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História Addicted - Win-win situation


Escrita por: ohmyloubieber

Capítulo 22 - Win-win situation


- Steban. Vai pra esse endereço. - Entreguei o papel para ele assim que Lenorah saiu do carro, tempestuosa.

- A garota não vai gostar muito disso.

- Foda-se. Ela não enxerga, mas estou fazendo essa merda toda por ela. E o que os olhos não veem, o coração não sente. - Eu disse.

- Certo. - Ele disse e leu o endereço. Fechei a repartição e recostei no assento de couro. Estávamos bem e depois eu estraguei tudo com a minha incrível capacidade de arranjar briga com ela sempre que estamos juntos.

Eu estava ficando agitado só de pensar em entrar em um embargo com a minha namorada louca e na minha caçada obsessiva por encontrar o filho da puta que estragou a vida da minha garota. E não tinha uma garrafa de bebida naquela porcaria de limusine, eu não tinha enrolado nenhum cigarro de maconha e esqueci o meu maço comum em casa.

Só me restava um único e último saquinho pequeno com algumas gramas de cocaína que eu tinha guardado dentro da costura da carteira para emergências e a minha briga com Lenorah e a minha pequena aventura já tinham me deixado muito mais do que estressado, precisava de alguma coisa. Só metade daquele saquinho não faria diferença na minha recuperação de fachada.

Peguei metade do conteúdo e fiz uma única carreira em cima da tela do celular que eu coloquei em cima do banco da limusine e equilibrava pra não cair. Enrolei uma nota de cinquenta dólares e cheirei. Funguei algumas vezes e fechei os olhos, esperando a conhecida sensação de relaxamento chegar.

* * *

- É aqui, Justin. - Steban disse, assim que parou a limusine em frente a uma casa de classe média, com um pequeno jardim na frente e uma bicicleta rosa jogada no chão.

Andei até a porta da casa e toquei a campainha, apoiando a mão no batente da porta e olhando para baixo. Senti uma leve tontura, que passou assim que levantei a cabeça. Uma mulher morena de meia idade atendeu.

- Olá... Como posso te ajudar? - Ela perguntou.

- Hm... Rick Clark me pediu para entregar alguns documentos para... - Olhei no papel que tinha escrito o nome do cara, mesmo que não precisasse. Queria que parecesse real. - Travor McGuiness. Ele mora aqui? - Perguntei, na maior cara de paisagem que consegui.

- Sim, claro... Mas, onde estão os papéis? - Ela perguntou. Merda.

- Estão na limusine do Sr. Clark. São muitos, daí não trouxe até a porta. Não se preocupe, só preciso que ele assine o recibo enquanto eu pego os papéis.

- Tudo bem, vou chamá-lo. - Ela disse e deu um sorrisinho. Encostou a porta e segundos depois, um homem branco um pouco mais alto do que eu e mais forte apareceu.

- O que Rick Clark quer dessa vez? - Ele cruzou os braços. - Não devo nada a esse cara.

- Não é nada. Digamos que eu sou o namorado da filha dele, Lenorah. - Eu disse e ele descruzou os braços, saindo e fechando a porta atrás de si.

- Lenorah? Você a conhece? Ela está bem? - Travor perguntou.

- Sim, sim... Conhece Norah?

- Conheço. Amava aquela menina como se fosse minha filha. Mas depois de toda aquela fuga estranha da mansão Clark, nunca mais a vi.

- Sabe alguma coisa da fuga?

- Por que quer saber?

- Ela é minha namorada. Eu já sei o que aconteceu naquela noite.

- Sabe que o pai a expulsou de casa por causa da bebida? - Ele perguntou e eu franzi o cenho.

- Oi? Cara, certamente você não sabe de nada. Rick Clark abusou da própria filha e eu estou tentando fazê-lo se entregar para a polícia. Só preciso que me diga onde ele mora. Apenas. - Perguntei.

- Filho da puta... Eu sempre desconfiei que ele estivesse mentindo. O cara não presta mesmo.

- Aliás, por que parou de trabalhar pra ele?

- Descobri algumas coisas ilegais que ele fazia e eu me demiti, não queria ter nada a ver com aquela merda.

- Que coisas?

- Algumas transações milionárias com países que não podem ter relações econômicas com os Estados Unidos. O cara é um fodido.

- Quanto mais eu cavo, mais podre descubro que ele é. - Refleti. - Certo, sabe onde ele mora?

- Não sei ao certo, ele vivia se mudando. Da última vez que eu trabalhei com ele, ele morava numa casa bem afastada do centro de Rhode Island. Mudou-se pra lá assim que Lenorah foi embora. Foi a última coisa que eu soube dele. Rick faz os funcionários trocarem de número do telefone todo mês, então eu perdi o contato com os meus colegas de trabalho...

- Pode anotar o endereço da casa aqui? – Entreguei papel e uma caneta para ele e ele escreveu. - Obrigado pela ajuda, cara.

- Disponha. Mande lembranças a Lenorah. E boa sorte e cuidado com Clark. Ele é completamente doente.

- Mando lembranças sim. E vou ter cuidado. Obrigado, novamente. - Eu disse e segui para a limusine.

* * *

Saí do elevador para o apartamento de Lenorah, já fazia três dias desde a limusine e eu não queria mais ficar de birra com ela sendo que a encontro todos os dias da semana na escola. Era apenas ridículo.

- Oi, Justin... – Jenna disse, vindo me cumprimentar. – Não sabia que vinha pra cá hoje...

- É. Eu também não. – Sorri. – Lenorah está?

- Sim, está no quarto. – Ela sorriu, gentilmente. – Pode ir pra lá, se precisarem de alguma coisa, podem me chamar.

 - Pode deixar. – Não, Jenna, não vamos chamar você. Apesar de você ser gostosa e eu topar totalmente a ideia de comer a mãe e a filha, no momento acho que Norah não aceitaria, considerando que ela ainda está puta da vida comigo.

Caminhei pelo corredor curto até o último quarto, à frente, e abri a porta. Eu nunca tinha ido ao quarto dela. As paredes eram brancas, com exceção da parede onde a cama king size estava encostada, que era vermelha. Do lado esquerdo, uma janela enorme que ia de ponta a ponta do quarto, com uma bancada cheia de maquiagem, livros e coisas de garota. Do lado esquerdo, uma porta dupla que estava aberta e mostrava um closet enorme com um banheiro no fundo.

Na cama, estava sentada Lenorah, lendo um livro - cena que eu nunca achei que fosse ver. Ela segurava o livro 1984, do George Orwell, usava um par de óculos que a deixava ainda mais sexy do que ela era usualmente e estava. Ela portava um tipo de beleza intelectual que caía tão bem quanto a beleza de femme fatale que ela tinha na maioria das vezes. Com as pernas cruzadas, usando uma calcinha e uma blusa do Pink Floyd, encostada na cabeceira da cama, ela ainda estava totalmente estonteante.

- Eu juro que não me lembro de ter convidado você pra minha casa. Ainda mais pro meu quarto. – Ela disse, sem tirar os olhos das páginas.

- Eu também não. Mas eu vim mesmo assim.

- Por quê?

- Porque eu não quero mais ficar brigado com você.  É motivo suficiente.

- Mas eu quero ficar brigada com você.

- Ainda tá puta? – Eu perguntei, indo em direção a ela e sentando-me na beira da cama, ao seu lado, mesmo com medo de ela me dar um tapa na cara.

- O que você acha?

- Acho que você sempre esteve puta. – Eu disse, rindo e ela me olhou tão séria que eu desisti de fazer piada. – Ok. Desculpe-me.

- Você é ridículo.

- Eu sei que não quer ficar brigada comigo, Norah... – Eu disse, colocando a mão na sua coxa e acariciando-a um pouco. Ela respirou fundo. – Você está há quatro dias sem sexo e, te conhecendo, eu não acho que vá aguentar mais muito tempo.

- O que te faz pensar que eu estou sem sexo? – Ela perguntou e eu arregalei os olhos, parando de mexer a mão em sua perna e ela arqueou as sobrancelhas.

- Você trepou com outro cara?

- Eu não trepei, idiota. Eu tenho dedos. – Ela disse e levantou-se, indo até a bancada e colocando o livro em cima de uma pilha de outros três e os óculos do lado.

- Lenorah. Você se tocou, mas se nega a falar comigo e parar de brigar e ter um sexo de reconciliação decente? – Eu perguntei, escandalizado.

- Basicamente. A esse ponto você já deveria saber que o meu orgulho é bem importante pra mim. E sexo de reconciliação é bom, mas é clichê. – Ela encostou-se à bancada, cruzando os braços em baixo dos seios.

É claro que eu também tinha me tocado esses dias, mas nada se compara à Lenorah gritando debaixo de mim, louca de prazer. Nada substitui os olhos verdes se revirando e sendo cobertos por pálpebras tremulantes, num ato de puro êxtase, meus caros.

- É, mas não a ponto de impedir o rompimento de uma abstinência.

- Ok, agora você já sabe, mas isso não importa. Por que ainda está aqui mesmo? – Ela andou para a cama de volta e sentou-se nela.

- Porque eu queria resolver essa merda de briguinha ridícula.

- E você quer transar. – Ela deduziu, já me conhecendo bem.

- Ok. – Parei em frente a ela, que olhava pra cima, nos meus olhos e atenta. Eu precisava tanto de um boquete. - Isso também.

- Vamos fazer um acordo. – Cruzei os braços. – Você para de procurar pelo meu pai. E toda a merda do meu passado... E nós voltamos ao estado mais normal que conseguimos ser.

- Lenorah...

- Nada de Lenorah, Justin. São esses os meus termos. Esse e apenas esses.

- Mas você sabe que isso é... – Ela colocou a mão na borda da minha calça, desabotoando-a. – É importante pra... – Norah abriu o zíper.

- Você ia dizendo...

- O que está fazendo?

- Ajudando você a decidir se aceita o acordo ou não. – Ela desceu a minha calça com uma naturalidade sexy num nível estratosférico.

- Eu mandei alguns e-mails que acho que não vão ser respondidos e... – Ela abaixou a minha calça e sorriu. – Acho que isso pode ser esquecido. – Eu disse e a levantei, beijando os seus lábios e apertando-a contra a minha ereção que já estava protuberante.

Se ela acha que eu vou desistir disso só porque estou sedento por uma trepada, ela está enganada. As coisas só vão acontecer por baixo dos panos, sem que ela saiba, e todo mundo sai ganhando.

* * *

NOTAS FINAIS


Notas Finais


E aí, gatas? Comentários? Posso pedir uma coisa? Comentem o que vocês acham dos personagens, sobre a personalidade deles e sobre a ambientação da história. Isso ajuda bastante.
Não sei se vocês sabem, mas a fanfic tem um twitter de divulgação e onde eu posto quando chega atualização da história e as melhores frases dos capítulos. Se quiserem seguir e que eu siga de volta, é só avisar. @addictedfanfic
xoxo, G.


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