1. Spirit Fanfics >
  2. After All >
  3. Capítulo I: Na Toca

História After All - Capítulo I: Na Toca


Escrita por: SnowCharming

Notas do Autor


Como prometidinho, capítulo um já disponível pra vocês =)
Ah, muito obrigada às meninas que comentaram no prólogo, já estou amando vocês <3
Agora, bora capítulo!

Capítulo 2 - Capítulo I: Na Toca


POV Hermione

O dia havia amanhecido agradável, o céu estava azul celeste e com poucas nuvens, uma deliciosa brisa de verão que ajudava a espantar o forte calor que fazia. Estávamos Harry, Gina, Rony e eu sentados na colina que havia próxima à casa dos Weasley, havíamos tomado café e saído para uma caminhada, mas após pouco tempo já nos encontrávamos cansados, e paramos naquele cenário um tanto quanto bucólico. Nenhum de nós falava, estávamos todos concentrados observando a paisagem, era um silêncio agradável, quebrado somente pelo ralhar das folhas e o assoviar do vento.

Minha cabeça estava apoiada no ombro de Rony, e senti-o levantar a sua. Olhei para seu rosto, seus olhos estavam apertados devido ao brilho do sol que o ofuscava, o que lhe dava um ar concentrado.

— Olha, parece um hipogrifo! — ele observou, sorridente.

— Bicuço? — perguntamos Harry e eu ao mesmo tempo, fazendo com que gargalhássemos pela associação imediata

Rony respondeu emburrado:

— É claro que não, seus trasgos, são só as nuvens.

Isso nos fez rir mais ainda, por seu humor volátil e raiva boba. Estávamos todos extremamente avoados naquela manhã, tudo estava tão bom e aconchegante, como sempre era na Toca, ao menos nas manhãs. E, após as gostosas risadas, voltamos ao silêncio. Até que Ronald disse novamente:

— Uma coruja!

— Chega de procurar bichinhos nas nuvens, Rony! — disse Gina aborrecida, pois o comentário de Rony havia feito com que Harry parasse de lhe acariciar os cabelos ruivos.

— Não, Ginevra, são corujas de verdade, sua lesma-venenosa! — Rony resmungou, enquanto fazia careta, o que levou Gina a automaticamente colocar a língua para fora.

Harry e eu reviramos os olhos. Os dois sempre tinham essas briguinhas de irmãos.

A coruja voou em nossa direção, era uma coruja das torres comum, o que nos fez acreditar que fosse somente a última edição do Profeta Diário, e que iria pousar no parapeito de alguma janela da casa. Porém, a coruja parou imediatamente na nossa frente, e em sua pata havia um grande envelope com o logo de Hogwarts estampado.

Rony e Harry se entreolharam, abaixando as cabeças, o que me deixou com uma pulga atrás da orelha.

Retirei o envelope, e dentro dele haviam quatro cartas, uma para cada um de nós. Peguei a minha, já a abrindo, e passei o envelope adiante.

A minha carta dizia:

 

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts

Diretora Minerva McGonagall

(Ordem de Merlin, primeira classe, grande feiticeira, bruxa, chefe, cacique supremo, Confederação Internacional dos Bruxos)

Prezada Srta Hermione Jean Granger,

Temos o prazer de convidá-la a retornar para mais um ano letivo da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, para que possa concluir o 7º e último ano de seu curso.

Estamos anexando uma lista de livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 20 de agosto, no mais tardar.

Atenciosamente,

Diretora: Minerva McGonagall.

 

Virei a carta e, no cabeçalho do verso da folha, havia um post scriptum.

 

Querida Hermione, espero que volte para nós. Muitos alunos não virão este ano, mas preciso de você. Tenho uma proposta para lhe oferecer.

Responda-me assim que possível.

Com afeto e carinho,

Minerva McGonagall

Diretora de Hogwarts.

 

Havia ainda outra folha, constando todo o material necessário para aquele ano letivo, olhei-a rapidamente, só para ter noção de quanto dinheiro precisaria pegar, e fechei a carta emocionada, eu não via a hora de voltar. Rony me abraçou.

— Então, quando vamos ao Beco Diagonal? — exclamei animada, tentando disfarçar as lágrimas.

— Vou falar com mamãe pra ver quando iremos — Gina disse, enquanto já ia andando em direção à casa.

Harry arredou para mais perto de nós e abaixou a cabeça, olhando para as próprias mãos. Percebi então que Rony, apesar de estar me abraçando, olhava para o outro lado.

— Hermione, precisamos te contar uma coisa — Harry avisou-me, ainda de cabeça baixa.

— O que houve, Harry? — perguntei, curiosa. O garoto demorou a responder, o que fez aquela pulga, que estava atrás de minha orelha, dar um pulo. — Diga logo.

— Não fique chateada, Mione, mas Harry e eu decidimos não voltar para Hogwarts.... — Rony disse, enquanto me desenlaçava de seu abraço.

— Como assim? Que ideia é essa? Estão loucos? É a ideia mais estúpida que já teve, Harry Potter! — eu gritei, achando aquela ideia um absurdo. — Entrar na floresta proibida? Ok! Participar do torneio tribruxo? Tudo certo! Invadir o Ministério da Magia? Ótima ideia! — eu falava sem pensar, gotejando sarcasmo. — Mas não voltar para Hogwarts? Justo você? Hogwarts é o seu lar!

— Bom, a ideia não foi bem minha...

E, antes que Harry terminasse, eu o interrompi:

— Ronald Weasley! Você devia ser beijado por um dementador em vez de por mim, depois dessa ideia esdrúxula!

— Pensa bem, Mione, Harry já está trabalhando como auror desde que a guerra acabou e ele precisa da minha ajuda. — Harry já se levantava, percebendo que aquilo havia se tornado uma briga de casal, e não uma discussão entre amigos.

— Rony, você não devia aceitar isso, Harry sabe todos os feitiços de defesa, azarações e maldições, mas você, Ron, você age por impulso, não tem a teoria, precisa aprender mais, Ron. E se algo acon...

Porém, eu jamais terminei aquela frase, pois Ronald colou os seus lábios nos meus em um beijo confortante e conhecido, enquanto secava minhas lágrimas com seus dedos de um modo delicado e carinhoso.

— Hermione, vai ficar tudo bem... Harry precisa de mim por perto. Pediram a ele para reestruturar a equipe de aurores, ele não podia recusar e logo pensou em mim.

Afastei-me um pouco dele, já recomposta, e abri os olhos, a coruja ainda estava lá, nos olhando desconfiada, como se esperasse por algo. Lembrei então da proposta de Minerva e percebi que ela deveria querer uma resposta.

Dei um selinho em Rony e corri para o quarto de Gina, onde eu estava dormindo, como sempre. Fui em direção à penteadeira e peguei papel, pena e tinteiro para responder à diretora.

Querida Profª Minerva,

Obviamente voltarei para Hogwarts! Estou imensamente feliz por poder completar o sétimo ano. Não sei o que seria de mim sem terminar os estudos.

Qual seria a proposta?

Aguardo sua resposta ansiosamente.

Com carinho,

Hermione J. Granger

Selei a carta e fui até a janela, de onde pude ver a coruja ainda parada. Ao me ver, a ave voou até a janela do quarto, lá enlacei a correspondência em sua pata. O animal rapidamente saiu voando, provavelmente, de volta para Hogwarts.

Desci de volta para o jardim, onde Rony ainda estava, como se não tivesse entendido nada. Assim que percebeu minha presença, o ruivo me olhou confuso, então, antes que ele falasse qualquer coisa, lhe disse:

— Eu preciso voltar para Hogwarts, Ron, você sabe disso. Mas eu entendo você... — Tentei soar calma, apesar de sua atitude anterior. — Só... vai ser difícil sem vocês.

— Prometo ir para Hogsmeade em todas as suas visitas e prometo também te escrever cartas todos os dias. — Rony então me beijou novamente, me derrubando na grama e caindo sobre mim. Nós rimos e Rony deitou ao meu lado, acariciando meu cabelo e olhando nos meus olhos.

— Cof cof. — Harry reapareceu no jardim abraçado com Gina, que ria da situação, provavelmente achando bonitinho — Desculpa interromper, mas Molly disse que quem for voltar para Hogwarts vai para o Beco Diagonal na semana que vem, já que primeiro de setembro está tão perto.

Eu então corei encabulada por eles terem visto nosso beijo, mas logo revidei.

— Gina, já sabe das novidades sobre os meninos?

— Esses dois gnomos mancos vão nos deixar sozinhas em Hogwarts – disse, rindo. - São loucos! Estamos gostosas e Dino é louco pra voltar comigo.

Harry a olhou emburrado, e Gina lhe deu um beijo apaixonado, antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, rindo no final enquanto lhe dava selinhos. Rony olhou pra mim, arqueando a sobrancelha, e eu lhe mostrei a língua, levantei e corri para dentro, precisava falar com Molly sobre as compras.

A Sra. Weasley estava na cozinha, preparando o almoço, então fui até lá.

— Você irá voltar, não é mesmo? — Ela indagou, antes que eu emitisse qualquer ruído.

— Com toda a certeza, Sra. Weasley — respondi com a voz baixa.

— Esses meninos são loucos — reclamou, estressada. — Ainda bem que você tem juízo, estou orgulhosa, Hermione. — Ela abraçou-me como a uma filha, deixando a varinha de lado por um momento. — E pare de me chamar de Sra. Weasley!

— Obrigada, Molly. — murmurei, encabulada. — Eu preciso, além do material normal, comprar roupas. Tudo bem para a senhora, se fizermos isso no mesmo dia?

— Oh sim! Gina vai adorar! — ela concordou, tranquila. — Agora, volte para fora e me deixe terminar o almoço, querida.

Saí da cozinha e voltei para o jardim, onde todos conversavam, era difícil me imaginar em Hogwarts sem Harry e Rony, ou sem perigos eminentes, mas era assim que seria naquele ano.

A semana passou toda assim, com conversas e brincadeiras, livros para mim e quadribol para os meninos e Gina, que era melhor que os dois juntos. Jorge aparecia de vez em quando, não era mais o mesmo, mas tentava agir como se fosse, para agradar a mãe e não preocupar a todos.

Finalmente o dia em que iríamos ao Beco Diagonal chegou, Jorge havia aparecido, e por isso sairíamos depois do almoço. Comemos todos juntos, e Gina e eu subimos para nos arrumar após a refeição.

Quando desci, Rony me olhou de boca aberta. Eu vestia um shorts preto, uma camisa branca, com os três primeiros botões abertos, e um tênis qualquer. Meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, era um dia muito quente. Eu olhava para Rony com uma cara confusa, enquanto ele continuava com a boca aberta, até que Jorge disse:

— A baba, Rony, limpar. Está bonita, Hermione.

Eu corei, e Rony tossiu, fingindo que aquilo não havia acontecido. Então Molly gritou, e eu corri até ela, seguida por Gina, que descia as escadas correndo como um centauro.

— Tchau, Roniquinho — eu disse, rindo e lhe mandando um beijo,enquanto Gina parava no meio do caminho para dar um selinho em Harry.

Fomos para a lareira e desaparecemos em meio à fumaça verde do pó de flu, enquanto dizíamos, uma de cada vez, “Beco Diagonal!”.

Aparecemos no Caldeirão Furado e, assim que saí da lareira, as palmas começaram. Era assim desde o final da guerra, qualquer lugar em que um de nós três aparecia, uma sessão de aplausos, flashes e perguntas se seguiam. Rita Skeeter saiu de algum lugar das sombras, e iniciou a sessão de perguntas deploráveis.

— Como estão as coisas, queridinha? Já voltou com Harry Potter, ou ainda está com o amiguinho semi celebridade? Essa não é a namoradinha de Harry Potter? Vieram parar aqui no meio de uma bri...

— Cale a boca, Skeeter! Você sabe o que posso fazer se continuar.

Skeeter saiu, quase rosnando de tanto ódio, parecia emanar sua ira em nuvens rodopiantes.

Eu posei para algumas fotos sozinha, e algumas outras com Gina, que usava um shorts verde e uma regata preta, com sandalinhas. Molly se recusou a posar para fotos. Após uns 15 minutos nisso, pedimos licença e caminhamos em direção à passagem secreta que levava ao Beco Diagonal.

As compras essenciais, materiais e ingredientes para poções, foram rápidas, porém, foi quando Molly parou em um café, e permitiu que eu e Gina déssemos uma volta e comprássemos algumas roupas, que a demora começou.

Gina me arrastou para a loja de vestes, e me obrigou a comprar um novo uniforme, alegando que o antigo não fazia jus à minha gostosura atual, e eu só pude rir em resposta, enquanto ela mandava a dona da loja apertar minhas vestes aqui e encurtá-las ali.

— Você vai arrasar, só tenho isso a dizer. Rony vai morrer de ciúmes!

Nós rimos e ela pediu à senhora que fizesse mais duas iguais àquela para mim e que iríamos buscá-las em duas horas. O que me fez ficar boquiaberta, ao imaginar passar duas horas fazendo compras. Gina tinha um ótimo gosto, eu me sentiria meio descoberta com aquelas roupas no lugar das minhas antigas, largas e confortáveis roupas. Mas a verdade é que eu precisava mesmo dar uma mudada no meu visual, antes eu andava sempre preparada para a guerra, e agora isso não era mais necessário.

Depois de muitas calças, camisas, blusas, vestidos e até lingeries (pasmem!), fomos pegar as vestes e voltamos para o café, onde Molly nos esperava desesperada, o que ficou ainda mais, ao ver a quantidade de sacolas que carregávamos.

Os Weasley agora eram uma família bem de vida, financeiramente. Rony havia ganho uma recompensa em dinheiro, por serviços prestados, Arthur e Percy haviam sido promovidos no Ministério da Magia e a Gemialidades Weasley estava rendendo bons lucros. Mas velhos hábitos não morriam, a senhora Weasley tentava economizar em tudo que podia.

Após uma dose de broncas em Gina, voltamos para A Toca, os meninos haviam saído, então eu e Gina fomos para nosso quarto arrumar nossos malões, para irmos para Hogwarts. O ponto alto é que Gina cursaria o 7º ano junto comigo, assim como Luna.

Fomos dormir antes dos meninos voltarem, e enquanto fofocávamos sobre como estavam os namoros e como seriam as coisas nesse novo ano, caímos no sono.

 


Notas Finais


O que acharam da atitude dos meninos de não voltar para Hogwarts? E esse pedido de Minerva, o que será? Skeeter, como sempre, sendo inconveniente! E as roupas novas da Hermione? Ela vai arrasar, ou não vai!?
Comentem bastante <3 E mil beijinhos =* <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...