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História Agora Eu Sei... Era amor - O Gosto Amargo


Escrita por: Andynyxx e TiaLele

Notas do Autor


/^\~~~/^\
(Q\\W//Q) OIIII GENTE
TUDO BEM COM VCS? :3
Yeeeeeh finalmente conseguimos postar <3 espero que nao tenham falecido durante esse tempinho que ficamos longe <3 akldjaksdjak
ah, recadinho da Tia Lele: ~❤Ola sobrinhos como estão? A tia espera que bem, desculpe eu ter sumido mas saibam que li TODOS os comentários e a mensagens sobre meu aniversario, não esqueci de vocês mas desculpem eu e a Andy por estamos sumidos estamos com alguns problemas nas nossas vidas pessoais, mesmo assim, amamos vcs ❤~
Então é isso, boa leitura <3

Capítulo 12 - O Gosto Amargo


Fanfic / Fanfiction Agora Eu Sei... Era amor - O Gosto Amargo

 

A Fiore Quartz estava num daqueles dias de correria, em que não se tinha tempo nem pra respirar direito -o que me fez agradecer mentalmente por ser meu sábado de folga. Entretanto, Rose sempre conseguia um tempo pra mim, então lá estávamos nós em sua sala que ficava no segundo andar, ao lado da sala de descanso pros funcionários e ao lado da sala onde se guardava o estoque de sementes e coisas pra decoração. Nunca entendi porque a sala da chefe era um cômodo pequeno nos fundos da loja, com flores por todos os lados e uma janela enorme que dava pra ver uma boa parte de Bayswater. Mas se tratando de Rose, nada era muito explicável. Ela estava sentada atrás de sua mesa, e enquanto ela contava o meu pagamento, eu rodava na cadeira, observando as dezenas de fotos de seu filho, Steven, que estavam coladas por todos os lugares.

-Aqui está. -Ela me entregou o envelope pardo com o meu pagamento fixo e mais um pequeno envelope branco que provavelmente continha as comissões dos serviços que eu costumava fazer por fora ou de última hora (quando você tem que sustentar você, seus pais e um gato, todo dinheiro é bem vindo). 

-Obrigada, Rose. -Eu sorri pra ela.

-Como estão as coisas, querida? -Ela olhou pra mim, com seu sorriso terno. Eu suspirei.

-Está tudo bem. Na medida do possível. Tem muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, mas... É, na medida do possível. -Ela ergueu as sobrancelhas e assentiu, percebendo minha evasão.

-Certo. E sobre ela? -Rose abaixou o tom e com a cabeça indicou Pearl, do outro lado da sala, totalmente absorta numa caixinha de música em cima do gabinete, onde uma bailarina azul-claro rodopiava lentamente.

-Ah, Pearl... -Eu mordi o lábio inferior e respirei fundo. -Estamos namorando. -Ela arregalou os olhos por um momento e ficou olhando entre eu e Pearl. 

-Uau. Isso foi rápido. -Eu ergui os ombros e sorri pra ela. 

-Alias, nós viemos aqui justamente pra isso. -Eu levantei e fui até Pearl. -P, vem cá. -Segurei sua mão, ela me olhou desconfiada e ajeitou o cachecol âmbar em seu pescoço. Desde que chegamos, ela nem ao menos havia erguido o olhar pra Rose, e essa me olhou de canto esperando que eu fizesse algo. Agora, quando fui apresentar as duas, Rose vestiu seu sorriso mais gentil e se levantou, saindo de trás da mesa.

-Rose, essa é Pearl, minha namorada. -Eu apontei a ruiva, que lutava pra manter a cabeça erguida, ela mudava o peso de uma perna pra outra e apertava minha mão. -E Pearl, essa é Rose Quartz, minha chefe e minha amiga, mais como uma mãe, ela tem me ajudado muito.

-Poxa, adorei o título. -Rose ofereceu a mão e Pearl olhou para os dois lados antes de segura-la. -Prazer em conhece-la, Pearl. 

-Prazer -Ela assentiu.

-Amethyst me falou de você, quer dizer que estão namorando? -Pearl assentiu, meio corada. Aliás, eu percebi, Pearl era meio quieta e dócil, mas eu nunca a tinha visto corada. Acho que era Rose, com sua beleza e imponência, que sempre tinha esse efeito sobre todos. -E de onde você é, Pearl? -Nos duas nos entreolhamos, Pearl meio trêmula.

-F-França... Paris, mais especificamente.

-Ah, Paris. Lugar adorável. Veio pra cá ha muito tempo? Seu sotaque não é tão forte.

-Nove anos. -Rose levantou o olhar e até eu me surpreendi. Pearl soltou um sorriso fraco.

-Ahn, viemos também por um motivo especial... P? -Pearl, ainda meio sem graça, colocou braço enlaçado no meu. 

-Ahn, Rose, vamos dar uma festa sábado que vem. Queríamos saber se você pode ir.

-Wow, uma festa? -Ela se virou pra mim, sorrindo.

-Éeeeeeh, não é exatamente uma festa, é mais uma comemoração, sabe... Pelo nosso namoro.

-Éeeh -Pearl soltou da minha mão e se balançou de um lado pro outro. -Não é fofo? Ela vai juntar as pessoa que ela mais gosta só pra comemorar que está namorando comigo. -Seu sorriso ia de orelha a orelha.

-Nossa, você está animada hein?

-Claro...É a primeira pessoa que faz isso pra mim! -Ela ainda sorria, percebi que assim colo eu, Rose estava fascinada por seu sorriso.

-Ah ta! Como se você tivesse tido taaaaantos namorados antes de mim.

-É querida. -seu sotaque francês se sobressaiu um pouco. -E muitas namoradas também. -O sorrisinho cínico dela como sempre me desconcertou, Rose deu uma risada baixa que nos trouxe de volta a realidade.

-Claro que vou querida. Vou adorar.

-Otimo. -Sorri pra ela. -Steven e Greg também estão convidados. Não vai ser nada muito grande, mas sua presença é muito importante pra mim. -não percebi que estava expondo sentimentos até Rose ficar meio corada e me puxar pra um forte abraço. 

-Você também é muito importante pra mim, Thyst. -Eu me balancei de um lado pro outro e me despedi com um beijo no rosto. Pearl estava me seguindo quando Rose a puxou e a abraçou com força. Vi o quanto Pearl ficou desconcertada, mas também vi o quanto ela parecia precisar daquilo. Quando achei que elas já estavam demorando naquele abraço, Rose a soltou e piscou um olho, num ato de cumplicidade que eu não pude decifrar.

-Vamos amor. -Ela segurou minha mão me puxando pra fora e só pude ver de relance o sorriso de Rose.

*******

 

-Olha, o que vamos jantar?

-Pff, não to a fim de cozinhar... -Amethyst enrolou uma mexa do cabelo. -Vamos comprar alguma comida pronta mesmo.

-E o que sugere? -Segurei sua mão enquanto andávamos pela calçada.

 -Ahn... Pizza?

-Ah, pode ser. -Eu ri, e ela procurou em volta por uma pizzaria. -Se quiser compra esfirra também.

-Ótimo, podemos ir ali -ela apontou pro outro lado da Rua onde havia um cartaz anunciando promoção de pizzas doces.

-Bleh...Odeio pizza doce. -resmunguei e lembrei do quanto minha mãe ficava feliz comendo uma pizza de brigadeiro, mesmo não podendo de maneira alguma. -Pode ir lá Thyst, eu te espero aqui. -Bom, eu nunca gostei de filas em estabelecimentos então quando ela assentiu e se afastou, eu me sentei, agradecida, num Banco de uma das mesinhas da praça e enfiei a mão no bolso a procura do meu maço.

 À noite o movimento era intenso, porém calmo, as pessoas pareciam não ter pressa pra mais nada além de andar sob a luz branca das luminárias que formavam uma coroa em volta da praça. Me lembro que grande parte da minha infância era andar por essas praças de mãos dadas com minha mãe que conseguia colocar graça até num passeio noturno pelo parque vazio do bairro.

Quer dizer, enquanto eu tinha meus cinco/seis anos, íamos a parques temáticos, shoppings, lojas de brinquedos, museus, teatros, cinema bem diretamente, mas assim que meu pai morreu essas lembranças foram se tornando vagas e dando lugar as noites em que minha mãe me levava pra brincar nos parquinhos nas praças de Paris, ou quando víamos filmes infantis juntas ou brincávamos de castelo encantado nos finais de semana porque em dias úteis eu estava nas melhores escolas, tendo minha vida moldada de aulas e cursos que eram extremamente divertidos pra mim.

Mas eu percebia a tristeza dela.

Minha mãe fez tudo o que pôde e não pôde pra me criar, o tempo todo ela sorria pra mim, mas pouco antes do sorriso, quando ela não estava me vento, eu notava as lágrimas silenciosas. Em noites mais frias e datas especiais, o choro era intenso e alto, mas ela trancava a porta e abafava o choro o travesseiro. Eu sei porque quando ela saia pra ir a cozinha beber um copo de água pra disfarçar a rouquidão, a fronha estava molhada e manchada com lápis de olho preto.

Era nesses momentos em que me sentia mais impotente que um bebê, eu via minha mãe morrendo a cada dia, por mais que ela fingisse que não e só o que pude fazer foi assistir, de longe porque ela não me deixava ajudar.

Ainda assim, foram os melhores dias da minha vida, ainda me lembro quando eu estava assustada e ela me apertava forte nos braços e dizia que não importa o que houvesse, ficaria tudo bem, pois eu era sua perola e era a sua maior preciosidade.

Mas todos os dias da minha vida eu me pergunto: se ela me visse hoje, e todos esses anos que passei aqui, será que eu ainda seria?

Apertei o cigarro pela metade contra a mesa, apagando-o e jogando na lixeira mais próxima, soprando a fumaça que logo se misturou ao vento. O gosto amargo que ficou na minha boca, expressou todos os sentimentos que eu senti por mim mesma enquanto aquelas pessoas passavam por mim.

Eu me perguntava se algum dia esse gosto ia passar.

 

*************************************

 

 

Meu telefone tocou e imaginei que pudesse ser alguém da boate, então atendi sem nem ao menos olhar o número.

-Alô - me apoiei na parede.

-Oii... Sou eu. - reconheci a voz na hora era, Garnet, embora ela estava com a voz mansa e calma - olha antes que diga alguma coisa, quero lhe avisar que não vou mais perturbar seu relacionamento, mas não pense que se livrou de mim... –ela suspirou. –Thys, você é muito u valiosa para mim, então não me leve a mal... – ela ficou em silêncio por alguns segundos.

-Eu te amo Amethys. . . Você é como a irmã que não tenho mais e morro de medo de alguém te fazer mal.

-Garnet olha, eu... - pude escuta-la praticamente chorando do outro lado isso não era o jeito da Garnet, ela realmente não estava bem e eu me perguntei se ela não estaria entrando em depressão ou algo assim. Claro, Garnet era forte, mas era uma pessoa como qualquer outra e desde que ela matou aquela garota por acidente ela não era a mesma.

-Não precisa dizer nada, só espero que me perdoe - escutei o telefone sendo desligado e aquilo me partiu o coração. Garnet era minha família e eu não estava desposta a perde-la.

Mesmo assim, eu ainda sentia confusão pelo que havia acontecido e imagino que Pearl também, por isso antes de chegar até a praça, guardei o celular no bolso e segurei sua mão, como se naquela noite ainda fossemos só nós duas.

 

**********************************

 

 

-Vocês parecem ter se dado bem. Que bom que se gostaram.

-É... -Amethyst arrancou um fio solto do meu casado e eu balancei o corpo enquanto esperávamos pra atravessar a rua. -Ela é legal. E algo em Rose me lembra minha mãe. -Sorri pra ela, que sorriu de volta, depois pareceu divagar em pensamentos, o que me deu uma fisgada no peito. Provavelmente ela tinha se lembrado da mãe.

-Poxa mor, desculpa. Não queria te fazer pensar nos seus pais.

-Não, não, tudo bem. Se quer saber eu já estava pensando nela há um tempo. Agora que recebi o pagamento vou ter que ir a clínica pagar a mensalidade. 
Ela parou de falar, como se não se importasse, mas eu sabia que importava e muito. Suspirei, o lugar onde passamos era cheio de becos escuros, o que me fez infelizmente lembrar de Joseph, Opal e todas as outras pessoas da boate. Meu estômago se contorceu, eu ajeitei o cachecol como se ele pudesse me esconder mais.

-Thyst, vamos mais rápido? Quero chegar logo em casa. -Quando me virei pra ela, Thyst estava escrevendo algo no celular, ela me olhou com uma cara meio debochada.

-Boooom, na verdade, hoje eu preciso fazer uma coisa. Juro que se pudesse eu não faria, mas eu tenho...

-Tem o que, Thyst?

-Tenho que ir a Bloody Fight. -Ela mordeu o lábio, com uma cara de culpa como se estivesse dizendo que ia traficar órgãos

-Bloody...?

-Bloody Fight, meu clube de luta. 

-Aaaaah -minha mente deu um estalo quando comecei a perceber onde isso ia chegar. -Tudo bem, mas você pode ir ue. E eu fico em casa. -Sorri forçado, Thyst ergueu una sobrancelha como se estivesse me desafiando.

-Huuum é mesmo, eu tinha me esquecido que você é mocinha demais pra um clube de luta. Desculpa, donzela

-Ela fez uma reverencia, que fez meu sangue subir. -As princesas ficam nos castelos.

-AMETHYST -Soltei um semi grito, chamando atenção das pessoas em volta. -Está insinuando que não sou Boa o bastante para o seu clubinho?

-Estou afirmando, querida!

-Nossa, eu vou te matar! -Ela soltou da minha mão e começou a dar voltas correndo nos bancos de uma pracinha que tinha ali. Por um momento eu quase esqueci tudo o que me machucava e me deixei levar, correndo atrás dela.

-Otimo, P! -Ela sorriu e agarrou minha mão. -Então hoje você vai conhecer a Onça Púrpura!
Eu não fazia ideia do que ela tava falando, mas quando ela começou a correr pra casa, tudo o que consegui pensar foram as palavras doces de Rose no meu ouvido.

''Apenas faça ela feliz''


Notas Finais


Ansiosos para ver uma noite de muito sangue no ringe do proximo capitulo?
JADSDAHSJKHASJKFSA TRETAAAA
rsrsrrs beijos amores <3 até mais


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