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História Acoustic Love - Now I can't get you out of my brain


Escrita por: mindokyu

Notas do Autor


Olá, xuxus :3

Primeira fanfic do ano (espero que de muitas). Tive a inspiração dessa fanfic por conta do cover que o Kook fez de "We Don't Talk Anymore" e eu fui escrevendo e escrevendo e escrevendo e tcharam, saiu isso! :D
Fiquei bem feliz com esse começo e já tenho ela quase toda escrita. Provavelmente serão três capítulos (não tenho certeza ainda) e eu pretendo postar uma vez por semana (todo domingo na parte da noite). Se alguma coisa acontecer eu aviso no meu twitter (segue a tia lá @_mindokyu)

Espero que gostem!


edit: Mais uma obra de arte da Hill do meu, capa maravilhosa!!! <3

Capítulo 1 - Now I can't get you out of my brain


 

Capítulo Um.

Now I can't get you out of my brain

 

A cada acorde do violão minha cabeça pendia para trás um pouco mais, o sentimento de completude aquecia meu coração e minha mente.

Relaxado.

Eu ficava relaxado a cada vez que adentrava àquele lugar.

O palco era pequeno e de madeira, as luzes eram mansas e mornas, de um amarelo leve e convidativo, como se o lugar todo falasse “entre e relaxe”. O som que saia do violão era o calmante que todos ali precisavam.

Que eu precisava.

 

-x-

 

Aquele dia tinha começado como muitos outros na minha vida. Apressado e tumultuado. Cinza e cheio de preocupações, contas e mais contas para pagar, trabalho e faculdade. Todos esses assuntos deixavam minha mente enevoada de preocupações adultas, fazendo eu me sentir cada vez mais pesado.

— Taehyung, atenda a mesa seis, por favor. — Ouvia a voz do meu chefe me chamar ao longe. Eu estava fazendo café e ele não se deu nem o trabalho de perceber isso e chamar qualquer outra pessoa no recinto.

— Já estou indo, senhor Kim.

Que escolha eu tinha? Ou eu trabalhava no café da faculdade, ou não estudava. Vir de uma família onde o dinheiro era escasso dava nisso. Por mais que o amor ultrapassasse barreiras, meus pais não tinham nenhuma condição de me dar regalias, pagar minha faculdade e fazer com que eu passasse a minha adolescência e começo da minha vida adulta estudando e curtindo. Então, com 16 anos comecei a trabalhar, ainda em Daegu. Agora, com 22 anos, vim para Seoul cursar faculdade de Letras para me tornar professor. Esse era meu sonho desde que eu me entendo por gente.

— Anda, Taehyung. As pessoas estão esperando. — Larguei o que estava fazendo e fui atender o casal que sentava na última mesa do lugar.

O estresse foi aumentando ao decorrer do dia, preocupações de como pagar o aluguel do pequeno quarto onde eu morava e mandar dinheiro para Appa e Eomma em Daegu. Eu não podia desistir daquele trabalho.

E assim o dia foi envelhecendo, o cansaço nunca saindo de meus ombros. A faculdade veio em seguida do trabalho, acumulando um tanto mais em minhas costas, tarefas e provas e trabalhos, tudo.

Soltei um suspiro.

Mesmo já sendo tarde eu sabia aonde ir para me perder em sentimentos bons, sentimentos necessários para que eu continuasse são.

Logo ao final da avenida principal da faculdade havia um bar, um pub, melhor dizendo. Ali se apresentavam pessoas que tocavam violão em sessões de músicas acústicas.

Era meu lugar favorito.

 

-x-

 

Com a cabeça ainda pendida para trás, relaxando no encosto da cadeira, ouvi os acordes finais daquela música que tanto me agradava. Não era a primeira vez que eu via aquela menina se apresentar. A voz dela me encantava e suas canções originais também. Já estava começando a ficar acostumado com todas as pessoas que passavam por aquele palco. Sabia de cor a ordem na qual se apresentavam e as suas músicas favoritas a serem tocadas. Considerava-me um fã de alguns ali, pois sempre os aplaudia com um largo sorriso no rosto, querendo sempre mais.

Voltei a minha posição inicial, esperando a próxima atração, uma garota de uns 18 anos que tocava violão desde os sete e tinha uma voz doce que me remetia a infância. Mas para a minha surpresa, não fora ela quem entrou no palco aconchegante, mas sim um jovem rapaz e seu violão, se posicionando no centro, a luz iluminando apenas um lado de seu — belo — rosto.

Eu ia àquele bar pela familiaridade que tudo me trazia ali, mas confesso que essa aparição repentina de alguém novo chamou minha atenção.

Nos primeiros acordes já consegui identificar a música. Uma das minhas favoritas.

 

We don't talk anymore, we don't talk anymore

We don't talk anymore, like we used to do

We don't love anymore

What was all of it for?

Oh, we don't talk anymore, like we used to do

 

Um sorriso brotou instantaneamente em meus lábios. Normalmente, eu fecho os olhos para poder sentir melhor a música, mas dessa vez o contrário aconteceu. Eu não conseguia desgrudar os olhos do menino moreno de pele alva a minha frente.

 

I just heard you found the one you've been looking

You've been looking for

I wish I would have known that wasn't me

Cause even after all this time I still wonder

Why I can't move on

Just the way you did so easily

 

Meus lábios se moviam juntamente com a voz melodiosa, cantando sem emitir som algum as letras que sabia de cor. Meus olhos seguiam cada mínimo detalhe daquele corpo, os dedos dedilhando o violão preto, a perna batendo no banco, ditando o ritmo, os olhos que se fechavam em alguns momentos, sentido a música. Os lábios que eram donos da voz mais linda que já ouvira em minha vida, o leve sorriso que aparecia ali entre uma linha ou outra. A pronúncia não era a mais perfeita, por ser em uma língua que não era a nossa, mas combinava tanto com ele, com o local que estávamos, com o sentimento que passava.

Soltei o ar que não percebi que segurava quando a música chegava a seu final.

 

Don't wanna know

Kinda dress you're wearing tonight

If he's giving it to you just right

The way I did before

I overdosed

Should've known your love was a game

Now I can't get you out of my brain

Oh, it's such a shame

 

(We Don’t Talk Anymore - Charlie Puth)

 

Palmas e assobios enchiam o pequeno pub, grande parte deles vindo de mim. Nunca tinha visto alguém ser tão aclamado no local. Nunca tinha me sentido assim ao ouvir alguém cantar.

— Obrigado por me deixarem subir aqui hoje — sua voz era tímida, nada parecida com minutos atrás, quando cantava com todo o coração. — Eu sou Jeon Jeongguk e espero que tenham gostado.

Jeon Jeongguk.

Até mesmo seu nome era bonito. Sorri abobado quando pensei nisso, passando as mãos pelos cabelos, bagunçando-os ainda mais.

Observei enquanto ele saia do palco, indo para algum lugar além das luzes, proibindo-me de vê-lo por mais tempo.

Voltei a encostar a cabeça no encosto da cadeira, terminando o último gole da bebida que tinha em meu copo, não me importando muito da mesma já estar quente. Assim como o líquido era absorvido por meu corpo, minha mente e coração absorviam o que tinha acabado de acontecer.

Não consegui prestar atenção nos próximos cantores que vieram depois de Jeongguk. Só conseguia pensar quando seria a próxima vez que sentiria meu coração acelerar desse jeito.

 


Notas Finais


Pelo capítulo ser curto, atualizarei com o segundo capítulo antes do previsto.

E lembrando que opiniões são sempre bem-vindas, sendo elas positivas ou negativas (construtivas).

Até mais, xuxus da tia.


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