História Alguns Momentos!! - Passado - 15 anos do Trio!

William parou encostado no batente da porta encarando sua esposa. Ela desmanchava o penteado do cabelo, depois de tirar a maquiagem num ritual sagrado de limpeza.

Fátima estava brava com ele, ainda estava brava com ele na verdade. E ele sabia disso. Ele sabia que errou, mas não sabia ainda como se desculpar, pois ainda sentia medo da fúria de sua esposa.

Ficou olhando pra ela. Queria se aproximar, roubar um beijo dela e matar as saudades, ou melhor, fazer as pazes. Mas sabia que era um terreno perigoso. Não podia se aproximar antes de tentar amenizar a situação.

Ao ver que ela nem demonstrou interesse ao vê-lo a encarando, começou a retirar sua roupa, o melhor a se fazer era tomar um banho, frio de preferência, pois não conseguiria nada da sua esposa naquela noite. Mas ele não deixaria de tentar.

Entrou no box e ligou o chuveiro. Continuou olhando pra ela, ainda prestando atenção em sua esposa. Até que ela se mexeu indo na direção dele.

— Amor, abre pra mim – disse ela se virando de costas, se referia ao zíper nas costas do vestido. Ele sacudiu a mão antes de levá-la ao início do zíper e puxar lentamente liberando o corpo dela daquele vestido preto e apertado.

Fátima puxou o tecido preto pelos ombros e tirou ficando só de calcinha. O jornalista encarou o corpo da sua mulher e sentiu uma pontada forte na virilha quando ela se virou.

— O que foi? – ele saiu de seus pensamentos ao ser questionado por ela. Com certeza estaria de boca aberta a encarando.

— Não posso mais olhar para você? – ele disse com um sorriso.

— Pode! Claro que pode – ele sorriu e prendeu a respiração ao ver ela passar os dedos no cós da calcinha e em seguida puxar o pequeno tecido se livrando dele.

Ela entrou no box junto com ele e abriu o seu chuveiro. Começou a se ensaboar e mesmo tarde resolveu lavar os cabelos para tirar o produto fixador dos fios.

Depois de um tempo encarou seu marido que estava de costas e tinha a mão apoiada na parede.

Se aproximou dele e tocou suas costas. O homem estremeceu e ela se aproximou mais.

— Tudo bem? – disse ela dando um beijo suave nas costas dele e envolvendo seus braços na cintura dele.

— Você não gosta de água fria – disse ele se virando nos braços dela se referindo ao fato dela estar abraçando ele.

— Só você colocar no quente ou vim pro meu chuveiro – disse ela beijando o pescoço dele o deixando confuso.

— Pensei que estivesse com raiva de mim – disse ele mudando a temperatura do chuveiro dele, enquanto ela desligava o dela.

— Ainda estou brava com você, maaaas, também estou com saudades, então aproveita – disse roçando seus lábios no dele – depois a gente briga, pode ser?

Ele nem pensou. Puxou sua esposa pela cintura e beijou a mulher com fúria e certo desespero.

Fátima gemeu ao sentir os dedos dele lhe apertar a cintura e em seguida a puxar pro colo. A mulher envolveu as pernas na cintura dele e voltaram a se beijar.

O desejo tomou conta dos dois e em poucos segundos William estava dentro dela se movimentando lentamente deixando-a louca.

Fátima com dificuldade fechou o chuveiro e pediu para irem pra cama. O jornalista atendeu e foi com ela nos braços. Se jogaram na cama e a mulher inverteu as posições ficando por cima.

Rebolava de uma maneira que o enlouquecia de prazer.

— Aaahhh meu amor... eu pensei que essa noite não fosse conseguir nada de você – disse ele a puxando juntando seus rostos.

— Sei disso, mas sei também que você não tirou os olhos de mim a noite toda. Eu sempre sei quando você me quer – disse ela lentamente o provocando enquanto rebolava.

— Eu sempre te quero. Sou louco por você.

— Também sou louca por você. Te Amo! – ele sorriu a beijou longamente e também se declarou.

— Eu que amo você – e naquele momento os dois chegaram ao ápice do prazer e Fátima enterrou o rosto no pescoço dele sentindo seu corpo tremer.

— Ainda está brava comigo? – ele perguntou depois de um tempo

— Estou, e se você não cortar a amizade com aquela mulher – ela estava com ciúmes de uma assistente no jornal que vivia ligando pra ele.

— Mas amor, trabalhamos juntos e...

— E eu não trabalho mais lá. Então pensa bem, porque se você continuar de conversinha com ela juro que deixo você sem isso.

— Você não faria isso, você não resiste a ficar longe de mim também.

— Resisto sim, hoje só fui boazinha, porque era os 15 dos nossos filhos e merecemos comemorar.

— Merecemos comemorar mesmo, inclusive, acho que podemos comemorar mais... afinal... são três filhos – disse ele a jogando na cama e iniciando tudo de novo.

Depois de mais uma rodada sucumbindo a desejos profundos eles terminaram sentados um de frente pro outro. Fátima sentia ele deixar beijos singelos em seu pescoço.

— Só pra eu saber, você realmente está com ciúmes?

— Só pra eu saber, você realmente quer iniciar essa conversa agora?

Ele riu baixo e se afastou olhando pra ela.

— Só tenho olhos para você, você sabe disso!

— Mas parece que ela também só tem olhos pra você...

— Amor, não tem nada disso...

— Mulher sabe William. Eu sei quando uma mulher está dando em cima de você,  você que é cego e não vê. Hoje mesmo na festa, queria pegar o bolo e atirar na cara dela.

— Você não faria isso, era o bolo de 15 anos dos nossos filhos.

— Experimenta continuar dando trela pra ela – ela aproximou sua boca do ouvido dele – Experimenta continuar dando liberdade pra ela. Só experimenta.

— Eu acho que não tem necessidade né? Deviam até mandar ela embora... péssima funcionária – disse ele fazendo ela rir.

— Cuidado pra ela não tentar fazer a propaganda do lado pessoal dela.

— Você fica linda com ciúmes – ele beijou ela rapidamente – mas repito, sou somente seu, ninguém vai nunca chamar mais a minha atenção.

— Nem uma gostosa de 30 e poucos anos?

— Nem isso!

Ela deu um tapa no ombro dele que se afastou reclamando.

— Que isso?

— Você assumiu que ela é gostosa William – disse ela brava com ele.

— Eu não disse isso! Gostosa é você – ele se aproximou e ela o empurrou.

— Nem vem, me solta que já deu essa noite.

— Amor, eu não disse nada disso.

Fátima levantou da cama ainda nua, foi ao banheiro e voltou só de lingerie, William ainda permanecia sentado da mesma forma na cama. Ela se aproximou, deitou na cama e ele permanecia imóvel.

— Deita William. Com a cabeça no travesseiro você pensa.

— Eu odeio quando você faz isso! Me coloca como se fosse o errado na história.

— Então a errada sou eu? – ela se sentou na cama.

— Não, claro que não. Mas porque estamos brigando por causa de uma mulher como ela? Não faz sentido, eu sou louco por você,  você sabe disso. É um ciúmes bobo, fofo sim, mas bobo amor. Eu te amo – ele disse um pouco bravo e ela sorriu no final.

— Também te amo! E eu sei que você é louco por mim.

Ele a puxou roubando um beijo dela.

Se deitaram, depois do beijo, bem agarradinhos.

— Parabéns! – ele disse quando ela estava quase dormindo.

— Pelo quê!

— Pelos quinze anos dos nossos filhos.

— Estamos fazendo um bom trabalho. Formamos uma bela dupla.

Fim!