1. Spirit Fanfics >
  2. Ainda bem que encontrei você - Eddie Munson >
  3. Nothing Else Matters

História Ainda bem que encontrei você - Eddie Munson - Nothing Else Matters


Escrita por: donzeladferro

Notas do Autor


Espero que gostem ;)

Capítulo 10 - Nothing Else Matters


P.O.V. Narrador

O caminho até a casa de Eddie foi silencioso. Catarina ainda estava processando as coisas e Eddie não queria ser invasivo, mantendo o silêncio até chegarem ao seu trailer. 

Quando chegaram, imediatamente Munson foi até um pequeno quarto aos fundos do trailer e pegou duas caixas, sendo uma de ferramentas e a outra um kit de primeiros socorros.

Catarina foi lavar as mãos no banheiro, tirando todo o sangue seco. A ardência a fez esboçar uma careta em sinal de dor. Sua mão estava muito machucada, com feridas abertas em seus metacarpos e falanges.

- Vem cá, senta aqui. - disse Eddie, posicionando uma cadeira abaixo de um lugar com boa iluminação.

Catarina se sentou, enquanto o rapaz pegava sua mão e analisava os ferimentos e os anéis presos em seus dedos inchados.

- Bom, Cat. Eu vou ter que cortar os anéis com o alicate, tudo bem? - disse ele.

- Tudo bem. Faz o que tiver que fazer. - respondeu ela, olhando para ele.

- Isso vai doer um pouco. Toma aqui, morde isso. - disse Munson, entregando um pano grosso para a menina.

Quando ele forçou o dedo de Cat para baixo, ela franziu o rosto, mostrando o início da dor. Eddie, então, sem avisar para não piorar a tensão, enfiou um grosso, pontiagudo e afiado alicate por baixo de um anel e o cortou em um só golpe. Catarina grunhiu em dor, com o grito abafado pelo pano que mordia.

Eddie olhou para ela com preocupação.

- Tá tudo bem, continua. Termina logo com isso, eu vou aguentar. - disse Catarina.

Repetiu o procedimento por mais 2 vezes. A garota respirava pesado a cada anel arrancado. Ainda faltavam 2, dessa vez, próximos às falanges machucadas. Esses não doeram tanto, já que a área estava menos inchada do que os metacarpos, mas o alicate, ao roçar nas feridas, fez com que elas voltassem a sangrar um pouco.

- Desculpe, eu devia ser mais cuidadoso. - disse Eddie, ao ver o sangue.

- Não. Eu que não deveria me meter em confusão. - respondeu Cat, séria.

- Agora deixa só eu limpar essas feridas. - disse ele, enquanto passava anti-séptico e espalhava com gaze - Prontinho, agora é só colocar um pouco de gelo e o inchaço já já vai passar. Mantenha as feridas sem curativo por enquanto, para correr ar e cicatrizarem logo.

- Obrigada, Eddie. De verdade. - disse Catarina, olhando nos olhos do rapaz, dando um sorrisinho sem graça.

Ele olhou de volta para a menina, um pouco mais tranquilo agora que ela estava em um lugar seguro e sem os anéis apertando os dedos.

- Se quiser, toma um banho e depois conversamos. - disse ele - Tenta relaxar, ok? Tem secador de cabelo no armário do banheiro. Vou deixar uma camisa e uma bermuda para você em cima da minha cama.

- Vou sim, obrigada, de novo. Você tem secador? - disse a menina, surpresa e muito mais tranquilizada por estar junto ao rapaz.

- Claro, como você acha que mantenho esse cabelo no inverno? - respondeu Eddie, já esboçando um sorriso novamente.

Ao ver o rapaz sorrir, Catarina sorriu também. Aquele era o começo de sua paz de espírito.

- Toma aqui uma toalha. Vou lá pra cima abrir uma cerveja, se estiver a fim de conversar, estou à disposição. Se só quiser dormir, pode ficar na minha cama, eu durmo no sofá. - disse ele, entregando a toalha a ela.

Catarina assentiu com a cabeça e foi se banhar.

Por mais que tenha tomado um banho de, no máximo, 15 minutos, Catarina sentiu que aquele banho quente havia sido o mais demorado de sua vida. Muitas coisas ainda estavam em sua cabeça apesar de saber que ela não agiu errado. Afinal, ela só estava defendendo sua amiga e a si mesma.

Após secar o cabelo, seguiu de toalha até o quarto de Eddie. Em cima da cama estavam uma enorme camisa do Metallica e um short médio de estampa xadrez. A camisa ficou como um vestidinho, mas o short ficou apertado e curto devido às suas coxas grossas.

Em seguida, ela foi até a geladeira e pegou uma cerveja, se dirigindo ao teto do trailer, na parte de fora do local. A noite estava um pouco fria, mas Catarina mal sentiu. Seu corpo ainda estava quente.

- Ei. - disse Eddie.

- Ei.

Um silêncio confortável pairou. Até que Catarina ofereceu um cigarro a Eddie.

- Quando eu era criança, sempre fui criada pelos meus pais pra ser uma pessoa que lutasse pra defender o que eu acredito. Nessa mesma época, quando eu tinha uns 9 ou 10 anos, um menino um pouco mais velho, lá da minha escola, me beijou à força numa festa junina, que é uma festa típica lá do Brasil. No meio da dança. - disse Catarina, depois deu um trago no cigarro e continuou. Eddie ouvia atento enquanto olhava para ela - Ele era maior do que eu, mais forte do que eu, mas aquele beijo à força foi um marco. Enquanto todos os pais em volta acharam fofo, ou aplaudiram, eu me senti nojenta, repugnante. Eu fiquei tão aflita com aquele gesto que a minha única reação foi fechar a mão e socar o nariz dele. Os pais me olharam horrorizados, perguntando “cadê os pais dessa criança??”, “onde ela aprendeu isso?”, “foi só um beijinho inocente”. Mas o que eles normalizaram como se fosse algo de criança, pra mim foi uma violência. Eu não queria beijar aquele garoto, mas ele impôs isso a mim. Foi nesse exato momento que eu entendi o que meus pais queriam dizer quando diziam para eu lutar pelo que eu acredito. E eu acredito que ninguém no mundo deva se curvar a quem quer te fazer mal. E foi aí que uma onda de problemas se agravou para mim.

- Em que sentido, Cat? - perguntou Eddie.

- Eu, basicamente, me tornei uma criança agressiva. Depois desse episódio da festa junina, meus pais me defenderam de tudo que as pessoas falavam. Mas em outros casos, quando eu via meninos ofendendo meninas, ou via crianças excluindo outras das brincadeiras por causa da cor da pele, ou via alguém maltratando outra pessoa por causa da aparência, eu simplesmente ia lá e batia nas outras crianças. - disse, dando um gole em sua cerveja - E isso atraiu muitos problemas de agressividade pra mim. Eu resolvia tudo na base do soco.

- Entendi. Mas de alguma forma, você fazia isso tentando proteger as pessoas, certo? - questionou o rapaz.

- Sim, claro. Mas chegou num ponto que isso se tornou incontrolável. Comecei a passar dos limites. E foi aí que meus pais resolveram me colocar no boxe, quando eu tinha 13 anos. Numa tentativa desesperada de fazer eu ter onde descontar toda essa raiva, toda a revolta que eu tinha de tudo e todos, sabe? De alguma forma isso deu certo, mas eu sinto que às vezes esse lado animalesco vem à tona em momentos de tensão. E quando as coisas passam dos limites, eu volto a me sentir suja, impura, como alguém que não merece as coisas boas que tenho na vida. - explicou Catarina, com um olhar frio, enquanto dava uma tragada no cigarro.

- Você merece, Cat. Merece tudo de bom que existe no mundo. As pessoas que dizem que violência não é a solução não conhecem o mundo real. Não quer dizer que tudo se resolve na porrada, não é isso. Mas às vezes, é, sim. Sabe quantas vezes eu já vi o Carver sacanear gente que não consegue se defender? Quantas vezes já vi ele machucando Chrissy sem poder fazer nada, porque todo mundo sempre se curva diante dele? - disse Eddie, dando razão à atitude de Catarina.

- Ainda assim, eu podia ter parado quando vi que ele estava sem chances de reagir, mas ainda assim, eu continuei. Eu queria machucar ele. Muito. Desde o primeiro dia de aula ele me inferniza e inferniza minha melhor amiga há muito mais tempo. Mas isso não quer dizer que eu deveria ter agido quase que para matar ele. Eu sou um monstro. Todo mundo me olhou com cara de assustado. - disse Catarina, olhando para a lua.

- Nunca mais diga isso na sua vida. Nunca. Você não é um monstro. Nós olhamos com você com preocupação, nada mais. Pensamos que ele podia ter feito algo com você. Se tivesse feito, seria muito pior do que o que você fez com ele. Acredite. O Carver é um psicopata. E, provavelmente, eu e o Harrington perderíamos o nosso réu primário. - falou o rapaz, enquanto puxava o rosto da garota, delicadamente.

A brisa de outono, mais uma vez, batia nos cabelos de ambos. Uma sensação de estar em casa se instalou ali. Depois de conversarem longamente sobre algumas coisas relacionadas ao ocorrido e passarem por outros assuntos de interesse comum dos dois, como a história da camisa do Hendrix e seu pai em Woodstock. 

- Toda vez que você me conta sobre seus pais eu acho ele cada vez mais maneiros. - disse Eddie.

- Até que eles são. Nossa relação é boa e eles não são tão caretas. - respondeu Cat.

Eddie tirou o morcego de pelúcia do bolso, pedindo para Catarina fazer as honras.

Com os dentes, a garota arrancou a cabeça do bichinho vorazmente.

- Bem melhor assim! - disse Eddie, rindo.

Era impressionante o poder que Eddie tinha sobre Catarina. Ela estava em desespero há menos de 2h atrás e, de repente, ela sentia uma calmaria se formando dentro de seu peito.

Quando o corpo de Cat esfriou, ambos entraram no trailer. Catarina insistiu em dormir no sofá, não queria roubar a cama de Eddie depois de já ter dado tanto trabalho para ele.

Eddie deitou em sua cama e Cat no sofá, na sala. 

Deitada naquele sofá, até que ela estava confortável, mas sua mente não deixava ela dormir.

“Inferno”

Depois de fazer tudo que podia para tentar pegar no sono, Catarina se levantou e foi até o quarto de Eddie.

- Eddie… posso dormir aqui? Não tô conseguindo dormir. - disse ela, acordando o rapaz que já estava quase pegando no sono.

- Pode, claro. Eu vou lá pra sala. - respondeu ele, meio embolado.

- Na verdade, eu queria saber se eu podia dormir aqui, tipo, com você. - disse ela, meio sem jeito.

- Também não é problema. Vem. - disse Eddie, abrindo espaço ao seu lado no colchão e colocando-a para debaixo da coberta.

Após deitar, Catarina se acomodou bem perto dele, virada de costas para Eddie. Uma tensão tomou conta do ambiente, Eddie não conseguia parar de prestar atenção na proximidade de seus corpos e, de certa forma, Catarina também não.

Até que ele encaixou seu corpo com o dela, passando seu braço pela cintura da garota, que se juntou ainda mais a ele. 

A bunda de Catarina estava ali, em contato direto com o pau de Eddie.

“Por favor, corpo, agora não…”

Até que ela sentiu a ereção dele em suas costas.

Eddie se afastou dela rapidamente, em susto, se sentando na cama.

“Puta merda, por quê? Merda, merda, merda!” ele pensava.

Catarina se sentou na cama, de frente para ele, o encarando com olhos de tigresa e cabelo bagunçado, com a luz da lua iluminando metade de seu rosto.

- Cat… me desculpa, de verdade. Eu sou um imbecil. Eu juro que não foi de propósito, eu não consegui controlar isso… - disse ele, olhando nos olhos dela, completamente sem graça, sem entender a expressão de Catarina, que a olhava com expressão de predadora.

“Agora quem vai apanhar sou eu. Imbecil.”

Nesse momento, Catarina começou a se aproximar dele, em uma espécie de engatinhado pelo colchão. Nenhum dos dois desviou o olhar por um segundo sequer, ambos apreensivos.

Até que sem demora, Catarina sentou no colo de Eddie, se esfregando contra a sua ereção.

Eddie soltou um suspiro forte e, em instantes, Cat colou suas testas e narizes, pondo suas mãos machucadas no rosto do rapaz. Ambos sentiam a respiração um do outro, os cheiros, os hálitos doces implorando por aquilo. Logo, os dois se beijaram com desejo.

Suas línguas dançavam uma com a outra em sintonia perfeita. Eddie percorreu todo o corpo de Cat com as mãos, descendo até as coxas e repousando-as sobre a bunda farta da menina, que se esfregava contra seu colo ardendo de desejo.

- Cat… - suspirou Eddie, quando se separaram do beijo.

- Ed… eu te quero tanto. - soltou Catarina, em português, sem sequer perceber, de tanto tesão.

- O quê? - perguntou o rapaz.

- Desculpa. - disse Catarina, sorrindo - Eu disse que te quero, muito. Muito. - repetiu, agora na língua do rapaz, enquanto suspirava.

- Eu também te quero. Te quero toda. - respondeu Munson, que em seguida, voltou a beijá-la e apertar sua bunda.

Sem demora, Catarina arrancou a blusa que usava, jogando-a no chão. 

Ao se deparar com os seios fartos de Cat, Eddie parou um pouco boquiaberto, em admiração. Se sentiu ainda mais excitado quando viu que a menina tinha piercings nos mamilos.

- Porra, Catarina… - resmungou, ardendo em desejo.

Catarina percorreu suas mãos pelo próprio corpo, enquanto rebolava no pau de Eddie, aumentando a tensão e o atrito.

Ele então a girou, colocando as costas da menina na cama, enquanto arrancava a própria camisa e a jogava para o lado. Catarina, finalmente, tinha a visão privilegiada de todas as tatuagens do peito de Eddie e arfou, excitada.

Munson, então, foi depositando beijos por todo o corpo da garota, até descer para o meio de suas pernas, onde puxou o short e a calcinha que ela usava, caindo de boca em sua intimidade.

Um frio percorreu pela espinha de Catarina, que já estava muito molhada e podia sentir a língua de Eddie percorrendo por todo o seu clitóris. Ela segurou seus cabelos, enquanto ele beijava e chupava a sua buceta. Aumentou a força que segurava quando ele enfiou dois dedos dentro dela, subindo até ela para beijar sua boca e abocanhar seus seios.

Ele amava ouvir os seus gemidos, cada um era mais uma fonte de prazer para o metaleiro.

- Eddie, me come, por favor… - gemeu Catarina, em seu ouvido.

Munson se arrepiou ao ouvir isso. Olhou em seus olhos e deu um último beijo antes de pegar uma camisinha. Tirou a calça, vestiu o preservativo e posicionou seu pau naquela fenda molhada que pulsava em desejo. 

Colou, novamente, suas bocas e então entrou nela devagar. Conforme foi se acomodando, ele aumentou o ritmo das estocadas, até que a menina começou a gemer alto.

Eddie estava com aquele desejo há tanto tempo dentro dele que naquele momento ele não podia nem raciocinar, apenas se entregar ao prazer de ter aquela mulher só para ele.

O mesmo era válido para Catarina, que a cada metida, soltava um ar pesado dos pulmões em gemidos de prazer e felicidade.

Durante a transa, ambos se entregaram um ao outro, entrando em perfeita sintonia. Eddie a beijava e sugava seus mamilos durante todo o sexo, enquanto Catarina puxava os cabelos dele e arranhava suas costas levemente.

Quando trocaram de posição, Catarina ficou por cima, dando sentadas rápidas e fortes no pau de Munson, que dessa vez, era quem soltava gemidos abafados. Ele também se mexia por baixo, dando ainda mais tensão ao que estavam fazendo.

O orgasmo se aproximava para Catarina, que anunciou ao parceiro que estava para gozar. Assim, Eddie acelerou os quadris, indo mais rápido e mais fundo, fazendo Cat atingir o seu ápice em poucos instantes. Momentos depois, foi a vez dele, que apertou os olhos ao gozar.

Quando Catarina saiu de cima dele, ambos estavam bufando e consideravelmente suados. Foi uma transa intensa e, no mínimo, apaixonada.

Os dois se encararam, ambos com sorrisos estampados no rosto.

Se aproximaram, selando aquele momento com um beijo.

Nenhum dos dois falou nada. Não era necessário.

E foi nesse silêncio, olhando no fundo dos olhos de seu parceiro, enquanto sorriam e faziam cafuné, que os dois caíram no sono nos braços um do outro.

Nada mais importa.


Notas Finais


E aí, me contem... rsrs


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...