História Além de mim - Amigos...

Alicia se encontrava no quarto de Marcelina esperando dar a hora de ir pro colégio, elas conversavam sobre o que tinha acontecido de manhã.

- Mas fala sério, pra Majo dar um tapa na Cah ela deve ter tido um motivo bem forte. - Falou Aly defendendo a amiga. Marce ainda estava dividida pois não sabia ainda o motivo da briga por isso não tinha como defender nenhuma das duas.

- Ai, eu não sei o que falar, acho melhor a gente ir falar com a Majo e com a Cah pra depois tirar conclusões.

- É anã mais eu não vou poder agora, só se for mais tarde. - Falou Alicia desanimada. Na hora que Marce ia falar a porta se abre de uma vez e Paulo entra.

- Seu grosso, não sabe bater na porta não? - Falou Marce irritada. Guerra revirou os olhos e respondeu:

- Calma pequena, porque eu só vim chamar a Aly pra gente ir. Bora marrenta que tá na hora. 

- Tá, me espera lá embaixo que eu já vou. - Respondeu a morena. Quando Paulo saiu da porta Marcelina se virou para a Alicia e falou:

- Oque tá rolando? Ontem vocês estavam aos gritos e hoje mal brigaram.

- Eu não sei sinceramente, parece que se instaurou algum tipo de paz entre a gente de uma ora pra outra. - Respondeu Alicia pensativa. Marcelina a olhou com um sorriso maroto.

- Essa paz se chama amor, e não adianta revirar  os olhos tá legal, onwww vocês são tão fofos juntos. - Falou suspirando. Alicia só a encarou como se ela tivesse dito a coisa mais horrível para se dizer no mundo.

- Olha é melhor eu ir indo logo antes que essa sua loucura pegue em mim também. - Quando ia saindo Marce a chamou e disse:

- Olha eu vou contar sobre o namoro hoje, então será que dá pra você me dar um forcinha? Tipo tá presente na hora que eu for falar? - Perguntou com a carinha do gato de botas. Alicia a olhou tentando negar, mas  pensou que até que seria engraçado ver a reação do Paulo e calmamente respondeu:

- eu deveria dizer não depois das besteiras que você tava falando, como eu sou uma boa amiga então vou te ajudar, MAS você fica me devendo essa, agora tchau que tá na minha hora. - Alicia desceu e encontrou Paulo deitado no sofá, como os pais dos guerras trabalhavam praticamente o dia todo eles mal se viam, por isso era mais fácil eles não saberem do castigo. Foram em silêncio o caminho todo, quando entraram no Colégio seguiram para a sala de música, onde já a uma certa distância se escutava os gritos das crianças. Com um pouco de receio Paulo bateu na porta, que foi aberta por Marcelo professor de música. Quando eles entraram todas as crianças se calaram e Marcelo os apresentou:

- Então crianças esses são Alicia e Paulo e eles vão me ajudar nas aulas desses meses,  dêem um boa tarde bem animado pra eles.

- BOA TARDE- Gritaram as crianças todas juntas. O professor sorrindo se virou para os dois.

- Então, vocês vão me ajudar nos grupos para a apresentação de dia das crianças. Como a sala tem 15 alunos eu dividi ela em 3 grupos de 5 e cada um vai ter que apresentar uma música, eles já estão dividos então Alicia você vai ficar com aquele - Apontou para uma mesa em que estavam 3 meninas e dois meninos - e Paulo você vai ficar com esse daqui- Mostrou um grupo de 4 meninos e só uma menina- e eu vou ficar com esse. - Falou mostrando um grupo que parecia ser os mais novos.- Então bora começar, vocês escolhem as músicas, mas depois tem que me mostrar, ah e modo como vão apresentar também.

Paulo e Alicia trocaram um olhar aterrorizado e seguiram paras os seus grupos. Alicia chegou na mesa e constatou que todos eram muito fofos, e que iam dar muito trabalho.

- Oi pessoinhas, então como vocês sabem o meu nome é Alicia, mas eu queria saber o de vocês.

- Meu nome é Isis, e tenho 5 anos. - Falou uma pequena de cabelos loiros e encaracolados. Depois cada um foi se apresentando ainda um pouco tímidos, mas já mais a vontade. Enquanto Alicia conversava com os pequenos Paulo tentava acalmar o seu grupo, até porque 4 garotinhos juntos não é fácil, quando ele finalmente conseguiu com que eles se acalmassem, entregou papel e coleção para que desenhassem a música que queriam cantar, mas havia uma pessoa meio triste com quem Paulo ainda não tinha conseguido falar.

- Oi, você ainda não me disse seu nome. - Paulo falou, a pequena só o olhou e baixou a cabeça envergonhada e respondeu baixinho:

- É Luna. 

- E eu posso saber dona Luna porque é que a senhorita está tão triste? - Perguntou Paulo enquanto ela derramava algumas lágrimas silenciosamente.

- É porque eu sou a única menina, aí eles ficam me irritando, o Gustavo até disse que eu não tenho um nome normal. - Paulo a olhou sorrindo e disse:

- Sabe eu acho muito lindo o seu nome, e o que importa se não é "normal"? Eu conheço uma pessoa que tem o nome afrescalhado e nem liga. Quer saber eu vou chamar ela aqui. - Paulo se levantou foi até Alicia e pediu que ela o acompanhasse, assim que ela se sentou ele a apresentou a pequena.

- Luna, essa é a Alicia, o nome dela é a versão fresca de Alice e mesmo assim ela não se importa. - Aly o olhou com cara feia, mas suavisou o olhar quando percebeu o sorriso de Luna.

- Você é muito linda sabia? Igual ao seu nome.- Falou Alicia.

- E não liga se você é a única menina no grupo viu? Isso até que é bom. - Completou Paulo. A pequena o olhou curiosa e perguntou:

- Como assim?

- É porque você sendo a única menina, vai poder exercer seus poderes especiais. - Falou Alicia rindo.

- Que poderes? - Perguntou Luna animada.

- Ah você vai descobrir com o tempo, mas olha é segredo viu? - Alicia disse essa última parte baixinho, deu uma piscadela para a baixinha e voltou para o seu grupo.

A tarde para os dois estava sendo divertida, mas quem não estava se divertindo de jeito nenhum era a Majo e a Carmen.

 Majo estava deitada em seu quarto quando a porta foi aberta de repente, a assustando, e por ela entram Marga, Val e Marce que sentaram em sua cama e logo perguntaram:

- Tá legal, pode ir já falando o que aconteceu. - Falou Val impaciente.