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História After the Storm - Leonetta - Capther Forty Two


Escrita por: amorporescrita_

Notas do Autor


Ora, Ora, Ora. Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?
Estava olhando meu bloco e vi esse cap escrito e pronto, e pense: "Hm, por que não postar?"
Então cá estamos. Já deixo avisado que não tem nada pronto depois desse, então pode ser que eu finalize algum dia, longe ou próximo, ou talvez não.
Mas confesso que relendo os capítulos, fiquei com saudade desse mundinho e talvez eu faça um final digno para essa hisória. Enfim, não esperem nada de mim, nem eu espero mais, kkkkkcry
É isto, boa leitura e até breve!

xoxo sz

Capítulo 42 - Capther Forty Two


Fanfic / Fanfiction After the Storm - Leonetta - Capther Forty Two

Violetta Paccini

Como se nada na minha vida pudesse piorar, vem o destino e mostra que tem sim como ficar mil vezes pior.

Depois da noite anterior e de ajudar Leon em cada passo do plano dele, estou realmente destruída e acabada. Se tivesse dormido umas duas horas foi muito. Mas para Leon parece que dormiu doze horas e ainda ganhou uma massagem de tão feliz e sorridente que está.

— Preciso ir. — diz Lara. Sim, essa vaca infiltrou-se no nosso grupo por meio de Leon e agora preciso me fazer de educada para não acertar um soco bem no meio da sua cara de sonsa.

Dito isso, a garota deposita um beijo no rosto de Leon, Francesca e Camila, respectivamente, antes de se virar para mim e acenar com indiferença. Parece que o carinho é mútuo.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa sobre o ocorrido, vejo Justin se aproximar com sua pose de sempre e meu coração gela. Sei que existe uma aliança entre os dois, mas nunca se sabe quando ela pode romper.

— E ai! — Cumprimenta com um toque de mãos e deixa um beijo no rosto de minhas amigas. Para irritar Leon, Justin me envolve pela cintura e me abraça por mais tempo do que deveria.

Ouço seu bufo irritado e partilho um riso divertido com Justin.

— Então, vou dar uma festa hoje e adoraria que fossem. — ele direciona para as garotas em minha frente. Com um rápido olhar ambas decidem suas respostas e sorriem contentes.

— Estaremos lá. — diz Francesca.

— E claro, o convite se estende para você, parceiro. — Justin pisca para Leon, que sufoca um riso e sacode a cabeça.

— Não perderia por nada, parceiro. — sinto a acidez em suas palavras e mordo o interior da minha bochecha me lembrando do que aconteceu da última vez em uma festa que estávamos juntos. Não quero que ele saia socando mais ninguém por minha causa. Quer dizer, por nada. Odeio ver ele machucado.

— Quero ver se ainda sabe curtir como nos velhos tempos. — diz Justin. Com um tapa sobre o ombro de Leon, ele se afasta trocando um aperto de mãos e sussurros com Diego.

Os dois irmãos se abraçam com rapidez e logo ele está com sua namorada, trocando beijos e carícias. Involuntariamente, movo meu olhar até Leon e ele está observando os dois com curiosidade, diria até desconfiança. Sinto meu coração bater mais forte contra meu peito quando vejo-o desviar sua atenção para mim novamente e pousar seus olhos intensos e brilhantes sobre os meus com o mesmo desejo e vontade de sempre.

Meu corpo todo se arrepia, corresponde. Uma corrente elétrica atravessa meu corpo e se instala na base de minha coluna conforme ele abre um sorriso de lado revelando suas covinhas e deixa um risinho anasalado escapar.

— Então, hermanito,... — Leon desvia o olhar do meu com a mesma rapidez que o tomou, encara seu irmão e depois sua namorada e Camila, ao seu lado. — Está afim de curtir uma noite a lá Vargas? — com um riso discreto, Diego concorda.

— Não me diga que Tommy e Michael estão nessa também? — é preciso apenas um dar de ombros de Leon para que o moreno caia na gargalhada e sacuda seus cabelos para todos os lados. — Ah, porra, uma festa do caralho!

— Pode apostar. — concordando com um aceno, Leon move seu olhar ate o meu novamente, pega sua mochila jogando sobre seu ombro direito, ajeita as luvas de couro, o que eu acho exagero para o final do inverno, e se levanta. — Será que podemos? — ele estende a mão, encorajando-me, e eleva sua sobrancelha direita.

Dou um rápido olhar para minhas amigas, confusa e com medo, mas ambas desviam o olhar e dão de ombros. Traidoras!

— Tudo bem. — digo por fim, após longos segundos. Aceito seu braço e entrelaço nossos antebraços enquanto caminhamos pelo pátio em direção às escadas.

Fico em silêncio desde que saímos de perto de nossos amigos, temo dizer algo e isso ser o motivo de uma possível briga. Nunca se sabe com Leon. Por fim, estamos começando a subir as escadas e a pontinha de incômodo está pinicando minha garganta fazendo-me tossir para quebrar esse silêncio constrangedor e absurdo.

— É só falar. — ouço sua voz rouca e deliciosa no pé do meu ouvido e dou um pulo, estremecendo com o contato tão próximo e íntimo. Seus dedos brincam com meu braço, dedilhando por cima da roupa pesada que uso, enquanto volto ao meu estado normal. Leon sabe o poder que tem sobre mim e abusa disso. — Sabe,... eu adoro o fato que apenas a minha voz já pode te enlouquecer.

— Você se acha demais, não é? — devolvo, rapidamente, dando um rápido olhar em sua direção. Espero que, além de bad-boy e mafioso, ele não seja vampiro ou outra criatura sobrenatural, porque sem dúvidas ele vai ouvir meu coração arrebentando a caixa torácica. É óbvio que não precisa muita coisa para me enlouquecer quando o assunto é Leonard Vargas. Mas ele não precisa saber disso, é claro. — O que quer comigo?

— Contar sobre meus planos. — diz, simples. Lhe dou um rápido olhar, completamente confusa. Desde quando ele começou a partilhar seus planos comigo?

— Bom, antes disso acho que preciso de mais respostas. — digo assim que atingimos o topo da escada. A mão esquerda de Leon empurra as portas duplas e todos os olhares recaem sobre nós dois como se estivéssemos em um filme e fossemos o casal protagonista.

— O que quer saber, dondoca? — ele sussurra com um sorriso de canto, admirado e observando tudo ao nosso redor. Leon é um exibicionista e tudo que ele mais ama é essa atenção absurda que recebe de desconhecidos.

— O que é essa carta que Avery falou ontem? — pergunto.

Leon puxa o ar com força e solta lentamente pela boca entreaberta. Sinto seus dedos intensificarem o carinho sobre minhas roupas conforme ele começa a pensar no assunto. Posso apostar minha mão que isso irrita-o, mas ele jamais vai dar o braço a torcer. Não quando ele pode estourar a cabeça de alguém para aliviar a tensão.

— Faz duas semanas que recebi uma carta anônima com recorte de revista. — conta. — Nela dizia que estava sendo roubado, debaixo do meu próprio nariz, por pessoas que confio. Óbvio que pensei no gerente, Avery, o cara é meu braço direito desde sempre. Mas, quando investiguei mais a fundo, percebi que não. Meu pai tinha seus contatos, mas Avery sempre foi muito fiel a mim e nossa família. Ele é mais Vargas do que meu próprio pai.

— E então? — instigo. Estou curiosa, não posso negar. Se não é o cara que cuida da finança, então quem pode ser? E como e porque foi tão descuidado ao ponto de avisarem Leon sobre o roubo? — Espera, ele falou sobre a Camille, não foi?

— Falou, mas não acredito nisso. — diz. — Muito menos na Claire ou na tia Chelsea.

— Então quem?

Questiono.

Leon me dá um rápido olhar e um sorriso de lado aparece em seus lábios. Voltando a encarar a multidão, ele para em frente ao meu armário, deixando-me de costas para a parede, obrigando-me a encará-lo.

— É o que vamos descobrir. Tia Chelsea jamais colocaria os filhos em perigo. Camille é tão devota a essa família quanto eu. — pondera sobre o assunto por alguns segundos, dizendo por fim. — Hoje.

— O que?

— Vamos descobrir hoje.

— Como?

Como se estivesse sendo espionado, Leon sonda por cima dos ombros e aproxima seu corpo do meu. Seu tronco gruda no meu, sua respiração choca-se contra meu rosto conforme ele respira, deixando-me sentir seu cheiro de perfume e banho. E claro, seu hálito de menta.

Meu pulso acelera. Quero me afastar, dizer que é errado, mas quando dou por mim estou desencostando as costas dos armários para ficar mais próxima ainda de seu calor.

— Pelo que fiquei sabendo, meu Casino vai ser infiltrado hoje. Deixei tudo certo e combinado com Avery. Mudei alguns seguranças, coloquei apenas gente de confiança. Homens que eu sei que dariam a vida pela família. — diz. — Rebecca, Macarena e… Federico vão estar lá também.

Quando ouço o nome do meu irmão sinto que meu peito para. Meu ar se torna pesado e denso. Por que Federico está se colocando na linha de frente. E o melhor, por que ele morreria pela família de Leon? Por que não contamos mais segredos um para o outro?

— Não pode deixar ele lá, Leon. — sussurro. Sinto seus dedos percorrendo meu rosto com agilidade e só então me toco que estou chorando. Lágrimas silenciosas rolam por meu rosto lentamente enquanto processo o fato do meu irmão estar se colocando em um combate na linha de frente.

— Ele é bom, dondoca, muito bom. Nada de ruim vai acontecer. — diz em um sussurro.

— Você não pode me prometer isso. Não pode. — choramingo. Agarro o colarinho de sua camiseta branca e olho no fundo de seus olhos. — Não posso perder ele também. Não depois de tudo o que aconteceu.

— Não vai. Eu te prometo. — ele diz. Sinto firmeza em suas palavras e quase acredito, como se Leon fosse capaz de protegê-lo mesmo. A verdade é que meu irmão está se perdendo pouco a pouco depois da morte de Ludmila, e a única coisa capaz de fazê-lo sentir-se vivo é estar em perigo. Sentir adrenalina. — Dondoca, você confia em mim?

— Confio. — respondo de imediato. Sinto seus dedos segurando meu queixo e sua mão pousar sobre minha nuca com delicadeza. Leon move meu rosto para mais perto do seu e com gentileza toma meus lábios nos seus em um beijo calmo.

Queria poder afastá-lo dizer que isso é errado e não podemos, mas meu corpo está tão entregue, assim como minha mente e coração, que não consigo me conter. Passo as mãos por seu pescoço e aprofundo o beijo, deixando que ele passe suas mãos por meu pescoço, desça por minhas costas e relaxe sobre minha cintura.

Seus lábios tão macios exploram os meus com calma e a maestria que só ele tem.

Leon afastou nossas bocas e grudou sua testa na minha, encarou-me nos olhos e abriu o sorriso mais lindo que eu já vi em toda a minha vida.

— Então confie em mim quando digo que tudo vai dar certo. — diz. — Eu jamais mentiria para você.

— Já mentiu. — minha resposta parece pegá-lo de surpresa. Sua expressão varia em todas as possíveis até atingir a diversão. — Disse que não voltaríamos a ficar juntos e aqui estamos.

— Você também disse que jamais cederia para mim. — devolve com um riso. Seus dedos afastam uma mecha de cabelo de meus olhos e coloca-a atrás de minha orelha novamente.

— Não podemos. — sussurro.

— Não. — concorda com um aceno. — Mas se ninguém nos ver, então… — ele aproxima seus lábios de meu ouvido e diz: — Então não aconteceu.

Rio de seu comentário e concordo com um aceno.

— Você sabe do plano, Leon.

— Você sabe que todo plano tem sua exceção. — diz com diversão. — Eu não aguento mais te ver e ficar tão longe.

Estou pronta para responder quando vejo as portas se abrindo e nossos amigos entrando. Empurro seu peito com força e rapidez, desvencilhando-me de seu corpo, e dando-lhe as costas.

— A gente se vê na festa, dondoca.

E com isso ele se vai me deixando com a terrível sensação de ausência. Só Leon é capaz de me preencher com todo seu amor e me esvaziar de tudo que é bom quando se vai.


Notas Finais


xoxo sz


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