História Além do Tempo (Percabeth) - Só você mesmo... (século XXI)

(Sem revisão)

 

 

Percy

 

Hoje haveria um jantar na casa dos meus tios, eles iriam apresentar a "garota salvadora da família", a menina tinha esse apelido por ter ajudado a Thalia a sair do mundo das drogas, ela quase virou uma hippie maluca.

 

Saindo do trabalho eu passo em casa somente para me arrumar. Tomo aquele banho pra esquecer os problemas enquanto as gotas de água caem contra minha pele, a melhor sensação é estar em contato com a água. Demorei um pouco no banho, mas nem por isso me atrasei para o jantar, já que eu me arrumo bem rápido.

 

Chegando na casa dos meus tios posso ver vários carros na frente estacionados, o carro do meu pai, do meu tio e dos meus primos, e talvez o da Thalia com a amiga, me pergunto se ela irá trazer Annabeth também, não que eu queira que ela esteja lá. Após estacionar meu carro em uma vaga que tinha, travo o mesmo ao sair e vou até a entrada da casa.

 

Todos estavam na sala, exceto Thalia e sua amiga. Conversei e cumprimentei todos os que ali estavam. Não demorou muito tempo para que Thalia chegasse, juntamente sua amiga. E Annabeth estava estava do lado dela.

 

— Boa noite família! — fala Thalia no meio do salão — Essa é minha amiga Annabeth Chase.

 

— A menina abençoada. Seja bem-vinda querida! — recebe tia Beryl.

 

Espera, Annabeth era a "garota salvadora da família"!?

 

— Muito obrigada senhora Grace. — Annabeth agradece.

 

Então começa as apresentações e tudo aquilo, e eu ainda parado encarando as meninas sem acreditar que ela era a amiga tão importante de Thalia, e sem acreditar que ela era uma Chase.

 

— Percy, vai acabar babando. — Jason fala ao se aproximar de mim por trás.

 

— Jason, ela é a amiga da Thalia, e ela é uma Chase. — falo ainda surpreso.

 

— Percy, você tá' por fora de muita coisa. Depois eu te informo.

 

Começamos o jantar e as conversas, em outros jantares nós estaríamos falando de trabalho, mas neste estamos conhecendo Annabeth, o que chamou minha atenção.

 

— Onde está sua mãe, querida? — pergunta tia Beryl.

 

— Ela está viajando pelo mundo com meu pai. — responde Annabeth.

 

— Seu pai? Pensei que ele… bem… — tio Zeus se enrola ao falar.

 

— Ah, ele não está mais entre nós. Mas eu estou falando do meu padrasto, o Michael. — ela explica.

 

— Então você se dá muito bem com ele. Isso é ótimo. — comenta meu pai, Poseidon.

 

— Sim, ele é como uma pai para mim. Quando meu pai se foi ele pediu para Michael cuidar de mim, ele disse para mim que eu deveria tratar Michael como um pai. Eu perdi ele muito cedo, Michael me ajudou em tudo, até mais do que a minha mãe já que ela estava com depressão. Ele também ajudou minha mãe, pouco tempo depois que meu pai morreu a esposa dele também se foi, ele e minha mãe começaram a se ajudar, mas só foram se relacionar mesmo quando eu fui para a faculdade. — Explica Annabeth.

 

— Uma triste história, porém com um belo fim. Espero que sejam felizes. — deseja minha mãe, Sally.

 

— Ah, eles são, viajando pelo mundo e agindo como adolescentes apaixonados. É um pouco meloso, mas amo ver eles tão bem. — Annabeth fala com um sorriso enorme no rosto.

 

Depois disso as conversas começaram a ser a mesma coisa chata de antes.

 

Após o jantar Jason me chamou para ir beber alguma coisa enquanto ele me falava uma coisa que eu precisava saber sobre Annabeth.

 

— Vai, pode falar. — digo assim que sentamos nos banquinhos.

 

— Lá vai. Sabe o pai da Chase? Pois é…

 

 

 

 

 

Leo

 

Por mais que eu odeie admitir, minha secretária tira toda minha atenção. Calipso é competente, inteligente, pontual, qualificada, mas é linda demais da conta, acaba me desconsentrando quando eu faço algo perto demais dela. O jeito inocente de como ela ri de tudo chega a ser provocante, ela é tão doce e preocupada comigo que me deixa hipnotizado, mas não mostra o mínimo de interesse em mim, não de uma forma que eu perceba.

 

Nesse exato momento, ela está me repassando todos os compromissos da minha agenda, e eu não consigo prestar atenção. Ela sempre está bem vestida, gosto do seu estilo, ela traz uma certa vida ao setor, no início ela usava roupas escuras e formais como todas as outras, depois ela mostrou ser diferente. O vestido rodado colorido de forma moderada, com uma bota marrom escuro de cano baixo, um casaco de renda branco e fita de cabelo vermelha trazem vida ao ambiente. Outras pessoas jugam sua forma de se vestir como inapropriado, mas eu acho lindo. E ela ainda ri das minhas piadas sem graça.

 

— Bom, é só isso. E não podemos esquecer a viajem para Seattle no final do mês. — ela termina de me passar a agenda da semana e coloca aquele belo sorriso no rosto outra vez.

 

— Você precisa ir comigo nessa viajem, nunca serei tão organizado como você, se você não for eu vou estar perdido. Por favor. — peço com a melhor cara de cachorro que consigo fazer.

 

— Tudo bem, eu vou. Acho que não vou ter nenhum compromisso. — ela se levanta — Mais alguma coisa Sr. Valdez.

 

— Sim. Nunca mais me chame de Sr. Valdez. É extremamente estranho. — peço — E, por favor, me manda os compromissos por e-mail, minha cabeça estava meio longe enquanto você me passava as informações.

 

— Claro. Com licença Senh… Leo. — ela corrige e sai da sala.

▪▪▪

 

Acho que a única coisa que tira minha paciência é ver pessoas sendo idiotas com outras, isso me deixa uma pilha de nervos. Assim que o expediente acabou e eu me retirei da minha sala pude ouvir uma discussão, ao me aproximar vi Beatrice zombando de Calipso enquanto ela estava ajoelhada no chão recolhendo alguns papéis.

 

— Eu sinto muito mesmo Srta. Beatrice, perdão. — Calipso se desculpa.

 

— Acho que deveria experimentar usar um óculos de grau amarelo para combinar com esse seu estilo de criança. — fala Beatrice.

 

— O que está acontecendo? — pergunto me agaichando ao lado de Calipso para ajudá-la.

 

— Sua secretária esbarrou em mim. — responde Beatrice — Vamos Leo, se levante daí.

 

— Em primeiro lugar, eu sou seu chefe e exijo que me me chame de Senhor. E em segundo lugar, tenho certeza de que a Srta. Steele não fez de propósito. — me levanto e ajudo Calipso a se levantar.

 

— Peço perdão Sr. Valdez. — fala Beatrice vermelha, só não sei se é de raiva ou vergonha.

 

— Peça perdão à Srta. Steele, não a mim.

 

— Perdão Senhorita. — Beatrice se encontrava mais vermelha ainda, acho que é raiva mesmo.

 

— Tudo bem. — fala Calipso com um sorriso — Aqui está, os documentos, impecáveis. — ela entrega à Beatrice com o mesmo sorriso de antes.

 

— Obrigada. Com licença, tenham uma ótima noite. — Beatrice se retira e vai até o elevador.

 

— Por que fez isso? — Calipso pergunta se virando para mim.

 

— Odeio quando pessoas precisam rebaixar outras para se sentirem maiores, isso é ridículo, Beatrice é exatamente esse tipo de pessoa. — explico.

 

— Obrigada, eu não consigo enfrentar ninguém. — ela fala rindo.

 

— Você ri de tudo. Isso é legal.

 

Vamos caminhando até o elevador e eu aperto o botão, nós ficamos à espera.

 

— Obrigada. Você acha que era melhor eu a me vestir como antes? É que as pessoas elas dizem que não é nem um pouco apropriado. — ela pergunta parecendo envergonhada.

 

— Acho que não. Você não é pau-mandado para fazer o que os outros acham ou deixam de achar. Nem mesmo eu que sou seu chefe me incomodo, por que que os outros vão querer se incomodar? Eles que cuidem das suas próprias vidas. — respondo.

 

— Mas, não sei… As vezes eu me acha um pouco infantil. — ela fala apontando para sua roupa.

 

— Eu acho lindo. — falo meio bobo.

 

— Obrigada. — ela agradece vermelha de vergonha.

 

— Quer dizer, traz uma certa felicidade para esse clima tão sério. — Continuo rapidamente.

 

O elevador abre suas portas e nós entramos.

 

— Térreo ou estacionamento? — pergunto.

 

— Térreo. — ela responde rapidamente e eu pressiono o botão do térreo — Então… como era sua antiga secretária?

 

— Uma mulher arrogante e egoísta com os outros, mas gentil e educada comigo. Falsa. O nome dela é Beatrice. — respondo com um sorriso de lado.

 

— Beatrice? Mentira! Ela foi sua secretária?! — ela pergunta com uma risada gostosa.

 

— Sim, ela era uma estagiária também. Gosto de dar chance aos estagiários.

 

— Você é uma pessoa muito boa. Não é qualquer um que tem essa paciencia.

 

— Eu não sou aquele típico chefe mandão e chato que todos pensam. Na verdade eu sou bem diferente desse tipo de chefe.

 

— Realmente, isso só mostra o quanto não devemos julgar à primeira vista. — ela fala e ficamos calados.

 

O silêncio começou a reinar e eu já podia escutar sua respiração. Pude ver no canto do olho ela mordendo os lábios e estalando os deles, parecia nervosa.

 

— Então… Sabe por que na Argentina as vacas vivem olhando para o céu? — pergunto matando o silêncio.

 

— Não faço idéia. — ela fala.

 

— Porque lá tem Boi-nos-ares. — respondo e ela começa a rir igual uma doida, acabo rindo também.

 

Como eu disse, ri até das minhas piadas sem graça.

 

— E você sabe por que as estrelas não miam? — ela pergunta depois que para de rir.

 

— Não faço idéia. — falo.

 

— Porque Astro-no-mia. — ela responde e começa a rir de imediato, eu não aguento e acabo rindo de novo.

 

— Só você mesmo. — acabo falamdo muito auto, mas ela parece não escutar. Chegamos ao térreo.

 

— Até mais senhor Leo Valdez. — ela se despede saindo do elevador.

 

— Até mais senhorita Calipso Steele. — me despeço dela e vou até o estacionamento.

 

 

Como eu não conheci essa mulher incrível antes?