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História Ainda te amo - Capítulo 10


Escrita por: Adhara_00

Capítulo 10 - Capítulo 10


Pov Merida

   Depois de uma semana, eu já estava em casa. Eu ainda não tinha ido para o trabalho porque ainda estava de férias então eu pude passar bastante tempo em casa com Amy.

Quando estava só, procurava imediatamente algo para fazer pois sempre que tinha oportunidade meu cérebro me transportava para duas semanas atrás onde eu estava nos braços de Hiccup e seus lábios colados no meu. Isso me destruía.

   Eu não vou mentir e falar que não sinto falta dele, mas o que eu devo fazer? Sim, eu amo ele, mas eu concordei com um relacionamento sem sentimentos com ele por uma semana. Eu sabia onde eu estava me metendo e eu só posso culpar a mim mesma agora. Mas isso não significa que machuque menos.

   Felizmente minhas férias acabaram e voltei a ativa. Era segunda-feira e eu acordei 7 horas da manhã e logo em seguida indo acordar Amy.

   - Mãe, eu não quero ir - Amy resmungava enquanto eu tirava a coberta de cima dela.

   - Nada disso, mocinha - Falei indo até sua cortina e abrindo-a deixando o sol entrar. Olho para trás e vejo sua cara  emburrada e seus cabelos todo bagunçados.

   - Papai, me deixaria faltar - Ela comenta tentando me persuadir.

   - Não, não deixaria, porque se ele fizesse isso ele não estaria vivo agora - Brinquei com ela que deu um sorrisinho - Agora vamos se não você vai se atrasar e eu também.

   Amy foi se arrumar assim como eu, nos encontramos na cozinha e tomamos café juntas enquanto ela me contava um dos seus sonhos doidos que teve.

  Pov Hiccup

   Já faz uma semana que estou de volta, e eu já não sei quantas mulheres eu dormir para tentar esquecer a Merida (novamente). Eu não sei explicar o poder que aquela mulher tem sobre mim, mas é intenso.

    Relembrar nossa última semana juntos é inevitável. Mas que merda, eu ainda estou viciado naquela mulher de um jeito inexplicável. Eu acho que ainda não tô pronto pra deixar ela ir. E por essa razão eu estou indo á cafeteira que ela sempre vai antes de ir para seu trabalho.

   Vejo seu carro estacionado em frente ao estabelecimento e sorrio satisfeito por ter chegado a tempo. Entro e encontro ela de frente para o caixa provavelmente fazendo seu pedido.

   - Eu vou querer um café preto sem açúcar - Ela fala para a atendente a sua frente.

   - Você pode trazer dois desse - Falo por trás dela fazendo-a se assustar. Ela olha para mim surpresa.

   - Por que você tá aqui, Hiccup - Eu já falei como eu amo ouvir meu nome na voz dela? Chega a me causar arrepios cada vez que ela pronuncia.

   - O café - Eu falo fando de ombros e ela deu uma risada sarcástica.

   - Eu NUNCA te vi aqui antes - Ela falou dando ênfase no "nunca".

   - Pensei tentar algo diferente - falo sorrindo debochadamente e ela revira os olhos  virando para frente esperando seu pedido. Aproveitei o momento para admirar a mulher que estava diante de mim. Merida estava com seus cabelos rebeldes presos em um coque frouxo com alguns fios soltos. Usava um body preto de rendas sem alça com um terno de mesma cor por cima e uma calça preto com um salto. Estava linda. Merida é do tipo de mulheres que ao entrar na sala todos os olhares são voltados para ela inclusive os meus.

   - Fala logo o que quer, Hiccup - Ela fala ainda não olhando para mim.

   - Ok, você me pegou. Vamos conversar lá fora? - Falo vendo a atendente trazer nossos pedidos. Merida pega seu café e eu o meu e me guia para fora da lanchonete.

   Nos sentamos em uma das mesas vazias e Merida já vai direto ao assunto.

   - O que quer conversar? - Tomo um longo suspiro antes de falar e ela me olha preocupada.

   - O que você acha da gente continuar onde nós paramos ? - Perguntei exitante.

   - O-O que? - Ela me olha supresa - Você quer continuar o negócio de "nada de compromissos, só sexo" ? - Ela fala e uma senhora que estava passando olha assustada para nós.

   - Sim - falo seriamente.

   - Por que? - Essa era uma boa pergunta. Me aproximo dela pego uma mecha solta de seu cabelo e coloco atrás de sua orelha.

   - Porque eu não tô pronto pra te deixar ir, Merida - Ela me encara por uns segundos com um leve rubor em suas bochechas. E me dá o seu típico sorriso. Nunca me canso de vê-lo. E como se fosse automático abro um sorriso também - Eu não parava de pensar em você nesses dias, Meri

   - Eu também - Ela fala sorrindo e no mesmo instante pressiono seus lábios nos meus.

   Pov Merida

   Depois do meu encontro com Hiccup na cafeteria fui para o meu trabalho. Entrei na empresa e fui até o elevador que graças a Deus não tinha ninguém ao chegar no meu andar estranhei Vanellope não estar em sua mesa, na verdade existia várias caixas em cima dela sem ninguém por perto.

   - Tá procurando pela Vanellope? - Uma voz pergunta atrás de mim e me viro. Era Honey Lemon uma designer de interiores da empresa.

   - Só curiosa pra sabe o que aconteceu - Falei sorrindo indo até ela.

   - Ah então não ficou sabendo? - Fiz que não com a cabeça - Ela pediu demissão - Honey falou meio desapontada.

   - O que?! - Perguntei chocada - Por que? - Eu perguntei por puro impulso porque já imaginava uma razão. Ela não me manda uma mensagem há dias.

   - Ela disse que foi um motivo pessoal - Honey deu de ombros pegando uns dos papéis em cima da mesa. Olhei em volta e vi a porta que dava para o escritório do Tadashi. Aquilo me despertou uma curiosidade.

   - E o Tadashi? - Perguntei o mais inocentemente.

   - Hãn? Ele vai chegar daqui a pouco. Quer falar com ele? - Ele fala confusa e arrumando seu óculos que estavam caindo.

   - Ah não, não - Me apresso a falar - Eu só queria saber se ainda estava na empresa.

   - Por que não estaria, boba? - Ela deu risada e acompanho constragida - Então tô indo para minha sala - Ela sai e vou para meu escritório.

   Ao entrar me assusto ao encontrar Vanellope sentada cabisbaixa na cadeira em frente da minha mesa.

   - Vanellope? - Ela se vira para mim assutada - O que tá fazendo aqui?

   - Eu queria falar com você antes de ir embora - Ela fala olhando para baixo de novo. Vou até minha cadeira e me sento. Faço um sinal com a cabeça como se dissesse "prossiga".

   - Eu não tenho palavras para expressar o que tô sentindo agora, Meri. Eu me sinto péssima. Eu fui uma amiga terrível e insensível. Eu não sei o que tinha na cabeça quando eu beijei o Tadashi. Foi tudo minha culpa e tá tudo bem você não falar comigo. Eu vou entender. Eu sei que não mereço seu perdão. Me desculpa - Lágrimas começaram a sair de seus olhos - Me desculpa, Merida - Solto um grande suspiro.

   - Eu te perdoou, Vanellope, mas isso não significa que tudo vai voltar a ser como era antes. Entenda como eu ainda estou me sentindo traída - Ela concordou com a cabeça chorando ainda - Eu preciso de tempo para esquecer isso.

   - Eu sei, Meri. Tudo que importa é que ao menos você me perdoou - Ela sorri timidamente para mim, mas eu não correspondo.

   - Se é tudo o que você tem para me dizer pode sair, eu tenho alguns trabalhos para terminar e ainda uma reunião - Ela faz que sim com a cabeça e antes de sair sussurra um "sinto muito".

   Depois disso o resto do dia foi tranquilo, ninguém mais me perturbou. Cheguei em casa depois que busquei Amy na escola.

   Estava na sala assistindo algo quando a campainha toca.

   - Mamãe! A porta - Amy grita do seu quarto e reviro os olhos.

   - Eu sei - Respondo de volta.

   - E aí? - Hiccup fala quando eu abro a porta.

   - O que tá fazendo aqui? - Pergunto surpresa.

   - Mamãe? Quem é? - Amy grita de seu quarto outra vez.

   - Não fala que estou aqui - Hiccup fala entrando.

   - Por que? - Pergunto confusa. Amy ficaria mais que feliz se soubesse que o pai está em casa.

   - Porque daí a gente teria que explicar o que nós iríamos fazer no seu quarto - Ele sorri maliciosamente para mim e eu entendo tudo e ainda correspondo seu sorriso.

   - Nada não, querida. É só um pacote que chegou para mim - Eu grito e Amy responde um "ok".

   - Eu tenho um pacote esperando para você abrir - Hiccup fala sussurrando em meu ouvido e eu empurro ele.

   - Constrangedor, Hiccup. Menos.

   - Eu sei - Ele fala e nós rimos.

   Subimos silenciosamente para o meu quarto. Quando chegamos eu não consegui falar uma palavra e Hiccup já estava me beijando na cama tirando minha roupa e acariciando cada parte do meu corpo.

   - Porra, como eu senti sua falta - Hiccup sussurra em meu ouvido e me beijando novamente. Eu queria poder falar para ele o quanto eu senti sua falta também, mas se contasse ele se assustaria

   Algumas horas depois...

   Pov Hiccup

   Já era madrugada, mas eu não sabia exatamente o horário. Merida dormiu rápido (como sempre), mas eu não. Ela estava ao meu lado com a cabeça apoiada em meu peitoral desnudo. Fazia carinho em seus ombros enquanto observava o nada. E agora meus amigos eu lhe entrego um fato sobre a Merida. Ela fala enquanto dorme. Geralmente é qualquer coisa que ela está pensando.

   - Eu te amo - Escuto ela sussurrar. Me assusto com essa sentença, mas trato de me acalmar pensando "pode não ser você"
   ...

   Perai, se não sou eu quem é? E por que pensar nisso me deixa nervoso?

   - Eu te amo, Hiccup - Ela sussurra novamente. E eu sorrio satisfeito para logo desfaze-lo. Você não pode me amar, Merida. Isso foi um erro terrível.

   Me levanto da cama tentando não acordá-la assim que consigo saio de lá imediatamente. Amanhã resolverei esse problema.

No outro dia...

   Acordei cedo e vendo o horário. Merida já estava no trabalho. Me arrumei e fui até lá. Eu precisava consertar a merda que eu fiz. Eu não posso fazer ela sofrer de novo. Vou por um fim nisso.

   Bati na porta e entrei, ao me ver ela solta um sorriso gigante ao me ver. Ah ver isso agora é cruel. Não agora que eu tenho que fazer isso.

   Coragem pode ser reunida em um instante, mas pode ser dissipada imediatamente.

  - Hey, meu horário de almoço ainda vai demorar - Ela fala.

   - Eu sei, eu não podia esperar até lá - Falo dando de ombros. E ela se levanta e vem até mim e me beija e como fraco que sou correspondo e tudo que eu penso é " Caralho Hiccup, você veio aqui acabar com isso, não continuar"

   Tem algo de especial toda vez que os lábios de Merida tocam os meus. É o sentimento de agarrá-la e nunca mais deixá-la ir. Apesar de eu querer fugir para longe nesse exato momento, eu não faço ,ao invés disso eu começo a tirar sua roupa porque eu preciso sentir seu corpo contra o meu.

   Eu continuo falando para mim mesmo para parar. Eu estou preste a quebrar o coração dela.De novo.

   Mas eu preciso dela mais uma vez, porque depois disso ela vai me odiar. E eu não a culpo.

   Enquanto nosso beijo ficava mais urgente, mais culpado eu me sentia. Em último suspiro de dignidade que me restava eu me afastei dela.

   - Eu não posso fazer isso - Eu falo depois que me afasto dela e ela me olha preocupada.

   - Algum problema? - Ela pergunta me avaliando e se aproximando de mim novamente, mas eu m afasto e olho para o chão. Não consigo encará-la nesse momento.

   - Aquela semana foi um erro, Merida. Isso - Eu apontei para mim e ela - É um erro. Nunca deveria ter acontecido - Seus olhar se torna obscuro. Eu nunca vi essa expressão em seu rosto - Eu sinto muito.

   - É sério isso?!?! - Ela grita irada - Ontem você veio na porra da minha casa falando como não consegue parar de pensar em mim e o quanto você sente minha falta - Ela dá uma pequena risada sarcástica. - Caralho, você fez sexo comigo ontem e hoje você vem aqui e quase faz sexo comigo DE NOVO - Eu nunca vi ela brava desse jeito. Enquanto ela grita tudo isso para mim eu apenas a encaro estático - E agora você me diz que tudo isso foi um erro. Você me deveria ter me falado antes, seu babaca.

   - Eu sinto muito, eu não queria te machucar de novo - Eu falo passando uma mão eu meus cabelos bagunçando-o. Isso tava me dando dor de cabeça.

   - E você acha que isso não me machuca ? - Ela pergunta com os olhos cheios de lágrimas.

   - Isso não era pra ter complicações, Merida - Eu cruzo os braços e a encaro seriamente.

   - E o que isso significa? - Ela me imita e cruza os braços. Me encarando de frente.

   - Não era pra você se apaixonar por mim - Falo por fim. Sua expressão continuou imutável por uns segundos, mas depois uma nova expressão se formou em seu rosto. Não sei dizer se era tristeza ou arrependimento. Talvez os dois. Mas antes que eu consiga decifrar ela vira de costas para mim.

   - É impossível se apaixonar por alguém por quem você nunca se apaixonou - Sua voz era amarga. Aquilo me quebrou.

   - Merida... - Eu tento me aproximar dela mas ela dá um tapa em minha mão.

   - Sai - Ela fala séria - Sai daqui agora e nunca mais apareça na minha frente - Eu faço o que ela manda

   - Eu sinto muito - Eu falo antes de fechar a porta atrás de mim. Eu ainda posso escutar seu choro.



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