1. Spirit Fanfics >
  2. Alguma Sombra no Escuro >
  3. Um

História Alguma Sombra no Escuro - Um


Escrita por: Jeandalbuquerqu

Capítulo 1 - Um


Fanfic / Fanfiction Alguma Sombra no Escuro - Um

Estava nítido de que nada mais poderia abalar Rodrigo, sua felicidade em comprar a tão sonhada casa foi tão grandiosa, que lhe deixou eufórico por vários dias. Também, não seria para menos, não é qualquer um que consegue adquirir um imóvel de tal porte, localizado na bucólica Gurupi, no bairro do Grajaú, composta por dois andares, cinco quartos, três banheiros, duas salas, uma copa, uma varanda, além de um extenso quintal aos fundos, rodeado de altas árvores, sem dúvida, foi um sonho de muitos anos já realizado. Hoje, ele certamente se encontraria em seu quarto, junto a sua estante cheia de troféus que adquirira durante a adolescência, observando da janela a rua Gurupi.

Como era de costume, todas as manhãs ele caminhava até o mercado para comprar pão e retornava, talvez, como uma espécie de tique, conseguia fazer isto sempre na hora exata e nenhum minuto a mais, confesso nunca ter visto figura mais peculiar, assim, o nosso amigo seguia uma rotina bem definida por ele próprio, e tão certo de que como depois do dia chegaria à noite, algo começou a intrigá-lo, duas vezes por noite ele já teria notado, entretanto, achou que fosse fruto da imaginação. Até que certo dia, sentiu um estranho arrepio lhe atravessar a espinha, como se fosse um antigo fantasma de um passado oculto, equivalente a num desses déjàvus que se têm de súbito, ouviu a porta bater e uma voz conhecida lhe chamou:

- Então quer dizer que é aqui que mora agora? - Era Alessandro, seu velho e alegre amigo de infância.

- Quanto tempo, meu amigo. Como descobriu-me aqui? - Respondeu com surpresa e uma alegria nos olhos.

- Não foi tão difícil, já o vi duas vezes, enquanto passava no seiscentos e seis para a Rodoviária.

- Poxa! Faz cinco anos que não nos vemos. - Rodrigo exclamou, com o ar saudoso. 

- É verdade, e por destino, você está muito bem agora! - Afirmou Alessandro.

- Não estou certo disso amigo, mas vamos, entre! Que tal um café?

- Seria ótimo! - Respondeu Alessandro.

Seguiram os dois para dentro e sentaram-se nos fundos do terreno, debaixo de um pé de graviola, onde havia uma mesinha redonda de ferro bastante antiga, com quatro cadeiras detalhadas ao estilo clássico denominado vignette.

- Foi muito bom tê-lo encontrado aqui, as coisas têm sido um tanto enfadonhas para mim. - Rodrigo disse antes de tomar um gole da xícara de café.

- Por que diz isso amigo? - Alessandro indagou.

- Ah! Coisas da rotina, entende?

- E como entendo!

- Amigo, preciso conversar sobre uma coisa.

- Pois não, meu caro, do que se trata?

- É que sabe, já não quero mais ficar sozinho aqui.

- Eu entendo, uma casa tão grande como esta, deve ser um tanto solitário para uma pessoa só.

- Talvez, porém não é bem isso.

- Então, do que se trata?

- Bem, você já teve a sensação de estar sendo observado diariamente?

- Como assim?

- Sinto que não estou mais sozinho, todas as noites, até durante o dia, eu ouço passos, vejo sombras, ouço vozes. Isso diariamente, para não dizer que sempre, pelo menos uma vez ao dia algo acontece.

- Acho que entendi. E é assim todos os dias? - Alessandro indagou.

- Sim! - Rodrigo Respondeu, olhando fixamente nos olhos de Alessandro.

- Bom, essas casas antigas escondem muitos segredos. Eu passarei uns dias contigo, uma pessoa a mais irá lhe fazer companhia e te distrair.

- Muito obrigado, amigo! A propósito, lembra-se da Evelyn, da Letícia? – Perguntou Rodrigo.

- Sim! As que estudaram conosco no ensino médio - Lembrou-se Alessandro.

- Exato! - Exclamou Rodrigo.

- A Evelyn está morando ali em Santo Cristo e a Letícia na Gamboa. - Contou Alessandro.

- Eu lembro que a Letícia já morava por lá. - Disse Rodrigo.

- Tenho pensado muito nelas esses dias... O que acha de chamarmos elas para passarem uns dias aqui conosco? - Sugeriu Rodrigo.

- Seria ótimo! - Respondeu Alessandro.

- Ficarei muito alegre em revê-las, assim, poderemos matar a saudade dos velhos tempos do colegial.

- Sim, deixe que eu mesmo faço o convite, elas irão adorar a sua nova casa. - Disse Alessandro.

Os longos dias foram se passando e Rodrigo ia ficando cada vez mais intrigado, pois de fato, ele sentia que estava sendo vigiado, já não podia mais ficar em um único cômodo a sós, pois novamente vinham as sensações, inquietando sua mente importunada. Às vezes, quando sentado em sua cadeira na mais solitária noite, o seu pensamento mais profundo era cortado pelo pio de uma coruja que fugira do Silvestre. Rodrigo começou a perceber como se fosse um possível comunicado de indivíduos de um âmbito paralelo, no entanto, não contendo absoluta certeza qual o enigma de uma casa tão espetacular com sua amplicidade aconchegante, um tanto rústica, o que poderia estar acontecendo e por que? Foram estas perguntas que ficaram obstinando, sem respostas em sua mente, deste modo, resolveu descerrar com Alessandro em um harmonioso fim de tarde.

- Isso pode ser porque de fato é muito novo e diferente conviver em um ambiente extremamente incontável, totalmente oposto do que tu sempre viveste...Veja, Rodrigo, sua cabeça está somente estranhando a adaptação, isto faz com que comece a imaginar coisas - Concluiu Alessandro.

Rodrigo por uns dez segundos ficou olhando para o amigo, deu um leve aceno com a cabeça respondendo: Pode ser, realmente eu nem havia pensado nisso! Acabo de me sentir menos pesado agora, eu tentarei ficar mais calmo, foi ótimo ter dividido essa minha aflição contigo, amigo.

No dia seguinte, era uma quinta-feira, pois Alessandro providenciou o convite às meninas, ambas receberam com muita surpresa e saudades de infância que mantinham do saudoso amigo. As duas marcaram em ir na sexta, encontrando com os dois no shopping próximo, para então prosseguirem e dessarte conforme o combinado. Sexta-Feira, pela manhã, Evelyn e Letícia encontraram-se no Shopping Boulevard Rio com Rodrigo e Alessandro, um gostoso abraço ocorreu meigamente entre os quatro amigos, após um diálogo, para colocarem a conversa em dia, um lanche fulcral, desta forma, dirigiram-se a casa de Rodrigo.

Logo ao entrarem, as duas manifestaram grande empolgação com o que seus olhos viam ao redor, bastante eufóricas, ambas foram andando pelos arredores daquele bucólico quintal imenso, boquiabertas, não deixavam de elogiar cada detalhe, todas aquelas árvores e palmeiras arquitetavam uma bela vista.

- Agora é que não vou querer sair daqui tão cedo - Expressou-se Letícia, dando uma feliz olhada para os rapazes.

- A casa é sua Lê - Respondeu Rodrigo, carinhosamente.

- Sinto-me totalmente em uma amostra do paraíso - Concluiu Evelyn, também não escondendo sua admiração pelo ambiente.

Enfim os rapazes levaram as duas para o interior do local, após bastante tempo demonstrando a mesma admiração por todo o seu interior, as meninas sentaram-se sobre o sofá de uma das salas e Rodrigo sugeriu que descansassem um pouco em um dos cômodos.

Logo, elas estavam no andar de cima, acomodando-se em cada um dos inúmeros quartos, escolheram seus aposentos uma do lado da outra, arrumaram os seus pertences, colocaram uma roupa mais à vontade, pois a euforia das meninas era tanta, que nem quiseram descansar e sim continuar desfrutando de cada particularidade daquele pedaço de paraíso, como Evelyn havia chamado. Desceram, continuando analisando as maravilhas das árvores e de seu imenso jardim, a piscina era também um delicioso atrativo, pois resolveram só depois aproveitá-la, por um momento, naturalmente foram cada uma para um lado, distraídas e curiosas, cada detalhe era maravilhoso.

- Parece totalmente perfeito - Pensou Evelyn, afastando-se cada vez mais, desta vez, sozinha, explorando a parte mais afastada, onde havia um jardim repleto de plantas, enquanto Letícia rodeava a piscina, dirigindo-se novamente para o interior do casarão.

Depois de matarem muito de suas curiosidades no casarão, Letícia sugeriu enfim um mergulho para estrear a maravilhosa e imensa piscina, Alessandro foi o primeiro a cair na água, enquanto as duas colocavam seus biquínis em um pequeno banheiro que ficava quase ao lado da piscina, Rodrigo foi o segundo a dar o delicioso mergulho, logo vieram prontas, também se jogando com toda animação na água, pareciam duas sereias, de tão felizes naquela imensidão de água sobre o quintal bucólico e florido. Tudo estava perfeito, quando Rodrigo automaticamente deu um outro mergulho, afastando-se mais para o fundo, percebendo em alguns segundos que ele não retornara à superfície e se debatia muito sobre o reflexo da água, Alessandro então mergulhou em sua direção, puxando-o a superfície, para a surpresa das meninas, Alessandro trouxe o amigo com o rosto bastante roxo, tossindo sem parar, tremendo com a respiração ofegante.

- O que houve, cara? - Perguntou Alessandro.

- Aai... Ele ia se afogar - Apavorou-se Letícia.

Evelyn também sobre a volta, batia em seu rosto, quando então Rodrigo retomou o fôlego, pôde mesmo tossindo bastante, dizer que sentiu algo muito forte puxando-o para o fundo, como um vulto meio marrom.

Foi o suficiente para o paraíso de Evelyn e Letícia perderem um pouco do encanto, dando lugar a um tenso susto esotérico, na realidade, sem querer acreditar no que Rodrigo argumentava o que havia visto, Evelyn ainda tentava acalmá-lo, dizendo que foi fruto de sua imaginação, mas Rodrigo tinha absoluta certeza da seriedade atribuída aquela situação, a alegria das meninas deu lugar a uma preocupação a partir dali. Saíram as duas da água, com aspecto chateadas, enquanto Alessandro tirava o amigo e foi a cozinha preparar um refresco de maracujá bem adoçado, sentados os três sobre as cadeiras de plástico, Rodrigo no impulso que ia contar as meninas o que havia sentido desde o início de sua morada no local, nisto começa uma fortíssima ventania, onde as árvores balançavam de forma que até pareciam querer sair do lugar, correram os três para a varanda, as cadeiras de plástico tombaram, caindo duas dentro da piscina, ninguém acreditava no que via, parecia cenário de um filme de suspense.

Alessandro sugeriu que todos entrassem, fecharam bem a porta e as janelas, enquanto tomavam o refresco no sofá de uma das salas, Rodrigo não se conteve, começando então a entregar as garotas que desde a sua habitação ali, tinha sentido uma grande aflição, quando ficava em algum cômodo sozinho, Alessandro interrompendo-o, foi perguntando às garotas se queriam assistir um pouco de televisão, Evelyn já desconfiada, nada falou, porém, mau o rapaz ligou a imensa tela que ocupava quase a parede inteira, uma queda de luz começou, indo e vindo umas sete vezes, Letícia arregalou os olhos, pois também já estava amedrontada, aconchegou-se bem junto a Evelyn, no exato momento em que a luz acabou de vez, junto com um assobio bem agudo que surgira no ambiente de forma inexplicável.

Neste momento, todos não esconderam o pavor, até Alessandro, que até então dizia a Rodrigo que essas coisas eram apenas fruto de sua imaginação, encolheu-se e ficou pensativo no canto, pois teve a ciência que tinha de ser forte, pelo menos para não amedrontar mais Rodrigo e as meninas, e sim passar um pouco de força, para terem as mentes equilibradas para melhor poderem lidar com a situação.

- Calma gente, está bem? Mesmo que seja algo sobrenatural, não significa que esteja aqui para nos fazer mal, pois há muitos espíritos de luz que tentam fazer comunicação com as pessoas emitindo estes sinais - Afirmou a todos.

- Ah tá! E se fosse algo de luz, iria tentar afogar Rodrigo há pouco na piscina? - Respondeu Evelyn em tom nervoso.

Controlando-se ao máximo, Alessandro tentou coordenar as palavras em tom sereno, respondendo:

- Sim, Evelyn, pois há maneiras diferentes do mundo espiritual em fazer algo para notarmos a presença deles, o fato de Rodrigo ter sido puxado para o fundo da piscina não significa que tenham tentado matá-lo e sim, fazer com que ele notasse que algo queria comunicação com ele, o que aconteceu, foi que Rodrigo ficou muito apavorado e perdeu o fôlego!

- Mais isso é só uma suposição sua, Alessandro, nada de absoluta certeza que esse espírito possa ser benigno, e se for algo maligno querendo realmente semear o perigo ou até mesmo a morte? - Respondeu Letícia em tom de choro. Neste momento, todos olharam para ela com expressões de extremo medo.

- Que bobagem! - Advertiu Alessandro.

- Estou com muito medo - Respondeu Evelyn, já deixando o choro a dominar, Rodrigo conseguiu reunir forças, acalmando-as em seguida.

O refresco de maracujá foi fazendo efeito, assim, as duas adormeceram lentamente, cada uma sobre um confortável sofá. Alessandro e Rodrigo aproveitaram para debaterem sobre o que de fato poderiam ser essas anormalidades intrigantes.

- Eu te disse cara, não pode ter sido coisa da minha mente - Afirmou Rodrigo. Alessandro coçou a cabeça por alguns segundos, sendo obrigado a admitir a presença espantosa que de fato, como havia dito Letícia, quem sabe também tinha possibilidades de talvez serem espíritos das trevas.

O frio noturno caiu, Alessandro e Rodrigo acenderam a lareira que esquentou, embelezando toda a sala. As garotas haviam acordado com a volta permanente da luz, Letícia achou um livro de romance, ficou folheando-o para lá, para cá, com preguiça de iniciar a leitura, Evelyn, também mais calma, sentou-se, mexendo em seu celular, preparando para uma selfie do ambiente, enquanto os rapazes colocavam uma pizza gigante de calabresa para assar no forno a lenha.

- Huum... Comecei a sentir cheiro de coisa boa - Disse Letícia

- É...é a pizza que eles disseram que iam assar - Disse Evelyn.

Alessandro apareceu na sala, comunicando-as que em instantes estaria pronta.

- Graças a Deus, estou cheia de fome aqui! - Exclamou Letícia.

- Nós, né Lê? - Completou Evelyn.

Depois do lanche, Letícia chamou Evelyn para dar uma olhada da janela na vista noturna do quintal, já que o sereno com a friagem fez com que parecesse estar caindo uma brisa branca sobre as árvores.

- Pobre Rodrigo, quando acha que finalmente sua vida vai decolar nas realizações, de repente é obrigado a lhe dar com tamanho problema, no que é pior, um problema de natureza sobrenatural, enfim, como resolver isso? Vender a tão sonhada casa que custou para conseguir? Mandar benzer, orar, expulsar? - Dizia Letícia.

Se não fosse Alessandro o apoiando, dando segurança, ele iria mesmo pirar - Disse Evelyn.

E enquanto isso, os garotos permaneceram na sala conversando.

- O pior é que agora as meninas não vão mais querer voltar, outras pessoas quando descobrirem que a casa é assim, irão virar as costas. Minha sina será ficar sozinho aqui - Lamentou Rodrigo, já não segurando mais suas lágrimas.

- Calma cara, para que isso agora? Eu estou aqui contigo, estamos juntos nessa! Onde está aquele Rodrigo que conheço desde sempre, Inteligente e brincalhão? Mantenha a calma, nunca irei abandonar você, pois, vamos juntos solucionar esse problema, ainda que seja sobrenatural.- Alessandro disse estas palavras, acalmando o amigo.

Rodrigo parou de chorar e não se contendo, deixou transparecer um sorriso discreto, tomando uma expressão mais branda, como que conseguindo relaxar, descarregando um pouco daquele medo reprimido.

- Obrigado Alê, só tu mesmo! Disse enxugando o rosto, sentindo-se mais leve e tranquilo.

Durante aquela noite, enquanto Evelyn tentava pegar no sono, teve de repente a estranha sensação de que alguém a expiava, e sempre que abria os olhos, podia ver claramente numa fração de segundos uma sombra correndo em direção ao corredor, com medo, se encobria toda no lençol, mantendo os olhos fechados.

Vendo que até então não conseguira dormir, Evelyn se levantou e caminhou lentamente até ao quarto onde Letícia estava dormindo, encontrando a amiga também acordada, se levantando da cama.

- Lê, não estou conseguindo dormir, tenho a estranha sensação de que há alguém me espiando - Explicou Evelyn.

- Engraçado, eu também senti a mesma coisa, há pouco, escutei passos no quintal - Letícia contou.

- Vamos olhar da janela - Disse Evelyn, debruçando-se sobre o para peito.

Foi quando viram alguns arbustos se balançando e puderam ver um vulto, ainda que bastante ofuscado, se deslocando do mato e sumindo atrás da bananeira.

- Meu Deus! - Exclamou Evelyn.

- Quem poderá ser? Ou o que? - Letícia ainda apontou a sua mini lanterna em direção às árvores, porém, nada mais viram, além dos pacatos arbustos que se balançavam com o vento. Decidiram então acordar Rodrigo e Alessandro, para contarem sobre o que haviam visto. Todos então desceram até o primeiro andar e foram dar uma ronda pelo quintal, no intuito de ver quem era o misterioso invasor.

-Foi exatamente dali que ele saiu, e quando passou detrás da bananeira, sumiu como por encanto - Contou Letícia.

- Quem quer que seja, já se mandou - Disse Alessandro.

- Que estranho, a caixa do relógio da Luz está semi aberta, como se alguém estivesse mexido aqui recentemente - Reparou Alessandro.

- Pode também ter sido o vento - Disse Rodrigo.

- Isso tudo está me deixando com muito medo - disse Evelyn.

Permaneceram mais um pouco andando pelo extenso quintal, enquanto exalavam o forte cheiro de Dama da Noite. Só depois retornaram para a casa e ficaram agrupados na sala.

- Pelo visto tudo está tranquilo agora - Disse Alessandro.

- Espero então que permaneça assim - Disse Rodrigo.

As garotas permaneceram quietas, observando a lareira, com o pensamento distante.

- Vamos voltar para os nossos aposentos e tentar dormir - Disse Alessandro.

 

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...