco vai impedir que os comerciantes entrem em Mun, mas ainda mais ao Norte está Konoha, ainda tenho alguns homens lá, obviamente, eles vão impedir que as carroças com comida cheguem até o exército do norte, eles vão ficar sem nada e, ou atacam nossas muralhas altamente guarnecidas, ou fogem.”

“De todo jeito, vão perder. Apenas mantenham a paciência senhores.”

“Alguém tem algo contra?”

O silêncio comunitário o fez se levantar, terminando sua taça vinho, antes de finalmente dizer:

- Estão liberados por hoje. Com licença, tenho deveres a cumprir.

 

 

 

Naruto sentou em um dos bancos do jardim com uma nova taça de vinho em mãos.

- Hinata. - Murmurou com um sorriso amargo nos lábios, depois de passar o que parecera horas pensando, ficou claro que Sasuke estava certo. - O que você fez comigo?

Passou a mão pelo cabelo e bufou. Como pôde se apaixonar tanto e tão rápido? Como pôde ficar tão cego? Como sequer conseguia ficar com raiva por ela ter mentido descaradamente?

Olhou para a lua imensa e brilhante acima de si e as respostas vieram. Não conseguia sentir a raiva que queria porque a amava. A amava ao ponto de sequer conseguir olhar para a lua sem que se lembrasse dos olhos mais bonitos que já vira.

Mais isso, é claro, só o deixava ainda mais decepcionado pelas mentiras.

 

 

 

Hinata levantou-se assim que ouviu a porta se abrindo. Não havia conseguido dormir como o marido recomendara e quando soube que a reunião já tinha terminado há muito e ele não tinha voltado, preocupou-se com o que poderia ter acontecido.

- Naru? - Sorriu ao ver que era o loiro.

- Desculpe, acordei você?

- Não, eu não dormi. Estava te esperando.

Um sorriso cansado surgiu dos lábios do Uzumaki.

- Não precisava. Eu vou tomar um banho, então… Durma, vejo você amanhã.

- Pensei que pudéssemos conversar um pouco.

- Conversar? Ah, claro… - Ele pareceu se lembrar. - Eu disse que conversaríamos, não foi? Ahm… Me espere então, se quiser.

- Você está bem?

- Claro. Só estou um pouco cansado, a reunião foi exaustiva.

“A reunião ou o que você fez depois dela?”, a morena pensou em silêncio.

- Eu entendo, vá tomar seu banho, ajuda a relaxar.

O banho do loiro prolongou-se por longos minutos, mas depois de um tempo incrivelmente longo ele finalmente voltou para o quarto, sentindo um pouco do estresse realmente se esvaindo.

- O que queria me dizer?

- Nada demais. Como foi a reunião? É grave a nossa situação?

- Não precisa se preocupar com isso, eu já resolvi o problema.

- Certo… E onde esteve depois que ela acabou?

O loiro ergueu as sobrancelhas a encarando.

- Eu fui para o jardim, beber um pouco. Por que?

- Por nada. - Deu de ombros. - Você está estranho.

- Eu já disse, é só cansaço.

- Tem certeza? Não parece. Pode confiar em mim, me diga o que está acontecendo.

- Posso?

- É claro.

- O problema, Hinata, é que eu tenho me esforçado muito para me aproximar de você, para te provar que eu não me importo com o que você fez no passado, que ainda te acho uma mulher incrível independente de qualquer coisa, mas tenho certeza que embora você diga olhando nos meus olhos que posso confiar em você, tudo o que me disse não passa de uma grande mentira. Mais um de seus segredos.

“Eu prometi que te daria tudo que me pedisse, estou te dando todo o espaço que precisa. Entendo que não queira me contar a verdade, que não confia em mim o suficiente para isso, então eu respeito o seu silêncio, a única coisa que peço em troca é que não minta. Se não quiser me dizer a verdade, tudo bem, diga-me que não quer dizer, mas não invente nenhuma história como desculpa para os seus segredos.”

“Eu realmente gosto de você, acredite, e é por isso que me magoa perceber que nos últimos dias todo o carinho que eu achei que tinha conquistado foi, na verdade, você mantendo o seu teatro.”

“Eu certamente não fui o melhor dos maridos. - Ele sorri amargamente. - Mantive minhas prostitutas por um tempo, pressionei você a se casar, te confrontei com um passado que você não queria revelar, te beijei quando você mal queria ficar perto de mim… Mas eu nunca menti para você, então eu peço, humildemente, minha senhora, que seja sincera comigo também. Sei que posso não merecer que sinta por mim o que sinto por você, mas sei que entenderá o quão decepcionante é ter que lhe pedir isso…”

- Pedir… O quê? - Perguntou em choque, os olhos marejados.

- Meu plano para acabar com o cerco envolve pedir ajuda a Konoha, não confio em mandar aves com o recado, porque elas podem ser abatidas e então estaremos todos em problemas. Eu mandaria um mensageiro, mas decidi que usarei a oportunidade e farei eu mesmo o serviço, voltarei para casa.

“Não estou te deixando sozinha com seus inimigos, meu exército inteiro permanecerá aqui, junto com Sasuke, meu melhor conselheiro e um grande líder. Também não estou desistindo de nosso casamento, manterei minha palavra até o fim dos meus dias. Eu deveria ter voltado há muito tempo, mas fiquei por sua causa. Agora percebo que devo fazer isso e meu pedido é que aproveite minha ausência para pensar no quanto confia em mim, de verdade, e no que quer de mim realmente: um marido ou apenas mais um aliado na guerra.”

“Quando eu retornar vou querer saber se retornei para a mulher que passei a amar ou para a princesa que conheci quando entrei aqui pela primeira vez.”

 


Notas Finais


Perdoem-me por qualquer erro ><
Obrigada a todos pelos comentários dos últimos capítulos, amo vocês <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...