História BEA, Jasper Hale - Personalities

Personalidades

Beatrice

Sentimento louco... Esse amor. Eu o amo e quero gritar para o mundo ouvir. Eu o amo mais do que posso controlar. Eu o amo mais do que odeio seu irmão... É uma coisa que remexe meu âmago, como se meu eu de meses atrás estivesse me sacudindo e gritando: O QUE É QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO, GAROTA? ESSA NÃO É VOCÊ!

Mas esta sou eu. Porque eu posso desistir de algo que tanto cobiço para ficar com Jasper. É, é isso, universo, eu estou dando as cartas! Você me entendeu! Isso é meio doloroso. Não. É doloroso para um caralho, mas eu vou superar. É quase ridícula a forma como eu faria qualquer coisa por ele.

O mundo está prestes a despencar em nossas cabeças e nós corremos para um canto escuro para nos amar, mais um pouquinho, só mais um pouco. Puta merda, eu preciso tanto dele. Do seu toque, do seu cheiro, do seu beijo, presença. Amor, apoio. Tudo o que ele me dá, eu quero e peço mais porque sou mimada. Eu tenho que cuidar dele como ele cuida de mim. Não que eu veja como uma obrigação, mas sim uma escolha. Necessidade. Eu só tenho certeza de uma coisa nisso tudo: eu e Jasper não vão nos separar.

Nem a vida ou a morte, porque eu vou o encontrar onde estiver.

O carro balança num ritmo gostoso. Amo nossa sincronia, a forma como ele faz o que eu quero sem que eu tenha que falar, a forma como ele manipula a minha chama por divertimento.

Demora um hora até que o previsível aconteça, outro carro se aproxime. O ouvimos a distância, e por mais que eu resistisse, Jasper tinha que voltar às pressas para o banco da frente. Decido com um piscar de olhos em continuar sozinha só para infernizá-lo até voltarmos a segurança. Me deito no banco de trás e começo a me masturbar. Jasper mal acredita quando nota o que eu estou fazendo ao olhar por cima do ombro. Ele ri enquanto eu me delicio com a sensação dos meus dedos, minha mente é criativa, eu chamo por Jasper para que ele volte para mim.

— Ah, como eu te odeio— ele resmunga pisando no acelerador, canta pneu pela estrada em busca de uma trilha fechada. Solto uma risadinha. É adorável como minha mente fica plena quando estamos só nós dois. Espremidos dentro do carro, com tesão para dar e vender. Rasgaria suas roupas com os dentes se não tivéssemos que voltar para casa em breve. Onde vou ter que esticar minha mente e aprender o que quer que os outros tenham a me ensinar. Eu sou uma boa aluna, eu posso fazer isso. Só precisaremos ajustar algumas coisinhas, mas deixo para pensar nisso no alvorecer, quando as horas passaram e eu e Jasper ficamos deitados no banco, apertados e abraçados, encarando a janela com pequenas gotas de uma chuva fraca. Seu braço está dando apoio ao meu pescoço, eu seguro sua mão e a aproximo dos meus lábios.

— Eu amo esse lugar— murmuro. Jasper passa o polegar pelos meus lábios sem ver meu rosto.

— A gente pode voltar mais vezes— diz ele, a voz calma, respiração lenta embora a gente não precise respirar.

— Mas... as coisas não vão ser mais as mesmas depois, vão?— pergunto. Ele demora para responder, não quer ser sincero, mas é o melhor.

— Não vão, acho que não...

— Isso tudo é bizarro— suspiro me aninhando mais no seu peito, desenho círculos no seu peito nu, a bochecha no seu ombro, sinto sua boca pressionada no topo da minha cabeça.

— Eu sei. Queria ter um botão de pause para ficar só aqui, com você— ele sussurra contra os meus cabelos. Eu sorrio suavemente, coloco minha perna para cima dele, estou quase caindo do banco— Mas nós vamos dar um jeito, nada de se abalar, podemos agir como criminosos, vai ser bem excitante.

— Jasper otimista? Novidade— ironizo, ele dá uma risada gostosa e curta.

— Correção: Jasper aventureiro.

— Mais uma personalidade para o estoque— brinco, Jasper aperta meu ombro.

— Ei, meu leque não é tão grande!

— Ah, é sim, tem o Jasper debochado, o meu favorito devo destacar— falo levantando os dedos— o ciumento, o carinhoso, o dominador no sexo, meio irritante, mas até que gosto...

— Esse eu sei que você ama— ele ri, me cortando.

— O Jasper implicante— bato no seu peito— o que me protege, o que luta comigo e nunca me deixa vencer, o que eu acho uma puta sacanagem! Se você me ama tem que me deixar ganhar as vezes, ok?

— Eu só vou perder quando você aprender a ser melhor que eu, e isso está bem longe de acontecer, meu amor— ele estala os dedos.

— Deixe-me reformular, eu nem sempre gosto do Jasper debochado— dou risada e me apoio no meu cotovelo para o encarar. Ele sorri sem mostrar os dentes, me encara de um jeito que me deixa boba e sempre me desarma— Essa carinha é trapaça.

— Que carinha?— ele se faz de desentendido, unindo as sobrancelhas.

— Carinha de quem está pensando em beijar minha boca— aproximo mais nossos rostos, ele tenta selar nossos lábios, mas eu me afasto no último segundo. Jasper revira os olhos âmbar.

— Metida, nem era nisso que eu estava pensando.

— Ah é?— zombo beijando seu rosto demoradamente e com carinho— Então... estava pensando no que?— sussurro no seu ouvido.

— No que eu vou vestir mais tarde, o que você acha de uma echarpe roxa e com glitter?— ele olha para cima, pensativo, eu dou risada.

— Idiota! Mas pensando bem, se for a única coisa que você for vestir, por mim está mais do que bem!— garanto animada e subindo no seu colo, as mãos no seu peito, Jasper me mede de cima a baixo, me devorando com o olhar enquanto a pouca luz da manhã se arrasta até nós com preguiça— O que estava pensando, Jasper?

— No quanto você é linda. Tipo, nem tanto, mas se fechar os olhos assim...— ele cerra os olhos, mas não consegue manter a seriedade, gargalha me puxando de volta para o seu peito quando eu cruzo os braços, fazendo birra.

— Você é um idiota— reviro os olhos escondendo o rosto na curva do seu pescoço.

— Um idiota que você ama cada personalidade— ele beija minha têmpora. Eu estou acomodada no melhor abraço do mundo, nossos corpos se encaixam.

— Pior que eu amo— falo baixinho. Amo muito.

Só você, querido.