História All Of The Stars Parte I - Change Your Ticket

Harry P.O.V on

— Amor, eu preciso voltar, não posso ficar perdendo aulas. – Ela fala enquanto pega a pequena mala no canto do quarto, observo cada um de seus movimentos.

— Mas você chegou faz dois dias! – Protesto - Eu sinto sua falta e nem pudemos aproveitar por conta do show. – Digo fazendo aquele biquinho que ela não resiste e puxando sua saia na intenção de tirá-la.

— Pare de querer tirar minha roupa! – Ela reclama, mas continua com aquele sorriso que amo.

— Acho que nenhuma mulher diria isso para mim. – comento e no mesmo instante ela joga um travesseiro em meu rosto. – Estava brincando meu amor. – Levanto da cama e a beijo descendo de vez sua saia, mordiscando seu pescoço.

— Harry! – Ela reclama me afastando e subindo a saia de volta.

 

Te ver se vestindo mexe com a minha cabeça, tire a mochila do ombro, venha, volte para cama, ainda há tempo de sobra, isso não tem que acabar...

 

— Por que você tem que ir? – Pergunto pela décima vez.

— Amor, eu estou na faculdade.

— Larga isso, vai viajar comigo, me acompanhar nos shows. – Falo rindo e ela fecha a cara.

— Por que você não larga a banda e vai morar em Nova York comigo? – Ela pergunta e arregalo os olhos.

— Porque a banda é meu sonho, amor. – Digo e ela arqueia as sobrancelhas dizendo “o mesmo comigo” o que me faz calar.

— Não é assim que funciona Harrey. – Amo quando ela coloca esse ey no final do meu nome, fica tão lindo saindo de seus lábios – O que foi? – ela pergunta e percebo que a estava encarando com uma cara boba.

— Não acredito que estamos noivos. – Digo e ela ri.

— Eu te amo muito. – É sua resposta e sorrio.

— Só mais hoje, por favor, só mais um fim de semana, não me deixa sozinho aqui. – Tento fazer a carinha do gato de botas e ela ri como uma criança.

— Você é tão bobo. – E enfim larga a bolsa – Você sabe que não podemos passar o resto da vida neste hotel.

— Eu sei, mas pelo menos tem essas cortinas que nos escodem das ruas.

— Sua metáfora um dia acaba. – Faço bico e ela me beija.

 

E você diz que é difícil manter um segredo, garota, não me deixe sozinho neste hotel, e essas cortinas podem nos esconder das ruas, sim, um final de semana, eu prometo que nunca vou contar...

 

— O que você quer? – Ela pergunta.

— Você. – Eu respondo.

— O quanto você quer? – Ela replica.

— Muito. – Treplico.

— Muito quanto?

— O bastante para uma vida. – Eu concluo e ela ri.

— Você não pode fazer isso comigo.

— Fazer o quê?

— Isso, não pode ficar fazendo birra e me pedindo para ficar, tenho que ir para casa.

— Me deixe mudar sua passagem. (Ele falou o título do capítulo, ele falou o título do capíiiiiituuuuuulooooooooooooooooo kkkk)

— O quê? Não. Harry. – Ela suspirando revirando leve os olhos.

 

Você provavelmente deveria ficar, deveria ficar alguns dias a mais, venha e me deixe mudar a sua passagem para casa, você provavelmente deveria ficar, ficar comigo alguns dias a mais, venha e me deixe mudar a sua passagem para casa...

 

— Quero muito mesmo você. – Digo enquanto tiro sua blusa, seus olhos não se desviam dos meus, queria poder ler seus pensamentos.

— Eu também quero muito mesmo você. – Ela diz o que me faz sorrir e jogar sua blusa em qualquer lado do quarto, ela está sentada em meu colo, como é possível resistir?

— Você está muito assanhado senhor Styles. – Ela diz com um olhar inocente e rio beijando seu pescoço.

— Você que faz isso comigo senhorita Ferreira. – Digo enquanto ela tira minha camisa fazendo uma careta para a tatuagem de borboleta.

— Nunca vou me acostumar.

— Isso é maldade. – Meus olhos passeiam por seus lábios, seu colo, seu sutiã de renda cor de rosa com preto, sua barriga.

— Harry! – Ela exclama e a vejo corar. – Fico constrangida quando faz isso.

— É que você é tão linda, eu sou muito sortudo.

— Não, eu que sou. Sou muito sortuda em ter você. Mas não fique me olhando assim! – Ela esconde o rosto com as mãos. Queria que soubesse o quanto é linda e o quanto é perfeita.

 

Não se faça de inocente, eu sei o que você quis dizer quando disse que viria, estamos, além disso, jogando duro para conseguir? Nós fizemos isso quando éramos mais novos...

 

Ela tira minha calça e volta a sentar em meu colo, nosso beijo é intenso, sua mão está em meu cabelo enquanto a outra se mantém em minha nuca, meu braços estão ao redor de sua cintura. Tiro seu sutiã e jogo-o em qualquer lugar, eu acho que deveria dizer a ela o quanto amo seus seios e o quanto os acho lindos, e mesmo achando adorável quando ela fica vermelha de vergonha, nunca o fiz.

Beijo seu pescoço e colo, massageio seus seios, minha língua passeia por seu mamilo, seu gemido baixinho é um começo de melodia para meus ouvidos. Deito-a na cama, para uma posição melhor e volto a chupá-los, é uma das melhores coisas do mundo.

 

E você diz que é difícil manter um segredo, garota, não me deixe sozinho neste hotel, e essas cortinas podem nos esconder das ruas, sim, um final de semana, eu prometo que nunca vou contar...

 

Está tão frio lá fora e tão quente aqui dentro, senti tanta falta de seu corpo contra o meu. Ela está no controle, estou deitado e ela cavalgando maravilhosamente em mim, seu corpo é maravilhoso e ela é maravilhosa no que faz, e os seus gemidos, o que falar deles? São excitantes. Ela se inclina para frente me beijando seguindo movimentos mais lentos, sua respiração ofegante se mistura com a minha. Ela rebola em meu membro e olha em meus olhos, alguns fios de seu cabelo grudados em seu rosto, eu poderia ser Picasso e criar uma bela obra prima desse momento. Ela é a melhor.

 

Malu P.O.V on

Agora estou sentada em seu colo, ele segura minha cintura me ajudando com o movimento de sobe e desce, nossos corpos estão suados, não conseguimos manter o beijo por conta da respiração ofegante, escuto os gemidos do Harry bem ao meu ouvido, é maravilhoso. Estamos chegando lá, o que faz com que fiquemos mais cansados, mas não podemos parar.

 

Porque estamos pegando fogo, nós estamos pegando fogo, estamos pegando fogo agora, sim, estamos pegando fogo, nós estamos pegando fogo, estamos pegando fogo agora...

 

Seus gemidos ficam mais forte, um pouco mais alto, não do tipo escandaloso, não fazemos isso, não tem gritos e nem todo aquele drama que aparece nos filmes pornôs (sei disso porque vi meu irmão assistindo uma vez). Somos maravilhosos juntos em todos os contextos e em todas as formas e em todas as posições. Chegamos ao clímax como fogos de artifício que só explodem quando chega o mais alto que podem. Saio de cima de seu membro, mas permaneço sentada em seu colo, Harry ri mostrando as covinhas que tanto amo, seus olhos verdes estão iluminados e nos beijamos calmo e lento, tornando a respiração aos poucos.

 

Não me importo com o que as pessoas dizem quando estamos juntos, você sabe que eu quero ser o único que te abraça enquanto você dorme, eu quero que seja só você e eu pra sempre... Então vem, amor, fique comigo sendo tão feliz...

 

— Você ainda tem que ir embora? – Ele pergunta quando deito com a cabeça apoiada em seu tórax.

— Acho que posso ficar um pouco mais. – Respondo e ele ri.

— Obrigado.

— Pelo o quê? – Olho-o.

— Por estar comigo, por não me deixar, por ser minha. – Ele diz e meu rosto se ilumina.

— Acho que eu que agradeço. Não imaginei que íamos chegar tão longe.

— Por quê?

— Eu tinha medo que você me fizesse sofrer, bom, você fez, mas a situação foi convertida e eu estou muito feliz agora.

— Desculpa pelo o que te fiz passar, eu não estava conseguindo lidar com a distância e achei que seria melhor se você pudesse viver sua vida em Nova York, solteira e com seus amigos.

— Você deveria ter me deixado decidir isso, decidir se era o melhor para mim, ficar solteira e com meus amigos em Nova York.

— Eu sei que deveria, mas é que quando amamos fazemos coisas idiotas.

— Eu sei – suspiro – Mas não vamos falar disso, já passou, foi uma coisa que aconteceu e acabou.

— Como foi com o seu ex? – Mordo o lábio quando ele pergunta.

— Não foi tão fácil... – Respondo tendo meus pensamentos levados de volta para o dia em questão.

 

Flashback on

— Temos que conversar. – Digo assim que ele abre a porta.

Harry foi embora mais uma vez, não deixou uma promessa de que iria voltar e nem de que iria ligar o que é melhor assim, mas eu sei que ele vai fazê-lo. Voltei a usar seu colar de aviãozinho de papel prateado, lembro-me da promessa que ele fez que ele poderia estar em qualquer lugar do mundo, se eu ligasse, ele iria me encontrar “qualquer dia eu faço o teste” penso enquanto tento organizar meus pensamentos.

— Eu vi o Harry pelo campus. – Ele diz e engulo seco.

— É ele apareceu mesmo. – Seu olhar segue a corrente em meu pescoço parando no aviãozinho.

— Acho que sei o que está acontecendo.

— Brian eu... – Ele não me deixa terminar.

— Eu sei que só estávamos juntos para você esquecer àquele idiota que partiu seu coração, mas depois começamos a nos entender de verdade e você estava até mais feliz. O que ele tem que nenhum outro tem?

— Ele tem meu coração, é isso que ninguém mais tem – respondo já ficando enjoada da conversa.

— O que passamos foi uma farsa? Uma distração?

— Não, não foi uma farsa, nem uma distração, foram dois meses ótimos ao seu lado, mas você não é o Harry. Você tinha alguém pela metade.

— Eu não sou o Harry porque eu não iria terminar com você porque não aguento a distancia, eu não sou o Harry porque eu não tenho fãs que te odeiam e desejam sua cabeça em uma bandeja.

— A maioria delas não deseja mais isso. – Ele ri pelo nariz.

— Você acha? Eu te amei tanto, Malu.

— Eu sinto muito mesmo, Brian. Não posso continuar com você quando meu lar é outra pessoa.

— Isso não é justo comigo. 

— Não é justo com ninguém. Não é justo com você, não é justo com o Harry, mas principalmente não é justo comigo. Não é justo eu ficar com você quando quero estar com outra pessoa, não é justo eu dormir com você e estar pensando em outra pessoa. E não é justo continuar fazendo isso com você.

— Não acho que ele vai te fazer feliz. Quantas vezes vocês terminaram e voltaram?

— Milhares e vamos continuar assim e nas nossas idas e vindas nunca terminamos porque sabemos a quem pertencemos. – Falo e ele olha para o chão.

— Eu sinto muito, Malu.

— Pelo o quê? – Pergunto sem entender aonde ele quer chegar.

— Sinto muito por você ter voltado para o Harry, sinto muito você continuar iludida com esse falso amor que ele sente por você, sinto muito por você ser tão idiota que acredita no que ele diz e que é só ele sorrir que você volta rastejando. – Ele despeja as palavras em meu rosto o que me faz ficar sem reação, eu queria muito bater no Brian agora.

— A minha vida não importa. Até poderíamos ser amigos, mas você tem um comportamento muito infantil. – Ele revira os olhos rindo.

— Não me procure quando o Harry te der um pé na bunda de novo.

— Eu não te procurei antes, eu procurava a cerveja que você vendia, eu nem me importava com você.

— Algum dia você se importou?

— Sim – ele arqueia as sobrancelhas como se tivesse levado um choque – Mas você acabou de estragar o mínimo de sentimento que eu sentia por você.

— Malu, eu não- Interrompo-o.

— Eu também não. – Termino e saio deixando-o em frente à porta.

Flashback off

 

— Mas agora estamos juntos novamente. – Harry diz empolgado.

Enquanto ele fala me lembro das palavras do Brian, dele dizendo que era só o Harry sorrir que eu voltava rastejando. E na verdade, isso é verdade.

— Malu? – Ele me desperta do transe.

— Oi?

— O que foi? – Ele pergunta aparentemente preocupado, fazendo aquela cara de que fez algo errado.

— Nada, eu só... – suspiro levantando da cama enrolada no lençol – Eu tenho que ir.

— Você disse que podia ficar um pouco mais. – Ele alega.

— Eu não posso. – Respondo rápido e me tranco no banheiro.

Ligo o chuveiro e deixo a água fria cair em minhas costas, eu estou muito feliz com o Harry, sério, muito feliz com o fato de que vamos nos casar e sei lá, terminar como nas histórias da Disney. Mas eu não quero que isso seja minha vulnerabilidade, eu não quero ficar tão nas mãos do Harry que não sei lhe dizer não. Quer dizer, foi o que eu lhe disse quando ele me fez o pedido no começo, mas em relação a todo o resto... Eu não sei, é como se ele estivesse levando minha vida. Eu não me imagino sem o Harry ao meu lado, mas será mesmo que vai ser assim, que na primeira briga e que ameaçarmos separar eu vou voltar correndo para ele? Que eu vou sofrer mais dez meses e esquecer como vive? Eu não acho que tenha que ser assim. E eu não acho que estou pronta para um casamento, quer dizer, eu tenho 22 anos, estou perto dos 23, estou fazendo faculdade, larguei meu emprego sólido em São Paulo, estou em outro país, meu namorado noivo vive viajando, tem fãs que me odeiam e sempre saí notícias dele com outras garotas, mesmo eu sabendo que não é verdade eu não sou tão confiante a ponto de aguentar sempre calada. A minha cabeça está confusa, eu já não sei mais o que eu quero. Na verdade eu acho que sei. Acho que eu queria poder voltar para o ano passado, voltar para quando eu trabalhava na empresa fazendo algo que eu adorava, quando estava mais perto da minha família, quando não me surgiu à proposta maluca de trabalhar com a One Direction e que, só para começo de conversa, eu os odiava! Isso é loucura! E olha só quanta coisa eu já passei ao lado deles:

Zayn saiu da banda, Harry ameaçado, Liam noivo, Louis pai, Zayn vai voltar para a banda, Harry está bem, Liam não está noivo, Louis não vai ser pai, Zayn assina contrato com uma gravadora, Louis e Brianna (e nem sei se escrevi o nome certo), Louis tem o imessage hackeado, fãs ameaçam Louis a “vazar” coisas Larry, Zayn briga com Louis, cinco anos da banda, a banda vai dar uma pausa, a banda não vai dar uma pausa, Louis e Lauren, Niall e Camila (esses dois últimos foram os mais fáceis de resolver, as fãs às vezes tem a mente fértil), novo CD, a banda vai dar uma pausa.

É uma lista enorme, e mesmo quando eu não estava trabalhando com eles, eu ainda estava ao lado deles. E sei o quanto eles precisaram de mim todo esse tempo. E talvez eu esteja sendo egoísta quando digo que queria voltar, e talvez você me odeie por isso, mas a minha vida virou de cabeça para baixo e agora eu estou noiva. E a indecisão gira em minha mente, e acho que não posso me casar, e acho que não vou me casar e acho que tenho que dizer isso ao Harry, mas eu não posso então eu vou ter que tentar me acostumar com essa situação, eu não posso agir como uma garotinha indefesa, eu fiz escolhas e aconteceram coisas por conta dessas escolhas e não posso simplesmente fingir que isso não aconteceu. O certo a fazer é deixar ir e ver onde vai dar.

Sei que provavelmente confundi você com esse meu pensamento de vai e volta, mas eu decidi, eu vou continuar noiva do Harry e espero que dure e se acontecer alguma coisa que nos separe eu não vou correr atrás, e se ele sorrir eu também não vou voltar porque não acho que seja sempre assim que deva funcionar.

 

Harry P.O.V on

— Por que decidiu voltar assim do nada? – Pergunto enquanto levo Malu até o taxi acompanhado dos meninos.

— Eu tenho que fazer umas coisas, mudar umas coisas. – Ela responde vagamente como se procurasse uma desculpa em sua mente.

— Tipo o quê? – Liam pergunta – Você não conversou comigo direito desde que chegou. – Ele diz parecendo realmente ofendido.

— Desculpa Liam. Foi uma decisão de última hora. – Ela diz como se suas palavras fossem uma promessa de que ela iria lhe contar tudo.

— Que decisão? – Pergunta Louis já impaciente.

Ela demora alguns segundos para responder, a demora me deixa aflito, eu não sei o que ela está pensando, não sei que decisão tomou, não trocamos mais de duas palavras desde que começou a arrumar a mala ainda no quarto do hotel. A sua resposta faz com que meu coração dê uma queda, e acho que não escuto os meninos lhe fazendo um trilhão de perguntas, porque agora eu fiquei inerte e não consigo reagir.

— Acho que eu vou voltar para o Brasil. – É o que ela diz.

 

Por que não tiramos um tempo? Por que não ficamos só mais um pouquinho? Por que não fazemos isso certo? Garota, eu não quero dizer adeus... Não vá, não é o mesmo quando você vai embora, e não é bom estar sozinho, não vá, não é o mesmo quando você vai embora, venha e me deixe mudar a sua passagem para casa...