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História Alguns Momentos!! - Confusa


Escrita por: itscarly

Notas do Autor


Oi gente, fiquei um pouquinho inspirada ontem depois de ver as fotinhos de Fatinha.

Chateadinha pelo Tulio ter postado uma foto dela, mas seguimos o Baile, bb.

Espero que gostem dessa One.
Ela saiu no supetão. Não sei se ficou boa e se vai agradar a todos.
Mas espero mesmo que vocês gostem. Um beijão.

Capítulo 11 - Confusa


 

 

Para aquela primeira noite não se tinha mais elogios a mim, a minha roupa, ao meu cabelo e estou começando a me acostumar com essa chuva de carinhos que venho recebendo. Claro que emagreci e isso vem chamando a atenção, mas alguns elogios me deixam triste.

“Depois que separou tá mais linda.”

“Imagina o que o William deve ta chorando em casa.”

“O William perdeu um mulherão desses!”

Esse tipo de coisa me deixa tão triste, essas comparações me deixam triste. Porque as pessoas sentem prazer em comparar Eu Casada com o Eu Solteira? Não é compreensível para mim. É cruel.

Agora tomando o café da manhã com a equipe eu só fico pensando nesse tipo de coisa.

E não estou feliz.

Não me sinto feliz por estar sendo vista assim pelas pessoas, como se a minha beleza e a minha felicidade anterior nunca tivessem existido por 26 anos. Para as pessoas é como se eu fosse feia e infeliz no meu casamento.

-Fatinha, você já vai para o Hotel? Claudinha e eu já vamos para descansar um pouco.

-Ah, meninas, eu vou para minha casa.

-Tem certeza? Seus filhos não viajaram com o pai? Vai ficar sozinha lá?

-Não tem problema, eu vou dar uma passada na minha mãe.

Com isso me despedi delas e fui dirigindo pelas ruas do Rio. O que eu queria mesmo era ficar sozinha. Estava tendo uma crise existencial. Queria meus filhos comigo, no entanto estavam com o pai e a madrasta.

Que ironia. Por mais que me vejam assim exibindo uma felicidade plena o que eu continuo querendo sempre é minha família reunida. Eu não via em mim essa felicidade toda que as pessoas estavam vendo. Eu não via em mim essa beleza toda. Meu exterior podia sim estar feliz, estar bonito, mas meu coração sofria demais.

As lágrimas escorreram livremente borrando toda a maquiagem feita pela Claudia. Estacionei na minha garagem e desci chorando do carro. Entrei em casa e tudo estava na paz. Um silêncio.

Subi as escadas indo em direção a minha suíte, mas no meio do caminho um barulho de algo caindo no chão vindo do quarto do Vinicius me chamou a atenção. Enxuguei meu rosto tentando transparecer uma postura melhor na frente do meu filho e me aproximei da porta que estava entre aberta e abri a mesma. 

-O que você tá fazendo aqui?

-Oi, o que você tá fazendo aqui? Pensei que ia ficar no hotel como sempre.

-Resolvi vir para casa, mas e você? Não me respondeu ainda o que tá fazendo aqui.

-Está tudo bem Fátima? – Droga, ele me conhecia muito bem. Eu tentava ao máximo não voltar a chorar na frente dele, e ele vem e me pergunta se está tudo bem.

Quando me virei a encarando eu fiquei muito surpreso, em choque seria a palavra certa. Como todas aquelas publicações em que me marcam dizem, ela está cada vez mais linda. Mas não foi sua beleza que mais me chamou a atenção, e sim seu olhar. Eu conhecia aquele olhar. Eu conhecia aquela mulher como a palma da minha mão. Ela estava triste.

-William, já que você não vai me responder, com licença – disse me virando para sair do quarto mas senti a mão dele em meu braço e um arrepio percorreu meu corpo e meu coração começou a bater mais forte. Ele me puxou levemente me fazendo virar para ele.

-Eu não acredito que tudo que eu mais pedi para Deus não acontecer está acontecendo Fah – por um segundo fiquei feliz em ouvir ele me chamar assim. Tinha tanto tempo que a gente não se via pessoalmente, e ali eu estava tão confusa com tudo que estava acontecendo.

-E o que você pediu pra ele?

-Pra que você não tivesse que fingir uma felicidade que não existe dentro de você. Você não tá feliz Fah.

-Quem é você para saber se eu estou ou não Feliz, William? – perguntei puxando meu braço. Ele me soltou e eu estremeci pela falta de contanto.

-O pai dos seus filhos, o homem que viveu com você 26 anos da minha vida. O homem que conhece mais você do que ele próprio – ele disse sério e bravo se aproximando ainda mais de mim, e aquela aproximação estava ficando perigosa – Eu te conheço como a palma da minha mão Fátima, eu sei quando você tá triste, feliz, com medo, nervosa. Sei tudo sobre você.

-As pessoas mudam William. Eu não sou mais a mulher que foi casada com você.

-O exterior você mudou mesmo, está cada vez mais bonita, mas ai dentro não mudou nada. Continua a mesma Fátima que brilha os olhos quando está triste. Que salta uma veia na testa quando está nervosa – disse ele levando seu polegar até minha testa onde estaria a bendita veia. Ele ali tão perto e me chamando de linda, me fazendo carinho estava me deixando louca – E você respira fundo, assim como fez agora, quando está confusa com alguma coisa e quer tomar uma decisão. Ainda te conheço ou não?

Eu só queria chorar e não resisti mais, uma lágrima escorreu, depois outra. Sacudi a cabeça tentando conter meu choro, mas ao sentir ele me puxar e seus braços me envolverem em um abraço foi inevitável me debulhar em mais lágrimas. Chorei feito criança. Enterrei meu rosto no vão do pescoço dele e fiquei ali com ele me abraçando e me fazendo um carinho nas costas um bom tempo.

Dentro daquele abraço eu não podia acreditar que estava chorando pelo que estava chorando. Até o fim do meu casamento estava presente em minhas lágrimas.

Ironia. Chorar o fim do meu casamento quase dois aos depois e nos braços dele. Senti saudades dele, e me senti renovada dentro daquele abraço. Porque ele tinha esse efeito sobre mim?

-Vem, você precisa de um banho quente e descansar – ele me afastou dele um pouco e enxugou minhas lágrimas. Pegou minha bolsa e me puxou pela mão me levando até meu quarto. Entramos e ele deixou minha bolsa numa poltrona. Eu me sentei na cama colocando o rosto entre minhas mãos e senti ele se ajoelhando na minha frente.

-Você não tem que ficar aqui William...

-Nem termina de dizer o que ia dizer. Você é a mãe dos meus filhos. Foi e continua sendo uma das mulheres mais importantes da minha vida, então eu vou ficar aqui e vou te ajudar – ele levou sua mão até meu pé e retirou minha rasteirinha – Vai lá tomar um banho que vou arrumar alguma coisa para você comer.

Entrei no Box do banheiro e liguei a água. Eu estava tão sem chão diante de todos os meus pensamentos que estavam uma loucura que entrei debaixo da água de roupa e tudo.

Desci e preparei para ela e para mim um suco de maracujá bem forte e um sanduiche natural. Coloquei em uma bandeja e subi. Me sentei na cama reparando como aquele quarto estava diferente. Me peguei pensando em como chegamos aquela situação. Eu me sentia tão culpado por tudo que fiz ela sofrer. Por tudo que ela e meus filhos eram obrigados a ler na internet. Quando me arrependi daquela separação foi tarde demais. Então continuei com meu namoro, ela encontrou o Tulio e agora eu posso ver que ela não estava feliz. E aquilo me matou por dentro. Eu pedia tanto pela felicidade dela. Não suporto saber que ela está infeliz e é culpa minha.

Ela começou a demorar demais no banho. Fiquei preocupado. Fui até a porta, segurei a maçaneta. Não sabia se eu entrava ou não no banheiro. Respirei fundo e chamei por ela. Nenhuma resposta. Chamei mais uma vez e eu só escutava o barulho da água caindo e baixinho um choro dela.

Virei a maçaneta abrindo a porta e entrei. Quando olhei em direção ao box ela estava ainda de roupa debaixo da água, sentada no chão do banheiro.

Abri o vidro do Box e ela levantou o rosto me olhando. Tirei meu tênis e o relógio colocando num canto. Tirei também minha camisa e o cinto da calça jeans. Ela me olhava atentamente prestando atenção em meus movimentos. Respirei mais pesado ao ver ele tirando a camisa. Eu sempre me sentia atraída por ele, era incrível que podia passar anos que eu sempre o desejava. Ele entrou dentro do box e fechou a porta. Estendeu a mão para mim e eu segurei me levantando. Ele levou suas mãos aos meus cabelos jogando eles para trás. De forma delicada ele puxou minha camisa de malha pela cabeça me deixando de sutiã. Tinha trocado de roupa para vir para casa. Não vestia mais aquele vestido preto.

Estava difícil me controlar na frente dela. Mesmo assim juntei forças e levei minha mão até o cinto da calça dela e o abri. Abrindo quase ao mesmo tempo o botão e o zíper da calça. Passei minhas mãos por sua pele empurrando o tecido jeans até o chão. Eu estava perdendo o controle do meu próprio corpo. Estava ficando excitado, precisava manter o controle mas não estava conseguindo. Peguei o shampoo dela colocando nas minhas mãos e fiquei atrás dela ensaboando seu cabelo. Enquanto a espuma escorria por seu corpo eu tive certeza que perdi o controle total. Minha excitação já era totalmente evidente em minha calça agora molhada.

Peguei o condicionador e também passei por seus cabelos. Quando terminei ela se virou me encarando. Peguei o sabonete em minha mão e encarei o corpo dela coberto pela lingerie azul bebê. Prendi a respiração quando vi ela levar sua mão até o fecho frontal do sutiã e liberar seus seios. Eu estava atônito diante dela. Ela levou sua mão até a lateral da calcinha e eu a impedi.

-Não faz isso.

-O que?

-Não tira.

-Mas...

-Eu estou tentando resistir a você aqui então, não tira, por favor.

Ela desceu seu olhar até meu volume nas calças e voltou seu olhar ao meu.

Ela retirou sua mão da calcinha foi até o zíper da minha calça. Empurrou minha calça para baixo e ela caiu aos meus pés me deixando somente de cueca branca.

-Fátima, o que você está...

-Cala a boca, foi você quem quis me ajudar. E agora você vai me ajudar direito.

-O que você...

Eu nem tive como terminar a frase, senti as mãos dela em minha nuca e no próximo segundo seus lábios tinham se encontrado com os meus. Rapidamente a puxei para mim aprofundando o beijo pedindo passagem com minha língua para a boca dela. Quando nossas línguas se encontraram foi como se nunca tivessem ficado tanto tempo sem aquele contato. O nosso beijo aconteceu como sempre foi. Sem mudar, da mesma forma que conhecíamos. Fomos pegando mais intensidade nos movimentos, talvez fosse a saudade, ou talvez fosse apenas pressa.

Num ato rápido ele me virou e me encostou na parede gelada. Estremeci e gemi em sua boca. O empurrei levemente e retirei minha calcinha, ele vendo eu me desfazer daquele pequeno tecido fez o mesmo com sua cueca.

Fiquei um pouco chocada, confesso que tinha me esquecido do quanto ele era grande.

-O que foi? – ele perguntou vendo eu o encarar tão fixamente.

-Nada não. Só vem cá – ela me puxou para ela e me deu um selinho casto. Segurou meu pescoço e eu a segurei por sua cintura a levantando e prendendo ela novamente contra a parede. Senti suas pernas envolverem meu corpo e não podia crer que íamos mesmo fazer aquilo.

-Você tem certeza?

-Tenho, você tem?

Eu nem respondi ela. Apenas a preenchi lentamente. Ela jogou a cabeça para tras e eu devorei seu pescoço com beijos molhados. Esperei ela se acostumar com meu tamanho e iniciei os movimentos lentamente. Mas estávamos sedentos por mais. E a cada investida queríamos mais e mais. Aumentei o ritmo e depois de muitos minutos gozei levando ela junto comigo.

Desliguei a água do chuveiro e ficamos ali com as testas coladas até nossa respiração se regular. Quando meu coração voltou a bater normalmente, me afastei minimamente dela e a segurei firme em meus braços saindo do banheiro. A levei para a cama e ainda dentro dela nos deitamos ali naquela cama. Em segundos eu estava pronto para ela mais uma vez. Nem precisei sair de dentro dela. Nos amamos agora de forma calma. Com muito carinho e muito amor.

-Está melhor? – ele me perguntou depois de sair de dentro de mim. Mas ele não saiu de cima de mim. Estávamos com o rosto na mesma altura.

-Sim, muito melhor.

-Que bom.

-Uma pena tudo voltar como era antes quando você sair por aquela porta.

-Se você quiser não precisa voltar a ser como era antes – ele disse seguro em suas palavras.

-William, o que você tá dizendo? Nós estamos com outras pessoas.

-Não, você está com outra pessoa. Eu estou sozinho.

-De qualquer jeito eu tenho alguém.

-Alguém que não está conseguindo te fazer feliz.

-Ele está sim...

-Para! Para, você está infeliz sim. Para de tentar se enganar. Você ainda me ama. Disse isso milhares de vocês agora quando eu estava dentro de você. Você ainda me ama – ele disse me encarando de forma penetrante. Ele tinha razão. Eu o amava incondicionalmente.

-Eu amo você sim, mas não foi falta de amor que separou a gente. Foi você.

-Eu sei, e quando me arrependi foi tarde demais. Mas agora que eu sei que mesmo estando com outro você ainda me ama eu não vou desistir de você, a não ser que você me mande embora da sua vida. Mas ai vai ser uma decisão sua. Você quer que eu vá embora?

Eu o encarava sem saber o que dizer. Meu celular começou a tocar. Ele saiu de cima de mim frustrado e eu levantei indo até minha bolsa. Era Tulio.

-Oi Tulio – nisso William se levantou sentando na cama.

-Eu não estou podendo conversar agora. Quando puder eu te ligo – ela disse depois de ouvir o que ele dizia.

-Ta bom, tchau – ela por fim se despediu dele.

Ela veio até perto de mim. Jogou o celular no meio da cama e se sentou de frente a mim.

-Eu não quero que você vá embora. Eu amo você mais que tudo nessa vida. E sim, você estava certo sobre tudo. Eu não estou 100%  feliz, mas não tenho certeza se nós dois vamos ser felizes de novo. Tanta coisa mudou William. Nós dois tivemos outras pessoas e nós tínhamos prometidos passar o resto de nossas vidas um com o outro. Não foi nada fácil pra mim saber que você arrumou outra tão rápido. Eu sofri demais porque eu nunca deixei de te amar. Eu gosto dele, ele me devolveu a alegria. Mas falta alguma coisa. Falta aceitação. Eu não me aceito dessa forma. Eu não nasci para isso. Eu nasci para ser sua, para ter nós cinco juntos e isso eu tenho certeza, mas não sei se vai dar certo.

-Vamos tentar. Eu sei que prometer que vamos fazer diferente não adiante, mas nos podemos tentar. A gente se ama. Eu sei o quanto deve ta sendo difícil para você tudo que andam falando. Eles me marcam em coisas horríveis sobre o nosso casamento. E eu fico pensando como você está em relação a isso. Eu nunca imaginei que ficaríamos separados, mas depois do que aconteceu naquele banheiro e aqui nessa cama eu tenho certeza que não quero mais ficar longe de você. Eu não quero perder mais nenhum segundo da nossa vida pensando o que poderia ter acontecido. Vamos tentar?

-Eu ainda tenho um namorado.

-Tudo bem. Já entendi. Eu vou embora.

-Não Will, espera. Eu não estou dizendo não para você, mas também não é um sim, eu preciso de um tempo. Eu estou confusa. Tenta me entender.

-Tudo bem. Quando você se decidir, sabe onde me encontrar. Agora vou ir ficar com nossos filhos que já devem estar me procurando pela demora.

-O que você veio fazer aqui, afinal?

-Pegar uns documentos do Vini.

-Ata.

-Eu já vou. Ele me beijou ternamente e saiu do quarto dizendo que ia pegar umas roupas do filho.

Eu vi ele saindo pela janela. E ao ver aquela cama bagunçada eu voltei a ficar confusa. Mas foi sem motivo. Deitei e dormi, sentindo o cheiro dele que tinha ficado impregnado naquele quarto. Acordei e fui para a nova noite de apresentações das escolas de samba. No outro dia de manhã eu peguei meu celular e fiz uma ligação. Já tinha tomado minha decisão. Se fosse para tentar encontrar a minha felicidade plena eu ia tentar encontrar com quem eu achava que fosse conseguir. Estacionei na garagem depois de minutos dirigindo. Desci do carro e caminhei lentamente até a porta. Peguei minha chave e entrei na casa.

-Mãe? – Ouvi os três dizerem juntos.

-Oi meus amores – cumprimentei eles com beijos.

-Oi Fátima, senta, vamos tomar café.

-Na verdade eu queria conversar com você.

-Tá seria mãe, aconteceu algo?

-Depois eu converso com vocês três, tudo bem? Ele acenou que sim e fomos até a sala de tv e entrei enquanto ele fechava a porta.

-Está tudo bem Fah?

-Sim – disse o encarando. Me aproximei e o beijei. Ele retribuiu prontamente.

-Esse beijo significa o que eu acho que significa?

-Com certeza. Vamos tentar e seja o que Deus quiser.

-Eu amo você.

-Eu te amo também. 

 

 

 


Notas Finais


E Ai? O que acharam?


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