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História After - Nós mantemos esse amor numa fotografia


Escrita por: birdmars

Notas do Autor


Gente, sério, a minha vida tá uma BAGUNÇA, e ainda perdi meu celular novo no sábado e consequentemente o pouco que eu tinha desse capítulo escrito, foi perdido... Mas seguimos.

Capítulo 28 - Nós mantemos esse amor numa fotografia


4 meses depois (Maio de 2019)

- Meninas, não corram. MENINAS! - Cindia chama atenção das filhas enquanto elas correm envolta da bancada da cozinha atrás do irmã mais velho.

- Ei, vocês vão se machucar! - paro na frente da Mila, fazendo ela quase bater cabeça nas minhas pernas.

- Tiaaaa! - ela resmunga, mas para.

- Vem, vamos arrumar esses cabelos para cantarmos parabéns. - trago Mila para o meu colo.

Arrumo os cabelos delas e logo todos nós ficamos de pé envolta da ilha central da cozinha da Cindia.

Jaime encomendou dois bolos lindos de unicórnio com glitter e Bruno e eu trouxemos alguns balões de gás élio para enfeitar a casa. Tiara, Jaime e seus filhos e mais um casal que batizou os outros filhos de Cindia e Eric também estavam reunidos para comemorarmos em conjunto o aniversário das meninas. E já na segunda estava tudo organizado para fazer a festa delas em um espaço muito legal no qual os amigos da escola da Mila também iriam.

Cantamos parabéns e vou ajudando a Tiara a cortar o bolo. Era tão lindo que dava pena de cortar. E confesso que apesar dele ser cheio de pasta americana, o recheio dele parecia ótimo, bem molhadinho.

- Titi, não! - Vida da alguns gritinhos para a Tiara e mesmo assim, ela suja todo seu nariz de glacê.

Dou risada e antes que consiga fazer o mesmo com a Mila, ela foge gritando pela casa nos fazendo rir.

- Parem de judiar dessa boneca. - o filho mais novo da Jaime pega Mila no colo e vem caminhando na nossa direção.

- Não, Jaimo, não. Mãeeee! A Titi e a Tia Gwen querem me sujar. - ela faz um fiasco e desce do colo do primo.

- Só porque você gritou, quem vai fazer isso sou eu. - Cindia pega o glacê e suja toda a bochecha dela.

- Mas mãe... não! - ela passa a mão no rosto e fica ainda mais melada.

Levo ela até a pia e passo um pouco de água no rosto dela para limpar a bagunça e termino de ajudar a Tiara servir as pessoas.

- Tio, obrigada pelo presente. - Mila abraça o Bruno, quando estamos indo embora.

- Quem escolheu foi ela. - ele aponta para mim e sorri.

- Obrigada Tia Gwen. Eu amo vocês! - ela se joga no meu colo e eu beijo seu pescoço com o perfume novo que havíamos dado a ela.

Eric e Cindia iriam para um date e a Tiara ficaria com as crianças todas, inclusive com o Jaimo.

Voltei para a casa do Bruno, iríamos curtir o fim de semana sem pressa ou problemas, com exceção do meu trabalho da faculdade, o esperado TCC.

- Será que é Henri vai me efetivar? - pergunto para Bruno.

- É claro que sim, ele não iria fazer você ficar na América se não fosse por isso. - Bruno troca olhares entre a estrada movimentada e eu.

- Espero que sim. Queria alugar um apartamento para mim. - dou de ombros.

- Você deveria morar é comigo, Gwen! - ele fala com convicção e eu olho rápido para ele. - Não estou dizendo para você abandonar os seus planos, não faz essa cara, é só que eu iria amar ter você morando comigo todos os dias. E o Geronimo também,

- Eu sei, eu adoraria que isso acontecesse, mas preciso me estabilizar financeiramente para trazer meus pais. - fico cutucando a minha cutícula nos dedos.

- Isso você só consegue depois de ter a documentação toda, e isso leva anos meu amor. Mas você sabe que quando quiser trazê-los para passear é só me avisar que a gente arruma isso. - ele passa a mão na minha coxa e eu entrelaço nossos dedos.

- Eu sei Bruno, mas não quero ficar metendo você nesses problemas.

- Eu detesto quando você esquece que os seus problemas são meus também os meus são seus desde que você aceitou assumir um relacionamento sério comigo. Você espera que a gente case para aceitar essas coisas? - Bruno é um pouco duro demais e eu recuo, largando sua mão e me afastando como posso dele.

- Bruno...

- Eu já falei que eu não me importo em te ajudar e que quando o problema for dinheiro, ele não é problema porque isso eu ainda posso fazer por você e por todos que eu amo. - vejo ele apertar as mãos no volante e respiro fundo. - Se a gente casar você para de se importar com isso?

- Para de drama, Bruno. - abro um sorriso sem mostrar os dentes.

- Eu não estou brincando, posso te propor agora mesmo. - ele me olha.

- Respira Bruno, vamos com calma tudo bem? Eu nem sei se eu quero me casar e muito menos você. - digo.

- Eu não queria, mas se fosse algo que você queisesse, eu assumiria essa responsabilidade pelo resto da minha vida para fazer você feliz.

- Você está jogando a nossa felicidade toda na minha cara? - cruzo os braços e olho para ele.

- Não, mas já que serviu. - ele termina de manobrar o carro e desliga o motor, saindo de dentro dele logo depois.

- Você tem certeza disso Bruno? - pergunto ao descer do carro, ele já estava com a porta da frente da casa aberta.

- Sim!

Diminuo meus passos enquanto a minha cabeça gira. Como que chegamos nessa briga por uma pergunta de trabalho?

Entro na casa dele e ele está atirado no sofá com as mãos na cabeça, seus calçados estão atirados no meio da sala de estar.

- Eu vou te perguntar de novo, você tem certeza? - paro ao lado dele, queria amenizar as coisas.

- Sim, mas porque você quer saber? Vai terminar comigo por não aguentar a nossa primeira briga? - ele não se move, e eu respiro fundo antes de despejar tudo o que eu queria sobre ele.

- Não Bruno. Porque você acha que tudo vira em torno do seu dinheiro e tudo que você pode adquirir com ele. Você sabe melhor do que ninguém como é incrível conquistar as coisas com o seu próprio mérito e é exatamente isso que eu estou fazendo com a porra da minha vida, mas se você não for capaz de apoiar isso como uma coisa boa sem jogar tudo na minha cara, eu não sei como as coisas podem dar certo. - bato as mãos ao lado da coxa fazendo um barulho levemente alto e ele me olha. - Eu não quero que você pague o mundo para mim, eu não sou feliz assim, nunca fui. Eu sou feliz com os sorrisos, com as conversas, com os sonhos, com as histórias, mas se você só consegue comprar uma história ao invés de escrever ela comigo, esse é o problema que nós temos agora, não o valor das passagens do meus pais para cá. - respiro, eu havia falado quase que sem parar.

- Você me entendeu errado, Gwen. Por favor, não vamos para esse lado.

- Qual é o seu lado Bruno? O de dizer as coisas sem pensar que pode magoar o outro? - meus olhos começam a arder.

- Eu também fiquei chateado com o que você disse, porque eu não quero comprar você, eu só não vejo porque você se preocupar tanto com coisas que não são um problema. - ele se põe de pé e caminha lentamente para perto de mim.

- Não é questão de se preocupar, é questão de trabalhar duro para realizar aquilo que você sonha. É questão de apoiar, de saber dos limites e entender que está tudo bem, cada um pensa de um jeito e a gente não precisa brigar por causa disso. - olho dentro dos olhos dele e ele sorri.

- Eu amo você! Eu amo esse seu jeito de conversar e concertar as coisas, esse seu jeito de me fazer refletir e tentar ser melhor. Vamos esquecer esse assunto por favor, não quero que isso seja motivo para estragar o nosso fim de semana, mas só se você concordar que eu vou trazer seus pais sempre que eu achar necessário. - Bruno sorri e segura a minha cabeça com as duas mãos.

- Você é teimoso demais, Bruno. - apoio as mãos já cintura dele.

- Se você soubesse como me faz feliz quando eu vejo que você está feliz... E a felicidade que seus pais dão a você é a única felicidade que eu só posso oferecer indiretamente, eu não posso te amar como a Ella, eu não posso te abraçar como o Condom, mas eu sei que as vezes tudo o que nós precisamos são nossos pais por perto, e já que eu não posso fazer isso pela minha mãe, vou fazer por você e pelos seus pais, okay? - e então o Bruno consegue quebrar as minhas pernas e todas as ideias que eu tinha de autodefesa por esse assunto.

- As vezes você fala umas besteiras, mas no fim você é o ser humano mais incrível que eu já conheci na vida inteira e eu não sei como agradecer por tanto. - trago ele para mais perto e aperto nosso abraço.

- Ser feliz comigo, escrever a nossa história e não ser tão ranzinza por esse assunto. - ele faz um carinho na minha nuca e eu sei que ele está sorrindo.

- Para de me alfinetar de novo, Mars! - digo sorrindo também.

- Nunca! - ele ri e levanta sua mão e espera até que eu segure ela e depois nos beijamos.

Depois do ocorrido, pego o resto das minhas coisas no carro do Bruno e vou tomar um banho enquanto ele curte a noite agradável que estava fazendo.

Ligo meu celular numa playlist das antigas e começa a tocar a minha música favorita do Cat Stevens, Wild World. Ligo o chuveiro e deixo correr um pouco de água até o gás aquecer e enquanto espero, passo um óleo de hidratação nos cabelos.

Saio do banho enrolada na toalha e pego o meu secador na bolsa e passo nos cabelos, cozinho um pouco a cabeça no bafo quente e me dou por vencida ao desistir e sair com ele um pouco úmido. Está um pouco quente, quer dizer, ainda dá para suportar, porém como já é primavera a minha vontade de chorar é muito maior, tanto pela primaveira que me faz ter crises de rinite como pelo verão que está quase presente e me faz ter náuseas e dor de cabeça, ótimo não?!

Visto minha camisola e arrumo as coisas antes de sair do quarto. Bruno não tinha voltado ainda, então deixo meu celular continuar a tocar as músicas e fico olhando as minhas redes sociais.

Bella estava de volta, nós nos vimos duas vezes e foi maravilhoso, era libertador ter alguém que eu conhecia antes do Bruno por perto, já que a vida por aqui gira em torno disso, não que seja ruim, mas ter Bella de volta era maravilhoso.

- Cheguei! - ouço Bruno bater a porta de correr da varanda.

- Geronimo cansou você? - digo olhando o suor na testa dele.

- Digamos que eu tenha feito ele correr, ele precisa perder aquela pança. - ele sorri e pega uma toalha no closet.

- Ele é um senhor de idade, não pega pesado com ele. - desligo a música e plugo meu celular no carregador.

- Acha um filme para a gente, já volto. - ele da uma piscadela e vai para o banho.

Vasculho sobre as mesas de apoio de cada lado da cama dele e não encontro, abro a primeira gaveta do lado que ele costuma dormir e encontro uma foto nossa revelada. Era do dia que fomos na praia do Havaí e ele tinha machucado o pé antes de voltarmos ao Hotel, eu segurava a Vida no colo e ele estava com o braço apoiado no meu pescoço. Eu não lembrava de ter tirado essa foto, mas ela é linda. Fico tão perdida em pensamentos com a foto que nem percebo o Bruno sair do banho enrolado na toalha e me pegar vasculhando suas coisas.

- Desculpe! - digo guardando a foto no lugar e pegando apenas o que eu deveria ter pego desde o começo.

- Obrigada por me lembrar! - ele fala e entra no closet, sai alguns segundos depois vestindo uma bermuda de abrigo, trazendo uma embalagem em mãos. - Comprei isso hoje quando fomos na loja dos balões. - ele tira um porta retrato prateado. - Vida me deu essa foto de presente de Natal, na verdade, deu para nós.

- Ficou linda. - sorrio ao ver o porta retrato do lado dele da cana.

- Você não precisa ficar sem jeito assim, se você está aqui é porque tivemos vontade e eu não me importo se que tenha que mexer em algo meu. - ele beija minha bochecha e levanta, pegando a toalha e secando mais os cabelos.

Me encosto na cabiceiira macia e ligo a televisão. Tinha uma infinidade de programas salvos no now do Bruno, mas de filme não achei nada de importante.

- Qual filme vamos ver? - pergunto a ele.

- Pode comprar qualquer um, eu já assisti todos que já foram pagoa aí. - ele se atira na cama e beija meu braço.

- Pode ser esse? Us é um filme de terror. - digo abrindo o trailer do filme.

- Eu gostei, vou lá fazer uma pipoca. - Bruno levanta da cama e sai do quarto.

Termino o pagamento do filme e arrumo a cama, tiro os travesseiros de enfeite e puxo as pontas do edredom mais para baixo. Deixo o ar condicionado ligado e logo o quarto está fresquinho como eu gosto. Me ajeito e espero por ele.

- O doida, que frio é esse. - ele ri e larga dois potes de pipoca no meio da cama e mais um copo enorme com algum refrigerante dentro.

- É para parecer cinema e inverno. - digo rindo e mexo no controle do ar de novo, sabia que o havaiano ia preferir menos gelado.

- Vem, pode ficar bem pertinho porque você fez o quarto parecer um congelador. - ele puxa a minha cintura e me abraça.

- Para de drama. - ele ri e enche a mão de pipoca doce.

Me esbanjo na pipoca salgada de manteiga e Bruno aproveita praticamente a de chocolate sozinho. O filme não servia para ruim e também não era excelente.

Bruno ferra no sono bem no final e eu recolho a bagunça das pipocas e levo para a cozinha. Ponho as embalagens no lixo e lavo as coisas, e antes de voltar para o quarto faço um carinho no Geronimo e tranco a porta de correr dos fundos da casa.

- Psiu! Se ajeita melhor na cama, vai ficar com dor nas costas. - encosto em seu rosto.

- Eu tenho que ir escovar os dentes. - ele levanta meio dormindo e vai no banheiro.

Sigo ele, espero pacientemente ele terminar e faço o mesmo logo depois. Apago a luz do abajur e me ajeito, entrelaçando meus pés no de Bruno.

- Nem vem com esse pé gelado. - ele se aconchega mais perto de mim, formando uma conchinha.

- Vou ir para o quarto ao lado, então.

- Cala a boca. - dou risada e Bruno beija meu pescoço, relaxando a respiração sem demorar muito.


Notas Finais


Se ainda puderem, comentem por favor, sei que não deveria nem pedir, mas né... Hahaha


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