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História Acorrentados - Curiosidade


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


Sou ótima, não sou?
Huehuehue, zoas meus amores..
Estou indo responder os comentários agora ❤

Boa leitura e desculpem os erros!

Capítulo 3 - Curiosidade


Fanfic / Fanfiction Acorrentados - Curiosidade

Péssima. Era a única palavra que eu achava para me descrever. Não ter controle sobre sua mente era ruim, mas é algo que você consegue esconder, apenas não abra a boca. Porém, não ter controle sobre o seu corpo quando você precisa correr, gritar ou apenas dar um chute no meio das bolas de alguém, é bem pior.

Míseros dois dias passaram-se desde aquele "incidente" e eu consegui evitar o comandante bem. Na hora de escolher os treinamentos escolhia qualquer outro instrutor, qualquer atividade que ele não estaria diretamente envolvido. Era como uma estratégia de me proteger (Proteger minha mente da vontade louca do meu corpo de abrir as pernas quando ele estava por perto).

Era sexta. Último dia de treinamento, entretanto, não seríamos liberados para sair no final de semana até completarmos seis meses de treinamento. "Quem conseguir me aguentar durante seis meses", era o que ele sempre falava com esperança de durarmos três dias.

Era tão estranho ter medo de ficar perto dele, pois eu sempre me relacionei tão bem com todos os superiores, sempre fui de confiança a todos eles. Mas esse tampinha tinha que ter esse sorriso sexy e essa merda de olhar sedutor. Tenho certeza de que quase todas as  vinte meninas que restaram sentem a mesma coisa que eu, só que por terem amor á vida, deram um jeito de acabar com isso. Adivinha quem foi a trouxa que não conseguiu?

Agora estávamos nos preparando para uma maratona. Um quilômetro de corrida, quinhentos metros de circuito com obstáculos e duzentos metros de nado. Infelizmente, ele havia pegado um dos grupos de mulheres e eu estava ali.

- Alonguem-se bem. Essa será a última atividade da semana. - Andava atrás de nós, tagarelando. - Se não forem capazes de fazer todo o percurso, ao menos façam mais da metade. Duvido que alguém realmente consiga.

Será que ele não tinha entendido que incentivar era melhor do que desmotivar? Prefiro bem mais ouvir um "você é nota um" do que "você é um zero á esquerda". Mas, é claro, nada de bom viria dele (a não ser os arrepios que sua voz me causavam).

- Ackerman, se tem tempo para ficar parada em vez de estar preparando-se para o exercício não terá problema de começar depois que as outras, certo?

Olhei para cima, encontrando seu maldito olhar. Evitei ele por tanto tempo que tinha esquecido como era profundo o jeito que me encarava, aquele maldito olhar que me deixava tão recuada. Eu não tive reação.

- O que? - Respondi confusa.

Calmamente, ele ajoelhou do meu lado. As outras meninas ficaram observando a cena, mas ninguém fez questão de interfirir. Não consegui desviar meu olhar do dele.

- Está no mundo da lua? - Perguntou.

- Não, senhor. 

- Então, veja se entende agora: você começará com desvatagem. - Disse calmo e autoritário.

Como se fosse algumas toneladas, suas palavras me trouxeram para a realidade caindo sobre minha cabeça. Arqueei minhas sobrancelhas, sentindo meu sangue esquentar. Ele levantou e arrumou a porcaria do lenço no próprio pescoço. Esse merda não está fora do lugar.

Seus olhos direcionaram-se para o meu cachecol, justamente no lado onde ele me deixou aquela "lembrança". Abri a boca para responder de um modo que o faria calar a boca, mas lembrar da sua promessa me fez recuar.

- Sim, senhor. - Eu não daria motivos para ele me infernizar.

- Ótimo. - Olhou para as outras. - Todas prontas? Vamos começar.

Levantei. Aquilo foi ponto para ele, mas eu não deixaria assim. Pensando bem, fiquei dois dias fugindo de quaisquer contato com ele e, mesmo assim, ele não me deixou em paz. Eu não iria deixar isso barato. Ele quer provocar, irei retribuir o favor.

Já na largada, todas as noves estavam prontas, eu continuei parada. Fazer uma grande parte era bom, completar era ótimo, mas vencer era indispensável. Poder esfregar na cara dele essa vitória, ah, eu faria isso.

O comandante deu o tiro e elas começaram a correr. Depois de alguns segundos elas sumiram do meu campo de visão. Continuei parada, pensando no que fazer. Senti sua presença ao meu lado, ele aproveitava todas as oportunidades que estávamos sozinhos.

- Não está com rancor, Ackerman? - Sussurou.

- Não, senhor. Gosto de desafios. Se isso é uma prova que o senhor deseja para ver que eu não sou um bom soldado por acaso, eu lhe darei. - Falei de uma única vez.

- Sabe, gosto de recrutas assim. - Senti se aproximar um pouco mais. - Calma, submissa e obediente.

Deixei escapar um pequeno sorriso. O encarei, juntando todas as minhas forças para não deixar meu nervosismo transparecer. Ele continuou sério, me olhando como se não entendesse.

- É uma pena, mas não sou assim. - Comecei a tirar minha calça cinza de moletom, enquanto ele observava. - Eu sou diferente das pessoas que o senhor está acustumado a lidar. - Tirei minha regata. - Só tem um jeito de me ver calma, submissa e obediente, me expulsando.

Olhei para ele enquanto seus olhos alternavam entre meu corpo e meus olhos. Trincou os dentes, parece que o jogo virou, não é mesmo? Finalmente algo de bom nesse uniforme que quase nunca podíamos usar. Quase senti sua mão me puxar, mas a voz da capitã o fez recuar.

- Ackerman, dez segundos! - Gritou preparando para dar o segundo tiro.

- Preciso ir, comandante. - Falei, o tiro foi disparado e eu comecei a correr.

Contive um pouco minha velocidade no começo. Se eu me desgastasse agora não teria força para desviar dos obstáculos no meio quilômetro que viria depois. Saber como respirar num tipo de prova assim me deu vantagem. Passei por Hannah, que amarrava o tênis.

Foquei no caminho que teria que percorrer e vi a marca dos cem metros, eu só precisava ficar calma e controlar meu corpo. Nos limites do caminho marcado vários instrutores com pancheta observavam nosso desempenho. Quase sorri ao passar mais uma menina.

O sol queimava minha pele. O short e o top feitos para esse tipo de exercício pareciam pesar quilos, eu sentia meu corpo começar a grudar devido ao suor. Quando dei por mim já havia passado a marca dos quatrocentos. Peguei uma água na margem e joguei sobre minha cabeça, apenas precisava ficar focada.

Aumentei a velocidade e passei mais duas. Os dois minutos que tive que ficar parada não pareciam ser tão ruins assim e depois de um tempo, a corrida tinha acabado.

Troquei de sapatos rapidamente, correndo para para primeiro obstáculo. Passar em cima de um pequeno rio de lama pendurada a uma corda. Foi ruim no começo, mas consegui atravessar.

O próximo foram alguns saltos seguidos. No terceiro senti minha cabeça rodar, mas logo voltou ao normal. Continuei focada, eu precisava vencer. Ultrapassei mais duas antes de terminar aquela parte do exercício.

Corri até a mesa na borda da piscina, peguei o óculos e a touca de banho. O sol ficou ainda mais forte, algo não estava certo. Enquanto tentei tirar o tênis meu corpo perdeu as forças. Cai de bruços e pude ver alguns borrãos da Capitã Ral e da Sargento Hanji, mas nada muito significativo.

De repente, eu estava de frente para o sol  Os raios invadiram minha pele e eu não me importei. Não ouvi muito, mas eu estava bem. Tentei focar em algo, mas foi impossível, então apenas fechei os olhos.

(...)

O teto branco foi a única coisa que consegui identificar assim que abri os olhos. Nada estava no alcance da minha visão sem mexer o corpo. Senti algo no braço direito e percebi que era um soro.

- Estou impressionada com tamanha estupidez. - Ouvi a voz do comandante. Não consegui ver onde ele estava.

- Olá, você acordou! - Vi o Cabo Zacharius se aproximar com uma prancheta na mão. - Você exigiu muito do seu corpo.

- Não lembro de muita coisa. - Sorri fraca. - Posso ir?

- Infelizmente, não. - Olhou para a prancheta novamente e depois para baixo, onde pensei que o baixinho estava. - O comandante vai conversar com você, adequadamente.

Ele deu um sorriso e saiu. Aquela situação era tão incômoda, saber que ele estava ali me observando e não conseguir afrontá-lo ou saber como ele estava reagindo era, no mínimo, torturante.

- Você andou pulando algumas refeições, Soldado Mikasa Ackerman? - Meu corpo gelou.

- Como o sen -

- Fique quieta enquanto o seu superior fala com você, soldado. - Calou minha boca com a maior facilidade do mundo. - Estou fazendo uma pergunta direta, responda.

- Sim. - Quem mandou ser um psicopata gostoso sedutor baixinho de merda? A culpa não é, exclusivamente, minha. 

- O cardápio servido para todos os soldados é pensado por nutricionistas que tem a consciência e a responsabilidade de disponibilizar todos os nutrientes e vitaminas necessárias para o tipo de treinamento que vocês recebem. - Falou, parecendo irritado. - E você simplesmente resolve não obedecê-la. Por quê?

- Me desculpe. - Não tinha muito o que falar.

- Não quero suas desculpas, quero uma resposta direta. Por quê?

- Não vou responder sem te olhar nos olhos. - Dei um basta naquela tensão. - Estou cansada de ser intimidada, estou cansada de ser tratada dessa forma e se eu deixei de lado alguma refeição, isso é um problema meu.

Ouvi um estalo e senti sua presença perto da cama onde eu estava, logo consegui finalmente ver sua expressão. Como esperado, indecifrável. Ficou praticamente colado a cama e sua mão se apoiou na lateral do colchão.

- Responda agora, Ackerman. - Perdi toda a confiança. - Me fale qual é o seu problema, pirralha.

Eu não fiz nada e nem falei nada. Nada veio para a minha mente além da sua voz que me fazia querer esquecer do mundo. Seus braços estavam descobertos - algo que eu nunca tinha visto - e suportavam um pouco do seu peso sobre a cama.

- Você ainda não entendeu, não é? - Me olhou de baixo para cima, parando os olhos sobre meu cachecol. - Se não quisesse, não me evitaria. Tem medo do que posso fazer com você?

- Não pode fazer nada comigo. - Mikasa, cala a boca. - Eu não sou um brinquedo. - Fica quieta, idiota. - Eu não tenho medo de você.

O sorriso mais sacana que eu já tinha visto surgiu naquele rosto. Afastou-se da cama, indo em direção a porta, quase sorri quando pôs a mão na maçaneta, mas ele puxou uma chave do seu bolso e trancou.

Pisquei uma, duas, três vezes. Suas costas pareciam tensas e eu não conseguia me mover. Voltou para a cama, já passando os braços por cima do meu corpo, subindo em cima de mim. Posicionou uma perna de cada lado e assim fez com as próprias mãos. Eu estava cercada.

Fez um certo esforço para não me esmagar, aproximando seu rosto do meu. Aquele maldito cheiro entrou no meu nariz, enquanto ele respirava contra minha orelha.

- Você tem sorte de estar em repouso agora, mas eu não vou deixar você me culpar por toda essa merda. - Se apoiou no cotovelo e soltou um pouco do peso sobre minha barriga. Sua mão esquerda começou a afrouxar meu cachecol. - Isso não é inteiramente culpa mimha.

Afastou um pouco o pano e tocou a marca bem menos visível. Sua boca começou a deslizar sobre meu pescoço, suspirei fundo quando depositou um beijo molhado sobre o chupão. Sua mão alisou minha coxa sobre o lençol e eu arfei.

Ele sabia como usar sua boca perfeitamente. Não eram apenas beijos e carícias, eram o os beijos e as carícias. Joguei a cabeça para trás quando ele apertou minha coxa sem o lençol como proteção.

Sem nenhum carinho beliscou a pele da minha bunda. Eu não sabia o que eu estava usando, mas nada o pararia (eu não deixaria nada pará-lo). Seu dedo apenas raspou sobre minha calcinha e eu vi estrelas.

- Porra, como consegue estar tão molhada assim? - Afundou o rosto no meu pescoço, arfando rouco. - Eu não posso fazer nada com você dessa forma.

Fez uma pressão mais forte ali, observando atentamente minha expressão. Espremi o lençol entre os dedos, tentando evitar uma tragédia. Mas a cada toque eu queria apenas que ele continuasse. Gemi em seu ouvido.

- Eu quero tanto te chupar. - Sussurou contra a minha pele, fazendo com que eu me sentisse mais excitada ainda. - Eu só queria fazer você gozar.

- Por favor, comandante. - Foda-se a dignidade. -Mais.

- Puta merda. - Sem avisar, agarrou meu pescoço, marcando mais uma vez minha pele. Juntei todas as forças que tinha para agarrar sua nuca, desejando sentir um pouco mais do seu calor. Arqueei as costas ao sentir seus dedos rápidos sobre minha entrada, eu iria enlouquecer.

- Ah, que se foda. - Tentou aproximar sua boca da minha, enquanto eu gemia baixinho.

- Comandante Rivaille, vim trazer a medicação. - Ouvimos a voz do cabo falar atrás da porta. Ele parou, me encarou e aproximou-se novamente.

- Eu mal comecei com você.

Em questão de segundos ele sumiu do lugar e o cabo apareceu com um grande sorriso, falando coisas que eu nem tentei entender. Eu só tinha pensamentos no comandante, nada mais me interessava além dele.

Apenas a curiosidade de saber o que ele ainda pensava em fazer comigo me deixava louca. Apertei fortemente o cachecol sobre o pescoço, como se ele pudesse esconder as marcas na minha pele e a umidez da minha calcinha.


Notas Finais


Gostaram? Obrigado pelo apoio e no final de semana tem mais (vou postar sexta ou sábado)
Comentem para interagirmos, isso me incentiva pakas u.u

Até o próximo e.e


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