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História Adrien is Human - O plano quase perfeito


Escrita por: AtonRodrigues

Capítulo 6 - O plano quase perfeito


 

Oficialmente mamãe havia sido dada como desaparecida. 

 

Como a situação dela foi causada por um problema no Miraculous e ela não estava totalmente morta, papai conseguiu um caixão de vidro térmico e colocou-a em um esconderijo no porão que era acessado através do quadro dela.

 

Ele decorou tudo lá embaixo para que ela ficasse confortável. Só papai, Nathalie e eu sabíamos daquele lugar e eu acabei descobrindo que meu pai também tinha um Miraculous. Seu Kwami Nooroo explicou lhe sobre dois Miraculous específicos que juntos poderiam conceder um desejo, além de poder absoluto, para quem possuísse-os.

 

Papai colocou na cabeça que iria encontrar os tais Miraculous e trazer a mamãe de volta. Nooroo tentou explicar que os Miraculous não podiam ser usados para fins próprios e acabou deixando meu pai muito furioso. O pequeno Kwami não havia notado o que eu era, significando que o que mamãe morreu fazendo por mim realmente foi intenso.

 

Por conta do luto papai acabou afastando-se de mim, mas ele ainda me considerava como filho. Ele passava dias e dias tentando decifrar um livro que por acaso foi encontrando junto com os Miraculous deles. Eu até tentei ler na esperança de conseguir decifrar alguma coisa por conta da minha ligação magica, mas não conseguir.

 

Os dias naquela mansão eram tristes e vazios. Papai evitava o máximo me ver, Chloé não me visitava com tanta frequência de quando éramos crianças, ela disse que era por conta da escola e seus afazeres cotidianos e isso acabou-me dando uma ideia.

 

Nathalie era quem me ensinava, mas ela também tinha outras obrigações como ser secretaria e afins, o que me deixa bem triste pois quando a aula acabava eu voltava a ficar sozinho. Tentei afogar minhas frustrações no piano, mas não eram suficientes.

 

Meu quarto era cheio de jogos e coisas para divertir-me mas uma hora tudo cansa. Eu sentia falta da mamãe, ela sempre fazia o possível para interagir e ficar comigo. A rotina sem ela era assustadora.

 

Alguns hobbies e passatempos foram acrescentados a minha agenda . Eu tinha aula de chinês, piano, esgrima e sessão de fotos. Algo que não havia comentado mais cedo por não ser o foco principal, era que desde o ano passado eu havia tornando-me o modelo principal da marca do papai. 

 

Minhas atividades não eram suficientes para que a dor da perda passasse e eu não ficava cansado então quando eu terminava minhas obrigações voltava a ficar sozinho.

 

O que fez a ideia que eu tinha torna-se cada vez mais concreta.

 

– Pai – Entrei no seu ateliê e encontrei-o desenhando em sua mesa e como eu havia marcado um horário para falar com ele, eu não seria chamado a atenção.

 

Nathalie estava em sua mesa trabalhando. Conseguia ouvi-la digitando em seu teclado.

 

– Diga – Respondeu sem tirar os olhos do desenho.

 

– Eu queria ir para a escola.

 

No momento em que eu disse isso, tanto Nathalie parou de digitar quanto papai olhou incrédulo para mim.

 

– Acho que não ouvi direito – Papai respondeu de uma maneira rude.

 

– Eu quero ir para a escola – Disse novamente.

 

– Não tem necessidade, você tem tudo o que precisa aqui dentro! - Papai franziu a testa.

 

– Mas...

 

– Não! Adrien você não é como as outras pessoas e está cansado de saber isso. Você é diferente e acima de tudo meu filho! Eu decido o que é melhor para você – Ele respondeu furioso – Não vai sair dessa casa e nem vai a lugar nenhum sem minha autorização!

 

Eu não esperava que a reação dele fosse ser tão intensa daquele jeito. Sai de seu ateliê, mas a ideia de ir para a escola ainda estava em minha cabeça. 

 

Fui para meu quarto e pesquisei sobre as escolas que tinham na cidade. O primeiro resultado que apareceu eu cliquei e entrei no site. Não me interessava ser uma escola cara e nem mesmo famosa, o importante era eu conseguir me matricular e para minha sorte, a escola que eu estava vendo fazia o cadastro virtual.

 

Olhei para o botão do site.

“Matricule-se”

 

Minimizei a aba e resolvi refletir um pouco. Tanto papai quanto Nathalie iram saber e na minha cabeça talvez eles pudessem mudar de ideia se eu já estivesse matriculado.

 

Enquanto averiguando os documentos necessários para a matrícula, recebi uma ligação em vídeo de Chloé. 

 

– Olá Adrinks – Chloé atendeu pintando a unha.

 

– Olá Chloé – Cumprimentei-a – Não era para você estar na escola a essa hora?

 

– Eu estou de férias Adrien. O novo ano letivo só começa na semana que vem e além disso a escola é um saco na maioria das vezes, eles não me respeitam sabia? Eu! A ilustre e querida filha do prefeito.

 

Revirei os olhos. Desde que o pai dela havia ganhado as eleições, seu ego ficou bem maior de quando ela só falava sobre a fama da mãe. Audrey não entrava muito em contato com a filha e acho que isso machucava a Chloé, que via na arrogância uma forma de consolo.

 

– Queria estar no seu lugar – Comentei cabisbaixo.

 

– É só você vim – Chloé deixou seus esmaltes de lado e focou a atenção na ligação – Pede ao tio Gabriel.

 

– Eu já fiz e ele só faltou explodir a casa inteira – Eu estava aprendendo a usar expressões – Eu mesmo vou ter que resolver isso, sozinho.

 

– O que está tramando? – Chloé parecia interessada.

 

– Vou entrar na escola escondido, não vai ter como eles me tirarem se eu já estiver estudando – Aproximei-me mais do vídeo com ar determinado.

 

– Audacioso, eu gosto disso – Chloé sorriu em complô – Vou te ajudar no que for necessário.

 

– Qual a sua escola? – Perguntei – Será mais fácil se eu tiver um conhecido lá dentro.

 

– Françoise Dupoint – Chloé fez uma careta.

 

Maximizei a aba do site e sorri com a enorme coincidência.

 

– Foi exatamente essa escola que eu estava olhando – Respondi animado.

 

– Pelo menos isso. Vai ser bom você vê o quanto somos superiores aqueles idiotas. Você não tem contato com as pessoas, as vezes parece que nem é humano.

 

– Eu disse que sou um garoto especial – Sorri de canto.

 

– Okay garoto especial. Faz o cadastro...

 

– Matricula – Corrigi-a.

 

– Tanto faz – Sacudiu a mão irritada.

 

Ela odiava quando eu fazia isso. Era engraçado vê-la “irritada”.

 

– O que eu tiver dificuldade te aviso – Voltei ao assunto.

 

– Até mais Adrinks.

 

– Até mais Chloé – Despedir-me e desliguei a chamada.

 

Voltei minha atenção para o monitor.

 

– Hora de iniciar – Estralei os dedos e deu início ao meu plano.


Notas Finais


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