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História Akai Ito - Cap 5 - Primeiro Encontro - Parte 2


Escrita por: Sadseiji

Notas do Autor


Primeiramente, #ForaTemer
Segundamente, olha quem resolveu aparecer \o/ Finalmente tô de férias! Queria ter postado antes, mas tava em fim de período na facul, ai não rolou. Mas cá estou eu, com mais um capitulo e com mais um spoiler no titulo hahaha

Quero agradecer a todos que favoritaram a fic, cada favorito me alegra coração S2
Quero agradecer também aos comentários! Vocês não sabem o quanto isso me motiva! Agradecimentos a ~Amelinda, a ~camieroux , a ~Noire (sim gente, olhem as divas que tão me acompanhando, to até com vergonha hahaha) e também a ~Deusas, cada comentário lindooooooooooo! Muito obrigada meninas!

Agora os recadinhos de sempre:
*Capitulo não betado
*Os versos nos inicio de cada capitulo pertence a mim, salvo se houver algum aviso;
* Os personagens pertencem ao Masami Kurumada
*As imagens não pertencem a mim, salvo algum aviso;
*As personalidades de alguns personagens podem estar alteradas;
*A aparecia física de alguns personagens foram tiradas do mangá, enquanto de outros foram retiradas do anime.
* A história também está sendo postada no Nyah!

Boa leitura!

Capítulo 5 - Cap 5 - Primeiro Encontro - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Akai Ito - Cap 5 - Primeiro Encontro - Parte 2

Cap 5 - Primeiro Encontro - Parte 2

No capítulo anterior:

Milo implorou aos céus para que o ruivo também fosse masoquista e tivesse pego química avançada. Quem sabe dessa vez suas preces não serão atendidas?

Milo olhou mais uma vez pra mesa onde estava o ruivo e não o viu mais.

Agora

Perdi minha voz

Perdi meu senso

Mergulhei em você

E perdi a mim mesmo

POV – Camus

- Não precisa falar nada Aiacos, já vi que o loiro está olhando pra cá.

- Ele não sabe nem desfaçar. Que ridículo!

- Será que o Oga tá bem? Queria que ele pudesse comer neste refeitório com a gente. – Camus mudou de assunto propositalmente, queria desviar a atenção do irmão.

- Eu não. Não quero o pirralho me incomodando no meu horário de descanso.

Camus simplesmente lhe lançou um olhar blasé. Como sempre, não entendia Aiacos: em alguns momentos ele insistia em ficar com o irmão e em outros parecia não suporta-lo.

- Eu já vou indo pro prédio do laboratório Aiacos. A gente se vê em casa e deixa que eu levo o Oga.

- O intervalo ainda não acabou Camy, fica mais comigo. – Aiacos gostava da companhia do ruivo, humilha-lo era o ponto alto do seu dia. Aiacos sabia o que o pai fazia com o outro garoto, ele queria fazer também, mas foi proibido, e por isso brincava de outras formas: violência verbal e psicológica, ameaças de abuso e principalmente humilha-lo na frente de outras pessoas. Hades havia ensinado o filho que Camus era alguém a ser desprezado e que ele não podia perder a oportunidade de infligir algum tipo de dor ao menor.

- Eu estou indo pra lá justamente pra ficar longe de você Aiacos. Até mais. – Camus saiu, pedindo aos deuses que Aiacos não o seguisse, e dessa vez eles atenderam.

O refeitório ficava no prédio da sala de aulas do ensino médio, então Camus precisou sair e ir até o outro prédio onde ficava os laboratórios. Já do lado de fora ele aproveitou para se sentar a sombra de uma das árvores e ler um pouco até o sinal tocar, o que não demorou muito. Ele até cogitou não ir a aula, sua cabeça ainda estava dolorida e seu corpo também, mas corria o risco de ficar sem dupla. Então, após retirar a grama que ficou grudada em suas roupas rumou para a sala.

Chegando lá teve uma surpresa maravilhosa: o garoto loiro estava na sala, porém, como nada na vida de Camus é perfeita, o loiro estava acompanhado de uma garota também loira, a mesma que estava com ele no refeitório. A oportunidade de se sentar ao lado dele escorreu pelo ralo.

O jeito era se sentar em outro lugar, o único lugar vazio era na primeira bancada, ao lado de um garoto alto de cabelos azuis escuros.

- Oi, posso me sentar aqui? – Camus falou para o garoto de forma educada, que o observou de cima a baixo antes de responder.

- Claro, eu sou o Saga e você? – O garoto de nome Saga tinha uma voz grave e soava autoritária. Sua aparência era impecável, apesar dos cabelos coloridos que davam um charme a mais e também combinava com seus olhos.

- Camus. – Respondeu enquanto se sentava e estendia a mão para apertar a de Saga.

- Bem-vindo ao Santuário Camus. Você usa lentes? – Saga fixou os olhos nos de Camus que desviou o olhar envergonhado.

- Não, eles tem essa cor naturalmente.

- É bonito, combina com seus cabelos.

Camus, sem graça, deu um sorriso de lado, talvez ele se desse bem com Saga. Geralmente as pessoas faziam comentários maldosos com seu genótipo.

- Como você sabe que eu sou novo aqui nessa escola? – Resolveu mudar de assunto, falar sobre sua aparência o deixava envergonhado.

- Não teria como eu não notar um garoto tão bonito como você. Além do mais seus cabelos chamam a atenção, eu saberia se já tivesse te visto. – Saga falava sem nenhuma inflexão na voz, mas na verdade estava admirado com o ruivo ao seu lado. Ele estava arrasado com seu último relacionamento, e ainda não tinha se recuperado da perda daquele a quem devotou alguns anos de sua vida. Mas talvez estivesse na hora de parar de se lamentar e partir para outra.

- Obrigado – Neste momento Camus corou, não sabia o que dizer, sentia-se intimidado por Saga, mas não de uma forma ruim, talvez fosse a naturalidade com que ele falasse essas coisas. Não parecia que ele estava dando em cima do aquariano, e nem mesmo debochando. Parecia realmente sincero.

POV Milo

Ele não conseguia acreditar no que estava vendo, o ruivo entrou no laboratório e sem o outro garoto!

 “Por favor que ele não tenha entrado na sala errada”, Milo pediu em pensamentos e foi atendido. Porém o ruivo sentou-se ao lado de um garoto de cabelos azul escuro bem conhecido de Milo: Saga. Um garoto alto, bolsista, considerado um verdadeiro gênio na escola e por isso era capitão da equipe de decatlo acadêmico, com ele a escola havia vencido as duas últimas competições federais, o escorpiano nunca foi com a cara dele, principalmente depois do que aconteceu com Aioros.

- Milo. Milo! – June precisou chama-lo mais de uma vez para que ele prestasse atenção nela. – Você está obcecado no ruivo! Se você pudesse matar só com um olhar o Saga já estaria morto!

- Olha como ele ‘tá devorando o meu ruivo com o olhos, aposto que se eles estivessem sozinhos ele já teria dado o bote. – Milo a respondeu entre os dentes, sem desgrudar os olhos dos dois mais à frente.

- Seu ruivo? Milo você mesmo disse que nem conhece o cara ainda! – June conhecia Milo a muito tempo, nunca o tinha visto daquele jeito, tão vidrado em alguém, geralmente era o oposto que acontecia, as outras pessoas é quem ficavam atrás dele.

- Eu sei June, mas como você disse, eu estou obcecado por ele desde que o vi no estacionamento, preciso falar com ele.

- Depois da aula você fala. O professor já entrou.

- Caralho! Vai ser o Sr. Blanche que vai dar essa aula! Tamo ferrado!

- Boa tarde meninos e meninas, pra quem não me conhece meu nome é Degél Blanche e lecionarei química avançada para vocês este ano. Estou vendo várias carinha novas aqui. Já deixo avisado: não é porque vocês são novos que eu vou facilitar. Vejo que vocês já escolheram as duplas, porém prefiro que eu mesmo escolha.

Neste momento vários alunos começaram a reclamar, não queriam separar as duplas, porém para Milo isso era uma oportunidade.

O professor Degél começou a recitar as duplas, quando ouviu seu nome, Milo ficou atento.

- Milo Philemon e... Camus Chermont. – Milo viu o ruivo se levantar e olhar ao redor, será que ele deu a sorte grande? Ele não podia acreditar.  Caminhou até o ruivo.

- Olá, você é o Camus? – Milo sentiu seu coração falhar esperando a resposta do ruivo que o olhava analiticamente, sem sorrir.

- Sou, você é o Milo? – A voz dele não era o que Milo esperava, era grave, marcante, porém baixa. Milo sentiu todo eu corpo e arrepiar.  Milo notou algo novo: o menor tinha pequenas e discretas sardas no nariz e nas maçãs do rosto. Achou adorável. Aqueles olhos pareciam ainda mais vermelho de perto, seria o reflexo dos cabelos? Ninguém deveria ter olhos como aqueles. Seria o garoto algum demônio? Isso explicaria a atração inexplicável que o escorpião sentia pelo ruivo.

- Você está bem? – O som daquela voz tirou Milo de seus devaneios.

- É sim... cla... claro – A voz de Milo parecia sumir. O que estava acontecendo com ele? Não era do seu feitio não saber o que dizer. Pelo contrário, ele era muito bom em manter uma conversa.

- Acho que podemos sentar nessa bancada mesmo, já que o Saga foi se sentar em outro lugar. Pode ser?

- Claro. O seu namorado não faz essa aula com você? – Milo sempre achou que o filtro entre seu cérebro e sua boca veio com defeito. Mas ver como o ruivo ficou mais lindo ao corar, ele nem se desculpou por fazer uma pergunta tão invasiva.

-  Eu não tenho namorado – O ruivo abaixou a cabeça.

- Mas e aquele cara que estava com você? Ele é seu guarda costas então?

- Ele é meu irmão.

POV Camus

Quando viu o loiro indo em sua direção, Camus ficou eufórico. Mas ele não demonstrava. Sentia um certo receio. As coisas não costumavam dar certo para ele, por isso estava desconfiado.

- Olá, você é o Camus? – Que voz era aquela? Era tão jovial, emanava uma energia tão boa.

- Sim, você é o Milo? – Camus se forçou responder, sua voz saiu baixa porém conseguiu mantê-la firme.

Camus percebeu que o loiro não tirava os olhos do seus, ele já estava se sentindo constrangido com o olhar. Poderia não parecer, mas o aquariano era muito tímido, ele se esforçava para lutar contra isso, mas ficava vermelho com facilidade. Precisava dizer algo.

- Você está bem? – Foi a única coisa que Camus conseguiu pensar em dizer.

- É sim... cla... claro

- Acho que podemos sentar nessa bancada mesmo, já que o Saga foi se sentar em outro lugar. Pode ser? – Ofereceu Camus. Ele não sabia se era impressão sua ou o loiro estava realmente nervoso?

- Claro. O seu namorado não faz essa aula com você? – A pergunta de Milo pegou Camus desprevenido, ele sentiu seu estomago se revirar.

-  Eu não tenho namorado – Foi o que conseguiu dizer, sentindo seu rosto esquentar, sabia que estava ficando vermelho, não gostava de falar sobre o irmão.

- Mas e aquele cara que estava com você? Ele é seu guarda costas então?

- Ele é meu irmão. – Neste momento Camus se lembrou o porquê de nunca ter tentado ter um relacionamento sério: Hades e Aiacos nunca haviam permitido. Camus não colocaria Milo na mira dos dois, ele teria que se afastar do loiro.

 

POV – Milo

Milo não sabia como reagir àquela resposta: seu coração se sentia mais feliz que nunca, afinal, o ruivo não era comprometido, porém ao constatar a imensa e negra nuvem de tristeza que se instalou nos olhos do menor, ele se arrependeu de ter perguntado.

 - Me desculpe. Acabei de te conhecer, não devia ser tão invasivo e...

Ele nem mesmo acabou de falar e o ruivo se levantou.

- Pr. Blanche, gostaria de mudar de dupla. – Milo o olhou espantado, aquela era uma ação completamente exagerada ao seu ver.

- Como é mesmo seu nome rapaz? – Milo começou a rezar em silêncio, queria mais uma chance com o ruivo.

- É Camus professor, Camus Chermont. Esse é meu primeiro ano aqui nesta escola.

- Pois bem Sr. Chermont, há quanto tempo conhece o Sr. Philemon?

- Acabei de conhece-lo, senhor.

- Então qual seria o motivo para querer mudar de dupla? O que fez para ele Sr. Philemon?

Quando o professor Degél se voltou para Milo, este ficou novamente sem saber o que dizer.

- Ele não fez nada professor, mas pela nossa breve conversa deduzi que não nos daremos bem.

Milo não queria aceitar, não era possível que uma simples pergunta afetaria tanto assim o ruivo. Afinal ele não havia perguntado nada demais.

- Faremos o seguinte Sr. Chermont, manteremos a dupla por mais algum tempo, caso haja algum problema resolveremos. Daremos continuidade a aula.

Milo observou o ruivo se sentar e baixar a cabeça na carteira. Não conseguia entender a reação do outro. Que tipo de problemas ele deve ter com o irmão para não querer falar dele? O loiro sempre desejou ter um irmão, mas seus pais não puderam realizar esse desejo. Ele sempre imaginou que irmãos são uma coisa boa, ele via isso com Aioros e seu irmão Aioria, os dois se davam bem, apesar de serem de tribos diferentes na escola, e ainda tinha Seiya e Seika. Com certeza Camus e o irmão não devem se dar tão bem assim, mesmo que o moreno não desgrude do ruivo. Milo precisava saber, não queria ver o ruivo ao seu lado sofrendo.

-Ei. – Ele tocou os ombros do menor ao seu lado, sentiu um leve choque percorrer seus dedos, e quando este levantou a cabeça e lhe dirigiu aquele par de olhos vermelhos carregados de ódio e tristeza, Milo se sentiu os seus próprios olhos arderem. – Me desculpe.

POV – Camus

Camus não sabia o que fazer, ele sabia que o loiro ao seu lado mexia com algo seu por dentro. Aqueles olhos o atraíam, a voz dele parecia toca-lo, aquela pele morena o convidava ao desejo. Alguma coisa dentro dele havia acordado quando viu Milo no estacionamento, parecia que finalmente havia encontrado por algo que procurava. Mas Camus também sabia que nada seria possível com o loiro. Não enquanto Hades ainda tivesse poder sobre ele. O aquariano percebeu que a uns 2 anos o jeito de do mais velho mudou para consigo, ele estava mais possessivo e agressivo, principalmente quando o ruivo voltava com alguma marca no corpo, nesses momentos Hades sempre dizia que o garoto pertencia a ele e que não queria Camus com outros, e sempre que ele começava a se envolver com alguém, Hades se intrometia.  Aiacos com certeza iria comentar sobre o loiro quando chegasse em casa. E isso causava tanto ódio e tristeza ao menor, que ele queria gritar e chorar, mas precisava se conter, não era do seu feitio demonstrar seus sentimentos assim.

- Ei. – Quando ouviu a voz do maior ao seu lado, sentiu seus dedos tocar-lhe o ombro, um leve choque foi sentido, o lado racional de Camus, aquele que sempre vencia, dizia para continuar de cabeça baixa, mas Camus fez algo que raramente fazia, ignorou esse pensamento e levantou a cabeça, dirigindo seus olhos para os olhos do maior. – Me desculpe.

Os olhos azuis claro estavam marejados. Parecia que o garoto iria chorar a qualquer momento. E neste instante Camus fez algo inesperado e inexplicável: sorriu para o menino loiro a sua frente. Um sorriso simples, mas sincero. Um sorriso que dizia que tudo ficaria bem. Algo tão puro, que a muito tempo não se via no rosto do aquariano.

Os dois passaram o resto da aula em silêncio, absorvendo o que o professor dizia. As trocas de olhares eram inevitáveis, um parecia magnetizar o outro. Quando o sinal do fim da aula bateu, ambos se sobressaltaram. Não perceberam a passagem do tempo, tal qual era a admiração mútua a qual eles haviam se entregado.

- Foi um prazer ter te conhecido Milo. – Camus estendeu a mão para o outro, não queria parecer formal, mas ficou em dúvida do que fazer.

- O prazer foi todo meu. Você já escolheu pra qual clube vai entrar? Me desculpe, ‘to sendo invasivo de novo.

- Não tem problema. Eu vou tentar me inscrever para o clube de música.

- Você canta? – Milo parecia surpreendido com a escolha do ruivo, ele não parecia do tipo que subia em um palco.

- Eu fiz aulas de canto quando mais novo, mas quero entrar pra tocar piano, não gosto de cantar. E já que você tocou no assunto do clube, é melhor te dar um aviso. Meu irmão vai se inscrever no clube de natação. – Camus achou melhor deixar Milo preparado, já seria ruim o bastante Aiacos se ver surpreendido, não queria que o loiro tivesse algum tipo de reação estranha também.

- Verdade? E ele é bom?

- Sim, é muito ágil e tem bom preparo físico. Acredito que ele será uma boa aquisição para sua equipe. Mas tome cuidado com ele. Aiacos é uma pessoa... complicada.

- O que você quer dizer? Acha melhor não permitir que ele entre?

- Isso não sou eu quem decide. Aiacos é bom, muito bom mesmo. Você só vai precisar de paciência. Mas ele adora competir, e mais ainda, ele adora ganhar. Se vocês conseguirem direcionar o foco dele para a competição, com certeza terão uma grande chance de vitória.

- Obrigado pelo conselho, Camus. Você está indo pra sala de música? Podemos ir juntos, já que a sala do clube de natação fica no mesmo prédio.

Camus ponderou, queria continuar a conversar com o loiro, ele era interessante. Mas seria desagradável dar de cara com o Aiacos no meio do caminho. Era melhor não arriscar, outras oportunidade iriam surgir.

- Eu tenho outras coisas pra fazer antes de ir pra lá. Mas anota meu número ai pra gente combinar de como faremos as atividades passadas pelo Pr. Blanche.

- Certo. – Camus ditou o número para Milo, que após anotar, voltou seu celular para o rosto do ruivo e disse: - Sorria.

POV – Milo

Milo estava gostando de conversar com o ruivo, e queria estender a conversa mais um pouco.

- Obrigado pelo concelho, Camus. Você está indo pra sala de música? Podemos ir juntos, já que a sala do clube de natação fica no mesmo prédio.

Milo observou a reação do ruivo, ele não parecia assustado como quando falou do irmão, mas tão pouco parecia que iria aceitar o convite.

- Eu tenho outras coisas pra fazer antes de ir pra lá. Mas anota meu número ai pra gente combinar de como faremos as atividades passadas pelo Pr. Blanche.

-Certo. – Milo se segurou para não dar o maior sorriso da sua vida, enquanto ia anotando o número no celular, já pensava em como convidar o ruivo para fazer algo no fim de semana. Sem conseguir se conter, Milo ligou a câmera e voltou o celular para o rosto do ruivo, ficou um pouco apreensivo com uma possível reação ruim, mas seu auto controle não existia nesse momento – Sorria.

E Camus simplesmente sorriu.

Quando acordou naquela manhã, Milo havia sentido que este seria um bom dia, mas não podia imaginar que seria tão bom assim. O ruivo era incrível! Tão bonito e inteligente! Queria muito encontra-lo novamente. Queria não, precisava. Precisava ouvir sua voz suave, sentir o cheiro doce que desprendia de seus cabelos vermelhos como o fogo, precisava saber como era tocar sua pele, qual o gosto da sua boca. Milo já começava a imaginar como seria ouvi-lo gemer seu nome, com certeza seria divino. O escorpiano estava tão entretido nesse pensamento que nem percebeu que já havia chegado na sala do clube de natação. A sala era ampla, com uma mesa cercada com seis cadeiras, ao lado um conjunto de sofás negros e confortáveis com uma mesinha, além imenso televisor e um quadro branco para anotações que geralmente estava rabiscado com coisa obscenas. Os meninos praticamente não usavam a sala, preferindo fazer suas reuniões à beira da piscina onde se sentiam mais à vontade, mas com a seletivas teriam que ficar mais tempo no local.

Afrodite e Carlo já estavam na sala a sua espera. Se encontravam sentados no sofá, com o loiro sentado entre as pernas do outro, que passava os braços ao redor de sua cintura.

- Alguém ai viu um passarinho verde por acaso? – Carlo zoou o amigo devido ao sorriso que esse trazia estampado no rosto – Ninguém volta de uma aula de química com um sorriso desse.

- Mais certo dizer que ele viu um passarinho ruivo, não é mesmo escorpião?

- Vocês não vão acreditar na sorte que eu dei! O ruivo se inscreveu no curso de química também e o professor Degél o colocou pra fazer dupla comigo! – Milo não se continha, precisava extravasar toda aquela alegria.

- Quem diria que o ruivo também era masoquista. E desde quando cair na turma do Degel é uma boa coisa? Aquele professor é pior que o demônio!

- Com o Camus ao meu lado eu nem me importo. Ele é tão lindo, e a voz dele? Já consigo imagina-lo cantando. – Disse Milo e jogando no sofá e cobrindo o olhos com o braço, sentia-se nas nuvens.

- Eu disse que você está apaixonado. Camus, um nome bonito. Combina com ele, mas chama-lo de ruivo é mais misterioso. – Afrodite estava gostando desse Milo apaixonado, ele achava que já estava na hora do loiro conhecer alguém legal, alguém que ele gostasse de verdade, e que gostasse dele. Ainda não sabia se o ruivo seria a pessoa ideal para esse papel, mas Afrodite não gostava de julgar pelas aparências, então com certeza daria uma chance ao garoto de fazer com que seu amigo fosse feliz.

- Cara, mas e aquele outro moleque que passou o tempo todo grudado nele? – Carlo pergunta, não conseguia entender toda aquela animação do amigo. Ok, o ruivo era bonito, não chegava aos pés de Afrodite, mas ele com certeza era pegável, muito pegável. Mas ainda assim não era motivo para tanta euforia.

- É o irmão dele. Mas parece que eles não se dão muito bem, Camus se esquivou quando perguntei e até pediu pro Degél trocar a dupla. Mas ‘ceis sabem como ele é né. Disse que se não houver algum incidente a dupla irá se manter.

- Muito estranho isso cara. O jeito que o cara olha o ruivo não se parece em nada com um olhar de irmão. E essa dele não querer falar do assunto... Ai tem coisa. – Carlos era extremamente desconfiado, além do que ele não havia ido muito com a cara do ruivo, ele parecia alguém muito problemático e ele sabia que Milo pensava mais com a cabeça de baixo nessas horas. – Fora que um não tem nada a ver com o outro, e eles são irmão não era pra eles terem nem que seja uma coisa em comum?

- Bom, eles devem ter a mesma idade já que estão na mesma sala, talvez o pai ou a mãe sejam diferentes, ou um deles seja adotado. Se um deles for adotado, faria sentido se o outro tivesse interesse no ruivo. Imaginem só se ele tivessem um romance escondido? Seria uma história de amor linda e trágica!

- A gente devia falar sobre a seletiva e não um possível relacionamento incestuoso do Camus com o irmão. Além do que ele não tem jeito de que faria isso, quando eu perguntei do irmão ele não pareceu nutrir este tipo de sentimento. Mas isso não é sobre o que viemos tratar, então ao serviço.

Milo não demonstrava, mas as palavras dos amigos o atingiram em cheio. Qual segredo Camus guardaria? Ele queria saber mais, porém algo lá no fundo lhe dizia que ele não gostaria do que iria descobrir...

 


Notas Finais


Então é isso! Finalmente os dois se encontraram, e por mais que tenha toda essa atração mútua, parece que o Camus está com um pé atrás e o Milo está desconfiado que tem coisas estranhas acontecendo...

Quem me conhece sabe que eu tbm shippo Camus e Saga, então não consegui deixar de dar uma palinha desses dois, e quem sabe não do um pouco mais de atenção pra eles? kkkkkkk
E outra, e o motivo do Milo não gostar do Saga? O que será que aconteceu entre ele e o Aioros? hummmm

Ain gente, eu acho tão fofo essa preocupação do MdM com o Milo, e o Dite? Parece mesmo "a Deusa do amor".

Mas e ai? O que acharam? Me contem!

Vou tentar não demorar tanto com o próximo! Até la!


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