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História Ah, é tão errado assim te amar? - Sua abusada!


Escrita por: Nhe_

Notas do Autor


Primeira coisa: Esse capítulo é narrado por ninguém mais ninguém menos que Emily! A Irmãzinha esquecida de Miguel! E vai narrar como foi o beijo, então isso aconteceu no capítulo anterior que Gabriel e dona Clara começaram a discutir e se ameaçar.

Segunda coisa: minha vida tanto escolar como... É, como o resto, tá meio corrida então eu não tenho muito tempo para focar em TODAS as fanfics que eu escrevo, então até esse período meio agitado passar, vou dar um foco a essa história aqui que JÁ ESTÁ QUASE NOS 100 FAVORITOOOS! UHUUUUUH
só faltam mais de 10 favoritos mas beleza :`)

É, boa leitura para vocês <3

Próximo capítulo voltamos com nossa programação normal de Gabriel narrando tudo.

Capítulo 45 - Sua abusada!


Emily Gomes -

Bem, talvez vocês não me conheçam pelas minhas poucas participações aqui, graças a meu irmão narcisista que não comenta sobre minha vida incrível, então vamos para as apresentações!

Bem, eu tenho 10 anos, e já fiz meu aniversário esse ano! (não comemoramos aniversários na família já que o último minha mãe tentou agredir uma tia distante da Rússia que deu um vibrador "por engano" no aniversário de 13 anos de Gabriel).

Eu não sou muito de socializar, e as pessoas se incomodam com meu jeito esquecido, mas mesmo assim eu consegui uma melhor amiga! O nome dela é Laura Marcedo, e eu agradeço de coração que o pai dela tenha escolhido seu nome ao invés da mãe (eu tenho pena do Clodesnildo, o irmão mais novo dela, mesmo que ele seja um babaca) Laura é um ano mais velha que eu, e ela também não tem muitos amigos, mas por um motivo diferente do meu.

Bem, a mãe dela louca acabou tentando fazer uma segunda lua de mel com o marido, foi tentar umas posições novas e acabou batendo com um chicote na barriga, mais de uma vez. Laura acabou nasce do com um órgão masculino por essa complicação na gestação, e isso a fazia ser bem excluída, já que ela não era totalmente uma menina para fazer festas do pijama ou entrar no mesmo vestiário das amigas e provar um sutiã, mas ela também não era um garoto para tirar a camisa na hora do futebol ou socar o peito um do outro.

Eu me lembro até hoje como nós conhecemos. Lá estava eu na escola, levando uma bronca enorme de minha (ex) amiga por ter esquecido de trazer a maquiagem dela que eu iria devolver no dia (eu juro que ia mesmo devolver depois de tentar passar ela em Nexus!) E foi aí que eu vi algumas meninas não deixando Laura brincar de pula corda com elas. Bem, a minha ex amiga queria me bater por ter esquecido a maquiagem super importante dela, então na hora que eu vi Laura ali sem graça e encolhida, eu dei um pulo do banco e me joguei nela. Cai com tudo em cima de Laura e comecei a fingir um choro falso, contando para aquela ex amiga que eu ainda não tinha trago minha maquiagem porquê eu tinha que usar elas em Laura, já que ela sofria Bullyng pela sua condição e voltava de olho roxo, mas o pai dela não podia saber que ela sofria assim já que ele já tinha muitos problemas para sustentar seus nove filhos, então eu cobria seus machucados todos os dias.

E obviamente eu menti em tudo, mal sabia quem era Laura na época, mas eu mesmo assim sabia que dá cintura para baixo ela era um "garoto", boatos correm rápido na escola. Laura ficou o tempo inteiro calada com os olhos arregalados me olhando como se eu tivesse algum problema mental, e eu continuava a inventar a história em cima dela e a esmagando, e sinceramente, eu preciso dar o crédito a meu irmão que tem uma capacidade de ser cara de pau, por ter me ensinado a fina arte de escapar de situações onde elas estão contra você. Quando eu terminei a história falsa, as meninas da pula corda e a minha ex amiga choravam e se abraçavam, e começaram a pedir desculpas e falar como a vida era difícil. Eu aproveitei a chance e sai correndo, e Laura me seguiu.

Ela inicialmente agradeceu porque achou que eu tinha inventado aquilo tudo para salvar ela, mas aí eu falei a real, que eu só queria salvar MINHA própria pele mesmo e acabamos brigando. Passamos semanas brigando, e aí viramos amigas, fim.

E muito tempo se passou depois disso, onde paramos onde eu estou atualmente, na casa de Laura porque minha mãe praticamente me mandou aqui e só ficaram meu irmão e aquele garoto de olhos verdes em casa (não quero nem pensar no que eles devem estar fazendo agora) e então eu estou no quarto de Laura, sentada de pernas cruzadas na cama dela enquanto assistimos Heman.

-Eu realmente prefiro Heman a Thundercats - Comentei com Laura apoiada na minha barriga e jogada na cama dela.

-Nem vem, ambos são clássicos - Ela me respondeu e eu a olhei irônica.

-Ah claro, como se você tivesse nascido no dia do lançamento deles para ver todos os episódios e saber qual é o melhor. Achamos esse episódio em um site pirata antigo - Respondi irônica, e ela se virou para mim de olhos cerrados, subindo mais ainda em cima de minha barriga.

-Eu não preciso ter nascido na época do desenho pra gostar dele tá! E você, que assiste "as gatonas" até hoje? Nem minha bisavó era nascida quando fizeram essa série! - Agora foi minha vez de olhar ela indignada, as gatonas era a melhor série desse planeta! Sem ter resposta para aquilo, acabei começando um ataque de cócegas em Laura, que começou a chorar de rir e se contorcer na cama.

-P-para!

-Sem misericórdia pra você! - Falei sorrindo, sentindo a liga que amarrava meu cabelo cair quando Laura deu uma de ninjutsu e conseguiu inverter as posições, ficando em cima de mim e começando um ataque de cócegas feito por ela. Comecei a gargalhar e bater nos braços finos dela.

-T-tá bom! Você venceu, você venceu! - Repeti desesperada e ofegante, podendo respirar novamente quando Laura parou seu ataque fulminante em mim. E então, voltamos a assistir Heman normalmente entre risadas.

De repente escutei batidas na porta, e Clodesnildo, o irmão de Laura, entrou no quarto com um sorriso maldoso. Estreitei os olhos para ele quando fechou a porta atrás dele. Clodesnildo tinha essa mania de menosprezar Laura por ser intersexual, e ele também não ia muito com a minha cara depois que joguei cocô de Nexus na cara dele quando ele inventou de tentar derrubar Laura da bicicleta quando estávamos andando escondidas na antiga bicicleta do meu irmão que foi roubada. Sorte que Nexus tinha ido se aliviar no jardim um pouco mais cedo naquele dia, então o cocô ainda estava naquele jeito nojento.

Clodesnildo soltou uma risada sarcástica.

-Ora ora ora… vejamos, minha irmã aberração, ops, quer dizer, "especial" assistindo programa de perdedores com a bruta dessa menina desgovernada - Pelo visto ele ainda está com raiva pela história do cocô. Franzi os lábios cerrando os olhos para ele, será que eu apresento a ele mais de perto minha coleção de tacos de baseball rosas? - Vocês se merecem mesmo. Uma que ninguém sabe se é menina ou menino, e outra que mesmo sendo uma menina por completo, age como um brutamontes sem educação.

Inflei minhas narinas. Maldito Clodesnildo, retiro o que eu disse sobre ter pena de seu nome, ele merece até o sobrenome estranho que tem. Já estava prestes a levantar pronta para dar uns sopapos na cara daquele folgado quando senti uma mão em minha mão. Laura me olhava de forma como se dissesse para eu ter cuidado e não tentar matar seu irmão.

Mas quando Clodesnildo viu que ela segurava minha mão, seu sorriso se alargou.

-Ah, são namoradinhas agora? - Perguntou debochado, e eu senti meu rosto pegar fogo. Vou matar todos os Clodesnildos que eu conhecer na minha vida. Nem deu tempo de eu responder e ele continuou - Bem, mesmo que essa menina pareça mais um animal que uma namorada, você teve sorte irmãzinha. Achou a primeira e última garota que vai te querer na vida, ou na verdade ela só está com você por pena.

E ele gargalhou. Não é possível que essa desgraça tenha o mesmo sangue de Laura, um amorzinho de pessoa. Me virei para trás pronta para me soltar de Laura e avançar na cara do palerma quando vi a expressão dela. Parecia sentir as palavras de seu irmão, e então eu tive uma ideia.

Uma ideia maligna.

Sorri maldosamente, e sentei em frente a Laura, quase em cima dela. Ela arregalou os olhos e me olhou de forma estranha, e eu me virei para trás para dar meu melhor ar de deboche (igualzinho a que mamãe dá quando vê uma sujeira que Gabriel deixou pela casa quando ele tenta "limpar" ela) e falei alto e claro;

-Ah, Clodesnildo, Clodesnildo… pelo que eu saiba, você não tem ninguém que te quis. Também, quem se interessaria por um babaca com um nome desse? - Eu tentava usar todo o meu nível de maldade para atingir ele mais que tudo que ele falou sobre Laura - Se você fosse um alien do Ben 10, ele teria jogado fora o relógio quando te escolhesse e visse que o relógio veio com um Alien com defeito, seu boçal.

Ele arregalou os olhos, e eu também arregalei os meus, mas o meu foi pela adrenalina mesmo. Finalmente ele parecia ofendido! Sentia que Laura prendia a respiração atrás de mim, e sorri mais ainda tendo outra ideia.

E como sempre minhas ideias são as melhores, claro.

-Sabe, eu acho que nenhuma garota fez algo parecido com isso com você né? - E quando eu vi que ele ficou em dúvida, sem pensar em nada e agindo na impulsividade, me virei para Laura mais uma vez já com os olhos fechados e pressionei minha boca contra a dela, em um beijo totalmente desajeitado.

Tá, e agora? Eu só fico parada aqui ou mexo minha boca? Minha mente derreteu tudo que eu já vi sobre beijos de cinema da minha cabeça e fiquei sem reação, Laura também. Até esqueci que Clodesnildo estava ainda no quarto. Estava prestes a me afastar quando Laura, do nada, colocou uma de suas mãos em minhas costas e começou a mexer a boca.

Ah, precisa mexer a boca, claro.

Fiquei imitando os movimentos dela, e de repente eu não queria mais sair dali. Nossa, eu não esperava que fosse ser tão bom. Perdi totalmente a noção do tempo, e eu nunca teria parado aquilo se não fosse um grito e alguma coisa caindo com tudo no chão. Tá, eu não teria parado se não tivesse reconhecido aquele grito como o da mãe de Laura.

Fui empurrada com tudo para o chão e gemi de dor, abrindo os olhos e vendo a Clotilde nos olhando parada na porta e um copo de vidro em pedaços no chão. Clodesnildo estava sorrindo maldoso sobre suas pernas e eu saquei tudo.

Aquele boboca saiu do quarto e foi chamar a mãe de Laura! Otário! E eu até tinha esquecido que a mãe dela estava em casa!

Me levantei em um pulo quando vi que a Clotilde estava começando a ficar em uma cor perigosamente vermelha, e a primeira coisa que eu pensei foi levantar as mãos em forma de rendimento.

-Dona Clotilde, não é o que parece - Falei, tentando ficar calma e dando uma olhada de canto de olho para Laura. Ela estava pálida e parecia que iria cair dura no chão a qualquer segundo.

-O QUE SIGNIFICA ISSO LAURA MINHA FILHA?! - A mãe de Laura perguntou alterada, e eu respirei aliviada por ela não ser minha mãe, ou eu já teria levado uma colherada na cabeça e mil gritos no ouvido.

-Mãe, calma, respira... - Mas Clotilde estava respirando, porém respirando igual a um touro raivoso, só faltava eu ter um pano vermelho e gritar "olé" para ela pular em cima de mim de vez.

-EU NÃO ACREDITO NISSO! VOCÊ! - E o dedo magro dela veio em minha direção. Continuei com as mãos para cima em forma de tratado de paz - VOCÊ É A CULPADA! LEVOU LAURA AO MAL CAMINHO SUA ABUSADA!

Abri a boca indignada, ela me chamou de abusada?

-Olha aqui senhora! - Comecei, batendo o pé no chão, mas novamente senti Laura segurar minha mão em um aviso para eu parar. Respirei fundo e contei até dez em todas as línguas que eu conhecia (português e Groot) e quando abri os olhos de novo, Clotilde fulminava com os olhos a mão de Laura segurando a minha.

-VOU CONVERSAR COM SUA MÃE AGORA SOBRE SEU COMPORTAMENTO INADEQUADO, SUA PESTINHA! - Clotilde veio igual a uma maritaca raivosa segurando meu braço, mas Laura não quis largar minha mão e olhou para a mãe irritada.

-Mas EU quis beijar ela também! Não foi como se ela tivesse enfiado a língua na minha boca de repente! - Olhei envergonhada para o chão, não pelo fato de ela ter dito que também quis me beijar, mas pelo fato de que na verdade eu beijei ela de repente, tirando a parte da língua. Se eu soubesse que beijar era tão bom assim, eu teria feito isso com Laura antes.

Senti o puxão no meu braço ficar mais forte, e quando Clotilde perdeu a paciência, segurou Laura também e começou a me arrastar para o lado de fora da casa, resmungando.

-Você e essa sua família de loucos… eu deveria ter escutado a vizinha quando ela disse para não deixar uma menina que veio daquela casa se relacionar com a minha filhinha… aquela tal de Clara só tem filho peste… o último jogou papel higiênico na casa da Marnele!

E eu nem prestava atenção no que ela falava, porque estava mais ocupada querendo matar o Clodesnildo (que nos olhava no topo da escada com aquele sorriso irritante dele) e também eu já previa a bronca da minha mãe.

Só o que resta agora é rezar e pedir a Deus que a bronca não seja tão grande…


Notas Finais


Vocês perceberam que todo mundo da família deles já jogaram cocô no Nexus uma vez na vida? Genética calma e serena a deles.

Até não sei quando! E eu acho que eu vou assistir a freira no cinema, se eu não voltar nunca mais é porque morri sem ar de tanto gritar.


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