1. Spirit Fanfics >
  2. All Luck In The World >
  3. Adventure of a Lifetime

História All Luck In The World - Adventure of a Lifetime


Escrita por: Kashi_

Notas do Autor


Boa leitura ♡

Capítulo 4 - Adventure of a Lifetime


3 – Adventure Of a Lifetime

Agora eu sinto meu coração batendo

Eu sinto meu coração debaixo da minha pele

Eu sinto meu coração batendo

Oh, você me faz sentir

Como se estivesse vivo novamente

Draco POV

Suspirei pesadamente ao ver Scorpius parecer agitado novamente, se movendo de um lado para o outro com o controle do vídeo game na mão.

– Vamos lá, ele já deve estar chegando – Harry falou rindo.

Revirei os olhos ao ver eles começarem a rolar pela quinta vez, se cutucando de forma a um atrapalhar o outro naquela partida que estavam disputando, embora soubéssemos que Scorp ia ganhar novamente.

Potter conseguia ser horrível naquilo.

– Família! Cheguei! – A voz de Teddy bradou enquanto ouvíamos a porta, e não demorou meio segundo para Scorpius pular e seguir em direção a ele.

Os dois eram tão grudados quanto poderiam ser.

Eu havia cedido aos pedidos deles, e Scorpius estava matriculado na mesma escola primária que Teddy. Então mesmo que o garoto não morasse conosco, eles se viam todos os dias.

Era uma amizade que havia transformado Scorpius, deixando-o mais confiante e um tanto mais espontâneo.

Mas verdade seja dita, com a viagem que o garoto resolveu fazer no início das férias, onde passou quase um mês com sua avó em algum pais da Ásia havia feito Scorpius ficar choramingando pelos cantos, completamente sem rumo.

Hoje Teddy voltaria, e iria passar uma nova temporada conosco.

Mas um pouco antes do horário combinado ele disse que iria levar um amigo da escola para passar o dia.

Scorpius não tinha gostado da ideia, mesmo tendo amizade com o outro garoto.

Mas ao mesmo tempo a saudade ao tinha deixado ele realmente demonstrar como não estava de acordo.

Ri ao ver Teddy girar ele no ar, abraçando-o fortemente na entrada da casa.

Após a cena exagerada de Teddy, o outro garoto cumprimentou Scorp, sorrindo timidamente.

– Vem, Theon – Chamou o outro garoto – Esse é o Pontin, o Padrinho feio – Falou apontando para Harry, e eu sorri internamente.

Eu adorava a criatividade do garoto para apelidos.

– Muito engraçado – Harry resmungou seguindo até lá para abraçar o afilhado, cumprimentando o outro garoto.

– E aquele ali é o Draco. O padrinho bonito – Falou e meu sorriso morreu imediatamente, enquanto eu abaixava o livro que até então estava na minha mão, olhando para o garoto.

Mas Teddy, com sua naturalidade não parecia nem se quer notar ou dar importância ao que tinha dito, passando o braço ao redor de Scorpius e avisou que iriam para o quarto.

Os três garotos subiram as escadas conversando animadamente, e Harry foi até a entrada receber a avó de Teddy e pegar as malas do garoto.

De forma avoada, ouvi Potter dizer que ela estava com pressa e não iria entrar.

– Draco? O que foi? – Questionou me fitando com estranheza porque eu ainda estava congelado olhando para o ponto onde o garoto de cabelos cor de rosa estava anteriormente.

– Teddy me chamou de que? – Perguntei olhando para Harry, que tinha o rosto franzido em preocupação.

– De Draco? – Questionou ainda sem entender – Ele disse algo ruim para você? Eu não ouvi...

– Pontin, você sabe onde eu deixei meu álbum de figurinhas do... – Teddy desceu as escadas questionando.

– Teddy, você disse algo ruim ao Draco? – Harry questionou já tornando a voz mais séria, e o garoto me encarou por alguns segundos sem entender.

– Eu chamei ele de Draco. E de padrinho bonito. Você sabe, por causa da história do patinho feio, excluído e zombado, você é o padrinho feio. Achei que padrinho bonito fazia sentido para o Draco. Ele tem toda essa – O garoto gesticulou na minha direção de forma confusa – Pose de rico e soberano. Foi um apelido mau?

– Ah – Harry se limitou a dizer – Você está assim porque ele se referiu a você como padrinho?

– Tsc – Teddy gesticulou com desdém – Faz tempo que eu chamo você de padrinho, Draco. Foi só agora que percebeu?

– O que? – Questionei assombrado, porque eu realmente não esperava por aquilo.

– 'O cara que mora com o meu padrinho e namora com ele mesmo que os dois não sejam abertamente assumidos' é um termo comprido demais. Descomplica, tio Draco – Teddy falou com naturalidade, dando de ombros – Vocês vão fazer quase quatro anos juntos, não é? O que tem demais? Todas as vezes que venho passar um tempo aqui, você está sempre junto. Ajuda o pontin atrapalhado a cuidar de mim e do Scorp, então – Deu de ombros novamente.

Teddy era uma criança excepcional.

Ele fazia absolutamente tudo parecer a coisa mais fácil do mundo.

Um garoto muito valioso e espontâneo, mas ainda assim eu não deixava de estar surpreso.

Então eu tenho um afilhado?

– Descomplica, tio Draco – O garoto riu com espontaneidade, e eu vi o cabelo dele se tornar ainda mais Pink com a gargalhada que deu.

– Seu álbum está na gaveta– Foi tudo o que eu consegui responder, vendo ele sorrir com sinceridade.

– Valeu. E sabem, eu gosto bastante de ter dois padrinhos – Falou antes de sumir escadas acima.

– Você não precisa ficar tão chocado com tão pouco – Harry murmurou, se aproximando até sentar no braço da poltrona onde eu estava.

– Não é pouco. Ser padrinho de alguém é importante – Finalmente consegui formular – Os pais escolhem pessoas de confiança, que gostem e que tenham certeza de que vão ser a melhor opção para ajudar a cuidar dos seus filhos. Não é simples assim.

– Sim, realmente é uma escolha importante, mas...

– E os pais dele me odiariam se estivessem vivos. Eu infernizei o pai dele quando era aluno. Eu o ridicularizei e humilhei, e...

– Draco, Lupin é uma das pessoas mais sensatas que eu conheci. Com toda certeza ele deixaria essas coisas no passado, assim como combinamos de fazer. E a propósito, os pais escolhem os padrinhos de seus filhos. Draco, consegue pensar em como é especial quando uma criança decide ela mesma quem será seu padrinho? Padrinho é uma pessoa que cuida, protege e zela. E se Teddy acha tão natural de chamar de padrinho, você sabe. Ele realmente gosta de você.

– Mas...

– Draco, eu sei que você ainda não arranjou nenhuma confusão comigo hoje, mas precisa mesmo ficar tão arredio com uma coisa tão legal?

– Cala a boca – Resmunguei empurrando ele de onde estava sentado, mas os desgraçado era forte demais para se quer ter se movido, e apenas riu, pousando o braço ao redor do meu pescoço.

– Eu estava esperando Scorp subir para conversar com você. Eu... fui falar com McGonagall.

– Harry! Eu te falei para não fazer isso! Nós deveríamos esperar para ver como...

– Draco, as cartas de Hogwarts vão começar a ser despachadas logo. Precisávamos ter certeza. Precisávamos nos preparar caso...

– Ela te falou? Te disse se Scorp tem uma vaga?

– Ela me disse que não poderia me responder naquele momento. Mas aconselhou a levarmos ele a um medimago... fazer alguns testes... Tentar descobrir o motivo de nenhuma magia ter se manifestado até agora. Disse para não nos precipitarmos...

– Você não ofereceu uma doação?

– Nem sempre tudo se resolve com uma doação, Draco.

– Mas a maioria das coisas sim! – Rebati, e ele revirou os olhos.

– Doações são feitas sem esperar algo em troca. Isso seria tentar comprar informações.

– Que seja – Resmunguei, e ele riu fracamente, apertando os dedos nos meus ombros.

– Draco, não acha melhor conversarmos com ele? Ele tem direito de saber que talvez... não vá para a escola. E se conversarmos com ele, podemos levar ele até um especialista e fazermos a avaliação. Você é medimago, sabe que é o melhor a se fazer.

– Mas...

– Draco, já adiamos isso por muito tempo. Essa incerteza está te corroendo. Está nos deixando louco. Ele tem todo direito de saber, Draco. Faz parte do que ele é. Precisamos pensar no que fazer. Precisamos fazer o melhor para o Scorpius, sendo ele um aborto ou não – Falou e mesmo que eu soubesse que ele estava certo, doía aceitar.

Eu tinha um pesadelo recorrente sobre Scorpius chorando na estação ¾ pedindo para ir para Hogwarts junto com Teddy. Eu sentia tanto desespero por não poder fazer nada por ele...

Os meus devaneios foram cortados pelo barulho de um ofego de susto, e nos viramos para a escada, vendo os três garotos ali.

Scorpius parecia espantado, e todas as figurinhas na sua mão haviam ido para o chão, espalhando-se por todo o pé da escada.

Teddy parecia um tanto assustado, e no instante em que abriu a boca, Scorpius apenas se virou e correu escadas acima.

Olhei para Harry, que tinha uma expressão franzida, como quem diz ‘Oh, merda’, e eu suspirei.

– Oh, merda – Murmurou exatamente como eu sabia que faria, olhando para mim.

– Eu... vou falar com ele – Me levantei sem olhar para trás, e subi as escadas me arrastando, pensando no que poderia fazer. Scorpius me odiaria por esconder aquilo?

Estava congelado na porta dele, com a mão estendida prestes a tocar a maçaneta quando senti um aperto no ombro, e me virei vendo Harry me olhando com preocupação.

– Você está bem? Pedi para Teddy ficar fora do caminho por um tempo.

– Eu não sei o que fazer – Admiti, me sentindo minúsculo ali. Não só pelo fato de Harry ser maior e mais forte. Mas admitir para ele que eu não sabia o que fazer me fez sentir como um nada.

– Nós vamos juntos – Apertou os dedos no meu ombro, tentando sorrir a abriu a porta.

Eu agradeci mentalmente pelo suporte, porque engoli seco ao ver um amontoado de cobertores no meio da cama de Scorpius, onde ele provavelmente havia se enterrado.

Harry fechou a porta atrás de nós e Scorpius se remexeu inquieto debaixo da cobertas quando nos sentamos lado a lado na beira de sua cama.

– Scorp...

– Desde quando vocês s-sabem? – A voz chorosa dele soou baixinha, e eu senti meu peito se apertar.

Eu pensei em dizer que havia descoberto a pouco tempo. E abri a boca para verbalizar essa desculpa, mas Harry apenas fez um gesto negativo com a cabeça.

Ele conseguia me interpretar com tanta facilidade.

– Vamos ser sinceros, Draco – Falou com calma e paciência – Desde sempre, Scorp. Mas não é nada verídico. A sua mãe era uma bruxa abortada, e seu pai era trouxa. Não temos certeza sobre sua magia.

– Porque nunca...

– Nós tivemos medo – Harry continuou sendo extremanente sincero, e eu o admirei com isso. Eu provavelmente teria inventado algum tipo de história.

Naquele momento eu percebi o porque de me sentir tão seguro com ele. Harry sempre era extremamente sincero e verdadeiro.

– Não queríamos te contar sem ter certeza, para não te fazer ficar preocupado atoa. Resolvemos esperar um pouco, porque existem bruxos que manifestam a magia muito tarde.

– Tentamos ver com a diretora atual da escola se você tem uma vaga. Crianças mágicas, no ato do nascimento já tem uma vaga garantida. Mas não consegui essa informação, e ela disse que eu teria que esperar as cartas serem despachadas para saber.

– Podemos ir até um especialista, Scorp. Fazer alguns exames e testes – Falei por fim, agradecendo minha voz por não soar trêmula – Para termos certeza.

Aos poucos ele foi se descobrindo, e eu vi como Scorpius parecia chateado, com as bochechas e olhos vermelhos por ter chorado, as lágrimas ainda escorrendo dos olhos claros, e os cabelos bonitos todos bagunçados por ter coberto a cabeça.

– Eu não v-vou para Hogwarts, papai? – Perguntou choroso, e a própria pergunta o fez cair no choro, passando a soluçar.

Harry o puxou, abraçando ele de forma protetora, e com o outro braço fez o mesmo comigo, me trazendo para aquele abraço.

– Podem chorar. Eu vou cuidar de vocês – Falou ele com aquela voz mansa e afetuosa, e só então eu percebi a trilha de lágrimas escorrendo silenciosamente por meu rosto.

Passei os braços ao redor de Scorpius, beijando os cabelos claros, e apoiei a cabeça no ombro de Harry, que se manteve nos cercando até que estivéssemos mais calmos.

– Vamos fazer um combinado – Falou ele secando com carinho as bochechas de Scorpius, sorrindo para o garoto – Eu vou pesquisar alguns medimagos que entendam do assunto, e vamos marcar uma consulta essa semana. Pode ser?

Scorpius assentiu, secando os olhos nas mangas da blusa.

– Pode ser – Afirmou por fim – Eu posso ficar sozinho um pouco?

– Claro – Falei respirando fundo, tentando não ceder ao desespero de ver Scorpius tão chateado.

Harry se ajoelhou no chão, de modo a ficar na altura do rosto dele, segurando as bochechas dele de forma carinhosa enquanto usava o polegar para fazer carinho no rosto delicado do garoto.

– Você é um garoto maravilhoso, Scorp. E eu tenho certeza que tem um futuro brilhante pela frente, indo para Hogwarts ou para qualquer outra escola. Nós, eu, Draco e Teddy estaremos aqui para você, independentemente do que aconteça, tudo bem?

– Obrigado – Murmurou baixinho após assentir.

Beijei os cabelos claros, vendo ele sorrir para mim.

– Eu amo você. Vai ficar tudo bem – Afirmei e ele concordou com um maneiro de cabeça.

Saimos do quarto, e mal fechei a porta e senti Harry me abraçar de forma possesiva.

– Vai ficar tudo bem – Falou e eu o admirei por tanta força.

Eu me sentia um garoto perdido.

– Ca-ham – Ouvimos Teddy, e nos afastamos, sorrindo – O pai do Theon veio busar ele.

– Scorp quer ficar sozinho agora – Harry informou, e o garoto deu de ombros, se sentando na frente da porta do loirinho, começando a passar um monte de papel por baixo da porta – O que é isso?

– Cartinhas – Teddy falou sorrindo – Eu desenhei as que faltam para o álbum dele. E fiz duas bônus – Mostrou um pedaço disforme de papel cortado, com um desenho horroroso que fez meu coração bater com força.

Eu senti que poderia cair no choro.

Teddy havia desenhado Scorpius como um personagem do desenho do qual eles tinham o álbum.

Ele havia feito alguns rabiscos embaixo do desenho.

“Força: 100

Poder:100

Magia:100

Beleza:1000”

Em seguida ergueu outra cartinha, que ele havia pintado as bordas de dourado.

Eu pouco conhecia do tal álbum, porque quem era infantil a ponto de participar com os garotos daquelas coisas era Harry, mas sabia que as cartinhas douradas e prateaddas eram valiosas e raras.

E fez sentido para mim ao ver que Teddy, com o pouco que sabia desenhar, que no caso era uma coisa muito parecida com bonecos palitos disformes, desenhou um boneco moreno e alto de olhos verdes, um loiro de olhos azuis, um de cabelos cor de rosa, e um menorzinho, com cabelos bonitos e olhos verdes e azuis. Ele parecia ter caprichado mais nesse útimo, me fazendo sorrir.

– É a mais valiosa de todas. Com ela, Scorp tem poder infinito – Explicou empurrando a cartinha por debaixo da porta.

Harry foi esperto o suficiente para me puxar pelo pulso para longe dali antes que eu caísse no choro, porque ele sabia que eu me odiaria por demonstrar fraqueza na frente de Teddy.

Mal passamos pela porta do quarto e eu senti que engasgaria com soluços.

Com tudo desmoronando daquela forma, quando Harry me abraçou com força, e eu me senti perdido naqueles braços protetores, eu percebi que mesmo com coisas ruins acontcendo, no fundo eu tinha sorte de ter ele ali para me ajudar.

Um homem de sorte, era o que ele costuma dizer, certo?


Notas Finais


Chapie triste, desculpem haha
Mas valeu só de ver como a relação deles está depois de alguns anos né?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...