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História Adopted - Brandon's


Escrita por: Aquele_Bolinho

Notas do Autor


Oi oi bebês, voltei.
Espero que gostem!

Capítulo 3 - Brandon's


Fanfic / Fanfiction Adopted - Brandon's

Minha historia é um pouco diferente da das outras crianças do orfanato. A maioria delas  veio parar aqui pela morte prematura dos pais, avós,  ou familiares.
Comigo não.

Eu não  tive o privilégio  de sentir a perda de um ente querido, o que eu senti foi o abandono e a falta de amor vinda deles.
Sim, eu tenho família. Pai, mãe, as gêmeas que eles sempre sonharam, e depois de tanto tempo remoendo o passado, eu ainda não sei o que de fato os levou a tomar uma atitude tão cruel dessas.

Eu vejo, todos os dias, a tristeza no olhar das crianças dessa construção que para muitos é  o único lar, e fico me perguntando...Porquê? 
A maioria dos casais que veem no Happily Children não pode ter filhos,  a maioria.
Então,  porquê? Porquê nós fomos abandonados?
Essa é só mais uma das perguntas das quais eu me faço todos os dias, e depois de sete anos, ainda não tenho respostas.

Apesar da dor no coração pelo abandono sem explicação das pessoas que um dia eu considerei minha família, eu aprendi a amar as pessoas daqui.
Sierra foi a primeira.

Com o seu jeitinho nerd e briguenta, brincalhona e extrovertida. Ela me ganhou com o seu carisma e sua generosidade. Nos conhecemos três  dias depois de eu chegar no HC. Ela estava apavorada, triste, se sentindo a pessoa mais vazia do mundo. Não posso julga-lá , eu não  estava diferente quando cheguei.

O amor pode destruir as pessoas, mas a falta dele, destrói bem mais.

- Oi- disse me aproximando da garotinha nova.
-Olá-  disse ela sem ânimo. -Sou Sierra- continuou, estendendo-me a mão.

Ela estava se segurando para não chorar, eu recusei seu aperto de mão e a abracei. Ela estranhou nos primeiros segundos, mas logo se envolveu no abraço.
- Pode chorar, não  precisa guardar isso dentro de você- disse alisando seu cabelo. Ela me ouviu, e depois de um tempo chorando Sierra se recompôs.

-Obrigada- disse ela, limpando uma lágrima involuntária que caia em sua face.
- Não foi nada, a propósito,  sou Brandon.

Esse dia vai ficar marcado para sempre na minha memória,  foi o dia em que eu soube que ainda existia amor.
Com o passar dos anos, eu fui me descobrindo e amadurecendo. A maioria doa garotos da minha idade já  estavam arranjando namoradas e ate mesmo paquerando Sierra e Rachell, mas eu sempre me impunha a defende-las a qualquer custo.

Muitos pensavam que eu era um idiota de não ficar com alguma delas, nas a realidade é  que eu nunca as vi dessa maneira.
O "tiangulo amoroso" do HC passou a ser o centro das atenções por um tempo. Lá  por volta dos meus treze  anos, mais ou menos.
Mas gente, por favor né!

Eu me descobri gay aos onze, apesar de eu não  saber muito bem algumas coisas relacionadas a sexualidade das pessoas.
Me assumi gay aos doze, apesar de que ninguém pode dizer que eu nunca beijei uma garota.

Quando o período  da adolescência começou a ser ativado em nossos corpos, muitas meninas andavam por ai desesperadas para terem o seu tão sonhado primeiro beijo.

Com a Sierra e a Rachell não foi diferente.
- Vai Brandy, por favor! Nós sabemos que você é gay, mas nos ajude nessa. - pedia Sierra.
- Qual é  Brandy, até parece que você vai se desgayzar por tirar o nosso bv, vamos logo com isso amor. É  por uma boa causa- disse Rachell tentando  me convencer.
- Tudo bem, meus amores. Eu sei que sou irresistível, mas não fazia idéia  de que era tanto assim! - disse me gabando e jogando o meu cabelo imaginário  para trás.
- Ah, cala boca- disseram em uníssono e Rachell me atirou uma almofada.
- Que agressiva ela- disse rindo.- Okay, quem vai ser a primeira?
- Euu- disse Sie toda empolgada, tão empolgada que até caiu da cama.
- Venha degustar do gostosão aqui- disse rindo e ela se contôrcia no chão.
Depois de beija-las eu fiquei confuso. Bem confuso.
- Vocês  tem certeza de que nunca beijaram? Porque assim, eu tô me sentindo um pouco menos gay agora. - disse sério e uma chuva de gargalhadas tomou conta do quarto.
- Que exagero. Nem é  pra tanto, você que é uma ótima professora baby- disse Rachell se aproximando de mim e me dando um selinho- obrigada por nos ajudar lindo! 

 - Ownn, de nada minhas bebês. Sempre a disposição. Agora escutem aqui, não quero nenhuma de vocês beijando livre, leve, soltas por ai! Estou avisando. 

- Tá bom,  papai. Tá  bom. - disse Sie rindo.

Demos muitas gargalhadas, passamos por muitas encrencas que é óbvio,  eu quem tive que livra-las. Mas mesmo assim, eu morreria pelas minhas meninas. 

Quando eu descobri que uma tal de Dallas iria me adotar junto a Sie, foi um alívio.

 Não suportaria viver longe dela. Mas eu fiz de tudo para que a Rachell pudesse ir conosco, infelizmente a vida não é como sempre queremos.
- Eu não acredito nisso! - disse Sie chorando.
- Calma Sie, pensa pelo lado bom. Vocês vão sair daqui, e juntos. - disse Rachell , que se segurava para não chorar.
- Mas você não vai junto! Isso não  pode estar acontecendo, é  injusto.
- Pode não ser justo, mas nós  sempre manteremos contato Sie, nós três não vamos nos separar por nada. Nada. Entendeu?- disse Rachell e ela assentiu. - Então vão arrumar suas coisas. Agora.
- Tá bom mamãe, tá bom.- sorriu.
- Eu vou sentir saudades minha pirralha.  Muita saudades.- disse abraçando Rachell. Ela nunca gostou que a chamasse-mos de Ray, acho que por causa do pai dela.

Então eu sempre dei todos os tipos de apelidos possíveis.
Quando ela completou quinze, eu a presenteei com tinta de cabelo azul, ela sempre foi morena, mas quando eu perguntei como ela queria comemorar o seu décimo quinto aniversário, ela simplesmente disse que queria mudar .

A tinta ficou ótima,  combinaram com seus olhos. E antes de eu e Sie irmos para o " nosso novo lar " eu lhe dei uma caixinha nova de tinta.
- Pra você, eu sei que a sua já esta acabando e não quero que se sinta insegura por não estar com as suas madeixas azuis livre por ai.
- Ain, obrigado amor. De verdade. Vou sentir muitas saudades de vocês, mas nunca esqueça o que eu disse a Sie, nós nunca iremos nos separar. Promessa de dedinho- disse ela erguendo seu dedo mindinho.
Eu ri e fiz o mesmo.
- Promessa de dedinho.
Muitas lágrimas rolaram o caminho inteiro para a nossa nova casa.

Mas essas lágrimas não eram de tristeza, e sim de saudade, as crianças do orfanato aprendem a conviver com a saudade.
Mas isso é  algo que todos deveríamos aprender a conviver.


Notas Finais


Não esqueçam de comentar e favoritar pra eu 😁😁 bjuus


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