História Alguns Momentos!! - As vezes o necessário é um empurrãozinho! Part III

-Eu pensei em ir antes de você chegar.

-Que pena, porque eu quis chegar antes de você ir – disse aquilo pra ver qual seria a reação dele. Ele sorriu e desviou o olhar do meu. Se sentou no sofá bem perto de mim e estendeu a mão.

Fiquei relutante em dar o que eu sabia que ele queria, mas no fundo eu precisava muito daquilo.

Estendi a perna na direção dele que começou a massagear meus dois pés com maestria.

-Você realmente faz uma massagem de forma divina. Obrigada – disse depois de um tempo.

Ele sorriu e soltou meu pé. Eu vi o olhar dele passar por minhas pernas e vi também ele se afastar e sacudir a cabeça se levantando.

-William, você está com medo de mim?

-O que? Não, claro que não.

-Então para de fugir de mim assim – disse me aproximando dele perigosamente.

-Eu preciso fugir de você. É difícil controlar todos meus desejos mais íntimos quando estamos sozinhos.

Sorri. Ele começava a falar o que eu estava querendo ouvir.

-Porque você só não para de controlar? Acho que vai ser mais fácil – disse me aproximando mais.

Senti a mão dele pressionar levemente a minha cintura. Parecia que ele queria me empurrar, mas não conseguia. Estávamos cada vez mais próximos. Subi minhas mãos pelos braços dele e repousei elas em seu ombro. Uma foi parar na nuca dele e nossos olhos antes conectados, agora perderam o contato já que ele fechou os olhos sentindo minha carícia nos seus cabelos. Percebi que ele estava tentando se controlar. Respirava fundo. 

Eu não sei de onde veio toda aquela coragem de me aproximar dele, mas já que ele não estava dando a iniciativa eu resolvi dar.

Fiquei na ponta dos pés. Colei meu corpo ao dele e selei nossos lábios.

Nem um segundo demorou para eu sentir um braço dele me envolver na cintura e o outro segurar minha nuca aprofundando aquele beijo.

Ele me beijou sem delongas.

Era intenso.

Nossas bocas se completavam de uma forma maravilhosa. Agora sendo beijada mais uma vez por ele, parecia que não ficamos sem aquilo tanto tempo.

Eu estava entregue a ele.

Estava entregue a ele totalmente. Quantas saudades eu sentia daquilo.

Ele me suspendeu e envolvi minhas pernas em volta dele. Senti uma de suas mãos me apertar a coxa esquerda e em seguida sua mão em meu bumbum entrando pelo vestido. Gemi em aprovação e quebramos o beijo.

Nossos olhos se encontraram e o olhar dele era indecifrável. Naquele momento ele tomou a inciativa e demos início a um novo beijo. Senti ele dar alguns poucos passos comigo nós braços e em seguida senti minhas costas em contato com alguma parede.

William desceu seus lábios por minha pele e eu estava queimando de tanto desejo e vontade de ser amada por ele. Os beijos dele no meu pescoço estavam me fazendo perder os sentidos e a razão. 

Começamos um terceiro beijo e quando fomos pegar mais intensidade ouvimos vozes vindo do andar de cima. Era Beatriz.

Ele me soltou de forma abrupta e desci dos seus braços.

A respiração pesada e os cabelos desgrenhado dos dois condenaria o que aconteceu ali.

Passei a mão rapidamente pelo cabelo. Vi ele fazer o mesmo e me afastei com a mão na boca. Ainda sentia aquela sensação de formigamento que ele deixou ali.

Bia chegou na sala tirando o celular do ouvido e estranhou aquela cena de nós dois parados na sala.

-Bom dia vocês, voltou cedo mãe.

-Sim, e o que faz acordada tão cedo?

-Uma amiga da faculdade me pediu ajuda com um exercício e me acordou. Esta tudo bem? – ela percebeu que tinha algo estranho no ar.

-Sim, esta.

-Eu já vou indo – ouvi William dizer atrás de mim.

-Fica mais pai – ela pediu.

Ele se aproximou das minhas costas e passou indo até ela.

-Tenho que resolver umas coisas.

Ela insistiu e ele foi irredutível.

Quando foi sair, se aproximou de mim e sem me dizer nada, beijou minha bochecha, bem perto da boca, aliás, e saiu.

Fiquei frustrada e depois que ele saiu pela porta fui pegar as coisas que deixei no chão mais cedo.

-Eu atrapalhei alguma coisa né mãe? – ela me perguntou sem graça e de certa forma arrependida.

-Sim, mas não se preocupe.

-Pra quê que eu fui levantar? Desculpa.

-Esta tudo bem filha. Esquece isso.

-Como vocês estão?

-Não estamos Bia. Ainda não tivemos uma conversa sobre isso.

-Ontem implicando com ele sobre ele estar babando em você, pareceu que ele não ia tentar nada porque ele acha que você ainda está com o Tulio, mãe. Não falamos pra ele que você terminou, acho que você devia falar.

Pensei naquilo e realmente poderia ser por isso que ele estava tentando se controlar e resistir a mim.

Conversei com Bia um pouco e depois subimos.

Tomei um longo e relaxante banho, mas o beijo dele não me saía da cabeça.

Sentei na cama envolta pelo roupão e fui mexer no meu celular. Descobri que ele tinha reativado sua conta no Instagram e postado fotos com nossos filhos naquela noite.

Postei as fotos que queria postar e acabei dormindo.

Quando acordei, peguei o celular de forma imediata pensando ter alguma mensagem ou ligação dele e nada.

Já era noite, desci e meus filhos estavam comendo comida japonesa.

Fiquei com eles um tempo e voltei pro quarto.

Dormi de novo. O cansaço era intenso.

Um dia, dois dias e nada.

Eu pensei em ligar. Em mandar uma mensagem, mas eu já tinha tomado a inciativa de beijar ele, eu pensava, agora ele que me ligue.

Mas ele não ligou. E aquilo pra mim me matou por dentro.

Eu tinha me enganado? Ele não me queria mais! Só podia ser isso. 

Fiquei triste e no próximo sábado quando acordei ele estava com Laura na cozinha. Me repreendi mentalmente por ter descido com um pijama tão justo e pequeno.

-Bom dia – disse seca. Evitei olhar pra ele.

Eles me responderam e peguei os ingredientes pra bater um suco detox.

Preparei o suco e me encostei na bancada da pia encarando o jardim pela janela. Estava completamente distraída, tentando controlar a vontade de dizer umas verdades na cara dele.

De repente senti ele bem perto de mim e sua mão na minha cintura me virando para o encarar.

-Precisamos conversar – ele disse calmo, eu revirei os olhos e puxei sua mão do meu corpo e o afastei.

-Não quero mais conversar com você.

-O que você queria que eu fizesse? Te ligasse ou mandasse uma mensagem, igual um bobo apaixonado depois do primeiro beijo?

-Não me importa mais, mas sim, você devia ter ligado – disse cruzando os braços e aquele movimento provavelmente evidenciou meus seios no pijama, porque eu vi o olhar dele direcionado pra lá.

-Eu não podia criar esperança em mim Fátima. Aqueles beijos não deviam ter acontecido.

-Se você acha isso era só não ter me beijado de volta. Ninguém beija sozinho William. 

-Eu nunca vou ser capaz de resistir a você. Você me deixa louco Fah, nunca vou conseguir resistir. Você não devia ter me beijado, aqueles beijos não saem mais da minha cabeça e eu não te tenho mais, você não sabe como tem sido difícil tirar você da minha vida, e tentar tirar você daqui – disse ele apontando pro peito – Então sinto muito não ter ligado. Mas eu não posso fazer isso.

Continua...