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História After You - Terceira Temporada - Rebecca?



Capítulo 31 - Rebecca?


Owen achou graça da falta de paciência da esposa, mas assumiu o controle e saíram dali. A estrada até o bangalô estava cheia de buracos. No balançar do carro, Owen teve um pressentimento ruim.

- Podíamos transar no carro mesmo...

- Olha o tamanho da minha barriga, Owen. Sem chance!

- Dá para você sentar... ah, tive uma ideia...

- Não, quero ir para o bangalô!

- Já estamos indo. Mas bem que você poderia começar tirando a roupa agora...

- Não, só lá.

- Claire, estou tentando sair do clichê, mas você não quer...

- Owen, só vamos transar. Não quero tirar minha roupa aqui.

- Ok...

Claire suspirou e colocou a mão sobre a dele.

- Desculpa meu amor...

- Tudo bem, eu esqueci de como você gosta das coisas. Prometo ser normal, não esqueço mais.

Ao chegarem, Owen apenas abriu a porta para ela e adentrou a velha casa. Estava com um cheiro insuportável de mofo. Então, a primeira coisa que fez foi abrir as pequenas janelas.

- Lar doce lar.

Claire estava parada de pé com os braços cruzados.

- Acho que foi uma má ideia vir para cá, está com um cheiro insuportável.

- Desculpe madame, se o quarto não está a altura... Já disse que está bonita essa noite? - Estende a mão para ela.

- Não, não disse...

- Como não? Esse vestido realçou seus olhos. Que também são lindos.

- Obrigada... - sentou suas bochechas corarem.

- Quer dançar?

- Quero. - Aceitou um pouco sem jeito.

Owen trouxe a ruivinha sem jeito para bem perto dela - O máximo que a barriga permitia. Colocou o braço direito dela sobre o ombro e segurou-lhe a mão esquerda.

- Uma pena não termos uma trilha sonora agora...

- A nossa trilha sempre será a nossa música do casamento. - sorriu.

- Hmm... - Owen tomou a liberdade de beijá-la várias vezes durante a pequena dança. Até ela reclamar que os pés estavam doendo.

- É uma pena, queria dançar mais com você... - disse enquanto se sentava no sofá.

- Tudo bem... vamos ver algum filme se quiser. - Sentou ao lado dela, ligando a TV.

A pequena mão da ruiva, começou a acariciar a coxa dele. Owen olhou ela de canto de olho. Claire deitou a cabeça em seu ombro e foi subindo as carícias. Passando a mão em seu membro por cima da calça.

- Hmmm... me diz, eu limpei bem aquele chocolate?

- Foi perfeito... - sua voz saiu ofegante, cheia de desejo.

- Que pena então, achei que tinha que ver se eu limpei direito...

- Mas pode ver se limpou...

- Me mostra então, ruiva.

Ela abaixou as duas alças do vestido, deixando os seios fartos a mostra. A partir daquele momento, Owen ficou louco. Era evidente a forma sedenta como ele a olhava, como se visse uma deusa grega esculpida em diamante. Owen os tocou quase como se tocasse algo imaculado e muito sensível. Eles estavam bem maiores do causa da gravidez, e ambos sabiam que estavam cheios de leite. Porém, Owen apertou um deles para ver se saía alguma coisa.

Claire riu colocando a mão sobre a dele.

- Não vai sair nada, meu amor... só quando o Oli nascer...

- É que me lembro que quando estava grávida da Cla, eu tive uma ótima experiência... - Disse levando a boca a um deles, sem quebrar o contato visual.

Claire arfou agarrando os cabelos dele.

- Isso é tão gostoso... - mordeu o lábio inferior.

Owen continuou por longos minutos, até que mudou para o outro seio os deixando avermelhados. Depois foi descendo pela barriga, onde tirou o resto do vestido e espalhou beijos na parte interna da coxa dela. A ruiva abriu mais as pernas, sentindo uma onda de prazer percorrer seu corpo, sua intimidade ficou encharcada na hora.

- Oh baby... - gemeu manhosamente.

Em resposta, suas carícias ficam mais ousadas e ele a pressionou contra o sofá, sem deixar de tomar cuidado com o volume considerável de sua barriga. Owen estava nu e Claire era capaz de sentir o quanto ele a desejava, se avolumando a medida que a explora com suas mãos ávidas cada pedaço do corpo dela, como a confirmar sua propriedade.

- Acho que não dá para fodermos no sofá... por alguns meses pelo menos. - Sorriu com a pequena observação enquanto içava a ruiva nos braços para o quarto. Queria ela confortável o suficiente.

Então, ele senta-se na beirada da cama, afasta os cabelos vermelhos da nuca da esposa e começa a beijá-la, enquanto uma de suas mãos passeia livremente pelas costas dela até se depositar em seu bumbum, passando a apertá-lo com vontade. Claire, sem conseguir reagir, encosta a cabeça no ombro do marido, de olhos fechados, apenas se concentrando em sentir a boca quente do homem que beijava seu pescoço, sugando-o. Sua pele estava arrepiada pelas gotas de suor que estavam esfriando pelo contato de seu corpo com o vento úmido e gelado que adentrava pela janela. Mas ela nada sentia, apenas o fogo que corria por suas veias do desejo de que ele a tomasse para si.

Uma urgência os toma e Owen não é capaz de esperar muito mais. Ele precisava tê-la, fazê-la sua logo. Colocou Claire de quatro sobre a cama, apoiada com a ajuda de alguns travesseiros. Não era mais possível esperar e ele a penetra por trás, fazendo-a gemer. Mais tarde eles teriam tempo para mais carícias. Se fosse por seu desejo, a noite seria longa e não acabaria só naquela cama.

Por um momento Owen fica parado, apenas aproveitando a sensação de estar dentro dela, de sentir o calor úmido de sua cavidade que o recepcionava tão bem. No desejo, ele agarra os longos e sedosos cabelos dela, fazendo-a arquear ainda mais para si, enquanto começa a se mexer vagarosamente dentro dela, retirando seu membro e recolocando com força.

O vigor de suas estocadas estava a deixando louca, estimulando ao máximo seu ponto de prazer pelo forte roçar do pênis do marido. Como Claire gostava quando ele demonstrava a força de sua virilidade e a subjugava. Ela nunca seria capaz de desejá-lo tanto, de amá-lo tanto se ele não fosse maravilhoso em todos os sentidos. Nos braços dele, a poderosa gerente de operações, forte e dura para todos que a vissem administrando o resort, se tornava cativa, presa pelas amarras invisíveis do amor.

Os movimentos se tornam cada vez mais rápidos, até que os dois não foram capazes de ouvir mais nada, nem os gemidos que saíram de suas bocas entrecortados pela respiração ofegante, acompanhando as fortes batidas de seus corações. Os dois chegam ao clímax e ele despeja, mais uma vez, uma parte de si nela, enquanto ela geme alto de prazer.

A tempestade de paixão passa e os dois começam a escorregar devagarzinho até o colchão. Owen acaba por se deitar e a puxa para si, acomodando-a em seu corpo. Prontamente, Claire se enrosca nele, passando levemente a mão pelos fortes músculos de seu braço, enquanto encosta a cabeça em seu tórax, de olhos fechados, sendo embalada pelo som das batidas do coração do marinheiro. Logo o pequeno Oliver começou a dar sinal de vida, com seus pequenos e leves chutinhos.

- Acho que o Oliver sentiu alguma coisa... Meu Deus, Claire... - Owen murmurou com cautela, depois começou a falar suas idiotices rotineiras. - Desculpa filhão, o pauzão do papai te incomodou?

Claire riu dando um tapa de leve em seu braço.

- Para com isso amor, você sabe que não tem nada haver...

- Então por que ele tá se mexendo? - Murmurou preocupado. - Meu Deus, desculpa Olie... desculpa o papai, é que a mamãe é tão gostosa... - Abraçou a barriga dela todo palhaço.

A ruiva puxou de leve o cabelo dele em reprovação.

- Amor, já passamos por isso na gestação da Cla. Sabe que não tem nada haver.

- Você acha que não tem nada haver... - Disse se fingindo de bravo, em seguida a desafiou: - Já que não tem nada haver, vem sentar aqui como prometeu...

- Aaaah... - sorriu de canto. - Acho que vai ter que fazer todo o trabalho, já que estou tão molinha... - virou de costas o provocando.

- Você disse que ia fazer, Claire... - Resmungou apertando-lhe nas nádegas. - Ou cavalga ou me dá esse bumbum…

A ruiva fingiu estar dormindo. Inconformado com a situação, Owen usou da força para erguê-la e colocá-la sentada sobre si, depois encaixou-se até a metade.

- Você não me engana, Claire Dearing Grady...

Claire cravou as unhas no ombro dele com força.

- Você é vem abusado sabia? - deixou escapar um gemido.

- Estava fingindo que estava dormindo?

- Sim... - sussurrou. - Gosto quando me pega assim, com vontade...

- Ah, é mesmo? - Segurou os seios dela com as duas mãos enquanto movia o quadros sutilmente para ajudá-la. A gravidez tinha suas vantagens afinal: O peso do corpo dela tornava a penetração ainda mais forte e intensa. Owen podia sentia claramente a carne dela se abrindo e o membro duro como ferro tocá-la até seu limite.

Owen fechou os olhos e concentrou-se em dar o máximo de prazer para ela. Só de pensar na longa semana que ficaria fora de Nublar, deixava o coração dele em pedaços. Mas não quis pensar naquilo, pelo menos naquele instante. Como não tinha como chupar aqueles deliciosos seios redondos e cheios, se conteve em olhá-los pular no ritmo em que ele se embrenhava nas pernas dela com força.

Owen era preciso em cada movimento, cada detalhe. Sabia exatamente o que a esposa gostava e ainda como surpreendê-la.

Claire não desviava um segundo sequer o olhar do rosto perfeito dele. Tentava memorizar cada expressão, cada detalhe que fosso para os dias que estivesse sozinha, pudesse se confortar com aquelas lembranças. Foi quando o loiro deu uma estocada mais forte, que a fez gritar.

- Pode gritar mais, estamos no meio do mato... talvez um braquiossauro do outro lago escute e só. - Owen repetiu a mesma estocada que fez ela gritar, propositalmente. - Não quer sentar de novo?

Claire se apoiou sobre os cotovelos, seu rosto sardento levemente suado fazendo os fios de sua franja grudar em sua testa.

- Cala boca, Grady. E me come com força! - ordenou.

Nem mesmo o próprio Owen Grady em carne e osso acreditou que Claire havia acabado de fazer aquele pedido tão devasso e específico. Mas aquilo o excitou tão grandemente que obedeceu automaticamente. Owen começou a comer ela com tanta força que a velha cama rangeu audivelmente e bateu com violência na parede. Realmente foi um barulhão, Owen acabou ofegando ruidosamente tamanho o esforço e tesão que sentia por aquele mulher. Vê-la daquela forma tal entregue, só para ele era o combustível suficiente para ele gozar todo seu amor dentro dela, mas esperou que ela chegasse primeiro. Aos poucos foi notando os sinais do corpo dela. Os órbitas dos olhos revirando para cima, as pernas perdendo as forças e muito trêmula. Os espasmos de seus músculos internos ao redor de sua extensão e seus gemidos e gritos cada vez mais constantes.

- A-assim ruiva? - Embora tivesse feito uma pergunta, não esperava pela resposta. Afinal, a resposta estava no corpo e expressões dela.

Nos segundos seguintes, Claire jogou a cabeça para trás gritando por seu nome. Amolecendo logo depois de gozar deliciosamente com o amado. Owen seguiu ela em um orgasmo furioso, gozando logo depois. Porém, continuou comendo ela com força. E isso durou até de madrugada quando Claire reclamou que já estava doendo. Owen fechou a cara olhando o velho relógio de parede quebrado. Realmente era bem tarde.

- Você não sentou o suficiente, ruiva...

Claire riu do comentário do marido e continuaram até gozarem mais uma vez. Ambos estavam exaustos e suados. Deitados com a ruiva apoiando a cabeça em seu peitoral enquanto acariciava se abdômen, ela deu um longo suspiro.

- Que horas vai sair amanhã? - seu tom agora, era mais desanimado.

- Vou durante a noite. Então dá tempo de por a Clarisse na cama e contar uma história. Amanhã cedo vou te apresentar os seguranças novos. - Disse em um tom triste mexendo no cabelo dela, olhando fixo para o teto.

O loiro já tinha viajado várias vezes ao longo daqueles anos, mas em nenhuma delas sentiu o coração demasiadamente pesado como naquele momento. Talvez fosse pelo fato de ter que deixar a esposa grávida de quase sete meses sozinha por quase dez dias. Era como uma eternidade. Sabia que tinha dias que Clarisse não era fácil e a deixava muito estressada. Então combinou com Zia para auxiliar Claire durante a sua ausência. A babá dormiria no quarto de hóspedes, de frente do quarto de Clarisse. Embora já tivesse combinado também com a esposa de que ela ficaria em casa aqueles dias, resolveu confirmar para ver se estavam entendidos.

- Lembre-se de que... nada de trabalho. Pode usar o escritório provisório no nosso quarto, já que o quartinho do Oliver está em obras. Mas só 4 horas por dia, no máximo. Você fica com dor nas costas de ficar naquela cadeira e não vai ter eu para te fazer massagem ou preparar seu banho com óleo relaxante.

Claire deu um sorriso triste e repousou a mão no peitoral dele e ergueu a cabeça para olhar seu belo rosto.

- Amor... não vai... - pediu com os olhos marejados.

- Não vou porque eu quero. Eu vou por que preciso, gatinha. - Owen depositou vários beijinhos pelo rosto úmido de suor e lágrimas. - Eu te amo mais que tudo nesse mundo... A Tyna vai junto comigo. Então você não terá minha assistente pessoal emprestada.

Ela deu um longo suspiro, onde mais lágrimas escorreram por seu rosto.

- Eu também te amo mais que tudo... não vou aguentar esses dias sem você. - soluçou escondendo o rosto em seu peitoral.

- Oh babe, não torne as coisas mais difíceis.

Por mais que tentasse, Owen não conseguiu fazer ela parar de chorar tão cedo. Ela acabou pegando no sono enquanto as lágrimas teimosas lhe escorriam pelo rosto salpicado de sardas, que Owen incansavelmente apreciava contar. O casal acabou tendo que sair da cama por volta das oito da manhã, tomaram banho juntos, vestiram-se e foram tomar café no Starbucks. Depois rumaram para o Centro de Segurança onde Owen apresentou a equipe de seis seguranças pessoais que ficariam na cola dela, Zia, Clarisse e Emma durante os dez dias.

- Isso é desnecessário. - a ruiva reclamou, enquanto iam para o centro de inovação.

- Meu amor e cuidado por você nunca serão desnecessários. - Pegou a mãozinha dela a levando até os lábios. - E não faz esse bico, Clarisse adulta.

Ela acabou rindo revirando os olhos.

- Amor, sabe que não gosto de pessoas invadindo meu espaço...

- Claire, eles não vão se sentar na mesa com vocês para jantarem e nem dormir no chão do lado da sua cama. Nem vigiar enquanto toma banho. Até parece que eles vão fazer isso... Já disse. Eles vão ficar na porta. Saiu de casa para levar o lixo? Vai um. Vai até o mercado? Vai um atrás. Se precisar revistar um lugar antes de você entrar, eles irão.

- Eu sei... - se soltou da mão dele e entrou no elevador. - Eu só não queria ficar sem você. - disse sem olhá-lo.

- Estou indo por necessidade, não porque eu quero. Não quero deixar a família do funcionário morto desamparada financeiramente. Não quero que eles nos processem... Então reze para eles aceitarem o acordo com os advogados. Nosso parque não precisa de mais uma impressão ruim, meu amor... - Owen disse tudo enquanto a encostava no parede de metal do elevador, a fazendo olhar nos olhos dele.

Claire o olhou nos olhos, podia sentir seu hálito quente e refrescante. Suspirou sentindo seu perfume amadeirado. E céus, como aquilo a deixava louca.

- Droga, Grady. - resmungou sentindo suas pernas bambear com tanta aproximação. - Por que tem que estar certo?

- Porque eu sempre estou certo... - A beijou quando Tom e alguns homens importantes entraram no elevador.

O moreno pigarrou.

- Bom dia.

Com o susto, Claire acabou mordendo o lábio inferior do marido. Owen resmungou de dor, tocando o pequeno ferimento na boca. Ela encarou o marido, como se pedisse desculpa com o olhar.

- Bom dia a todos. - A ruiva respondeu se recompondo e passando a mão nos cabelos.

Owen disfarçou e começou a olhar atravessado para Tom, como de costume. Depois olhou para a esposa como se tivesse visto um demônio dos mais vulgares, e murmurou:

- Ele é patético...

Claire se segurou para não rir ignorando o comentário.

- Não sabia que estava em Nublar. - comentou para Tom.

- Vou passar alguns dias aqui, tenho algumas coisas para resolver. - respondeu gentilmente como sempre.

Owen fechou a cara na hora.

- Infelizmente essa Ilha anda muito mal frequentada ultimamente.

Claire deu uma cotovelada nele, até que a porta do elevador abriu e ela saiu andando na frente. Ele seguiu ela igual um cachorrinho.

- Amor, sua bunda vista por trás fica ainda mais gostosa...

Claire parou de costas para ele, pegando alguns papéis em sua mesa e aproveitando para empinar mais o bumbum.

- Aproveita, já que vai ficar um bom tempo sem vê-la.

O marido que não era bobo nem nada, a pegou por trás acomodando o membro entre o bumbum dela.

- Isso é um convite pra eu te comer por trás ou o que?

- Talvez... - se esfregou nele. - Mas só quando voltar. - se afastou indo se sentar em sua cadeira.

- Está falando sério ou está brincando?

Ela o encarou de um jeito sedutora.

- Eu pareço estar brincando?

Owen estava chocado. Mas não pretendia irritá-la, ou ela mudaria de idéia. Tratou de tratá-la como uma rainha pelo resto da tarde, fez tudo o que ela queria sem reclamar. E no final do dia, a levou para casa.

Clarisse estava de calcinha e duas chiquinhas no cabelo, pulando no tapete, enquanto Zia juntava os brinquedos espalhados e Emma servia o jantar.

Claire deu um beijo e um abraço na filha como de costume quando chegava e foi para o quarto. Não queria que a filha a visse chorando. E a cada minuto que se aproximava da viagem de Owen, mas sensível a ruiva ficava.

O marido ficou com Clarisse durante as próximas horas, também iria sentir muita falta da pequena e das suas risadinhas.

- Vai cuidar bem da mamãe?

- Sim, sim papai!

- Boa menina. Confio em você.

Claire apareceu um tempo depois na sala.

- Sua mala está pronta...

- O que? Você arrumou minha mala? - Questiona erguendo-se do sofá com Clarisse no braço.

- Sim... não ia deixar você viajar só com aquela malinha.

Os olhos verdes da ruiva, estavam bem vermelhos e inchados.

- Ah babe... vem aqui... - Abriu o outro braço para recebê-la.

A ruiva foi sem pensar, abraçando os dois.

Os três ficaram o restante de horas que sobraram juntos. Como uma verdadeira família. Se divertiram fazendo perguntas para Clarisse, e também se divertiram com as respostas inusitadas da criança. Deram banho juntos na pequena e deram seu jantar, depois a colocaram na cama.

Foi quando Owen vestiu uma fantasia de pirata e narrou uma historinha para dormir bem diferente. Clarisse se divertiu a beça, achou o máximo. Porém, não demorou a dormir abraçada em seu dinossauro surrado de pelúcia.

- Boa noite, bebê. Te amo. - Murmurou Owen com o coração pesado, apoia beijá-la no rostinho rosado.

Claire o abraçou por trás, depositando um beijo carinhoso em suas costas.

- Ela vai sentir falta das suas histórias... a mamãe não é tão criativa assim...

- Acho que ela é mais criativa do que pensa ser... - Segurou as mãos dela, quando disse relutante. - Odeio ter que dizer isso, mas tenho que me vestir para sair...

- Está bem... – disse triste.

O loiro a carregou para o quarto, todo carinhoso com ela.

- Quem é a gravidinha mais linda?

- Você me acha linda, porque me ama. - beijou o lóbulo da orelha dele.

- Eu já te achava perfeita antes mesmo de aprender a amar você. - Owen a colocou sentada em um móvel branco, e pegou a roupa que sua "senhora controladora" deixou separado para ele partir, e a vestiu. Depois se perfumou, colocou seu Rolex mais novo no pulso.

Ela deu um sorriso triste.

- Promete que vai me ligar todos os dias? E que vai me mandar mensagem sempre que for em algum lugar... E que vai mesmo voltar no dia 25?

- Vou te ligar sempre amor. Mas lembre-se do fuso horário diferente... pelo menos uma mensagem eu irei mandar. E não esquece dos nudes. - Piscou para ela enquanto calçava o tênis branco.

- Está na hora de ir... - falou com certa dificuldade.

Owen pegou a pequena mala e levou Claire junto até a porta enquanto a enchia de beijos. Estava tentando se manter forte por fora, mas por dentro estava com um sentimento terrível e com o coração em pedaços.

- Hey, olha para mim. Eu te amo. Amo muito. Amo aquela garotinha de pijama verde na cama e esse garotão aqui dentro... - A beijou várias vezes na barriga, subindo para o rosto dela. - Vocês são tudo o que eu tenho. Nenhum dinheiro no mundo faz minha cabeça, quando sei que tenho os três amores da minha vida bem e felizes.

Estranhamente, aquela noite Oliver não se manifestou apesar dos estímulos do pai.

- Está vendo, até ele sabe que você está indo... - disse aos prantos, passando a mão pelo rosto todo vermelho.

- Por favor, não torne as coisas mais difíceis. - Owen abriu a porta se deparando com o segurança responsável por vigiar a porta. O homem de feições latinas e pele morena acenou respeitavelmente com a cabeça para os patrões, enquanto Tyna surgiu do elevador social para apressar o chefe.

Owen tentava a todo custo fazer a esposa parar de chorar. Em vão. Mas não teve tanto tempo para isso, estavam em cima da hora. Deu um último beijo demorado em seus lábios rosados e salgados pelas lágrimas abundantes.

Então, Owen Grady se foi.

Claire fechou a porta e foi para o quarto, não conseguia explicar o que estava sentindo. Era como se estivessem arrancando o seu coração. E de fato, estar longe de Owen, era como se nada mais pudesse a fazer feliz.

Após tomar um banho para tentar relaxar, ela foi se deitar. Nunca imaginou que seria tão terrível dormir naquele quarto sem o marido. Sentia-se solitária como antes de conhecê-lo. Já se passava de uma da manhã, quando finalmente foi vencida pelo cansaço e adormeceu abraçado ao travesseiro dele.

*

Pela manhã já estava de mal humor, ter que acordar sem o bonitão ao seu lado a deixava irritadiça.

Pegou o celular e mandou uma mensagem para o ex-treinador:

Provavelmente ainda deve estar dormindo, mas só gostaria que soubesse o quanto me faz falta.

Te amo meu Tarzan!

Sua Claire”

Algumas lágrimas se formaram, então tratou de levantar. Ia levar Clarisse para escola.

- Mamãe, quando o papai volta? - a pequena perguntou quando a mãe se abaixou para dar um beijo e se despedir. Estavam na entrada da escolinha.

- Em breve, meu amor. - a beijou na testa. - Sei que já está com saudade dele, a mamãe também está. Mas até ele voltar, nós duas vamos aproveitar e brincar muito... - tentou soar mais animada.

- Ebaaaaaa... - Gritou empolgada e após dar um forte abraço na mãe, foi com a professora para dentro.

Um dos seguranças ficou lá, para proteger a pequena. Enquanto dois seguiram a ruiva até o mercado e depois até em casa. Ela sabia que só estavam fazendo o trabalho deles é o que o marido havia ordenado, mas aquilo a estava incomodando.

No dia seguinte, decidiu que iria para o escritório. Assim se distrairia um pouco e não pensaria no quanto sente falta daquele pedaço de tentação.

Ao sair pela manhã, lá estavam eles. Pareciam mais um enfeite de decoração, pensou. Então os cumprimentou e segiram até o prédio. E foi assim pelo resto do dia, onde ela fosse, estava aquelas sombras atrás dela. Era quase fim da tarde quando chamou os dois em sua sala.

- É o seguinte. Sei que o senhor Grady está os pagando para me proteger. Mas amanhã sairei com algumas amigas e gostaria que não estivessem atrás de mim... - mentiu.

- Mas senhora, seu marido nos proibiu de deixá-la sair sozinha. - um deles falou.

- Eu sei o que ele mandou. Mas vai ser apenas por um dia, o que poderia acontecer? E além disso pagarei uma boa quantia para não contar isso ao meu marido... - entregou um envelope para cada um e ao abrir, arregalaram os olhos com a quantia. - Estamos de acordo? - indagou autoritária.

- Sim senhora. - os dois responderam.

- Ótimo! Mas quero que a segurança da minha filha, da Zia e da Emma, continue.

Eles assentiram, saindo logo em seguida. No fundo Claire sabia que se Owen descobrisse o que acabou de fazer, não ia perdoa-la. Mas ser seguida daquele jeito era terrível. Sim, talvez ela não estivesse pensando direto. Mas naquele momento, sentiu um pequeno alívio em não ter que ver aqueles dois. Mesmo que por um dia.

*

Aquele dia foi razoavelmente tumultuado de breves reuniões importantes e fatídicas visitas de investidores suecos e árabes. Para todos os efeitos, Claire Dearing Grady estava bem grávida, e andar de um lado para o outro era mais do que cansativo. Obviamente, contrariando todas as recomendações do marido de ficar em casa e descansar, e pior ainda, dispensar os seguranças que Owen escolheu minuciosamente bem. Era o segundo dia em que o marido estava ausente e Claire trabalhando por vontade e teimosia próprias.

Apesar de toda a burocracia infernal em Nova York, Owen tentava se mostrar presente e cuidadoso em suas raras e breves ligações no horário de almoço. Mas aquele dia, Owen Grady não ligou.

No lugar de Tyna, Claire tinha pegado uma funcionária temporária de feições tímidas e muito desajeitada. Era o que a ruiva tinha, afinal.

*

Eram sete da noite quando Claire decidiu que era hora de voltar para casa. Sentia sua lombar latejando e um grande peso nos quadris, pelo tempo que ficou sentada atrás daquela mesa imensa do escritório.

Quando a ruiva abriu a porta carregando algumas pastas repleta de relatórios semanal, assustou-se com um homem parado feito estátua em sua porta. Muito bem vestido, terno alinhado e com um crachá identificando-se como segurança pessoal. Claire tinha absoluta certeza que tinha deixado claro que não queria ninguém a vigiando 24 horas por dia. Porém, analisando bem o moreno de feições latinas e sotaque, notou que não era um dos seguranças que ela havia subornado para a deixarem temporariamente em paz.

"Ah não!"

- Senhora Grady... - Fez um sinal de cumprimento respeitosamente com a cabeça.

- Não me lembro de ter contratado algum segurança...

- Ordens do senhor Grady, senhora. Ele acabou de me ligar, tive que vir imediatamente assumir meu posto e me pediu que levasse a senhora para casa em segurança.

Claire viu-se em um beco sem saída. Já não bastava sua consciência pesada em quebrar a confiança do amado, fazer aquilo por uma segunda vez não parecia ser a melhor opção.

Contrariada, a ruiva o seguiu até o carro, onde entregou a chave para o segurança, que logo assumiu o volante. Claire estava tão concentrada em rever e organizar as papeladas em sua parte, que a princípio não notou que o rumo do caminho se tornou diferente, embora ela conhecesse aquele percurso.

- Senhor...

- Hernández. Senhor Hernández, senhora.

- Para onde estamos indo? - Inquiriu, brava.

- Oh, me perdoe senhora Grady. O senhor seu marido me avisou que era para deixar a senhora na casa de praia de vocês. Sua filha e suas funcionárias já estão lá, esperando pela senhora.

Naquele momento, Claire se encontrava irritada mais que o normal. Como Owen ousava decidir até onde ela ficaria? Aquilo era muito injusto, e ela não teve outra saída a não ser engolir seu orgulho e esperar chegarem.

*

Ao chegarem lá, o segurança Hernández subiu com a coisas de Claire para o quarto. A casa estava silenciosa.

Claire sentou-se no confortável sofá felpudo quando Emma apareceu com a aparência bastante cansada. Uma vez por semana, Emma era paga para limpar a casa de praia dos patrões, e naquela ocasião, era esse dia. A mais velha subiu avisando que precisava de um banho para ir embora. Claire disse que subiria logo em seguida, preferiu relaxar um pouco no sofá até sentir a circulação das pernas voltarem ao normal. Coisa de grávida. Quando sentiu-se levemente recuperada, subiu para seu quarto.

Quando abriu a porta, Claire sentiu um choque percorrer-lhe todo o corpo. Emma estava deitada no chão perto da cama, Hernández bem ao seu lado, olhando-a sério e com frieza.

- O quê? - Sua voz vacilou, Claire hesitou, não sabia o que fazer. Como reagir? Emma estava desmaiada no chão do quarto dela.

De repente, a ruiva notou uma terceira pessoa no cômodo. Ela veio do banheiro, toda saltitante, vestindo uma das roupas da própria ruiva.

- Pode sair Hernández, leve a velha com você! Faça-a ficar quieta. Eu cuido da Senhora Grady. - Sua voz tinha um tom doentio assombroso.

Claire queria gritar, mas não sentia sua respiração, queria correr, mas suas pernas não respondiam, estava paralisada. A ruiva assistiu Hernández erguer Emma do chão, ela estaria machucada? O latino a moveu sem a menor delicadeza, passou por Claire com Emma sobre os ombros.

- O que ele vai fazer?

- Não se preocupe, ela só está dormindo. Clorofórmio. Ela não é uma prioridade, na verdade é um efeito colateral, eu não a esperava aqui, o clorofórmio era para você, mas foi até melhor. Entra! - Ela pediu apontando o centro do quarto. Claire deu um passo para trás e a mulher veio em sua direção com olhos fulminantes. - Entra!!! - Rosnou raivosa e a ruiva entrou, sentindo todo seu corpo tremer. Claire Dearing ouviu a porta bater atrás de si.

Ainda confusa com o que estava acontecendo ali. Olhou para a mulher procurando respostas.

- O-o que está acontecendo aqui? - gaguejou.

- Não está me reconhecendo? Eu já tinha conhecimento que você era burra, mas nem tanto... - Cuspiu em um tom de completo desprezo. - Olha bem para mim, sua idiota! Surpresinha!

Claire encarou a ex-assistente pessoal.

- Não estou te entendendo, Rebecca. - deu um passo para trás. - Por que tudo isso?

Devagar, Rebecca olhava-a com uma mescla de malícia e ódio. Ela caminhou ao redor da ruiva, a observando.

- Sabe Claire, eu até me conformava com o fato do Owen seguir em frente e se casar com outra. Mas pensei que ele fosse se casar com uma mulher de verdade. Mesmo que tomasse meu lugar, mas uma mulher. Culta, serena, simples. Eu realmente não ligaria... Mas aí descobri que meu ex-noivo virou um herdeiro multimilionário... - Arregalou os olhos, dramática. - Então seu único erro talvez, foi ter tirado Owen de mim. Mas olha para você. - Ela acenou para Claire. - Fútil, uma garota em todos os sentidos da palavra, mimada, egoísta, cheia de verdades hipócritas. Certamente Owen merece alguém melhor. Aposto que já ouviu muito o Owenzito falar de mim durante todos esses anos... A falecida esposa...


Notas Finais




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