PRESENTE
Após explicarem a enfermeira o que havia ocorrido, ela compreendeu, mesmo que desconfiada, ajudou a tratar na perna de Wallace.
Deitado na cama enquanto a enfermeira costura sua coxa, Wallace ri da cara de Gui, que está agoniado por ver a perna do amigo sendo costurada.
Gui abre um sorriso logo depois que intriga Wally, que por sua vez lhe pergunta:
- Por que esta sorrindo?
Gui: como pode alguém cortar a perna desse jeito com livros? Ha ha ha.
Wally: essa é a menor das minhas preocupações, pode pegar meu celular? Quero ligar para meu pai, pra pedir que encomende uma cadeira de rodas nova.
Guillherme pega o celular de Wallace e disca para o pai dele.
Gui: Tá chamando... a vantagem de ter um pai da aeronáutica, é ter dinheiro pra comprar uma cadeira de rodas sem sufoco. Quando chegar sua cadeira nova, pede pra colocar um nitro nela, ai a gente faz um racha na rodovia. Mas ei Wally... acho que sei o que cortou sua perna.
Gui: ha ha ha deve ter sido Machado de Assis! Tem que ter cuidado com essas obras dele ha ha ha.
Wally: tá tão engraçadinho hoje.
Wally: ha ha a vai se danar seu besta, por pouco eu não virei Brás Cubas he he he AAAAI - Wally grita.
Enfermaria para de costurar e olha para Wallace que se assustou.
Enfermeira: meu jovem, você sentiu isso?
Wally: ... eu....
Gui: Wallace, você... sentiu sua perna?
Wally: eu acho... acho que sim!
A enfermeira tateia a perna de Wally perguntando onde ele sente.
Em algumas partes ele sente o toque da enfermeira.
Enfermeira: Meu jovem, você precisa marcar uma consulta com o Ortopedista, não sou especialista, nem quero te encher de esperança, mas pelo que parece, há possibilidade de você poder voltar a andar.
Wally e Gui se olham espantados.
Gui que ligava para o pai de Wally do celular dele, ao ouvir que o pai de Wally atendeu, passa o celular rapidamente para o amigo, que recebe o celular espantado e com a voz tremula.
Pai: Alô, filho? Tudo bem?
Wally: P-pai, tá me ouvindo? Eu...
Pai: Meu deus filho, o que aconteceu? Diga alguma coisa.
Wallace começa a lágrimar e sorrir:
- Pai, eu vou voltar a andar.
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