1. Spirit Fanfics >
  2. Adeus, inverno >
  3. Qui somniat; bônus

História Adeus, inverno - Qui somniat; bônus


Escrita por: bassoobin

Notas do Autor


eai friends dia 24kkkkkkkkkkkkkkkk
tudo planejado ein
espero que gostem e que tenha esclarecido oq vcs pediram ae, se alguém tinha alguma dúvida e não conseguiu colocar no aviso lá, só dizer, agora eu mesma respondo rs
a musica da capa é Stop The Rain do Day6 rs

Capítulo 24 - Qui somniat; bônus


Fanfic / Fanfiction Adeus, inverno - Qui somniat; bônus

11:23, 25 de outubro de 2009

Minho havia chegado mais tarde em casa, seus colegas de classe fizeram uma festa surpresa para sina sala e passou um bom tempo por lá, comendo e conversando com eles, estava correndo em direção á sua casa, não queria que sua mãe se preocupasse consigo, por estar chegando tarde, quando chegou perto de casa, estranhou, estava tudo escuro e sua mãe não estava no jardim o esperando voltar como sempre estava, imaginou que talvez ela estivesse ocupada, apenas entrou, abrindo lentamente a porta, parecia estar vazia.

— Mamãe?! — Gritou Minho.

Nenhuma resposta, agora sim estava estranhando, deveriam estar a sua espera, como acontecia todos os dias, e em seu aniversário não estão em casa? Sem chance, devem ter saído para lhe fazer uma surpresa. Minho subiu as escadas de sua casa em direção ao quarto de seus pais, abriu a porta calmamente e se assustou, o quarto estava todo escuro, as janelas estavam fechadas e isso dificultava sua visão, mas não deixou de notar a desordem no quarto, procurou pelo interruptor com as mãos batendo na parede diversas vezes, até finalmente encontra-lo, quando a luz ligou, o corpo de Minho foi ao chão, seu rosto refletia o mais puro pavor, Minho se arrastou pelo chão com a ajuda de suas mãos, se afastando sem deixar de olhar, o corpo de sua mãe. A mulher se encontrava em sua cama, o lençol sujo de sangue, junto com o chão, Minho tentou se levantar mas suas pernas pareciam não funcionar, continuou a se arrastar até a porta do quarto, se afastando do corpo de sua mãe.

— Papai... — Sussurrou com um fio de voz.

O garoto se apoiou no corrimão das escadas para descer, estava atordoado, as lágrimas estavam atrapalhando sua visão, estava tudo embaçado, só conseguia pensar em sua mãe morta, o rosto sem vida, o sangue no lençol, e em seu pai. Minho desceu as escadas se apoiando nas paredes para caminhar, tentava se manter em pé, precisava chegar ao escritório de seu pai, lhe contar o que tinha visto.

— Papai... — Sussurrou, em uma falha tentativa de gritar. — Pai... — Tentou novamente, soluçando no meio da fala.

Minho caiu, o escritório nunca pareceu tão longe, levantando seu rosto, pôde visualizar uma trilha de pegadas em vermelho, a trilha acabava no escritório de seu pai.

— Não... — Murmurou.

Usou toda força que lhe restava para se levantar, foi cambaleando rápido até a porta do escritório, bateu na porta freneticamente, seu pai nunca gostou que entrasse sem bater, bateu mais algumas vezes, até a porta abrir sozinha, o garoto pôde ver seu pai deitado sobre a mesa, as pegadas vermelhas continuavam, as janelas do escritório estavam fechadas, a luz que emitia da porta era o suficiente para Minho enxergar o sangue, mais sangue, sentiu suas pernas fraquejar, caiu de joelhos próximo a mesa de seu pai, que estava com o rosto virado para si, o rosto pálido e estático, parecia estar lhe encarando, mas Minho sabia que não, estendeu seu braço, tentando alcançar o rosto de seu pai, assim que sentiu a pele em sua mão, Minho apagou.

Duas ou mais pessoas.

Entraram pelos fundos, a porta do jardim, esperaram o filho do casal sair para escola, e a moça entrar novamente na casa, um deles foi até o quarto do casal, onde a moça se encontrava, estava deitada, mas não parecia dormir, se aproximou silenciosamente, mas foi surpreendido quando a mulher lhe jogou um travesseiro no rosto, e tentou correr, a segurou a tempo, enquanto seu parceiro cuidava do homem, a mulher continuou a lutar, acertou a faca em sua barriga, a moça gritou, continuou enfiando a faca na barriga dela, até não obter resposta, deixou o corpo mole e sem vida sobre a cama e cobriu com um lençol branco, fechou todas as janelas e desligou a luz.
Desceu as escadas calmamente, suas botas faziam um barulho irritante, como quando se pisa em lama, não precisava ser um gênio para saber que o sangue havia acumulado na sola de sua bota, caminhou até o escritório, onde pôde ouvir um breve diálogo, o homem aceitou a morte calmamente, cortaram-lhe a garganta, e saíram, trocando as botas para não fazer mais pegadas que o necessário. O alvo era um detetive renomado e sua esposa, o filho só iria atrasa-los, então preferiram o deixar de fora.

Minho acordou, olhou em volta, estava no escritório de seu pai, se lembrou do que viu rapidamente, se levantando, olhando uma última vez para seu pai, saiu do escritório chorando, abriu a porta e só assim pôde notar que estava sujo, sujo de sangue, o sangue de seus pais, Minho voltou-se até o telefone que ficava na sala, com o número da ambulância, polícia, entre outros importantes, ligou pra polícia, não demorou muito para sua casa encher de policiais, ele estava do lado de fora agora, vendo os corpos de seus pais sendo retirados, homens tirando foto, Minho já ouviu falar deles, seu pai o ensinara o trabalho desses caras, seu pai sempre comentava consigo o que acontecia em seu emocionante trabalho de detetive, desde então, tem sido o sonho do garoto, ser tão bom investigador quanto seu pai foi.

— Ei, Minho, está tudo bem? — Perguntou um homem de terno, Minho também tinha aprendido a diferenciar um detetive de um policial, pôde dizer que esse cara é um detetive rápido, apenas o encarou.

— Certo, pergunta idiota, me desculpe. Eu trabalhava com seu pai, não se preocupe, vamos encontrar os responsáveis. — Disse o homem. — Me chamo Kim Jiwoon. — Estendeu sua mão, Minho a apertou incerto.

— Eu posso ajudar, Senhor Kim. — Respondeu Minho.

— Como? Pode me chamar de Jiwoon. — Perguntou Jiwoon, com uma expressão confusa.

— Eu vi. — Respondeu simples.

— Viu os criminosos? — Perguntou o Kim, alarmado.

— Não, eu vi o que fizeram, eu sei cada passo. — Respondeu Minho. — Meu pai... Me disse que se pode descobrir como fizeram, pode descobrir quem são. — Disse.

Jiwoon estava verdadeiramente confuso, Minho havia visto o que os criminosos fizeram mas não os criminosos? Talvez fosse um tipo de estresse pós-traumático.

— Eu desmaiei, e eu vi, eles entrando na casa. — Disse Minho, lágrimas saindo de seus olhos com a lembrança.

— Eles? Foi mais de uma pessoa? — Questionou o homem.

A possibilidade já havia sido vista pelos detetives no caso, mas quis acreditar no garoto.

— Sim, não teria como entrar na casa e ir no quarto, depois no escritório, um deles iria intervir ouvindo o grito do outro, eu vi pegadas, o que estava no quarto se reuniu com o outro no escritório, após... Matar meu pai. — Finalizou, baixando a cabeça.

— Certo. — Jiwoon se levantou, indo pegar um papel e uma caneta. — Escreva tudo o que viu. — Deu a Minho.

— Acredita em mim? — Perguntou.

— Claro, você é filho de um detetive, investigar está no sangue, mas terá que ver um psicólogo, estresse pós-traumático se apresenta de diversas formas. — Respondeu Jiwoon, sorrindo sinceramente.

— Obrigado... — Murmurou, vendo o detetive se afastar.

Por incrível que pareça, Minho ajudou e muito a polícia com suas anotações, Jiwoon passou ao levar a alguns casos, meio escondido, porquê ainda era uma criança, e uma criança em uma cena de crime não era boa coisa, Minho aprendeu a não precisar desmaiar, só se concentrar, passou a ser conhecido como esquisito, mas não ligava realmente.

6:00, 2 de Janeiro de 2019

Minho acordou com seu despertador, sorriu ao lembrar de seu sonho, não era o seu favorito, traziam memórias dolorosas, mas estava bem, levantou-se, foi até o banheiro tomar banho, hoje veria Han Jisung mais uma vez, Jisung fora mandando para uma cela, ficara lá até o julgamento, estavam diariamente interrogando o Han, desde sua prisão no dia um, hoje seria a vez de Minho o interrogar e ficar de olho do prisioneiro. Para Minho ainda é estranho estar ao redor de Jisung, ele está sempre com aquela áurea agora. 

Ouviu o toque de seu celular.

— Sim? — Perguntou.

Boa sorte hoje. — Disse Chan.

— Obrigado, como foi ontem? — Perguntou Minho.

Péssimo, ele não nos disse nada sobre Hwang Hyunjin ou qualquer coisa, talvez ele te conte. — Respondeu Bang Chan.

— Porquê ele me contaria? — Questionou o Lee.

Ora, não se faça de desentendido. — Murmurou Woojin, no fundo da ligação.

Cale a boca, sou eu quem estou falando com ele. — Ouviu Chan dizer.

— Meu nome é Ari e eu não tô nem aí. — Retrucou Woojin.

Minho sorriu e negou com a cabeça.

— Ei, casal, se não se importam, eu tenho que ir. — E desligou.

Caminhou até seu carro, Jisung estava em um ''centro psiquiátrico'' por tempo indeterminado, em uma ala especial para presos, não era longe de onde Minho morava, desceu de seu carro, caminhando até o portão, se identificou para os seguranças e entrou, a cela de Jisung era a última do corredor, o Han estava sentando em sua cama quando Minho entrou, havia um vidro que separava Jisung de Minho, apenas um circulo permitia que suas vozes fossem ouvidas.

— Estava esperando por você. — Disse Jisung.

Minho sentou-se, ignorando o comentário de Jisung.

— Bom dia pra você também. — Murmurou sério.

— Mal humor... — Disse Jisung, sorrindo.

— Hwang Hyunjin, o que pode me dizer sobre ele? — Perguntou Minho.

— Muita coisa. — Respondeu Jisung.

— Quando vocês começaram a ''trabalhar'' juntos? — Questionou o Lee.

Jisung sorriu.

— Bastou eu contar tudo para ele... — Murmurou. — Antes de Changmin acontecer, eu sabia que precisaria de uma ajudinha. — Disse.

12:34, 2 de Dezembro de 2018

Jisung: '' Ei Hyunjin, podemos falar?'' — 12:34PM

Hyunjin: '' Onde?'' — 12:36PM

Jisung: '' Minha casa?'' — 12:38PM

Após alguns minutos, Hyunjin se encontrava na porta da casa dos Han.

— Aconteceu alguma coisa? Onde estão os outros? — Perguntou o Hwang.
 

— Aconteceu, só preciso falar com você. — Respondeu Jisung.

Hyunjin estranhou imediatamente, arqueando uma de suas sobrancelhas.

— Tá, o que é? — Perguntou.

— Eu passei pelo terraço quando Jeongin morreu, eu os ouvi. — Começou Jisung.

Hyunjin ficou confuso, Jisung revirou os olhos impacientemente.

— Sunwoo, Hyunjin, Sunwoo é o culpado, não foi um suicídio foi um assassinato. — Disse Jisung, Hyunjin ainda o encarava como se fosse louco.

— O que você tá dizendo? — Perguntou.

— Hyunjin! Você sabe que não faz sentido ele ter subido lá, mais do quê ninguém, você sabe. — Exclamou Jisung.

— Tá! Não faz sentido mas não podemos acusar Sunwoo assim! — Gritou Hyunjin.

— Acha que eu vou na polícia? Faz quase um ano... — Murmurou Jisung. — Sei disso desde que aconteceu, se eu quisesse ir até a polícia, eu já teria ido. — Disse.

— Sabe do quê? — Questionou Hyunjin.

Jisung o encarou incrédulo.

— Achei que você fosse mais inteligente, Sunwoo e os patetas estavam lá no terraço com Haneul no dia, eu passei, eu ouvi eles conversando, ela concordou em fingir que não tinha visto nada, foi uma brincadeira estúpida que tirou a vida dele. — Exclamou Jisung.

Hyunjin estava buscando algo que indicasse brincadeira nos olhos de Jisung, mas estavam mais sérios do que nunca.

— Eu sei que ele não iria pra lá. — Murmurou.

— E dúvida que Sunwoo o levou pra lá? — Questionou Jisung.

— Não, eu já tinha chegado nessa conclusão. — Respondeu Hyunjin, sentando-se finalmente.

— Quê? Quer dizer que você sabia? — Perguntou Jisung, se sentando também.

— Não, eu só... Pensei que poderia ter sido assim. — Respondeu Hyunjin.

— E você não fez nada? — Perguntou o Han.

E o que eu faria? — Questionou Hyunjin. — Ele morreu, isso não muda. — Finalizou.

— Vou mata-los. — Disse Jisung, Hyunjin o encarou meio em choque, logo suavizando sua expressão.

— Jisung... Não seja tão radical. — Murmurou Hyunjin.

— Os assassinos dele não merecem viver Hyunjin, isso é justiça. — Disse Jisung.

Hyunjin não estava levando a sério, Jisung notou isso.

— Tudo bem, volte aqui no dia vinte e quatro. — Disse Jisung. — Eu sei que você o amou, mais do que qualquer outra coisa. — Finalizou.

— Mas dia vinte e quatro- — Hyunjin foi interrompido.

— Esteja aqui. — Disse Jisung, se levantando para abrir a porta, Hyunjin acenou e saiu.
.

 

13:27, 24 de Dezembro de 2018

Recebi sua mensagem... — Disse Hyunjin, recém chegando na casa dos Han, Jisung sorriu, sabia que Hyunjin não tinha tirado da cabeça suas palavras de muitos dias atrás.

— Já foi o visitar? — Perguntou.

— Todos os dias. — Respondeu Hyunjin.

— Tenho uma coisa pra te mostrar! — Exclamou Jisung, correndo até a cozinha, Hyunjin o seguiu com o olhar mas não moveu um músculo. — Pode se sentar. — Disse o Han.

Hyunjin calmamente sentou-se no sofá.

— Olha. — Disse Jisung, sentando ao seu lado, era um celular, Hyunjin o encarou sem entender. — Ah, espera. — Disse.

O Hwang logo recebeu uma notificação de mensagem de um número desconhecido, olhou para Jisung, que o encarava sorrindo de um modo estranho, Hyunjin abriu o aplicativo receoso.

Unknow Number: '' Adivinha só'' — 13:32PM

Hyunjin clicou no ícone do tal número desconhecido, que era obviamente o número do celular que Jisung alegremente balançava, era Heo Hyunjoon.

— O que é isso? — Perguntou.

— Como assim? Eu te disse, eles estão mortos. — Respondeu Jisung.

— O que o celular do Hyunjoon tem haver com isso? — Questionou, tentando entender onde Jisung queria chegar.

Vai ser útil pra mim, vou usar pra matar Changmin, já tenho tudo planejado, vou mandar mensagem pelo celular do Hyunjoon pedindo que Changmin suba até o terraço, você sabe, eles meio que tem alguma coisa, e moram no mesmo prédio, além de que Hyunjoon não é nada atencioso. — Respondeu Jisung, sem deixar de sorrir.

Hyunjin esperou alguma reação vinda de Jisung, mas este não parou de sorrir, não do modo como Hyunjin estava acostumado a ver.

— Ainda não está levando a sério? Tudo bem, vou te mostrar hoje, não posso fazer sozinho Hyunjin. — Disse Jisung, calmamente baixando o celular.

Após a segunda vítima, Hyunjin aceitou os termos. Na terceira, Hyunjin aceitou fazer, após ouvir com atenção tudo o que Jisung tinha a dizer a respeito dos culpados e do assassinato de Jeongin, Hyunjin se viu convencido, não tinha muito o que perder, já que tudo o que tinha foi tirado de si, por essas pessoas, e agora tinha a chance de se vingar, Hyunjin gostava de pratos frios, então não se importou com o gosto vingança.

Quando Jisung lhe contou a respeito de Haneul e onde ela entraria no jogo, Hyunjin não podia estar mais surpreso com a inteligência do amigo, se considerou o mais inteligente entre seus amigos, até nisso Jisung foi bom em disfarçar. Quando Hyunjin comentou com Jisung que Hyunjoon não era mais uma peça necessária e que estava atrapalhando, Jisung logo tomou providências a respeito, deixando Jaehyun para ele, o Hwang não podia dizer que não gostava da sensação, foi ainda melhor quando chegou a vez de Younghoon, deixando apenas Youngjae e Sunwoo para Jisung, bom, esse era o plano, pelo meno até o momento.

— Ei Hyunjin, não acha justo que você seja quem mate Sunwoo? — Comentou o Han, surpreendendo Hyunjin.

— Porquê? Não está tudo indo bem? — Perguntou.

— Sim mas, foi ele quem matou Jeongin, é tudo culpa dele. — Respondeu Jisung.

Hyunjin entendeu o que Jisung quis passar para si.

— Precisa ser tão bom ator quanto eu agora. — Murmurou Jisung, distraidamente.

— Você vai ficar bem? — Perguntou Hyunjin.

— Vou. — Respondeu Jisung. — Não deixe que te peguem. — Finalizou.

No final, Hyunjin conseguiu ser tão bom ator quanto o Han.

00:23, 2 de Janeiro de 2019

Saiu do hospital tão sorrateiramente quanto entrou, pegou um ônibus para Busan esperando que as notícias ainda não tivessem sido espalhadas, felizmente, conseguiu embarcar em um ônibus sem ser reconhecido, ou questionado, passavam de meia-noite quando chegou em Busan, caminhando calmamente pela — nem tanto — conhecida cidade, já havia vindo neste local com Jeongin quando o mais novo o implorou que fosse junto com ele, Hyunjin sorriu com a lembrança, a família Yang tinha uma casa vazia próximo da casa onde moravam, Jeongin lhe disse que era onde seus avós costumavam morar, e até agora seus não haviam criado coragem de vender, por isso, Jeongin sempre dormia lá quando ia fazer uma visita ou passar alguns dias. O Yang havia o ''presenteado'' com a cópia da chave, mesmo que Hyunjin insistisse que não seria necessário, porquê pensava que só iria voltar lá na companhia do outro.

Hyunjin abriu a porta de modo lento, se certificando de que não havia ninguém por lá, algum parente dos Yang ou até mesmo que eles não teriam vendido a casa, para sua felicidade, não tinha ninguém por lá, deixou a luz desligada para evitar chamar atenção, pelo estado da casa, imaginou que a Senhora Yang ainda limpava quando podia, andava devagar, esperando seus olhos se costumar com a escuridão, tirou o boné, e se jogou na cama assim que a encontrou.

Você não devia estar aqui. — Murmurou uma voz de repente, Hyunjin abriu os olhos de imediato, virando-se pro lado, lá estava ele, Jeongin, deitado ao seu lado o ombro apoiado na cama.

— Nem você. — Respondeu Hyunjin, sua voz rouca e sua garganta seca.

Eu moro aqui. — Disse Jeongin, como se fosse obvio.

— Você morreu. — Falou Hyunjin, voltando a fechar os olhos, pedindo para seja lá o que fosse isso, acabasse, acabou dormindo.

Hyunjin acordou assustado com a luz do sol em seu rosto, levantou-se preguiçosamente, caminhou até a cozinha, onde se surpreendeu ao ver Jeongin ali, podia jurar que havia sido um sonho, mas agora estava convencido, havia enlouquecido.

— O que você quer? — Perguntou Hyunjin, se sentindo traído por sua própria mente

Um pouco de educação e talvez um café. — Respondeu Jeongin, sorrindo.

''Exatamente como eu me lembrava.'' — Pensou Hyunjin.

Quer conversar sobre as coisas que você fez agora? — Questionou Jeongin, atraindo toda a atenção de Hyunjin para si.

— Do que você está falando? — Perguntou.

— Bebê, a culpa não foi sua, nunca foi. — Disse Jeongin, Hyunjin sentiu uma imensa vontade de chorar.

Sentou-se na mesa, de frente para a imagem de Jeongin.

— Eu prometi, prometi que te protegeria. — Disse, encarando os olhos de Jeongin como se sua vida dependesse disso.

Você fez o que pôde, eu sei que fez. — Jeongin se esticou na mesa pra pegar a mão de Hyunjin, Hyunjin não sentiu nada, além do vazio.

— Mas ele está morto agora. — Murmurou entre lágrimas, olhando para suas mãos, Jeongin usava o anel que havia dado, o mesmo que ele usava.

E o que mudou? — Perguntou Jeongin.

— Nada... — Sussurrou em resposta.

É disso que eu estou falando, você fez... Essas coisas por si mesmo bebê, não por mim, você sabe, mesmo que não queira aceitar, eu não vou voltar. — Disse Jeongin, Hyunjin riu seco.

— Eu sei que não. — Disse. — Mas eu não consigo evitar te amar. — Hyunjin sorriu mais uma vez, dessa vez foi acompanhado por Jeongin.

Eu também te amei, até o último momento, você sabe. — Falou Jeongin.

Hyunjin sorriu quando a imagem a sua frente sumiu, virando poeira, como se nunca tivesse existido — e de fato não existiu —, olhou para janela, de onde pôde ver um penhasco, já havia ido lá algumas vezes, quando Jeongin dizia que queria passear, ver o mar, Jeongin lhe contou sobre a lenda do lugar.

— Sabe como chamam ele? — Perguntou Jeongin.

Hyunjin negou com a cabeça, olhando pra baixo do alto penhasco, que levava pro mar.

— De Penhasco de quem sonha. — Disse.

— Porquê? — Questionou Hyunjin, Jeongin segurou sua mão o puxando um pouco para trás.

— Porquê as pessoas que pulam, sonham em uma realidade melhor que essa. — Respondeu Jeongin, sorrindo.

— Isso é meio triste. — Murmurou Hyunjin.

— Eu sei! — Exclamou Jeongin, balançando suas mãos unidas. — Imagino o quão ruim deve estar pra alguém resolver pular daqui... É tão assustador. — Disse.

— É... — Murmurou em resposta.

— Ei bebê- 

— Já disse pra não me chamar assim, eu sou mais velho que você. — Interrompeu Hyunjin.

— Cale a boca, só ia dizer que estou feliz porquê você está aqui. — Disse Jeongin, rindo.

— Estou feliz por estar em um penhasco com você. — Respondeu Hyunjin, irônico.

Eles sorriram um para o outro por algum tempo.

Eu amo você. — Disseram juntos, gargalhando depois.

Hyunjin abriu os olhos, ainda estava na mesa, nenhum sinal de Jeongin, Hyunjin se levantou, haviam algumas flores no local, Hyunjin imaginou que fossem homenagens as pessoas que já pularam, caminhou até a porta, e depois de alguns minutos, pôde ver o penhasco, já em sua ponta, olhou pra baixo, o bonito azul do mar parecia o chamar, sorriu, respirando fundo, sentiu uma mão segurar a sua e olhou para o lado, lá estava ele novamente, Jeongin lhe sorria, como quem dizia ''eu entendo'', com uma última imagem do sorriso de Jeongin, Hwang Hyunjin sonhou.

''As notícias de que mais alguém havia cometido suicídio no famoso Penhasco de Busan levou as autoridades a questionar se não já era tempo de isolar o local. Um jovem foi visto pulando do local, não se sabe a identificação, teremos que esperar o mar devolver o corpo, se assim acontecer, assim como aconteceu com o última vitima identificada a poucas semanas, Choi Chanhee, desaparecido desde 2016.''

 


Notas Finais


É isto amores, era pra ter saido de 00:00 KKKKK mas o pc nao é meu então forças
Qualquer coisa, podem pedir meu zipzop, já tenho outras histórias em mente, uma já posta (https://www.spiritfanfiction.com/historia/devolva-minhas-macas-15224184) e outra ainda pra vir.
Espero que tenham gostado e que tenha esclarecidos certas dúvidas, obrigada a todos que acompanharam e amam Adeus, inverno tanto quanto eu amo, obrigada de verdade pelo carinho de vcs, essa fanfic não seria nada sem ele.
Obrigada, mais uma vez.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...