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História Against all odds (malec) - Suspeitas parte 02


Escrita por: ClauhMalec

Notas do Autor


Oi

Capitulo pequeno porque ele é a parte final do capitulo anterior.

Boa leitura!

Capítulo 39 - Suspeitas parte 02


— Magnus Bane —

 

É de manhã.

 Eu olho pela janela e lá fora as luzes artificiais começam a se apagarem, dando espaço para o brilho de um tímido sol escondido atrás de escuras nuvens de chuva. Ao que parece o dia será chuvoso e frio. Ótimo! Odeio os dias chuvosos.

 Eu estou acomodado em uma poltrona muito desconfortável, enquanto mexo ansiosamente em meu celular desejando que as horas passem mais depressa, e que esta angústia que toma conta do meu peito desapareça... Ficar no celular não foi uma boa ideia, aparentemente uns paparazzi estúpidos conseguiu uma foto nossa enquanto saímos da boate hoje de madrugada, e as noticias falsas surgem aos montes nos site de fofocas. Fico cheio de raiva, mas me obrigo a pensar racionalmente, eu não quero Alexander exporto a toda essa sujeira, então mando um e-mail para Ragnor explicando a situação, não posso lidar com isso agora, mas sei que meu amigo fará tudo o que for possível, e vai lidar com esses abutres da imprensa da melhor forma possível. Quando confirmo que o e-mail foi enviado, eu bloqueio o telefone, não espero uma resposta imediata, ainda é muito cedo.

Esfrego meus olhos para espantar o sono que me domina, dormi por pouco mais que duas horas, mas na realidade parece que estou há dias sem dormir, minha costas doem, e uma insistente dor de cabeça que ganha força a cada hora me incomoda bastante.

Fecho os olhos por um momento, quando volta a abri-los, levo minha atenção para Alexander, ele está deitado na cama parecendo mais pálido e frágil que o normal. Levanto-me e aproximo da cama, guardando meu celular no bolso de trás. Ficar sem saber o que está acontecendo com ele me deixa apreensivo e angustiado... Seguro sua mão e faço um carinho leve em seus cabelos.

 Vai estar tudo bem com você, meu amor! Repito ansiosamente essas palavras com toda fé que tenho... Tem que está.

Meu celular vibra em meu bolso.

Puxo o aparelho do bolso e vejo que é a mãe de Alexander me ligando. Não estranho à ligação, afinal eu havia deixado uma mensagem para ela mais cedo, pedindo que ela retornasse minhas ligações o mais rápido possível.

Saio do quarto, ergo o celular até ouvido ao mesmo tempo em que fecho a porta atrás de mim. Maryse soa como uma perfeita bagunça do outro lado da linha. Ansiosa e assustada. Eu faço o meu melhor para acamá-la. Digo a ela que Alexander foi atendido, medicado e agora está descansando, e que também foi submetido a alguns exames. Após garanti-me que chegará aqui o quanto antes, e praticamente implorar para que eu ficasse com ele até que ela chegasse, ela encerra a ligação. Não existe qualquer possibilidade de eu sair deste hospital sem saber o que está acontecendo com meu Alexander.

Bocejando, eu caminho até a lanchonete.

Peço um café grande e puro mesmo odiando a bebida, preciso de algo que me mantenha acordado, não peço nada para comer, não estou com fome, apesar de já ter passado muitas horas desde minha ultima refeição, meu estômago se agita com a ansiedade crescente. Com meu café quente nas mãos, eu sigo para uma das mesas mais afastadas. No meu do caminho, pelo canto do olho, eu vejo aquele rapaz que estava com Alexander no banheiro da boate, sentado sozinho.

Eu pensei que ele havia ido embora quando Alexander fora atendido.

Mudo meu trajeto e vou até ele. Há um prato com panquecas e um café pela metade, largados na mesa.

— Chris... Posso me sentar aqui? — Pergunto em tom baixo.

Ele ergue a cabeça e olha para mim.

— Fique a vontade. — O garoto murmura dando de ombros.

Sento de frente a ele e tomo um gole do meu café.

 A careta de desagrado é inevitável.

Chris bufa uma risada contrariada.

— Odeio café — comento tomando outro gole.

Chris aperta os lábios, como se pretendesse evitar algum comentário.

Ficamos um minuto inteiro em silêncio.

— Como ele está? — Chris pergunta.

— Dormindo.  — Falo olhando para fora da lanchonete, pingos de chuva começam a bater no vidro da janela. — O médico deve vir mais tarde, com os resultados dos exames. — Volto minha atenção para o garoto na minha frente, ele parece muito cansado e sonolento. — Você deveria ir para casa.

Chris me encara, depois se levanta, concordando. Ele puxa a jaqueta abandonada nas costas da cadeira de plástico e a veste com rapidez.

— Pede para o Alec me ligar. — Concordo com a cabeça.

Catarina aparece logo depois e fica surpresa por eu está aqui. Ela compra um café e se senta a mesa. Nós conversamos por alguns minutos. Eu conto a ela o que aconteceu com meu namorado, e ela faz o seu melhor para me animar depois que percebe o quanto estou assustado e angustiado, trazendo aquele consolo que eu precisava desesperadamente. Ela diz que tudo vai ficar bem, e eu tento acreditar nela porque é o que me resta a fazer. Cat não demora a parti, ela tem trabalho a fazer.

Uma vez que termino meu café eu volto para o quarto.

Alexander já está acordado e revirando uma tigela com salada de frutas.

— Você deve estar puto comigo, não é. — Ele vai logo comentando.

— Ei, claro que não. — Nego me sentando na ponta da cama.

Alexander contou ao médico que o atendeu quando chagamos aqui mais cedo, que as sensações de desmaios e dores de cabeças vinham acontecendo com frequência, entre outros sintomas que deixaram o médico desconfiado e um tanto preocupado. Eu me senti um completo idiota inútil. Eu sabia que havia algo errado acontecendo com ele, então eu deveria te insistido mais para que ele me contasse o que era e deixasse que eu o ajudasse no que fosse necessário.

Pego sua mão e aperto suavemente. Não é hora de lamentações, tudo que eu posso fazer agora é torcer para que esteja tudo certo com seus exames e que isso tudo tenha sido apenas um mal estar momentâneo como Alexander mesmo insistiu que era em Boston.

É isso, pensamentos positivos.

— Prometa-me algo.

— Hum? — Alexander prende o lábio inferior entre os dentes.

— Prometa-me que vai se cuidar e que vai me deixar saber quando algo estiver errado.

— Ok — concorda. — Obrigado por cuidar de mim.

Inclino e beijo sua testa.

— Sempre, meu amor.

Ele me dá um de seus sorrisos brilhantes.

— Não quero mais.

— Coma Alexander. — Peço com carinho. — Você não comeu quase nada. — Aponto o obvio.

E olha pra mim e para a tigela. Então enche a colhe e leva até a boca, mastigando devagar. E continua assim por um tempo, tempo suficiente para que ele coma mais da metade da saldada.

Quando vejo que ele não pode mais comer, eu pego a tigela, e coloco dentro da bandeja, em cima da mesinha.

— Quer um pouco de água?

Ele nega.

— Você pode se deitar aqui... — Alexander abre espaço pra mim na cama.  Deito-me ao seu lado e ele se acomoda em meu peito.

— A Catarina trabalha neste hospital?

— Sim. Conversei com ela na lanchonete. — Conto.

Alexander boceja.

— Gosto dela.

— Ela também gosta muito de você.

— Quando vou poder ir embora? — Ele pergunta. — Não quero ficar aqui, odeio hospitais.

Deixo escapar um suspiro pesado.

— O Doutor Allen, nos informará quando vier aqui, esta bem.  

— Ok — ele murmura. E logo escuto seus adoráveis roncos.

A chuva aumenta lá fora e deixa o dia mais escuro e cinzento.

Quinze minutos mais tarde há uma suave batida na porta e Maryse entra no quarto. Seus olhos imediatamente caem em Alexander adormecido em meu peito. Pisco algumas vezes, eu acho que acabei cochilando. Olho para a Sra. Lightwood. Ela parece que envelheceu uns cinco anos desde á ultima vez que a vi... Seus cabelos negros estão presos em um coque mal feito, e oleiras profundas deixam seu olhar apático e sem brilho.

— Bom dia — ela murmura fracamente para mim.

— Bom dia — respondo sem muito entusiasmo.

Pulo para fora da cama, Alexander permanece dormindo. Recompondo-me, eu saio do quarto, deixando-a com Alexander. Vou até a recepção, preciso de informações, uma moça gentil me informa que Dr. Allen que atendeu meu namorado chegará em breve... Eu fico ansioso, cheio de medo.

Volto para o quarto, encontro Maryse sentada na poltrona desconfortável encarando a chuva lá fora. Eu me sento na ponta da cama.

Juntos nós esperamos em total silêncio.

Não demora muito para que o Dr. Allen apareça e informa que já tem os resultados dos exames de Alexander. Imediatamente, Maryse se põem de pé.

— Bom dia, Sra. Lightwood, sou o Dr. Allen — Eles trocam um breve aperto de mão. O medico olha para a prancheta em suas mãos.

E Maryse olha para seu filho dormindo tranquilamente, alheio a tudo o que acontece ao seu redor.

— La fora, por favor. — Ela diz, sombriamente interrompendo o médico.

O homem acena.

— Me acompanhe, por favor. — Ele diz, movendo-se em direção a porta, deixando a mesma entre aberta.

Permaneço no mesmo lugar.

— Magnus — a Sra. Lightwood chama minha atenção. — Você poderia... — Ela quer que eu a acompanhe.

— Claro! — Me levanto.

Juntos nós seguimos o Dr. Allen até seu consultório. A preocupação agitando dentro da boca do estômago, com todas as possibilidades e noticias que o médico poderia compartilhar. Eu olho para senhora Lightwood e vejo percebo que ela sente o mesmo que eu.

O consultório do Doutor é grande e bem equipado, as paredes pintadas em cores pálidas, igual ao resto do hospital.

— Sentem-se, por favor — o Doutor aponta para as cadeiras macias, enquanto se acomoda detrás da mesa.

— O que há de errado com meu filho Doutor?      Ele vai ficar bem? — Maryse pergunta ansiosamente.

— Temos que fazer mais alguns exames...  Mas... — Eu escuto o médico começar a falar, no fundo, de algum modo, eu sei que as noticias que ele tem para compartilhar não são boas.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.

Beijos... Até o proximo capitulo.


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