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História Adsme 04 - Sob a Proteção do Guerreiro - Desejo e piquenique


Escrita por: NayKarneval

Notas do Autor


Aeeeee!!!

Depois de um hiato longo pra caramba eu retornei! XD
Espero que dessa vez eu consiga postar com mais frequência. Enfim, vamos ao que vocês realmente querem!
Bora ler!

Capítulo 8 - Desejo e piquenique


Fanfic / Fanfiction Adsme 04 - Sob a Proteção do Guerreiro - Desejo e piquenique

Adaoh

 

A viagem para a colônia não foi divertida para Milo. Talvez por conta da gravidez, o pobrezinho passou mal a viagem inteira. Só conseguia tirar cochilos curtos e comer bolachas. Agora mesmo eu estava com dó de acordá-lo, mas seria necessário já que desembarcaríamos em alguns minutos.

Meu pequeno esposo cochilava levemente apoiado em mim. Seus cabelos macios cheiravam a uma das flores mais delicadas de Jahan, e associa-la ao pequeno mestiço enrolado em mim me trazia um calor estranho no peito.

– Milo. – Sussurrei. – Bebê?

– Hum... – gemeu ele enquanto sentava-se direito e esfregava os olhos. – Chegamos?

– Sim. – Respondi sorrindo.

Não pude evitar de esticar a mão e tirar uma mecha teimosa de cabelo que insistia em cair em seus olhos. Deuses! Como alguém poderia resistir a tal sedução?! Aqueles lábios macios, rosados e com a mancha tentadora de vermelho chamavam por mim.

Lembrar que fui eu quem pôs aquela mancha em seu lábio inferior, que fui eu quem tomou sua pureza, que fui eu quem plantou a semente que agora cresce em seu ventre... Tudo isso acendia um lado primitivo em mim que eu nunca pensei existir.

Engoli em seco, tentando controlar meu desejo de tomar aqueles lábios nos meus. Não era hora nem lugar para trocarmos carinhos. Precisava levar meu marido para nosso novo lar e depois me apresentar para o posto de comando local. Fiquei de pé e estendi minha mão para meu esposo.

O toque sedoso da pele macia de sua delicada mão fez com que um choque de prazer percorresse meu corpo e meu membro se encher de sangue. Droga! Andar com uma ereção era algo desconfortável com o qual eu ainda não consegui me acostumar.

– Addie? – Perguntou ele. – Você está bem? Parece desconfortável.

Se fosse outra pessoa eu teria total certeza de que essa fala era uma provocação sexual, mas, sendo quem era, eu não tinha dúvidas que meu pequeno mestiço estava preocupado. Guiando-o para que seu corpo ficasse a minha frente, nos levei para fora da nave.

– Não se preocupe, bebê. Estou bem.

– Certeza? – falou ele parecendo duvidar seriamente de mim.

– Claro.

Ele virou seu rosto em minha direção e seu olhar dizia que ele não estava acreditando muito em minhas palavras. Suspirando, eu resolvi provar a ele que sua preocupação era infundada: puxei seu corpo para que suas costas encostassem em meu peito e colei o resto do meu corpo ao dele.

– Ah... – murmurou ele corando dos pés a cabeça. – En-entendi...

Ri de sua atitude e isso o fez ficar emburrado. Tão lindo! Não resisti e roubei um selinho dele antes abrir a porta de uma das autonaves para que ele entrasse. Deixei que ele se acomodasse enquanto eu ajudava o piloto a colocar as malas no compartimento de cargas portátil.

– Seu irmão estará nos esperando? – perguntou Milo assim que me acomodei a seu lado no banco.

– Não. A essa hora ele e Olavo estão em ADSME. – Respondi prendendo o cinto de Milo antes de fazer o mesmo com o meu e dar sinal para que o piloto seguisse viagem – Mas um dos criados estará nos aguardando, então não se preocupe, você não ficará sozinho enquanto eu vou ao quartel.

– Ok. – falou ele sem dar muita atenção a mim.

Seus olhos cinzas já estavam colados a janela, olhando atentamente a paisagem que compunha a cidade central da colônia. Sua cauda felpuda e lilás balançava animada confirmando ainda mais sua, mal contida, animação.

Não levou muito tempo para chegarmos a casa ligeiramente grande que meus pais compraram quando meu irmão caçula se casou. Não chegava a ser enorme, mas a coisa toda tinha quatro quartos, uma sala de estar, uma sala de jantar, uma cozinha planejada e um jardim.

Eles não a tinham comprado exatamente para Ishtar e Olavo, mas assim que que eu e Nahan terminamos os estudos em ADSME, a casa acabou virando o lar exclusivamente deles. A preocupação de Milo em atrapalhar Ishtar e Olavo era grande, mas eu não ligava nem um pouco.

“Deixe meu cunhado suar um pouco!”, pensei. A ideia de perturbar o terráqueo me deixava de tão bom humor que eu não aguentei e ri baixinho, fazendo Milo me olhar curioso. Coisinha curiosa e apetitosa!

– O que foi? – perguntou ele com aqueles olhos cinza hipnotizantes.

– Nada demais. – Respondi sorrindo, atraído por aquela faixa vermelha em seu lábio inferior. – Só pensando na hora que voltar para casa.

– Você vai chegar cedo? – perguntou inocente.

– Ainda não sei, bebê, - respondi tentando lutar contra meu desejo de transar com ele ali mesmo. - Mas vou tentar. – Aquela voz rouca era mesmo a minha?

Ele sorriu e me abraçou. Tão alheio a meu desejo! Eu beijei sua testa e o acompanhei até o nosso novo quarto, pensamentos sujos passando pela minha mente o caminho todo. Aquele era o mesmo quarto que eu usava quando ainda estudava e morava na colônia, com vista para o pequeno jardim nos fundos da casa.

Assim que chegamos nele, Milo se soltou, e passou a olhar cada canto do lugar. Pude ouvir vários ohs! Quando ele entrou no banheiro da suíte. Tenho certeza que ele amou a banheira. A coisa era grande e com certeza cabíamos os dois lá confortavelmente. Ah! As coisas libidinosas que eu farei com ele ali...

– Bebê, eu já vou, ok? – falei roucamente, tentando recuperar a compostura.

– Já? – perguntou ele colocando apenas a cabeça à vista.

– Sim. – Suspirei. Aliviado com o fato de que meu pau começou a suavizar. - Tenho que me apresentar ao meu líder.

Milo veio correndo me abraçar e dar um beijo doce. Olá pau duro! Chego a conclusão que nunca mais ele vai ficar macio perto do meu marido. Milo olha para mim com aqueles olhos doces e enormes enquanto encosta a cabeça em meu peito.

– Já sinto saudades, Addie...

– Eu também, bebê. – Roubei mais um selinho daqueles lábios viciantes. – Te vejo mais tarde.

Como pensei mais cedo, andar com uma ereção era um desconforto com o qual eu tenho que me acostumar já que Milo é muito tentador mesmo sem querer.

 

Milo

 

Eu estava no jardim dos fundos tomando o lanche da tarde que o empregado preparou para mim quando fui agarrado por Ishtar. Rindo eu o abracei de volta ao mesmo tempo que me coloquei de pé.

– Eu estou tão feliz que vocês vão morar aqui com a gente! – falou ele animado.

– Eu também! – respondi. – Eu ficaria tão triste se tivesse que ficar sozinho enquanto Adaoh trabalha...

– Então é muito bom que Ishtar tenha um horário mais certo na ADSME. – falou Olavo antes de me dar um abraço também. – Ele tem aula só de manhã. Eu já tenho uma grade muito louca.

– Falando em estudos, quando você começa o seu curso? – Perguntou Ishtar.

– Daqui a três dias. – Respondi contente. – Estou tão ansioso!

– Que bom! – falou Olavo. – Falta comprar algum material?

 – Não. Compramos tudo em Jahan. Ah! Olha que lindo, o colar que Addie me deu!

– É mesmo lindo! – falou Ishtar.

– Addie? – perguntou Olavo dando um risinho.

De verdade não sei o que me deu! Só sei que involuntariamente eu rosnei quando ouvi Olavo chamar meu Addie pelo apelido que eu dei a ele, e antes que eu pudesse me conter eu ainda falei:

– Só eu posso chamar ele assim!

– Oah! – respondeu ele erguendo as mãos em sinal de rendição. – Tudo bem! Eu só ia zuar ele um pouqu... Aí!

Ainda bem que Ishtar deu uma cotovelada no marido, caso contrário Olavo teria uma dor séria em uma das canelas. Enquanto Olavo esfregava a barriga, Ishtar passou o braço por meus ombros.

– Então, o que quer fazer durante esses dias livres?

– Hum... Não sei. O que você tem em mente?

– Podemos ir ao shopping, ao teatro, ao cinema, enfim, a um monte de lugares.

– Hum... – senti meu rosto queimar enquanto enrolava um pouco antes de falar o que pensei. – E se...

– Pode falar. – disse Olavo. - Se não for algo que faça seu marido querer me matar podemos fazer.

– Eu queria...

– Não quer mais? – perguntou Olavo. – Ai! Por quê me bateu Ishtar?

– Para de provocar ele, chocolate!

– Chocolate? – eu ri. – E você querendo zuar o Addie!

– O Olavo é meio sem noção mesmo. – Riu Ishtar. – Mas, sem querer ser chato, eu prefiro que você não use esse apelido com ele também.

– Eu entendo. – Troquei olhares de compreensão com meu cunhado.

Eram apenas apelidos bobos, mas eram os que a gente escolheu para nossos maridos, e, para o bem ou para o mal, eram nossos e tínhamos ciúmes sim, que os outros lidem com isso!

– Ah! Não, não! Vocês se juntaram! – Gemeu Olavo. – Prevejo desastres...

– Deixa de ser bobo, chocolate. – Riu meu cunhado. – E então, Milo? Quer passear onde?

– Eu quero... – senti meu rosto queimar de novo. – Quero ver onde o Addie trabalha...

Minha vergonha era tanta que eu não conseguia erguer meus olhos. Tão carente! Culpa da gravidez! Nunca admitirei algo além disso. Senti os dedos de Ishtar afastarem a mecha teimosa da minha franja.

– Sem problemas Mi! – disse ele com um sorriso doce. – Tem um parque onde o pessoal costuma fazer piquenique e jogar. É uma grande conveniência que seja perto do quartel da cidade, e ainda por cima com uma vista perfeita do campo de treino deles! Podemos babar por alguns soldados gostosos sem camisa!

– Hei! – resmungou Olavo. – Marido presente!

– Awn! Não fique com ciúmes! – falou Ishtar abraçando Olavo. – Você é meu gostoso favorito!

– Hunf! – bufou ele antes de beijar o marido. – É bom ser mesmo.

Desviei o olhar quando os dois voltaram a se beijar. Assim que encerram o beijo, Ishtar pegou em minha mão e nos guiou para a cozinha. Afinal, palavras dele, precisávamos de uma desculpa para estar no parque babando nos soldados, e, é claro, fazer um piquenique era perfeito para isso.

Horas depois, tive que concordar com meu cunhado. A vista do parque era magnifica. Soldados de todas as raças e tamanhos, de todos os planetas afiliados à Aliança Intergaláctica, estavam ali em treinamento. Todos lindos com certeza, mas nenhum deles era páreo para o meu marido.

Adaoh se destacava não só pela cor vermelho sangue de seus cabelos e cauda, mas seu porte forte e definido. Que inveja do suor que cobria sua pele! Senti arrepios em meu corpo só de lembrar o volume endurecido que meu marido esfregou em meu traseiro mais cedo naquele dia...

– O passeio valeu à pena? – Riu Ishtar. – Fecha a boca, Milo, senão entrará mosquitos!

– Anh?  - Perguntei distraído. Voltando o olhar para eles vi que Ishtar escolheu sentar-se entre as pernas de Olavo, e o moreno envolveu o jahani em um abraço.

– Hahahaha! – Riu Olavo. – Acho que teremos de trazer um pacote de lenços da próxima vez...

– Por quê? – Perguntei sem entender, ainda mais quando os dois caíram na gargalhada.

– Não liga para ele! – Disse Ishtar rindo e enxugando as lágrimas. – Ele só está mexendo com você.

– Ah! Entendi. – Ri sem graça. – Não posso evitar... São os hormônios...

– Vamos fingir que acreditamos. – Riu Olavo. – O importante é que vocês estão felizes.

– Isso mesmo. – falou Ishtar sério. – O que realmente importa aqui é que vocês sejam felizes. Adaoh é meu irmão, mas não vou perdoar se ele te fazer sofrer sem motivo. O contrário também serve.

– Estamos aqui sempre que precisarem, mesmo quando não pudermos fazer nada além de ouvir, ok? – Completou Olavo.

– Obrigado. – Falei realmente agradecido.

Era muito bom ter uma família. Ainda mais quando eu já não tinha a minha. Antes mesmo de me aprofundar em pensamentos sombrios, direcionei minha mente e meu olhar para a quadra de treinos em busca de Adaoh.

Foi quando vi um Lupino encostar-se a cerca e segurar o alambrado com ambas as mãos. Seu olhar fixo em mim me deixou desconfortável. Ele sorriu quando viu que eu percebi seu interesse.

– Ei gracinha, precisa de uma companhia aí? Servir de vela não é muito legal, né?

Não tive tempo para responder, pois Adaoh chegara naquele instante e soltou um rosnado profundo. O estranho pareceu surpreso com a reação de Adaoh, mas estranhamente não respondeu agressivamente a má atitude do meu marido.

–  Hei, Ameya! – perguntou o estranho. – Que foi, cara?

– É com o meu marido que você está tentando tomar liberdades, Maxim!

– Opa! Foi mal, cara! – ele realmente parecia arrependido. – Quando você falou para turma que era casado achei que fosse com um conterrâneo seu.

– E sou. – respondeu ele cruzando os braços. – Milo é mestiço, mas não deixa de ser jahani.

– Foi mal mesmo, cara. Você sabe, ninguém do batalhão mexe o parceiro ou parceira de um irmão de equipe. Erro esquecido? – perguntou ele estendendo a mão para Adaoh.

O guerreiro ruivo olhou diretamente para os olhos do lupino, como se estivesse medindo o quanto de verdade o outro soldado estava sendo sincero, antes de finalmente agarrar a mão do outro e sacudir em acordo.

– Erro esquecido. – falou Adaoh antes de enfim virar-se para mim e sorrir. – Oi, bebê! Passeando, ou veio me ver?

– Um pouco dos dois. – Respondi, sentindo vergonha.

Adaoh sorriu parecendo ficar todo orgulhoso de si com minha resposta. Ele fez um sinal para que eu me aproximasse da cerca, o que eu fiz rapidamente. Addie aproximou seu rosto em minha direção e sussurrou:

– Vou demorar para sair, bebê. – Suspiro. – Acho que chego depois do jantar. – Suspiro. – Faça um esforço, por favor. – Suspiro. – Me espere para tomar banho hoje. – Suspiro. – Vamos estrear aquela banheira...

Ao ouvir isso quem suspirou fui eu. Depois disso sentar-se na toalha e observar o treino se tornou muito doloroso. Não contribui muito para a conversa com Ishtar e Olavo, já que meus olhos insistiam em voltar para um corpo muito suado e gostoso que treinava logo ali ao lado.


Notas Finais


Depois de tanto tempo sem escrever eu espero que eu não tenha perdido o toque. O que acharam?


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