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História Ainda bem que encontrei você - Eddie Munson - Sons of Cain


Escrita por: donzeladferro

Notas do Autor


Espero que gostem <3

Capítulo 28 - Sons of Cain


Fanfic / Fanfiction Ainda bem que encontrei você - Eddie Munson - Sons of Cain

P.O.V. Catarina

Desde a primeira vez que dormi na casa de Eddie, sempre amei a forma como era acordada com pequenos feixes de luz passando pela fina cortina do quarto dele, que se repousam de forma suave no meu rosto. Dessa vez não foi diferente.

Ontem eu descobri a última peça do quebra-cabeça para entender o turbilhão de coisas que haviam acontecido nos últimos dias. Admito, tomei uma atitude desesperada. Me expus à chuva e ao frio sem sequer pensar nas consequências disso, eu precisava fazer aquilo. Meu único arrependimento foi não ter virado um soco na cara daquele desgraçado do Devon antes. Como ele pôde?

Admito que apesar de estar aqui, finalmente emaranhada no homem que eu amo, uma sensação imensa de impotência ainda me consome, como se eu fosse a pior pessoa do universo por não ter notado antes. Mas mais ainda, por ter deixado Edward se questionar sobre nós dois. Eu não estou na pele dele para entender os motivos que ele teve para se sentir da forma que se sentiu, mas devo assumir que doeu muito em mim.

Pelo menos, tudo valeu a pena no final.

Hoje eu já havia sido dispensada do treino, mas no momento em que o despertador tocou às 7h, tanto eu quanto Eddie ignoramos majestosamente. Eu estava leve, finalmente não estava dormindo por excesso de cansaço e, sim, por consciência tranquila. Estava dormindo por prazer. Pelo prazer de estar enroscada no pescoço do meu namorado, enquanto sentia o cheiro daquele cangote que eu tanto amo.

Quando nos demos conta, já eram quase 9h, mas nenhum de nós estava de fato preocupado por ter matado aula. Acordamos praticamente juntos. Os olhos de Eddie estavam iluminados, como se estivesse em uma onda de êxtase. A primeira coisa que ele fez assim que pousou os olhos em mim foi colocar a mão no meu cabelo e tirá-lo da minha cara. Sem dizer nada, ele me deu um selinho e, em seguida, uma fungada bem dada no meu pescoço.

Eu realmente queria saber como Eddie consegue acordar tão lindo de manhã. Sério, como? Eu acordo parecendo um pão de queijo com a cara e os olhos inchados e com o cabelo armado e ele, simplesmente, acorda do mesmo jeito que foi dormir e com o cabelo ajeitadinho.

Vida injusta.

- Você sabe que perdemos aula, né? - falei, ainda dengosa, mas sem me importar de fato com isso.

- Eu tô pouco me fodendo, honestamente. - respondeu ele, esfregando o nariz mais fundo no meu pescoço.

- Ed, tá me fazendo cócegas. - arfei, rindo pela sensação, mas ele ignorou e continuou mais forte - Eddie! Se você não parar… - ameacei.

- Vai fazer o que? - perguntou ele, me provocando.

- Como ousa me desafiar?! - falei e, num impulso, subi em cima dele e comecei a fazer cosquinha nas costelas dele, exatamente no ponto mais sensível.

Eddie estava desesperado por não conseguir se desvencilhar de mim. Ria de perder o fôlego enquanto me implorava para parar. Até que pediu trégua e eu dei. 

Mas nesse instante, me vi no colo dele e comecei a sentir um calor subindo pelo meu corpo. Sei que é normal homens terem ereção matinal. Ok, é biológico e não tem a ver com excitação. Mas sentir aquilo bem na altura da minha intimidade fez minhas bochechas queimarem de desejo e, involuntariamente, me percebi fazendo pequenos movimentos em seu colo, me esfregando nele. O fato dele dormir sem camisa e só de samba-canção não me ajudava muito a conter toda a vontade que eu estava de ter ele dentro de mim.

Eddie soltou um suspiro enquanto encarava a minha cintura colada na dele. Ele levou as mãos ao meu quadril e os apertou, tentando segurar a onda.

- Cat, calma aí. - disse ele, com a respiração ofegante.

- Tem algum problema? - perguntei, provocando-o ainda no movimento.

- Eu realmente quero saber se você tá bem pra isso. - respondeu ele, ainda arfando de desejo.

- Eu? Tô ótima. Você vai ficar aí parado se segurando ou vai me dar uma comida gostosa pra matar a saudade? - respondi, o provocando ainda mais. Em seguida, arranquei a camisa dele que eu estava usando e joguei para o lado, deixando-o sem saída.

- Você é uma pessoa terrível. Sabe disso né? - disse ele, rindo, enquanto já vinha em direção aos meus peitos com a boca.

- Posso lidar com isso. - respondi, gemendo pela sensação úmida da língua dele circulando meus mamilos.

Diferente da maioria das vezes em que nós dois transamos, essa foi do início ao fim bem suave. Claro que queríamos, sim, o prazer do sexo, mas a ideia de nos reconectar depois de uma quase tragédia foi muito mais forte dessa vez. Precisávamos um do outro imediatamente, loucamente. Agora eu entendo o que ele quis dizer ontem com “fazer amor”, mesmo que eu ache esse termo a coisa mais cafona já inventada no universo.

Eddie estava suave, mas intenso. Parecia aproveitar o meu corpo como um templo sagrado, onde prestava toda a sua sensibilidade. Ele passava as mãos pelas minhas costas, as arranhando de leve enquanto chupava meus peitos, fazendo carinho por toda a extensão do lugar com as pontas dos dedos.

Em seguida, ele me virou de bruços e subiu em cima de mim. Tirou o cabelo da minha nuca e saiu beijando-a, descendo para as minhas costas e, em seguida, para a minha bunda.

- Você não tem noção do quanto eu amo essas costas com essa tatuagem. Vou fazer isso ser a capa do nosso próximo disco, baby. - disse ele, bem pertinho do meu ouvido.

Mas sem dizer mais nada, ele me virou de frente e tirou minha calcinha e, sem demora, beijou minha boceta devagar, aproveitando cada centímetro dela. Ficou um bom tempo apreciando meu gosto. Eu estava fraca de tão gostoso que estava.

Quando terminou, eu tentei o colocar deitado para retribuir, mas ele disse que não queria que eu o chupasse. Ele pegou a camisinha e vestiu. O pau dele estava tão duro que pude sentir pulsar quando ele entrou no meio das minhas pernas e encostou na minha entrada.

Então, começou a me beijar bem devagar. Apesar do meu corpo estar com sérios impulsos de puxá-lo para dentro de mim logo, consegui me conter. Deixei por conta dele o que viria a seguir e quando viria.

Depois de alguns segundos me beijando e acariciando meu rosto, ele finalmente empurrou o pau para dentro de mim e começou a meter de leve.

Eu admito que estranharia essa calma e doçura em outra ocasião, mas naquele momento, tudo parecia ser do jeito que deveria.

Ele segurou as minhas pernas em torno de si com firmeza, fazendo movimentos leves enquanto beijava a minha boca com muita língua e lentidão. Nunca pensei que eu poderia sentir tanta coisa ao mesmo tempo.

Foder forte é uma delícia, mas foder fofo não é de se dispensar. 

Travei o quadril dele com as minhas pernas, diminuindo a distância entre nossos corpos. Ele arfou quando sentiu minhas contrações, mas apesar de não ter aumentado o ritmo, Eddie colocou mais intensidade nas estocadas.

Geralmente, trocamos de posição algumas vezes, mas nessa ocasião nenhum de nós dois queria. Tava perfeito do jeito que estava.

Meu corpo soltou algumas descargas elétricas pequenas antes de soltar a maior, que veio numa intensidade avassaladora exatamente no mesmo momento que a dele.

Dificilmente nós dois gozamos juntos, mas a sintonia entre nós estava tão grande que foi inevitável.

Quando ele saiu de cima de mim, nós dois nos entreolhamos e pensamos exatamente a mesma coisa, que em seguida, falamos em voz alta, juntos: 

- Eu te amo.

Nesse instante ficou muito claro que parecia uma loucura quase termos terminado por conta de obstáculos no nosso caminho. O que além de nós mesmos importava? Nada. É a única resposta possível.

P.O.V. Narrador

Depois daquele momento intenso de intimidade e reconexão, Catarina e Eddie estavam risonhos, satisfeitos, felizes de forma plena.

Ficaram um pouco na cama trocando algumas carícias até que desse vontade de levantar dali, o que parecia nunca chegar. Mas quando levantaram, viram que era quase 11h.

Catarina finalmente se lembrou de um pequeno detalhe importante: ela não avisou para seus pais que iria dormir fora. E pior ainda, tendo faltado aula, provavelmente a escola já teria ligado para seus pais para avisar de sua ausência. A essa altura, Vani já deveria estar louca.

Imediatamente, Cat se vestiu e pegou o telefone, discando para sua casa. No momento em que Vani atendeu o telefone, Catarina pôde sentir a afobação na voz da mãe. Como esperado, ela gritou tanto ao telefone que a menina pôde sentir seu escalpo sendo arrancado à distância. 

Catarina se explicou, dizendo que havia dormido na casa de Eddie e havia perdido o horário, mesmo que a última parte fosse mentira. Na realidade, Vani estava pouco se lixando se a menina tinha perdido aula ou não. Cat já tinha A em tudo e já havia sido aceita em uma universidade excelente, isso já bastava. A parada era ela ter sumido desde o dia anterior e não ter dado notícias.

A garota deu mil desculpas para a mãe, mas depois que falou que estava bem com Eddie, Vani não conseguiu ficar brava por muito tempo.

Eddie estava ao lado dela durante a ligação e, obviamente, não entendia nada do que elas conversavam, apenas ouvia os gritos saindo do telefone e segurava a risada. Mas ele não se conteve quando ouviu Catarina falando seu nome e percebeu que o tom de Vani havia mudado imediatamente do outro lado da linha. Ela ainda gritava, mas era de felicidade. Catarina começou a rir e logo desligou quando sua mãe disse:

- Fala pro Dudu vir aqui amanhã que eu vou fazer feijoada, hein! 

- Beleza mãe, vou falar com ele. - respondeu Cat.

- E ó, Tatá, você usa camisinha quando dorme aí, né?! - perguntou Vani, indiscreta.

- Tchau, mãe! Até amanhã! - se despediu e enfiou o telefone no gancho rapidamente.

Eddie a encarava com graça no olhar, mas caiu na risada novamente ao saber da pergunta de Vani. Ele nunca ia se acostumar com gente mais velha que não fosse tão chata. Era bom demais pra ser verdade.

Catarina explicou para Eddie que não havia comentado sobre os dois terem dado um tempo para seus pais, mas que eles já haviam percebido. Comentou, também, que teve que esconder a Frankiestrato no armário para eles não fazerem perguntas, mas que amanhã era para ele pegar lá, afinal, ainda era um presente.

Eddie ficou um pouco sem jeito com essa situação, afinal, ele apenas largou a guitarra lá no dia em que se separaram, mas tentou levar na boa porque sabia que Catarina tinha guardado com carinho.

Quando eram umas 13h a fome apertou. Eddie já havia mencionado que na despensa havia pouquíssima coisa pois não havia feito compras naquela semana. Catarina foi dar uma olhada e encontrou exatamente o que precisava. Era hora de finalmente mostrar alguma habilidade doméstica útil. Entre a geladeira e o armário, tinham: batatas, ovos, farinha e extrato de tomate.

Resolveu fazer um nhoque que a sua avó paterna fazia quando ela era criança. Fazia muito tempo que ela não comia aquilo e compartilhar isso com Eddie parecia um momento oportuno. Comida afetiva é uma ótima maneira de demonstrar amor.

Eddie não sabia muito bem o que era nhoque, mas ajudou a menina a sovar a massa por um tempo. Se sujou todo de farinha, mas fazia parte. Foi um momento de descontração e leveza, algo que os dois conseguiam se imaginar fazendo para o resto da vida.

Quando ficou pronto, na primeira garfada, as pupilas do rapaz se dilataram e ele se deleitou.

- Catarina, eu sinto como se estivesse mastigando um pedaço do céu. - disse ele, de olhos fechados enquanto saboreava a massa.

- Comida de avó, não tem nada melhor. - respondeu ela, feliz por ele ter gostado.

- Falando em avó, nunca entendi muito bem seu parentesco com o Harrington. Pode me explicar? - perguntou ele.

- Claro. Minha avó, mãe da minha mãe, nasceu em uma família humilde no interior de Minas Gerais, perto de um lugar chamado Serra da Canastra. Mesmo lugar em que eu nasci, na verdade. Minha avó era a irmã mais velha de 5. Tinha ela, mais duas irmãs e dois irmãos. A avó do Steve é a irmã do meio, coisa de 5 anos mais nova que a minha vó. A avó do Steve, lá pro meio dos anos 1920, se mudou para a cidade de São Paulo contra a vontade da própria família. Ela tinha o sonho de ser cantora profissional, então, enfiou uma muda de roupa na mala e pegou a merreca que ela tinha no pé de meia e se jogou. Meus bisavós ficaram uma fera, eram completamente contra a ideia. Por muitos anos eles ficaram sem notícias da minha tia-avó, até que o pai dela morreu e, de algum modo, ela ficou sabendo e voltou para casa para o funeral dele. Eles não tinham nem onde cair mortos, mas ela deu um jeito de bancar todo o funeral e ninguém sabia como. - disse Catarina, lembrando de cada detalhe da história - Depois que passou o funeral, minha avó conversou com a irmã e descobriu que há alguns meses ela havia conhecido um charmoso jovem militar norte-americano que estava de passagem em São Paulo. Eles se apaixonaram perdidamente e ele a levou embora com ele para a Flórida, que é onde ela vive até hoje. - terminou a menina.

- E aí eles se casaram e tiveram o pai do Steve? - perguntou Eddie, tentando entender.

- Exato. O pai dele e mais 2 filhas. Desde então, ela e minha avó não perderam mais o contato. A avó de Steve passou a vida cantando nos bares mais glamourosos de Miami, acredita? - concluiu a menina.

- E o avô dele? - perguntou Eddie.

- Bom… como falei, ele era militar. Quando chegou a grande guerra no final dos anos 30 ele não teve para onde correr. Comandou algumas batalhas, mas infelizmente não voltou para casa. - disse Catarina, sutilmente.

- Uau. Quer dizer, que horror. Meus pêsames. - respondeu o rapaz, pensativo.

Saber um pouco mais da história de Catarina fazia Eddie se questionar um pouco sobre a própria história, a qual ele não sabia quase nada, apenas que seu pai era um alcoólatra e que sua mãe o havia deixado para Wayne cuidar. Por muitos anos isso o consumiu por dentro, mas àquela altura da vida, tudo ia tão bem da forma como estava que ele sequer pensava nisso mais.

Durante a tarde, eles fizeram o que sabiam fazer de melhor: ficar à toa, fofocar, trocar beijinhos e fumar que nem dois dragões.

Bem ao final da tarde, o telefone de Eddie tocou. Em primeiro momento, tanto ele quanto Catarina estranharam, afinal, quase ninguém nunca ligava para ele. Eddie atendeu:

- Alô? Ei, e aí cara? Pode falar, tô ouvindo. Aham… aham… hm… entendi. Obrigado, cara. A gente se fala. - respondeu Eddie, enquanto Catarina o observava sem conseguir escutar um pingo do que era dito na outra linha. A menina pôde perceber que seu namorado foi ficando cada vez mais desconfortável através das respostas.

Eddie, então, desligou o telefone. Ele parecia estar em choque. Respirou fundo e se sentou na poltrona, ao lado de Catarina. O rosto dele estava corando. Catarina estava começando a ficar preocupada, o que será que havia acontecido?

- Ed… tá tudo bem? - perguntou ela, se aproximando dele, que estava olhando para o chão. Ele não respondeu - Ed. Eddie. Edward Munson! - gritou ela, já nervosa.

- Oi… - disse ele, ainda olhando para o chão, parecendo estar em choque.

- O que aconteceu, baby? Quem era no telefone? - perguntou Cat, tentando conter o nervosismo por ver Eddie daquele jeito estranho.

- Era o Geraldo. - disse ele, suspirando, finalmente olhando para Catarina, com os olhos arregalados.

- E…? O que ele disse pra te deixar assim? - perguntou a menina, começando a demonstrar nervosismo.

- Que a gente não vendeu 100 mil cópias… - disse ele, olhando para as próprias mãos.

- Ah, baby, não faz nem 1 semana que vocês lançaram o disco. O prazo não era de 3 meses? - interrompeu Catarina, um pouco aliviada por não ser nada grave.

- Eu… não terminei de falar, Cat. - disse ele, olhando para os olhos dela.

- Você tá me assustando, Edward! - exclamou Catarina, voltando ao nervosismo.

- Nós vendemos 300 mil cópias só nos Estados Unidos… - disse ele, olhando para frente, reflexivo.

- Peraí… quê? Quê? QUÊ? - gritou Catarina, conforme foi caindo na real.

Eddie, então, começou a cair na real também e um largo sorriso foi se formando em seu rosto.

- Vendemos mais de meio milhão de cópias ao redor do mundo e só nos Estados Unidos vendemos 300 mil cópias!!! - gritou ele, finalmente entendendo o tamanho da situação.

- PUTA. QUE. PARIU. EDDIE… VOCÊS… VOCÊS VENDERAM MEIO MILHÃO DE CÓPIAS!!! - gritou Catarina, se levantando euforicamente da poltrona.

Eddie também se levantou, com os olhos arregalados e um sorriso do tamanho do universo. Os olhos dos dois marejavam. Eles pularam de alegria, gritaram, fizeram um escândalo. Catarina pulou no colo do namorado, enroscou as pernas ao redor de sua cintura e o beijou como um campeão no primeiro lugar do pódio.

- Vocês conseguiram, Eddie. Vocês venderam meio milhão de cópias em menos de 1 semana!!! Isso já é um disco de ouro!!! - gritou Catarina, chorando de emoção.

- Nada disso seria possível sem você, Cat. Muito obrigado por existir. Se você não tivesse mandado nossa demo pro Geraldo… - respondeu ele, a beijando incessantemente.

- Não, Ed. Isso só é possível porque vocês são incríveis e talentosos. A Sons of Cain merece isso e muito mais! Meu deus… eu namoro oficialmente um astro do rock! - exclamou Catarina, com um largo sorriso no rosto.

- E eu namoro uma gênia, porra! - exclamou Eddie de volta - Eu vou assinar discos e você vai assinar livros. Improvável e perfeito.

Catarina amou ouvir aquilo. Realmente, improvável e perfeito. Eddie, oficialmente, tinha uma turnê pela frente. O som dos caras já estava famoso, agora faltava eles ficarem famosos.

Eddie estava realizado, extasiado, como se estivesse tão chapado que estava alucinando um sonho bom.

Imediatamente ele ligou para os outros caras da banda, que já estavam a par da situação e estavam tão eufóricos quanto ele. Combinaram de se encontrar em um bar para comemorar e, óbvio, que Catarina estava incluída nessa conta, afinal, se não fosse por ela conhecer Geraldo, talvez eles não tivessem uma oportunidade daquelas nunca durante a vida.

No bar, todos beberam alucinadamente. Era um dia de festa, a Sons of Cain estava mesmo acontecendo.

Propuseram um brinde à Catarina, que ficou roxa de vergonha, mas aceitou de bom grado, afinal, estava muito feliz por todos e satisfeita por ter ajudado.

No fim da noite, voltaram para a casa de Eddie, mas estavam muito bêbados para conseguir transar. Ao invés disso, deitaram lado a lado e começaram a conversar sobre algumas coisas, principalmente, sobre como seria incrível a turnê pelo país, que ainda teria os detalhes definidos.

- Que loucura, gatinha. Uma turnê por todo o país, pensa bem?! - disse Eddie, com a voz um pouco embolada pela embriaguez - E depois? Conquistamos o mundo!

- Vocês já conquistaram o mundo, gatinho. - respondeu Catarina, também com a voz meio embolada.

- Imagina só, viajar pela Itália, Alemanha, Inglaterra, México… uh!!! Brasil!! E se um dia nós formos tocar no Brasil? Você me ensina a falar brasileiro? - perguntou ele, empolgado.

- É português, bobo. Sim, ensino. O que você quer saber? Te ensino agora mesmo! - respondeu Cat, risonha.

- Como se fala “good night, Brazil!”? - perguntou ele.

- Boa noite, Brasil! - respondeu ela, devagar.

- “Buaia nóitchi, Brazil!” - repetiu ele, com sotaque carregado, levantando uma mão com o punho fechado para cima.

- Quase isso, até que não foi ruim! - disse Catarina, rindo do português fajuto do namorado.

- Português é bonito, eu gosto. Eu podia passar horas ouvindo você falar português, sabia? - revelou ele.

- Não sabia que você gostava tanto de me ouvir falando português. - respondeu Cat, surpresa, enquanto olhava nos olhos de seu amor.

- Eu amo. Amo tudo em você, Catarina. - respondeu ele, com cara de bobo, olhando para todos os detalhes do rosto de sua namorada - No dia que eu ficar rico e famoso, prometo que te levo pra conhecer o mundo. Pra qual lugar você quer ir primeiro? Pode escolher qualquer lugar! - perguntou ele, viajando na maionese, enquanto acariciava os cabelos de Catarina.

- Hm… pergunta difícil… mas acho que Mikonos, na Grécia. - respondeu ela, com os olhos para cima, pensativa.

- Uau, eu nunca pensaria nessa resposta. Mas tá combinado. Quando eu for rico e famoso vou te levar para a Grécia. - disse ele, encarando a menina com as pupilas dilatadas.

Ficaram jogando conversa fora até pegarem no sono, o que não demorou tanto, o álcool no sangue deu uma ajudinha. 

Nenhum sonho poderia superar, jamais, o que estava acontecendo na vida dos dois naquele momento.


Notas Finais


E aí, o que acharam?
Um capítulo bem levinho pra acalmar os ânimos pro que vem logo por aí.
Comentários são bem-vindos ;)


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