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História Addicted - Story of my life


Escrita por: ohmyloubieber

Capítulo 12 - Story of my life


- Satisfeito?

- Perguntar se um cara está satisfeito depois de transar com uma mulher não é contra os seus critérios feministas?

- Cara, eu acabei de transar, tive um orgasmo e estou levemente bêbada. Não estou raciocinando direito.

- Sim, estou satisfeito. Podemos marcar de fazer isso de novo.

- Nem vem. Teria que fazer mais pra me levar pra cama de novo. E sem álcool. Ainda mais agora que eu já provei o que queria desde alguma tempo.

- Propondo outra aposta?

- Vamos terminar a primeira antes.

- Sim. Eu quero a sua história.

- E eu queria que ela não existisse. – Eu disse.

- Vai precisar de whisky?

- Com certeza. – Eu disse e ele levantou, indo pra a sala, sem roupa nem nada e voltou, com a garrafa de Jim Beam e dois copos com fundo reto e cubos de gelo. A naturalidade com que ele fazia tudo era delirante. Eu estava me controlando para não começarmos outra sessão de sexo agora mesmo. Entregou-me um deles e encheu o meu copo até a metade, deitando-se ao meu lado.

- Eu lhe prometi uma história... Então você vai ter uma... - Bebi um gole do copo de whisky enquanto estava de bruços com os cotovelos apoiando o meu corpo em cima da cama, de frente pra cabeceira, ao lado do cara de olhos castanhos tão hipnotizantes e atentos. - Era uma vez uma garota adorável. Ruiva com trancinhas que parecia a Pippi Meialonga. Ela costumava brincar no balanço que o pai a dera no Natal. Ela era uma garota plenamente feliz brincando em uma casa afastada do centro do Upper East Side. Sua mãe era uma honorável dama da Colony Club e seu pai era um importante executivo do ramo imobiliário em New York. - Sorri, perdendo-me em meus devaneios. - Tudo era lindo na vida dela. Os pais amavam a ela e ao irmão muito e, por isso, trabalhavam muito, mas ficavam com ela nos finais de semana inteiros...

- Mas... - Justin falou, sabendo que isso deveria ter um fim nada bom.

- Depois da crise da bolsa seu pai teve que trabalhar dobrado e se mudaram para o centro do Upper East Side a fim de ficar mais perto do trabalho. O pai dela trabalhava todos os dias. Até nos finais de semana. A menina cresceu sem um pai. Desde os 6 anos, ela só o via pelas manhãs de sábado. Até que os pais se divorciaram alegando "diferenças irreconciliáveis". Bullshit. - Bebi mais  gole. - Quando o pai se restabeleceu financeiramente, mudou-se para uma casa luxuosa no Brooklyn, junto com seu irmão mais novo e adotivo: Pete Fairman.

- Pete? Pete Fairman era o seu tio? - Justin arregalou os olhos, visivelmente perturbado.

- Ainda não terminei. Calado. - Ele assentiu e bebeu um enorme gole do whisky - Pete Fairman era um dealer, como você já sabe. O pai da menina estava viciado em trabalho, mesmo depois de se restabelecer. Precisava de algo para ficar acordado e ligado. Não podia comprar nada porque todos o reconheciam. Ele dava o dinheiro para Pete, Pete comprava e estava tudo certo. - Sorri melancolicamente. - Essa garota cresceu passando uma parte das férias na casa do pai e do tio. Ela tinha 15 anos quando se apaixonou pelo tio, que tinha uma beleza invejável a qualquer cara de 25 anos. Eles estavam bêbados e ela transou com ele. Umas duas vezes na mesma noite. - Meus olhos fixaram-se na parede onde a cama estava, prontos para derrubarem lágrimas pesadas. O meu inferno começou desde que eu transei com ele. Eu estava apaixonada e pessoas apaixonadas fazer merdas que nem elas mesmas reconhecem. - Quando essa menina, que estava cansada de ver o pai drogado, descobriu que quem fornecia a droga era o seu tio, que até então era o príncipe dela, começou a odiá-lo profundamente, recusando o sexo que ele costumava ter com ele quase todos os dias. - Algumas lágrimas caíram, mesmo eu as ignorando, eu detestava chorar por causa disso. - Como vingança, o tio contou para o pai da relação dos dois. O pai ficou com raiva. Muita raiva. Parou de fornecer dinheiro para o tio, mas exigia a droga, se não o acusaria de incesto e pedofilia.

- Você está bem?

- Não. Mas deixe-me terminar. - Bebi o resto de whisky do copo e deixei algumas lágrimas caírem enquanto colocava mais bebida. - Um dia o pai estava tão drogado que acabou abusando da filha que estava passando as férias com ele. - Abaixei a cabeça no travesseiro e senti Justin tomar o copo das minhas mãos, aninhando-me em seu peito enquanto eu chorava compulsivamente por o que pareceu um longo tempo, uma pausa dolorida e dramática, mas necessária.  - Pete morreu e eu acho que só digo que ainda o odeio porque não suportaria que ele morresse e eu pudesse tê-lo perdoado e o amado novamente. Rick Clark está vivo por aí.

- E por que não contou pra ninguém?

- Ele conhece muitas pessoas, Justin. Tenho medo do que ele pode fazer com a minha mãe e com meus amigos. Na época, ameaçou contar sobre o problema com bebida que eu desenvolvi. Sobre os caras com quem eu tinha me relacionado. E até de me sequestrar ele me ameaçou.

- E depois, o que aconteceu?

- Eu fugi da casa do meu pai naquela noite. Me fotografaram saindo de lá. Com roupa de casa, óculos de sol mesmo de madrugada, malas quase abertas fugindo da mansão do pai. Uma bela manchete. – Sorri, lembrando-me da cena caótica.

As lágrimas ainda estavam borrando o meu rosto, o rímel formando uma máscara preta tão espessa quanto a que eu usava diariamente. Eu queria que aquela merda toda acabasse, mas o jardim da casa do Rick parecia não ter fim, assim como o que tinha acabado de acontecer.

Eu corria pelo jardim com as malas ainda abertas às duas da manhã. Eu sabia que alguns fotógrafos do The Wall Street Journal estavam quase que acampados em frente à minha casa por conta do meu pai e de um negócio milionário que ele estava prestes a fechar, mas eu não estava dando a mínima, só queria escapar daquele inferno.

Coloquei os óculos escuros assim que coloquei os pés pra fora do jardim e eles começaram a derrubar os flashes em cima de mim, perguntando milhares de coisas. Não só o pessoal do The Wall Street como todas as revistas de fofocas vão querer a manchete. Um dos seguranças do Rick que ficava do lado de fora me colocou dentro de um carro e eu pedi para ir para a boate mais perto da minha casa.

Eu precisava de alguma coisa que me fizesse esquecer tudo aquilo que tinha acabado de acontecer no Brooklyn há menos de uma hora. Eu tinha certeza que eu nunca contaria isso para ninguém.

- Eu bebi tanto naquela noite para afogar as mágoas e devo ter transado com três caras diferentes, apenas tentando desesperadamente sentir no sexo tudo aquilo que eu sentia antes do meu pai. Desde então, sexo é uma maneira de ficar, por alguns minutos, alheia aos meus problemas. Quando eu cheguei em casa de manhã com os olhos borrados de rímel e de ressaca minha mãe decidiu me colocar no terapeuta e toda essa merda. Essa é a minha história. Desculpa.

Escutei um longo suspiro vindo dele, me aninhando ainda mais eu seu peito, eu me sentia vulnerável naquele momento e eu odiava sentir isso.

- Sinto muito.

- Não sente. Mas tudo bem. – Eu disse, sabendo que ninguém deveria sentir pelo Rick ser um completo depravado.

- Eu sinto. É sério.

- Hm... Obrigada. – Eu respondi, sem saber exatamente como agir diante daquela demonstração de afeto. Ninguém nunca fez isso antes.

- Não acho que você deva se culpar ou martirizar, ou seja lá o que você faça por causa disso. E me desculpe também por ter dito que você saia com um monte de caras e te chamar de vadia implicitamente. Eu não sabia os seus motivos.

- Nada justifica. Está tudo bem. 

- Eu não sou muito de mostrar os meus sentimentos e toda essa merda, mas se você quiser, pode conversar comigo... - Ele pareceu meio sem jeito, de uma forma que eu raramente via. 

- Acho que melhor não encher mais o seu saco com a minha história dramática de garotinha que foi abusada pelo pai drogado.

- Não é as...

- Justin. Tá tudo bem. Eu tenho que aprender a lidar com isso. – Peguei um último gole de bebida e coloquei pra dentro, deitando-me de lado, de costas pra ele. – Minha cabeça tá doendo... Boa noite. – Eu disse e fechei os olhos, pensando eu como eu faria de manhã pra sair sem ele perceber.

* * *


Notas Finais


Finalmente Lenorah parou de enrolar. Segredos ainda estão por vir, armações, mais diálogos ácidos e muito mais sexo. Espero que curtam. xoxo, G.


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