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História Acoustic Love - Oh, I found my lucky number


Escrita por: mindokyu

Notas do Autor


Último capítulo chegando, nesse domingo chuvoso (pelo menos em SP) para alegrar a noite de vocês.

Enjoy!

Capítulo 3 - Oh, I found my lucky number


 

Capítulo Três.

Oh, I found my lucky number

 

Nunca pensei que reclamaria da minha porta.

Olhe só, ela é apenas uma porta qualquer, que fecha o meu apartamento. Mas a verdade é que agora eu estava morrendo de raiva dela. A chave não entrava de jeito nenhum na fechadura e eu estava perdendo a paciência. O álcool ainda estava presente em minhas veias, mas o que mais deixava a minha mente abobada e dedos trêmulos não era o álcool.

Os lábios famintos de Jeongguk não paravam por um segundo de mordiscar minha nuca, o que percebi estar um tanto quanto viciado. Sentia arrepios percorrer por todo o meu corpo com esse simples ato.

— Vai logo, abre essa porra de porta. — Além de famintos, tais lábios eram bem sujos.

— C-calma. — Minhas mãos tremiam, mas não queria deixar ele perceber isso. Não queria deixar aparente que era a primeira vez que alguém vinha a minha casa para ficar comigo. Taehyung nunca deixaria alguém entrar em sua casa nessas intenções, não o antigo Taehyung, pelo menos.

Finalmente, depois de mais alguns segundos, a porta resolveu ficar do meu lado e abrir, sendo batida com força contra a parede, deixando com que nossos corpos ferventes passassem por ela. As luzes nem sequer foram acesas, creio que não precisávamos disso para sentir cada toque em nosso corpo. As mãos hábeis de Jeon já passeavam por por minhas costas, por debaixo da camiseta larga que eu vestia. Meus dedos finos estavam aninhados em seu cabelo, perto de sua nuca.

Andamos desastrados por entre os poucos móveis que eu tinha ali no pequeno local, nossos lábios não se desgrudaram nem um segundo se quer, nossas línguas não se cansavam de provar o sabor uma da outra.

Minha perna bateu contra algo, fazendo-me desequilibrar. Senti meu corpo caindo em uma superfície macia e notei que estávamos no meu sofá. Jeongguk me olhava sereno, ainda de pé em minha frente. Não conseguia nem imaginar o estado que eu estava naquele momento, o estado em que minhas roupas se encontravam. Só conseguia focar no ser perfeito com os cabelos negros todos desgrenhados a minha frente.

— Sabia que eu conseguia te ver de cima do palco? — Seus olhos eram profundos, de um preto sedutor. Abaixou-se um pouco, colocando uma perna em cada lado do meu corpo, sentando em cima de mim. — Estava contando os dias para que você não se aguentasse mais e viesse falar comigo.

Convencido, talvez?

— Mas você só tocou lá por duas noites — rebati, não querendo sair por baixo. — Como pôde ter tanta certeza de que eu falaria com você? — As mãos finas de Guk passaram a acariciar minha nuca, encostando ainda mais nossos corpos ainda lotados de peças de roupas. Meus braços automaticamente rodearam sua cintura.

— E não foi o suficiente? Duas noites, eu digo — sorriu ladino. — Olhe só onde estamos agora.

Xeque-mate.

— Não foi isso q—

— Chega de falar, que tal?

 

O sabor de seus lábios era viciante, suas mãos percorrendo minha pele queimava e me deixava marcas, que mesmo não sendo visíveis aos olhos, cravaram minha alma. Talvez a bebida que eu tomei enquanto via sua apresentação no pub me deixou mais solto, mas não tanto quanto as sábias palavras do senhor no meu trabalho, que me abriu a mente.

Agora, Jeongguk tinha sua língua úmida passeando pelo meu pescoço, arrepiando-me dos pés a cabeça.

 

Meu apartamento estava quente como nunca esteve. As roupas que antes estavam de montes em nós dois, agora se encontravam no chão. Cada pedaço delas foi retirado um a um e arremessado a perder de vista.

O chão do quarto estava quase uma obra de arte.

Encontrávamos deitados no sofá, Jeon em cima de mim, deixando e marcando meu peitoral. Sons irreconhecíveis saíam de meus lábios, altos e sôfregos. Ritmados e sensuais. Cada vez que o outro descia um pouco mais, meus dedos apertavam seus fios negros com força, inconscientemente o empurrando mais para baixo.

— Agora quem precisa de calma é você. — Disse brincalhão, olhando-me por dentre seus cabelos, desgrudando os lábios de minha barriga, levantando a cabeça para me encarar melhor.

Não consegui responder de imediato, já que só então me ocorreu que eu nunca tinha feito isso antes. Nunca tinha ficado nu na frente de outra pessoa, nem mesmo meus pais. Minha respiração estava descompassada e sentia meu corpo começar a tremer. Desviei o olhar, tentando tirar o pensamento ruim que me invadia de repente. Como fui deixar chegar nesse ponto? — O que foi? — seu tom de voz era preocupado.

— N-nada.

O de cabelos pretos saiu de cima de mim, me trazendo junto e sentando ao meu lado. Automaticamente levei minha mão para baixo, cobrindo o que eu não queria que ele visse ali. Eu definitivamente era o ser mais idiota do mundo.

— Não precisa ficar com vergonha. — sua mão acariciava meu cabelo, seus lábios voltando a fazer carinho da minha derme, em meu pescoço. — Eu sei que é sua primeira vez, não vou te forçar a nada.

Parecia que meus olhos iam cair do meu rosto de tanto que os arregalei. Como ele sabia? Será que eu era tão óbvio assim?

— Mas eu quero. — Não conseguia pensar em mais nada para falar. O antigo Taehyung estava morto. Não iria mais deixar de viver por medos e paranoias que o passado me trouxe. Eu queria aquele homem desde a primeira vez que o vi, não iria desistir tão fácil.

— Era só o que eu precisava escutar.

 

Meus dedos estavam cravados no lençol abaixo de mim. Apertava-os com tanta força que os nós dos dedos estavam esbranquiçados. A mão livre foi de encontro às costas largas do outro, arranhando-o. O suor escorria por meu rosto, fazendo os cabelos ficarem presos ali, grudados. Meus lábios estavam vermelhos de tanto que os dentes fincavam neles, não na intenção de machucá-los, apenas para tentar conter tamanha euforia. Minhas pernas estavam enroladas em torno da fina cintura de Jeongguk como se ali pertencessem desde sempre. Minha voz rouca fazia sonatas que eu jurava serem impossíveis, chorando frases melodiosas no ouvido de Jeon, deixando claro o quanto eu estava amando cada minuto de tudo aquilo, daquela música linda que produzíamos. Os gemidos que ele soltava também não ficavam para trás, arrepiando-me um tanto mais, se é que isso era humanamente possível.

Eu estava nas nuvens.

O movimento de vai e vem era ritmado, fazendo com que a pequena cama ali batesse constantemente na parede, provavelmente incomodando o vizinho. O ranger de suas madeiras velhas juntava-se a nossa música original, aumentando quando a velocidade das investidas de Jeon ficavam mais rápidas e certeiras.

Um aperto em meus cabelos me fez perceber que estávamos perto do fim, então soltei a mão do lençol judiado sob nós e entrelacei nossos dedos, sentindo o ritmo acelerado em que nossa música estava, prolongando um tanto mais nosso prazer.

A última nota foi alcançada em uníssono. Meus olhos revirando-se, os dedos do pé contorcendo-se em gozo. As mãos estavam entrelaçadas ainda, mesmo com a melodia tendo chegado ao seu fim com leves espasmos de ambos lados, dando indícios de que alcançamos a nota perfeita, finalizando a obra prima que criamos juntos, ali naquela noite.


 

Algumas horas já haviam se passado, mas ainda estávamos na mesma posição. Só tínhamos nos largado por um segundo para poder nos limpar, e voltamos a enrolar nossos corpos nus um no outro.

Eu estava feliz em seus braços e isso me assustava um tanto. Mais do que eu queria, menos do que era necessário para me parar de fazer o que eu queria. Arrumei minha cabeça em seu ombro desnudo, roçando o nariz na tez exposta tão gostosa e morna.

— Você tocou minhas duas músicas preferidas, sabia? — Ouvi minha voz dizer sem minha permissão.

— Sério mesmo? — Em nenhum momento seus dedos finos pararam de se movimentar em meu cabelo, fazendo padrões desgrenhados nos fios de tons loiros. — Elas são as minhas favoritas também.

Sorri com a simplicidade da conversa e como ela arrancava risos fáceis de nós dois de um jeito leve e descontraído, como se nos conhecêssemos a mais tempo do que os meros dois dias no pub.

 

A conversa que veio a seguir foi aquela banal, sabe? Aquela quando você conhece alguém e vai perguntando seus passatempos favoritos e como anda a família, essas coisas. E a cada resposta eu caía um pouco mais em seus encantos, em seu riso fácil, e como esses risos soltos faziam sua pintinha, bem abaixo do lábio, se mexer. Em como sua vida era um tanto mais ajeitada que a minha, mas nem por isso mais fácil. Me apaixonei pelo jeito que ele me escutava, deixando toda a sua atenção em mim. Apaixonei-me pelo jeito em que sorriu quando falei que eu fazia o melhor expresso da vida, e em como tal expresso poderia salvar o dia de alguém.

— Você me promete fazer esse expresso maravilhoso todos os dias? — Perguntou, abraçando minha cintura um pouco mais, desenhando notas quaisquer em minha pele morena.

— Prometo.

Cheguei ao fundo, com a leve melodia que tínhamos acabado de fazer e sabia que ali eu ficaria por mais um tempo, mesmo que indeterminado.

Definitivamente não era tarde para começar a viver e amar.


 

Fim.

 


Notas Finais


Quero agradecer a cada pessoa que passou por aqui e leu, as pessoas que comentaram, a minha amiga Hels que betou o primeiro capítulo e não me deixou desistir dessa história. Quero agradecer também as pessoas que leram mais não comentaram, mas que deixaram sua marquinha aqui mesmo assim. Obrigada!
Essa fanfic me tirou de um hiatus chato que eu me encontrava e foi algo que me chacoalhou pra voltar a escrever.
Espero de coração que tenham gostado do final dessa fanfic leve e amorzinho.

Beijos, meus xuxus <3


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