História Acting On The Target - O Caso de Marie e Seus Fantasmas

31 de Dezembro, 11:30 P.M.
Niall's P.O.V.

Hoje era véspera de ano novo, o dia se resumiu a todos ficarem juntos conversando, Luisa por incrível que pareça não ficou inclusa nessa parte da conversa, porquê ela só ficou no celular, e no pouco tempo que não estava ela conversou comigo, eu acho que os avós e a mãe dela tentaram fazer ela se socializar um pouco, mais ela só revirou os olhos e voltou a olhar para a tela ignorando totalmente todos ao seu redor.

Até que uma hora a mãe dela começou a gritar com ela, e ela não ficou quieta e começou a gritar também, todos olharam assustados mais não deu tempo de ninguém interferir, foi rápido demais, assim que a mãe ameaçou pegar o chinelo, ela gritou denovo e saiu correndo pro quarto chorando.

-O que acabou de acontecer?- perguntei pra Letícia que estava do meu lado.

-Foi assim, a minha mãe falou que já estava cansada de cuidar de mim e da Lu, ai ela falou que quem errou de ter filhos foi ela, ai elas discutiram e tau, ela quis pegar o chinelo, e ai ela gritou que ela não manda mais ela e nem é mais uma criança pra apanhar desse jeito.

-Cruz credo, essas duas nunca param de brigar, mais a sua mãe devia parar de provocar ela né.- ela riu revirando os olhos.

-Isso foi porque você não viu oque ela faz nos nossos aniversários.

-O que ela faz?- perguntei curioso.

-Nem queira saber.- arregalei um pouco os olhos e depois sai correndo atrás de Luisa, cheguei no quarto e bati antes de entrar.

-Amor, ta tudo bem?- perguntei vendo que ela estava chorando abafado no travesseiro, me sentei ao seu lado e acariciei suas costas.

-Não Niall, não tá nada bem.- ela disse tirando o rosto do travesseiro e secando algumas lágrimas, a puxei pra perto e ela continuou chorando no meu peito.

-Não chora linda, ela não merece suas lágrimas.- disse baixo tirando o fios de cabelo de seu rosto quando ela olhou pra mim.

-Só que é tão difícil, eu faço de tudo pra ela se orgulhar de mim, mais quanto mais eu faço mais ela me odeia.

-Ela não te odeia.

-Odeia sim, ela nunca quis ter filhos, sempre me disse que preferia estar vivendo a vida dela ao invés de ter que cuidar de mim, e eu já vi ela rasgando os cartões que eu dava pra ela no dia das mães.

-E eu que pensei que todas as mães amassem os filhos.- ela negou com a cabeça.

-Todos pensam isso- ela passou a mão pelos olhos e depois me abraçou.- Não sei o que seria de mim se não tivesse você, talvez eu enlouquecese ou entrasse em depressão.

-Então que bom que nos conhecemos, e sem você talvez eu nunca tivesse lançado minha primeira música, e agora eu provavelmente estaria apodrecendo dentro daquele hotel por nunca ter nada pra fazer.- ela riu.

-Ou talvez estivesse preso as garras da galinha da Melanie enquanto ela aproveita sua fama.- a olhei sério.

-Não vamos falar dela hoje, é um dia especial.- ela sorriu e assentiu.

-Faz praticamente um ano que estamos juntos, já que você só teve coragem de assumir tudo treze dias depois.

-Ei!- exclamei ofendido e ela riu denovo, só que mais alto e escandaloso, a empurrei pra se deitar na cama e subi encima dela e comecei a fazer cócegas, ela se contorcia enquanto ria mais alto ainda, quando ela já estava vermelha e meio sem ar eu parei com as cócegas, a dei um beijo na bochecha e sai de cima dela- Vamos? Já é quase meia noite.- estendi minha mão para que ela se levantasse.

-Só um minutinho, vai indo que eu já vou.- ela respondeu ofegante, ri de leve e sai do quarto, não tinha mais ninguém na sala, sai de casa e fiquei olhando a rua, todas as casas estavam com as luzes acesas e vários sons de vozes vinham delas, me lembrei de quando eu era mais novo e passava toda virada de ano com a minha família. Quando o sons alto de fogos começou eu até me assustei pois estava muito desligado, olhei pra cima olhando os explosivos coloridos quando sinto duas mãos abraçando minha cintura.- Feliz ano novo amor.- ela disse no meu ouvido me fazendo arrepiar.

-Feliz ano novo linda.- a puxei pra um abraço e beijei o topo da sua cabeça.

-Como nos velhos tempos?- ela perguntou me olhando.

-Como nos velhos tempos, só que melhor.- adicionei e ela sorriu.

-E sem um louco pulando como um macaco.- ri e a dei um selinho, e ficamos lá abraçados vendo os fogos.

(~)

02 de Janeiro de 2018, 12:45 P.M.

-Tá fazendo o que amor da minha vida?- perguntei entrando no quarto, ela estava sentada na cama com um caderno.

-Escrevendo.- respondeu.

-Um livro?- ela assentiu- Não sabia que você gostava de escrever.- disse me sentando ao seu lado.

-Eu sempre gostei, mais eu parei esse quando fui pra Los Angeles, mais to quase acabando.

-Posso ver?- assentiu denovo e me entregou o caderno pra ler.

"Eu olhava pelos cinco corredores sem saber o que fazer, eles não deviam ter se separado, o ancião tinha razão, essa caverna mexe com a gente, mais não tínhamos como saber que ele estava realmente certo, achei que o feitiço de proteção da mente de Charles funcionaria caso algo acontecese, mais pelo visto essa magia é mais forte doque a de simples mortais como nós.

Mais eu errei muito, não devia ter deixado James e Lucinda se envolverem mesmo eu sabendo que ele já tinha um caso com a Adriana, só que ele fazia minha amiga tão feliz que não quis interferir, e ela já devia saber da verdade bem antes, mesmo antes de entrarmos aqui, ela não teria fugido correndo fazendo todos se desesperarem pra ir atrás dela, mais cada um em um túnel diferente, e eu não teria brigado com Lucca, ele sempre foi muito protetor com a irmã, eu devia ter me lembrado disso e a ajudado, mais quem garante que ela ia me escutar? Nós já não estávamos num bom momento desde que eu comecei a namorar o Tyler, só que ela nunca me contou que tinha uma queda por ele e eu achei que ela já não se importava com ele, mais eu estava errada mais uma vez quando ela jogou na minha cara a poucos minutos que ainda era perdidamente apaixonada por ele. Mais eu acima de tudo não devia ter trago eles aqui, não devia ter dado meus problemas a outras pessoas, só porquê perdi meus poderes não quer dizer que é o fim do mundo, isso poderia acontecer, eu sempre soube, desde que os médicos diceram que meu DNA tinha uma falha, mais eu sou egoísta demais pra aceitar isso.

E agora eu me pergunto, quando foi que eu comecei a fazer tudo errado?"

-Nossa.- disse quando terminei de ler.

-É horrível né? Sabia que não devia ter começado a escrever isso.- ela reclamou abaixando a cabeça.

-Que horrível oque, é ótimo!- ela levantou a cabeça me encarando- Você já pensou em publicar ele?

-Já pensei mais, sei lá, e se ninguém gostar?

-Como que ninguém vai gostar? É tipo ninguém gostar de Harry Potter, ou Senhor dos Anéis, ou As Crônicas de Nárnia, sempre vai ter alguém que gosta de um desses três.

-Sua lógica é estranha mais faz sentido.- balançou a cabeça.

-O que acha de assim que voltarmos pra Los Angeles darmos um jeito de publicar o livro?

-Pode ser, vai que dá certo.

-Além de atriz, cantora e cozinheira você vai ser escritora também, qual a próxima profissão que eu não sei? Professora? Fazendeira? Marceneira?- brinquei e ela revirou os olhos.

-Eu não sou cantora nem cozinheira, e nem vou ser todas essas coisas que você disse, eu só escrevi um livro, pode nem dar certo.

-Claro que vai dar certo, eu disse que você ia se dar bem na audição e deu certo, se eu to dizendo que você vai ser escritora então vai acontecer também, eu praticamente prevejo o futuro.

-Ta bom, vamos ver se você vê o futuro mesmo, o que tem pro almoço hoje?- me olhou desafiadora.

-Hum...- fiz cara de pensador- Meus instintos futuristicos me dizem que vai ter... Frango assado, arroz e batata frita.

-Como você sabe disso? Minha vó te contou não é?

-Eu já te disse querida, eu vejo o futuro.- sai rindo do quarto enquanto ela revirava os olhos.

(~)

04 de Janeiro, 05:30 P.M.

Hoje nós voltamos pra Los Angeles, e depois de muita insistência minha ela concordou em ver algumas editoras hoje, chegamos bem cedo aqui então assim que chegamos em casa fomos dormir, na verdade eu fui dormir, ela praticamente entrou em coma, tentei de tudo pra ela acordar até que disse que o Ashton tava na porta e ela acordou, só ele mesmo pra fazer ela acordar mesmo não estando aqui.

Fomos em quatro editoras diferentes pra mostrar o manuscrito, mais todas diceram que iam dar a resposta depois, ela logo na primeira já queria desistir, mais eu não deixei, minha futura esposa vai ser uma escritora ou meu nome não é Niall. Assim que fomos na quinta e última editora eu fiquei preocupado, e se não prevesse o futuro tão bem assim? Mais a resposta do editor chefe me deixou muito feliz.

-Isso com certeza é uma obra prima, nunca vi ninguém escrever assim antes, e ainda mais alguém tão jovem.- ele disse e depois propôs começar a imprimir o livro e lança-lo o quanto antes, Luisa concordou assim que ele terminou de falar, ela assinou um contrato e planejou mais algumas coisas com ele e depois fomos embora, assim que saímos da editora ela me abraçou forte e eu a tirei do chão enquanto ela gargalhava.

-Eu disse que sou um gênio.- falei a colocando no chão mais não a soltando.

-Tenho que concordar, você estava certo.

-Oi? Como é que é? Dá pra repetir, acho que não ouvi direito.- disse e ela revirou os olhos.

-O ego tá tapando seus ouvidos né? Mais você que se dane, eu não vou repetir.- disse cruzando os braços.

-Tem certeza? Eu acabei de fazer você lançar um livro.- a provoquei e ela bufou frustrada.

-Ta, você é genial, maravilhoso e blá blá blá, ta bom agora?- disse emburrada.

-Ta mais que bom.- a beijei calmamente e ela prontamente retribuiu.

-Eu te amo, não sei oque faria sem você.- encostou sua testa na minha.

-Nem eu sem você.- a apertei mais contra mim.

(~)

08 de Janeiro, 10:00 A.M.

Hoje seria o grande dia que o livro da Lu seria publicado, tenho que admitir que fizeram tudo muito rápido, mais mesmo sendo rápido ela estava cada dia mais nervosa, se não fosse eu pra acalma-la acho que ela ia dar um treco.

Eu ainda não sei o nome do livro. Ela disse que ia me fazer uma surpresa e eu só saberia no dia, eu implorei de joelhos no teto pra ela me contar só que não adiantou nada e eu tive que esperar até hoje. Nos arrumamos e fomos pra livraria da editora, ela estava linda com o vestido roxo que eu a dei justamente para esse dia, quando chegamos no local tinham vários paparazzi e pessoas da impresa, além de vários fãns que ela conseguiu em tão pouco tempo e alguns meus também, mais a maioria dela, as vezes quando olho pra ela, eu me vejo no início da banda, com aquele sorriso no rosto por as pessoas gostarem doque você faz.

Passamos pelo mar de pessoas indo pra um espaço preparado para a entrevista, ela falou com algumas pessoas tirou algumas fotos, nos sentamos na mesa com alguns microfones preparados e ela se preparou para falar.

-Bom, esse livro é um grande sonho meu a muito tempo, ao mesmo tempo que eu decidi ser atriz também me veio a idéia de escrever histórias, e pra mim criar um roteiro para um filme seria incrível, então eu comecei a escrever esse livro, ele se passa no futuro, mais precisamente no ano 2095, e fala de uma menina chamada Marie, nessa época todos tem super poderes que os cientistas descobriram, mais eles se diferenciam pelo signo da pessoa, mais a Marie tem um problema no seu DNA que fez com que seus poderes começassem a falhar, e ela não queria aceitar isso pois era de Leão e as pessoas de leão eram consideradas importantes porquê tinham os poderes mais fortes, então ela vai com os amigos atrás de uma solução pro seu problema e acaba criando outros, o livro é uma mistura de romance com magia, aventura e ação que eu acho bastante interessante.- eles começaram com as perguntas e ela ia respondendo todas, até que um jornalista perguntou qual era o nome do livro e eu voltei a prestar atenção.

-O caso de Marie e seus fantasmas.- ela disse e olhou pra mim sorrindo me fazendo sorrir junto.